Power of Schmooze Award


Power of Schmooze Award

Tenho 3 desafios para responder, que gostaria de deixar para o fim-de-semana. Não percebo alguns dos desafios, um deles disse à desafiadora que não iria sequer dar-me ao trabalho de pensar nisso. É que há merdas que a malta pergunta, que não interessam ao caralho e o meu génio não pode ser desperdiçado em vulgaridades.


Bem, mas este post é por causa de um prémio chamado Power of Schmooze Award e criado por esta
criatura e que eu recebi desta menina.

Claro que poderia fazer um lista enorme da agradecimentos, pais, família, amigos, cão, gato, canário da vizinha, mas não. Agradeço unicamente à
bela_sonhadora , por me ter achado um sexy shmootzer.

"Este prémio é uma tentativa de reunir os blogues que são adeptos aos relacionamentos "inter-blogues" fazendo um esforço para ser parte de uma conversação e não apenas de um monólogo."


Shmootze:
v. schmoozed ou schmoosed também shmoozed,
schmooz·ing ou schmoos·ing also shmooz·ing,
schmooz·es ou schmoos·es também shmooz·es

v.intr.
Conversar casualmente, de maneira a tirar vantagem disso ou simplesmente para fazer ligação social.


Pronto ok, sou um destes.

Regras:

1. Se, e somente SE, você receber o "Thinking Blogger Award" ou "The Power of Schmooze Award", escreva um post indicando 5 (cinco) blogues que têm esse perfil "schmoozed" ou que te tenha "acolhido" nesta filosofia.

2. Acrescente um link para o post que te indicou e um para o post do Mike, para que as pessoas possam identificar a origem desta "coisa".

3. Opcional: Exiba orgulhosamente o "Thinking Blogger Award" ou o "The Power of Schmooze Award" com um link para este post que você escreveu."


Que se fodam os links, que merda, tudo tem que ter um link. Foda-se não vai haver link nenhum. Pensam que eu percebo alguma coisa de links. Já me vi negro para colocar os links que coloquei aqui, neste texto!





Agora compete-me dar este prémio a quem eu ache que mereça. Este prémio não é um prémio para bons blogues ou bons bloguers, é sim para aqueles bloguers que criam um bom ambiente na blogosfera, tendo um blogue activo e visitando outros blogues, criando amizade.




Por isso passo este prémio a 5 alminhas que frequentam diversos blogues de uma forma animada e positiva. Poderá haver outros Schmoozers mas com estes 5 é com eu quem me cruzo mais, especialmente aqui no meu cantinho e no cantinho delas/es:






Babe Certificada
Lua Feiticeira
Skynet

Helluah



E pronto, está feito. Agora façam como bem entenderem.

Liberdade de expressão


O Iraque ganhou a taça Asiática de futebol. Para quem não sabe o que isso é, digo-vos que é o equivalente ao que os cabrões dos Gregos nos roubaram em 2004.



Não sei que tipo de atenção os média Portugueses deram a este facto, mas os canais Alemães deram muita atenção e a CNN não se cala com esta porcaria.



Ganharam, e então? O país deles continua na merda. Bomba aqui, tiro ali, um gajo sem cabeça acolá!



Os Americanos são como os comprimidos Melhoral, nem fazem bem nem fazem mal, não fazem nada. Estão ali e já nem sabem bem porquê. O Bin Laden, a esta hora está a apanhar sol em Albufeira, pois Portugal é o país mais seguro do mundo e toda a gente se está a cagar, para um barbudo de fio dental a apanhar sol.



No entanto, ouço choradeiras, de que no Iraque não há liberdade de expressão, coitados dos meninos, etc. Meus amigos, se sair para a rua a festejar uma vitória num jogo de futebol a dar tiros de metralhadora para o ar, não é liberdade de expressão, então não sei o que é. E por incrível que pareça, durante os festejos, morreram 4 pessoas vitimas de "balas perdidas". Balas quê? Desculpem lá, mas eu estive no exército Português 16 meses e nunca perdi uma bala. Se alguém morre é porque os tiros não foram para o ar.



Depois fico confuso com o facto de eles não terem dinheiro para comer, mas, de acordo com um vendedor local, ele vendou todas as bandeiras, camisas de selecção nacional, chapéus... Tudo. Afinal, há dinheiro, mas é mais fácil pedir ajuda internacional para comer. Desta maneira podem comprar mais balas para os festejos. Será que não há foguetes no Iraque?



Por estes lados, as autoridades não me deixam andar a festejar aos tiros, não tenho liberdade de me exprimir à minha maneira. Para fazer barulho de explosões tenho de comprar estalinhos de Carnaval, ou peidar-me como um louco.



Por causa de uma coisa estúpida como o futebol, morreram 4 pessoas, vítimas dos festejos. Eu sei que morreram mais 50 na explosão de um carro armadilhado, mas isso faz parte da guerra. Estas 4 pessoas foram mortas por compatriotas que estavam a festejar, são mortes inaceitáveis.



Gostei de ver o Iraque ganhar. O futebol foi para Portugal em 2004 como uma droga, que nos fez esquecer a situação de merda em que o país estava. Os Iraquianos precisavam de uma alegria, mas porra... Se eles estão chateados andam aos tiros, se estão felizes andam aos tiros. Não percebo, tento perceber, sinceramente tento, mas não consigo. Depois faço criticas publicas e chamam-me racista, xenófobo, ou simplesmentem dizem "ah, Bruno, não fales assim que isso faz dói-dói no rabinho" e paneleirisses do género. Como se o que digo fosse uma ofensa, como se eles fossem crianças e "coitadinhos" têm que fazer merda de vez em quando, e precisam de andar aos tiros para aliviar a tensão.



Porra, eu tenho um trabalho stressante ando neste momento sobre pressão, também quero pegar numa kalashnikov e dar uns tiros para aliviar a tensão. Não posso, não me deixam. Não sou livre de dar uns tiros, e se o fizer não sou livre mesmo, porque vou preso.



Liberdade de expressão? Arranjem outra desculpa!

Um nome



Escrevi à dias um texto sobre os nomes aceites e proibidos em Portugal. Este texto é também sobre nomes, pois fiquei chocado com certos nomes que existem em Portugal.

Tanta merda para proibir nomes próprios como; Alexander, Adriane, Andrea e no entanto nada é feito a respeito dos nomes de família.

Um homem da família "Seca", não deveria ser autorizado a casar ou pelos menos a ter filhos com uma mulher da família "Rata". Existe uma mulher chamada: Maria Augusta Rata Seca.

A família "Bem", uniu-se à família "Grosso", dando origem a: Maria Bem Grosso.

Quem sabe de onde veio esta senhora?: Maria Teresa Rabo Bacalhau Molho, porque não "de" molho? Ou este senhor: Joaquim Cuecas.

No meio do azar, esta senhora teve a sorte do pai ser da família "Cabeça" e a mãe da família "Vaca". Digo sorte, porque ela chama-se: Etelvina Vaca Cabeça. Se fosse o pai a ser da família "Vaca", ela iria passar a vida a ser chamada de Sra. Vaca.

Para terminar, deixo-vos o meu nome favorito:

Luís Fortes Lopes Carago

O "Carago", como nome de família é imponente, é uma afirmação pessoal, é como dizer, "Foda-se, sou eu o Luís Fortes!". Eu sou um Senhor carago, o Senhor Carago!

Umas horas em Fucking!


Nasci e fui criado em Portugal, junto ao mar. Gosto da praia, do cheiro a maresia. Adoro nadar e desportos aquáticos. A minha paixão é o surf.Mas, a vida prega-nos partidas e o início da minha carreira profissional levou-me para Londres e mais tarde para Hamburgo, longe do mar, longe das ondas.

Aqui em Hamburgo temos rio, temos lagos mas não chega. O surf é agora um desporto que passou de diário a anual.
Por influência de amigos, comecei a tirar uns dias de férias no inverno para me dedicar ao desporto mais parecido. O snowboard. Agora todos os Invernos, pegamos nos carros e viajamos rumo a uma estância de ski na Áustria.
6 a 7 horas depois de sair de Hamburgo, passamos a Munique e entramos na Áustria. Saio da autoestrada, pois precisava urgentemente de diesel. Nesse momento e durante aproximadamente uma hora, fiquei sem sistema de navegação. Cansado de conduzir, toda a gente a dormir no carro, chego a uma povoação e decido perguntar o caminho para Salzburgo.

Tive de para à entrada da povoação e sair do carro, para me certificar do que estava a ler. Pensei que o facto de estar cansado me estava a dar alucinações. Fucking. Era o nome da povoação.
Fiquei a saber que estávamos a 30 Km de Salzburgo, mas não resisti em falar do nome da terra com os habitantes. Pelo que me disseram, a placa da cidade é a mais roubada na Áustria (possivelmente no mundo). Quem passa por esta povoação, quer levar um pouco de Fucking consigo.

Os sinais actuais à entrada desta aldeia, hoje em dia, são uma placa idêntica à da foto mas com um contorno azul (esta foto é antiga e foi retirada da net), que é soldada a uma barra em ferro e essa barra encontra-se presa a um bloco de cimento com mais de 60Kg, tudo para dificultar o roubo das placas.
OK, é um nome giro, mas a placa na foto, que é uma foto das placas antigas, tem um sinal de aviso por baixo do nome da localidade. Este aviso diz aos condutores para reduzirem a velocidade, pois há crianças por perto.

Ao ler as duas placas:
Fucking
Bitte nicht so schnell
(fotos de crianças)

Traduzimos para Português:
Foder
Por favor não tão depressa
(fotos de crianças)

Esta combinação de sinais era... Como posso dizer isto de forma simpática? Era doentia. Quer seja traduzida para Português ou para qualquer outra língua. Por isso hoje, se forem a Fucking passar um bom bocado, vão encontrar a nova placa anti-roubo à entrada da povoação e a placa com o aviso de crianças 50m depois.
Para os Áustriacos e Alemães, Fucking é um nome, não é uma palavra. Eles sabem o que significa em Inglês, mas eles falam Alemão. Em Alemão Fuck diz-se Fick, logo não é igual. Além disso o nome Fucking tem razão de ser. Esta terra existe há mais de 1.000 anos. No museu local existem documentos da fundação da cidade, do ano 1070, ou seja ainda Portugal não era Portvgal.

O povo que se estabeleceu lá era chamado de Focko ou também chamado de Fucko, enquanto "ing" é um sufixo Alemão que designa "povo", no sentido de lugar e não no sentido de grupo de pessoas, portanto será mais correcto traduzir para "povoação". Portanto Fucking, não é mais do que "povoação dos Fuckos".

Quem passa por lá, acha graça. Eu achei...

É D´homem


Ouço dizer homem que é homem isto, homem que é homem aquilo. É d´homem isto é d´homem aquilo. Afinal o que é um homem que é homem? O que é d´homem e não é?
Eu passo a explicar:
É D´homem coçar os tomates mesmo sem precisar de o fazer, dar peidos no elevador e olhar para a pessoa ao lado com ar desaprovação, arrotar sem pudor, ter um carro com muitos cavalos e dizer que tem mais ainda, gostar mais do carro do que da mulher, não se lavar diariamente, não usar produtos paneleiros como desodorizantes, água de colónia ou cremes. O homem que é realmente homem, só lava a roupa quando não tem o que vestir, só passa a roupa a ferro quando precisa e só se tiver mesmo de ser. Este tipo de homens não cozinha, manda vir comer de fora ou come sandes de coiratos. Não dá gorjetas, pois quem dá, é roto. O verdadeiro macho passa pelo menos 10 minutos a ver o tamanho do seu pénis ao espelho todos os dias. Este animal, não paga jantares românticos, pois é muito mais romântico levar a namorada à bola. Este homem, não gasta dinheiro em merdas como flores, pois não quer ser visto com essas paneleirisses na mão. O macho leva a namorada a jantar ao Macdonald's, se ela se portar bem, caso contrário vão às bifanas da roulote da esquina. Este machão, passa a noite na discoteca de cerveja na mão, dança com cuidado para não parecer paneleiro. Olha para trás de 5 em 5 minutos para ver se algum gajo lhe está a escalar a peida, se estiver começa a briga. Este espécimen masculino anda à bulha no WC, se apanhar alguém a olhar para as suas "misérias". Em toda a noite, tenta a mesma linha de engate em 40 gajas, nas esperança que uma caia. Vai para casa sozinho e masturba-se 22 vezes durante a noite. No outro dia conta aos amigos que teve relações sexuais, com gémeas Suecas, a mãe delas e uma prima afastada.


Homem que é homem cheira a cavalo, não gosta de paneleiros mas gosta de lésbicas. Se é mesmo macho, onde quer que esteja, encolhe a barriga de cerveja e faz peito.


A verdade é esta; as galinhas fazem peito e levam na cloaca (entenda-se cu).

Não percebo esta ideia de macho latino. Isso já passou, deixem-se de merdas. Não temos de ser umas amélias dançarinas, chorar ao ver o Titanic pela trigésima segunda vez. Não temos de usar cores como o amarelo. Temos sim de cuidar de nós.

Porque não hidratar as mãos quando a nossa profissão envolve o seu uso? Nenhuma mulher quer ser tocada por um homem cheio de calos, um Eduardo mãos de lixa.

Várias mulheres me disseram que preferem homens que cheirem a homem. No entanto isso não significa que cheirem a cavalo. Podem não usar desodorizante ou água de colónia, nem sequer after shave, mas podem andar limpos mesmo usando sabão azul para todo corpo.

Porque raio, entro eu no metro às 08:30 da manhã e a malta já cheira a mortos? Porque raio são sempre os homens a emitir esses cheiros da sua zona sovaqueira?
Porque homem que é homem não corta pelos. Então porra, se não cortam pêlos, usem desodorizante. Se não para vosso bem, pelo menos para o bem da humanidade.
Para este macho, que se identifica à distância pela sua pilosidade, e odor, tudo o que for diferente é paneleiro. Homem que ouve uma mulher é roto. Homem que vai às compras com uma mulher sem reclamar é rabeta. Homem que opina sobre roupas femininas, só pode querer usa-las.

Por fim O Machão, não gosta de paneleiros e diz que “ser paneleiro é muita gay!”.
Na verdade este homem que é homem, é o primeiro candidato a ser enchido de carne. A fobia em relação à homossexualidade é causada pela sua curiosidade.
O amigo que referi no texto anterior (O ponto G dos gajos), é um verdadeiro macho. Daqueles que usa camisas de alças para mostrar os biceps, só bebe cerveja em canecas de litro e não deixa que as canecas vazias sejam recolhidas. Quem olha para a namorada dele leva uma sova, leva ele, os amigos dele, levam os seguranças e quem mais estiver por perto. Usa regularmente a frase: “É d´homem!”, para afirmar as sua concordância com algo, mesmo que esse algo tenha sido feito, ou dito por uma mulher.
No entanto, este supra-sumo da masculinidade, quer que lhe metam o dedo no cu. Primeiro o dedo e depois os brinquedos que ele tem para o efeito. Sem isso, não há clímax sexual.

Ele é meu amigo, não concordo com ele em quase nada, mas sei e ele sabe, que estarei sempre lá para o ajudar (desde que não tenha a ver com a zona anal) e sei que posso contar com ele.


Aos olhos dele, quando uso Davidoff, cheiro a putas mas pelo menos no meu cu nem supositórios entram, peço sempre pela opção em comprimidos, xarope ou injecção.

Não é fobia! É sim, M.E.D.O. Tenho medo de gostar, pois olho em volta e quem se mete em aventuras anais fica viciado. Gosto de estudar e quero saber sempre mais, mas este é um assunto em que não me importo de morrer estúpido.

Eu acho que É D´homem!

E se...


Vejo uma mulher linda e penso, "E se eu for falar com ela?, é melhor não, ela não vai querer nada comigo."


Vejo um novo negócio onde investir e penso, "E se não dá certo e eu perco tudo?"


Recebo uma oferta de trabalho e penso, "E se largo um trabalho certo por algo incerto?"


E se, e se, e se...


Bolas!


As pessoas são negativas, por natureza, não arriscam porque podem falhar. Esquecem-se que sem arriscar nunca irão ter sucesso. Somos negativos por natureza e essa negatividade ofusca tudo o que poderá ser positivo.


Todos nós temos ou já tivemos aquela amiga (ou amigo), que um dia nos disse que já esteve apaixonada por nós, mas não tentou. Essa pessoa na verdade está a tentar exorcizar esse "se", que a atormenta. Sabe que é tarde demais mas quer saber.


E se, aquela mulher com quem decido não falar, estava à espera que eu dissesse algo? E se ela é a mulher certa para mim? E se esse novo investimento é o melhor da minha vida? E se o novo emprego é exactamente aquilo que procuro?


Falei com mulheres lindas, fui ignorado, ouvi "não" muitas vezes, mas troco todos os "nãos" por um único "sim", que me fez sorrir. Investi e perdi. Troquei de emprego e fiquei sem nada. Doí ouvir não, custa muito perder, é difícil aceitar que falhámos. Mas nada, nada doí mais do que um dia olhar para algo ou alguém e pensar, "E se eu tivesse tentado?". Este "se", doí mais do que qualquer "não", este "se", vai ser muito mais difícil de aceitar do que qualquer outra contrariedade da vida.


Eu tenho um "se" e luto por ele. "E se um dia, já velho, a morrer numa cama qualquer, eu olhar para o meu passado e não encontrar nenhum "se"?".

E se, eu tiver tentado, arriscado, sempre que um "se" me tentou deter?


Aí, tenho a certeza que irei sorrir antes de partir.

Um belo par de cornos


O que se passa com as pessoas e os cornos?

Um carneiro tem cornos e dá conta de uma rebanho inteiro de cabras. Antes de outro carneiro pensar sequer em montar uma dessas cabras, tem de dar uma sova no carneiro “residente”. As melhores vacas estão à disposição de um touro. O touro cobre-as e mesmo assim tem cornos.

Porque raio quando somos traídos, levamos um par de cornos?


Vivemos numa sociedade sádica, gostamos de ver sofrer, quando há um acidente, uma multidão pára para ver os mortos e feridos. Todos querem ver sangue ou no mínimo alguém em sofrimento. No caso de traições é o mesmo. As pessoas focam a sua atenção em quem foi traído e nunca no autor dessa mesma traição. O traído é o coitadinho e o coitadinho é corno.


“Coitado (ou coitada), deve ser difícil ter um par de cornos daquele tamanho”
Quem é traído sente-se envergonhado, afasta-se das pessoas amigas que sabem o que aconteceu. Quem traí, continua a sair à rua como se nada tivesse acontecido. Não acho justo. Quem é desonesto, não é tão torturado. Somos sádicos, gostamos de ver e fazer sofrer. Coitadinho...


Eu não defendo exclusividade sexual, também não defendo liberdade total. Tudo depende da relação, das regras criadas. Se é uma relação de exclusividade, então tem de ser respeitada. Se queremos ir “comer fora”, então devemos “rescindir o contracto” com a outra pessoa.





Hipoteticamente, se a minha namorada me traí com outro homem, quem é que eu culpo? Na minha opinião devo culpar a minha namorada, ou a mim próprio, nunca o outro rapaz. O outro rapaz viu uma oportunidade de tirar a barriga de misérias e aproveitou. Esse rapaz não tem que me prestar contas, terá sim que se explicar à sua namorada se a tiver. Eu só posso culpar a mulher em que confiei, pois ela sabia que me estava a trair. Posso também culpar-me, por ser em parte responsável por essa traição, visto que algo lhe faltava, algo que ela procurou em outro homem. Esse algo é sempre algo que eu lhe dava e deixei de dar, atenção, carinho, amor, etc.

No entanto homem ou mulher, quem é traído sente vergonha. Porque? Quem traí é que é desonesto e deve sentir vergonha. Não percebo... É esta vergonha que é vista como um atentado à nossa honra, que causa mortes. Matar quem nos traí de modo a recuperar a honra. Se eu chegasse a casa e encontrasse a minha mulher na minha cama com outro... Ambos iriam para a rua completamente nus. Pela porta ou pela janela não sei, mas nus iam. Depois iria queimar os lençóis e quem sabe a cama. Também desinfectar o quarto e queimar 8 Kg de incenso, pois sei bem o que me iria atormentar, imaginar todo aquele cheiro a sexo no ar.




Um colega meu, andava a ser traído pela mulher. Toda a gente sabia à meses, ele não queria acreditar. Certa noite, era suposto ele estar no turno da noite, tirou essa noite de folga. Tinha combinado com um grupo de amigos tirar isso a limpo, eu fazia parte do grupo. Passado duas horas vamos a casa dele. Silenciosamente ele entra, dois minutos depois uma luz acende-se no primeiro piso, ouvimos gritos e vemos um gajo a sair pela janela. Do grupo de pessoal a assistir à cena alguns tentaram apanhá-lo, mas aquilo não era um homem, era o Homem Aranha, o rapaz estava com tanto medo, que fugiu a saltar de telhado em telhado. Escusado será dizer que ninguém o apanhou e ainda bem. Não tenho dúvidas que por "amizade", aquele grupo o teria espancado sériamente. Nada muda o final da história, hoje ela está com o Homem Aranha. O Homem Aranha era um rapaz solteiro e descomprometido, que gosta dela e gosta de estar com ela. O meu colega era um casado que fazia vida de solteiro, gostava de sair comigo e o resto do pessoal, deixando a mulher em casa, mesmo se nós levávamos as namoradas.


O homem é quem traí mais. Na minha opinião, o homem não traí mais, simplesmente é apanhado com mais facilidade e não precisa de motivos para trair, basta haver oportunidade. Além disso em vez de trair e calar-se, não, tem de contar aos amigos. A mulher descobre e pronto, está tudo fodido. Ela não precisa de muito para acreditar numa traição.
A mulher por seu lado tem sempre motivos e o mais forte é o próprio companheiro. No entanto ele precisa de ver outro marmanjo a comer a mulher dele para esclarecer todas as duvidas.



Porque trai o homem?
Porque o homem só tem 4/5 litros de sangue (consoante o peso e altura) e ao contrário da mulher, temos duas cabeças para irrigar. O sangue não chega para manter uma erecção e pensar sobre as consequências das nossas acções. Não quero com isto dizer que este facto seja aceite como desculpa, é simplesmente a realidade. O homem trai unicamente porque teve a oportunidade para o fazer. Não há segundas intenções, não é um plano que temos de cumprir.

Porque trai a mulher?
Porque pensou nisso. A mulher quando trai é uma traição premeditada. A relação já está mal. Ela já deu a entender que não é feliz, mas o seu companheiro não percebe ou finge não perceber. Depois de ponderar, ela trai e nunca é por acaso. Ela é apanhada menos vezes pois ao contrário do homem, não fala disso com se fosse um troféu.



Agora quem descobre a traição mais rápido?

É o homem. A mulher reage mais rápido, basta uma amiga dizer a outra que sabe que ela foi traída e ela não descansa enquanto não tira isso a limpo.

O homem já sabe que vai ser traído, muito antes de o ser, simplesmente não quer acreditar, tem de ver para crer. Acha que se não pensar nisso e agir normalmente, que tudo passa. Os amigos já sabem, dizem-nos e não acreditamos. Pessoas estranhas sabem, dizem-nos e não acreditamos. Os nossos pais, já sabem, nós não acreditamos. Sai na primeira página do jornal, nós dizemos “mau, merda”, mas não acreditamos. Mesmo quando ela nos diz, que já dormiu com com a equipe de futebol da cidade, incluindo os reservas, nós duvidamos. Temos de ver para crer.

Não acreditamos porquê? Porque já sabemos. Já sabíamos que íamos ser traídos antes de ela sequer ter ponderado fazê-lo. Percebemos todos os sinais dela, todos os sinais que optamos por ignorar. Homem acredita realmente, que todos os problemas se resolvem se os evitarmos.

Meus senhores, sabem quando é que perdem a mulher que amam? Não é quando a traírem, mas sim quando tomam o amor dela como garantido. Quando sabem que ela vos ama imenso e que esse amor não irá acabar. Acaba.

Nunca tomem a vossa mulher como garantida, ela tem de ser seduzida todos os dias. Todos os dias deve ser assegurada do quanto gostamos dela. Podemos pensar que a conhecemos mas ter consciência que há muito mais a conhecer.

Nós somos, simples, fáceis de agradar. Ao homem basta-lhe três coisas; comida no estômago, dinheiro no bolso e sexo por perto, tendo isto somos felizes . Elas são diferentes. Mais sensíveis a pormenores aos quais não damos importância, depois do sexo quer falar ou simplesmente fazer ninho e gozar o momento, gostam de ser ouvidas e que o homem as tente perceber.

Na verdade a melhor maneira que encontro de as definir é: Elas são Humanas. Nós somos primitivos. As diferenças são tão grandes que acredito que o sexo feminino esteja um passo à nossa frente na escala da evolução.

No entanto... Gostaria eu de ser mulher? Não!

Salvem as crianças!


Já repararam bem nas canções que nos ensinavam em putos? Não estou a falar daquelas que se cantavam no jardim de infância como "Os Patinhos", ou a minha favorita "A vaca leiteira", até na Universidade se canta essa, com coreografia e tudo. Estou a falar das outras que aprendemos pouco tempo depois.


Ontem, uma amiga pediu-me para ficar duas horas como o filho dela de 8 meses, pois ela tinha uma entrevista à qual não podia faltar e, a ama contratada para o efeito não apareceu. Fiquei assustado, não ia dizer que não, mas eu iria andar à bulha com o puto, se ele borrasse a fralda antes da mãe regressar. Resumindo, mal a mãe saiu de minha casa, o fedelho começa a chorar, estava a dormir e acordou só para me chatear. Parece que telepaticamente, ele soube que a mãe tinha acabado de sair e que eu não percebia nada de putos. Peguei nele, andei de um lado para o outro ,pela casa toda, embalei-o, vi se a fralda estava borrada, ofereci-lhe leite. Nada. O puto não se calava.

Fui buscar uma cerveja, para me acalmar e não é que o fedelho se calou? Calou-se por 3 segundos a olhar para a garrafa. É mesmo alemão, não pode ver cevada fermentada. Foram só 3 segundos e voltou a chorar. Tinha duas opções: ou dava uma cerveja àquela sirene humana ou ia cantar-lhe algo, as mães cantam e os putos calam-se, mesmo quando elas cantam mal.

Que raio ia eu cantar? Não sei musicas de embalar em alemão, por isso lá fui eu cantado o que me lembrava em português, foi aí que eu reparei nas mentes porcas que escreviam canções infantis. Canções aparentemente inocentes com fortes conotações sexuais ou apelos á violência. Exemplos?


Aquela, que apela á violência para com os animais, aquela que faz os putos pensar que é normal atirar paus aos gatos para os matar. Matar um gato à paulada é possível, mas atirar paus com a intenção de os matar e esperar que o gato não se desvie e não fuja... Isso é ter fé.



Esta é pior, conta estória de uma miúda que vai a caminho de Viseu e se apaixona. Ao apaixonar-se, deixou-se ir, foi fraca e perdeu ali a virgindade, nem chegou a Viseu. Como muitas, ela dizia "chega, chega, chega" que não é um pedido para parar mas sim o entusiasmo do momento, pois quando paramos elas ficam fulas connosco. A certa altura, o entusiasmo parece ter sido tanto, que ela faz uma alusão ao sexo anal, acabando por dizer ao seu novo amor "arreda lá p´ra trás".

"Indo eu, indo eu,
a caminho de Viseu,
Indo eu, indo eu,
a caminho de Viseu,

Encontrei o meu amor,
ai Jesus que lá vou eu,
Encontrei o meu amor,
ai Jesus que lá vou eu,

Ora zuz, truz, truz,
ora zás, traz, traz,
Ora zuz, truz, truz,
ora zás, traz, traz,
ora chega, chega, chega,
ora arreda lá p'ra trás,
ora chega, chega, chega,
ora arreda lá p'ra trás."
Esta que se segue, foi escrita por alguém que conseguiu adivinhar a invasão de strippers Ucranianas que Portugal ia verificar nos primeiros anos do novo milénio.


"As pombinhas da Catrina,
andam já de mão em mão,
foram ter à quinta nova,
ao pombal de S. João.

Ao pombal de S. João,
ao quintal da Rosalina.
Minha mãe mandou-me à fonte,
eu parti a cantarinha.


Nestas primeiras duas quadras, o nome é inteligentemente disfarçado, apesar de não soar a um nome Português, pelo menos parece, por terem substituído Katrina por Catrina. Todas as strippers Ucrânianas são ou parecem-se com Katrinas. Os primeiros dois versos são uma previsão do futuro, como se o destino dela fosse realmente andar com as pombinhas de mão em mão. De facto, elas são as donas das pombinhas e deixam mexer quem querem, eu não tenho nada a ver com isso. Mas, cantar esta merda aos putos é que não, bolas!
Nos 4 versos que se seguem, é explicado que o Sr. João, residente na quinta nova e chulo de profissão, a acolheu por ter visto futuro nas pombinhas dela. Após ter sido apadrinhada por ele, a Katrina acabou a prestar "serviços" para a madame Rosalina, dona da casa de meninas da zona e sócia do Sr. João.

Nos últimos 2 versos a Katrina faz referência ao facto de a mãe dela na Ucrânia não saber o que a filha faz em Portugal. A mãe pensa que a filha veio para trabalhar enquanto ela só é paga para lhe "partirem a cantarinha".


"Por ser o pombal tão estreito,
e asas termos pr'a voar,
nós voamos com tal jeito,
que não qu'remos já voltar.

Se alguém nos vê passar,
diz: que lindos que eles são;
nós não queremos já voltar,
mas andar de mão em mão."


Estes últimos versos falam sobre o pombal da miúda. Li um blogue, onde há dias foi feito um post a perguntar se "as conas mudam", podem não mudar, mas são todas diferentes, há mais e menos estreitas, o que tem a ver com a grossura dos lábios vaginais, mas isso é outro assunto. A Katrina tinha a crica estreita, no segundo verso revela a sua ambição, ela quer libertar-se desta vida, mesmo sendo boa naquilo que faz (tal como refere o terceiro verso), mas quer ficar por Portugal, pois encontrou um otário, um desesperado que a quer sustentar. Juntos, fazem um lindo casal passeando de mão em mão, na rua!


É lógico que o puto se calou, aos 8 meses teve o seu primeiro contacto com a pornografia. Eu, como adulto fiquei chocado.

A poesia do andaime


Recebi visitas. Três raparigas que estudaram comigo. Três representantes da profissão mais ingrata de Portugal, que é a de docente. Vieram a uma formação a Hamburgo e entraram em contacto comigo.







As gajas reparam em merdas, que não passa pela cabeça de um gajo. Neste caso, elas chamara-me a atenção, para o facto que os trabalhadores das obras em Hamburgo não "mandarem" piropos. De facto, aqui não há a cultura do piropo. Aqui quem manda são elas. A mulher alemã é quem manda, o homem baixa a bola ou leva na tromba, por isso o alemão, não olha para mini saias, não olha para decotes, não manda piropos e é por pouco que não são todos paneleiros.







Este facto, fez-me escrever este texto sobre as maravilhas do piropo Português, o romantismo do tijolo, a poesia do trolha.







Os poetas falam na noite, nas estrelas. Os namorados sentam-se sob o luar, abraçados a olhar as estrelas enquanto trocam palavras de amor. Os trolhas é mais:
- Ó estrela, queres cometa?







A primavera chega, as abelhas andam doidas, os passarinhos andam quentes. Os trolhas querem polinizar:
- Ó flor, posso por?







A mistura inocente entre o elogio e o pedido de informação, patente na pergunta:
- Belas pernas, a que horas abrem?







A maneira simpática como o trolha se comporta como um critico de moda, dando a sua opinião em como ela poderá melhorar o seu guarda roupa:
- Estás tão boa que fazia um vestido de saliva!







O piropo de merda:
- Com um cu desses, estás convidada a cagar em minha casa!







Há trolhas com o diploma da quarta classe. Com um piropo como o que se segue, qualquer pessoa diria que este chegou no mínimo ao quinto ano:
- Ó morcona, comia-te o sufixo!







Este piropo causa-me náuseas, não pelos fluidos mas sim pelos dedos em si:
- Diz-me quem é a tua ginecologista para lhe ir chupar o dedo!







A originalidade, já não é uma realidade. Os piropos são sempre os mesmo. As mulheres já não ouvem novidades e preferem ir dar a volta de 3km ao quarteirão, do que passar em frente a uma obra.






Contudo, na minha opinião, existe um piropo que para mim é genial. A mulher não vai para a cama connosco, mas lá que vai achar a sua graça vai. Este piropo é nortenho, os sulistas demoram uns segundos até perceber a piada:


- Tu és como um helicóptero: Gira e boa!



O nome do pénis


Chega!

Ando por aqui na net a ler blogues, achei alguns que gosto e recomendo. Sei que há mais blogues que irei gostar, mas descobrir um bom blogue é algo casual.


No entanto estou constantemente à procura de novidades com qualidade. De preferência bem escritos, pelo menos sem erros ofensivos.




Ando a ler merdas que me irritam. Blogues que só falam mal de outros blogues. Blogues que estão escritos em forma de sms, com imensos k´s e merdas do género. E as todas as pissas, piças, pixas, pichas, pixotas e pichotas.



Por favor, se não sabem escrever uma palavra usem um dicionário, se a palavra não vem no dicionário, usem um sinónimo. Usem "pénis". Se não querem ser tão formais, usem "caralho", também é bom Português. Agora "piça" é que não!

Se querem usar essas palavras, usem-nas com a grafia correcta: Pissa, Pichota e Picha.

Já não há paciências para ler mais merdas como "piça". O erro em pixa até é desculpavél, mas de facto, escreve-se Picha.

Em caso de dúvida em como se escreve, temos imensas alternativas a picha, pichota e pissa, temos: caralho, mangalho, vergão, vergana, bacamarte, pau, mineiro, taco, júnior, careca, cabeçudo, zarolho, aparato, becho, cacharro, canitrote, caixa da ferramenta, cimbrel, gaita, grilo, toupeira, cobra, cobra zarolha, cobrão, minhoca, nabo, osso, pila, pirilau, pilinha, pica, pirola, sabre, trangalho, golfinho, tapa buracos, urso e claro verga, entre outros...

Tempo!


Hoje esteve paneleiro todo o dia. É verão, estiveram 29 graus (devido ao clima ser aqui húmido, imaginem 32 graus em Portugal), esteve calor, muito calor. A palavra em Alemão que significa que está calor, abafado mas um dia cinzento pronuncia-se de maneira muito similar à palavra alemã que significa paneleiro. A diferença é que uma tem um "u" e a outra tem um "ü".
Para um português não é fácil pronunciar o "ü", para o fazer posicionem a boca com se estivessem a chupar numa palhinha e digam "i". Exacto. Não é fácil e, durante uma conversa é difícil posicionar a boca assim sem nos sentirmos ridículos. Visto que o verbo "sein" = "ser" pode também significar "estar", dependendo do sentido da frase, eu, numa simples conversa dentro do metropolitano em hora de ponta, pronunciei inadvertidamente "u" e não "ü", tendo acabado por dizer em voz alta que o tempo alemão era paneleiro. Pior como adicionei a palavra "sehr", acabei por dizer "muito paneleiro".

As aparências iludem


Tinha acabado de chegar a Portugal. Nessa noite ia ver um concerto, por isso resolvi ficar num hotel em Lisboa durante o fim-de-semana, aproveitando para mostar um pouco de Lisboa às pessoas que estavam comigo. No hotel, larguei as malas, tomei duche e vesti outra roupa. Visto que esse concerto era no Paradise Garage, a nossa endumentária não tinha de ser tão formal como se fosse ver o Pavarotti. Antes pelo contrário, se vais todo bem vestido, arriscas-te a ficar mal visto. Vesti a roupa apropriada para o evento. Bota biqueira de aço, calção pelo joelho, t-shirt com o nome da banda em questão e um penteado à "acabado de acordar".

Como tinha receio que o cartão do meu banco não funcionasse em Portugal, eu trazia na carteira dinheiro vivo, por volta de 3,500 euros. Planeava ir a um banco fazer um depósito, depois ia dar uma volta, jantar e finalmente iamos ao concerto!

Tenho quase a certeza que foi no Colombo, mas não aposto. Lá, deparei com a loja Maximo Dutti. A minha namorada na altura, adorava o perfume desse estilista e ele só se vendia na cadeia de lojas com o mesmo nome. Entro e dirijo-me à vitrine onde estava o perfume.

Após alguns minutos de espera, uma rapariga "fez o favor" de me atender. Olhou-me de alto a baixo com cara de enjoada.

- Posso ajudá-lo?

- Pode, quanto custa este prefume?

A minha questão devia-se ao facto de haver 2 caixas diferentes do mesmo perfume. Nisto ela responde:

- É caro!

Que vaca! Um gajo para ir à Maximo Dutti tem de ir de fato e gravata pelos vistos.

- Caro? Talvez seja caro para sim! Eu levo o mais caro que tiver.

Ela fica a olhar para mim com cara de parva e pega na caixa maior. Já atrapalhada diz:

- Com ou sem doseador?

- Qual é o mais caro?

- Com doseador.

- Então isso nem se pergunta, quero o mais caro.

Por ter dito pronunciado "o mais caro" duas vezes, veio logo um rapaz com uma placa ao peito a dizer "gerente". Ele tinha estado a observar a situação mas agora já não estava a sorrir.

- Posso ajudá-lo em mais alguma coisa.

- Acha mesmo, que eu compro aqui mais alguma coisa?

O rapazinho baixou a cabeça, percebeu perfeitamente o que eu queria dizer.

Como ainda não tinha ido ao banco, fiz questão de pagar os 78€ do perfume com uma nota de 500€ só para chatear.


É isto que me irrita em muitos portugueses, o facto da avaliarem as pessoas pela aparência. Se eu fizesse isso em Hamburgo, estava no fundo de desemprego. Na empresa onde trabalho, uma "villa", onde temos de andar de fato e gravata, independentemente se estão -15 graus ou 40 graus, temos como clientes alguns dos homens e mulheres mais ricos de Hamburgo. O nosso cliente mais importante, tem os seus 60 anos e entra nos nossos escritórios de jeans rotas no joelho, botas à cowboy, camisa aberta a deixar ver uma t-shirt que diz "despe-te, deita-te, preciso de falar contigo", o seu cabelo, que já só tem metade do que devia, está todo espetado no ar com gel. Se fosse a julgar esse cliente pela sua aparência, eu teria sido despedido e provavelmente não iria conseguir trabalhar no mesmo ramo para o resto da minha vida.

Acho incrível o julgamento de pessoas que não se conhecem, mais incrível ainda é julgá-las pelo que vestem. O vocalista dos Aerosmith, disse uma noite nos MTV Awards "Se vocês soubessem o caro que é vestirmo-nos de uma forma tão rasca...".

   

O aniversario da tristeza!


Hoje estou triste e quando assim estou não há nada a fazer, não quero falar com ninguém, não quero estar com pessoas. Quero estar sozinho, eu e as minhas memórias. Escrevo na mesma mas não gosto do que escrevo. Hoje é o aniversário da minha tristeza. Não sou uma pessoa triste, antes pelo contrário mas o dia 19 de Julho é sempre assim. Perdi alguém neste dia, tal como perdi muita gente noutros dias, mas este doí mais. A pessoa perdida não era família, nem conhecida de longa data. Foi sim, uma pessoa que apareceu do nada, marcou a minha vida e foi-me roubada sem aviso. Há quem lhe chame destino, ao que eu respondo, "destino o caralho!".
Porque motivo as pessoa sentem necessidade de dizer algo a quem chora uma morte? Na verdade, ninguém sabe o que dizer a quem perdeu alguém. Acham que “devem” dizer algo. Não! Não devem. Devem é ficar calados. O silêncio é a melhor maneira de respeitar os sentimento de quem sofre uma perda.
"Os meus sentimentos", as pessoa na verdade dão-nos os sentimentos. É ridículo que numa altura em que não conseguimos compreender, nem lidar com os nossos sentimentos, as pessoas ainda nos querem dar os delas. Não obrigado, os meus sentimentos chegam perfeitamente.
"Sei como te deves estar a sentir", dizem também. Como se “deve” uma pessoa sentir? Se realmente soubessem como me sinto, não usariam a palavra “deve”. "Sei..." implica certeza, "deve..." implica incerteza, o que torna esta frase vazia de significado.
O melhor é não dizer nada. Ainda hoje me lembro do olhar da Joana, essa sim disse tudo sem nada dizer, olhou-me nos olhos e viu a minha dor, ao olhar nos olhos dela via sua força. Bastou um breve olhar e os nossos corações falaram. O que disseram não sei, mas sei que foram as palavras certas, pois por momentos as lágrimas pararam e a dor fez um segundo de pausa.


Em memória de E.H. 19.07.98