A crise do Islão e Europa

Depois da minha série de 3 textos sobre as vontades políticas de atacar a Síria e Irão estamos em condições de fazer uma analise final.
O ocidente perdeu a guerra política e como disse, se eles falhassem em justificar um ataque ao médio Oriente iria procurar um novo alvo.

O objetivo real dos Estados Unidos é encontrar formas de atacar a economia Chinesa, mantendo uma retórica de medo em tempo de eleições.
O objetivo real Europeu é distrair o povo da crise Europeia enquanto se continua a campanha de seleção da União Europeia. Esta seleção tem em vista pilhar os países incapazes de suportar o Euro, financiando esses pais com intenção de os deixar em rutura. Assim que for atingida a rutura, o pais não terá capacidades económicas e mesmo saindo do Euro e não pagando as dividas, esses países vão ter, após de criarem uma moeda nacional, de se voltarem a endividar junto dos países ricos.
O objetivo Russo era impor a sua presença e poder na política mundial, bem como não perder a sua influencia no médio oriente e tal como nos EUA numa altura de eleições.
O objetivo de Israel era manter o clima de guerra fria no médio oriente, também em altura de eleições. Israel sabe que atacar o Irão significaria a destruição total de Israel mesmo tendo armas nucleares.
O objetivo do Irão era manter a face também em altura de eleições.
A Síria conseguiu provar que os rebeldes estavam a receber apoio internacional e provou que o povo apoia o governo e não os rebeldes após 51% do povo ter votado favoravelmente no governo no ultimo referendo.



A retórica de guerra falhou pois o ocidente precisava do apoio da Índia, que após muita hesitação, recusou reduzir a quantidade de petróleo importado do Irão e desta forma se terem juntado ao vizinhos China e Rússia. Isto ficou claro quando a China mandou retirar os 20.000 soldados colocados na fronteira entre Índia e Paquistão, pais que anunciou apoiar os irmãos muçulmanos.

Nesta guerra de palavras todos cederam. O Irão disponibilizou o acesso a todas as instalações que a comunidade internacional queria acesso. A China baixou as importações de petróleo do Irão em 45%. Os Russos pararam de falar na defesa militar da Síria, falando em impor um cessar fogo. A Europa recuou ao não impor um embargo total de petróleo e os Americanos recuaram ao isentar 10 países Europeus do embargo e ao afirmar não apoiar um ataque Israelita ao Irão. Israel recuou deixando de ladrar ao Irão e passando unicamente a rosnar.
Tudo isto não passou da velha retórica "tenho uma pila maior que a tua e tomates de aço", essencial em tempo de eleições em países que usam do nacionalismo como arma eleitoral aliada a fins económicos.

Tal como seria de esperar os cães de guerra Americanos viraram-se contra um novo alvo: Coreia do Norte, cortando a ajuda alimentar ao país, por causa de um lançamento de um satélite. Neste momento os Americanos assistem a Coreia do Sul na exibição do seu pénis ao realizarem conjuntamente treinos militares em aguas territoriais da Coreia do Norte e como seria de esperar a Coreia do Sul está em época de eleições.

Neste momento os EUA estão em crise económica e com a sua única industria, a militar parada, necessitam de uma guerra. Não podemos ignorar que em pouco mais de 200 anos de existência, os Estados Unidos da América estiveram envolvidos em mais de 180 guerras. Precisam de usar armas para fazer armas, alimentando a sua única industria e ao mesmo tempo distrair o povo Americano durante as atuais eleições, onde Estado após Estado estão a ser detetadas irregularidades eleitorais onde milhares de votos estão a ser apagandos do sistema ou simplesmente contados a favor de Romney e contra o único candidato Americano que poderia mudar os EUA, Ron Paul.



Mas as liberdades internacionais deram mais um passo em frente com as novas potencias mundiais Brasil, Rússia, Índia, China (BRIC), que agora de chamam BRICS depois da entrada da África do Sul, terem discutido esta semana alternativas ao dólar, querendo largar o dólar como moeda de reserva mundial e indo mais longe querendo criar uma alternativa aos grupos corruptos como Banco Mundial e FMI. Apesar de serem noticias que afetam diretamente a economia Europeia, afetam bem mais a economia Americana, mas são um sinal de esperança para o futuro de todos os países Europeus em crise que vão ter de abandonar o Euro.

Muitos acham que os apoios Alemães aos países em crise possuem a intenção de salvar o Euro, mas isso não é verdade pois eles sabem que é uma moeda impossível de ser mantida pela Grécia, Espanha, Irlanda, Itália, Portugal e Bélgica. Por isso a intenção é manter esses países endividados o mais tempo possível com o objetivo de pilhar as suas reservas de ouro e de os deixar numa posição em que necessitem de décadas para recuperar.
Prova disso são as recentes exposições publicas na Alemanha de dois problemas interessantes:

1- 60% do ouro Alemão está em bancos Americanos e suspeita-se que não existe mais. Peritos Americanos insinuam que o ouro foi gasto pelo governo Americano e o governo Alemão está hesitante em ceder aos pedidos do povo e pedir contas sobre esse ouro, pois ao confirmar-se que o ouro não existe o conflito político entre os dois países seria impossível de evitar.

2- Foi exposto pelo Der Spiegel que a Alemanha tem estado a imprimir DM2, ou seja, Deutsch Mark 2 uma nova versão do Marco Alemão largado pelo euro. Isto é prova de que a Alemanha sabe que a ilusão do Euro não vai ser mantida quando os países endividados decidirem não pagar a divida e abandonar o Euro. A Alemanha pode simplesmente do dia para a noite converter todas as dividas em Deutsch Marks 2, abandonar o Euro e manter viva a forte economia atual.



Agora pensem, porque motivo a Alemanha tem as suas 5 casas da moeda a imprimir Deutsch Marks não tendo sido afetada por esta crise, ainda mantendo acentuado crescimento económico, que em 2012 baixou o desemprego colocando no mercado de trabalho mais 3 milhões de Alemães, mantendo campanhas ativas na Grécia, Itália, Espanha e Portugal de aliciamento a trabalhadores qualificados em particular licenciados? Ao mesmo tempo os países que sabem que precisam sair do Euro se recusam a dar inicio a um plano B e preparar uma moeda nacional? Temos dois exemplos de como lidar com a crise:

O errado:
Espanha com o maior desemprego da Europa, 23%, gastou este mês 1 milhão de Euros em gás lacrimogéneo em vez de começar a imprimir Pesetas.

O certo:
O Reino Unido aumentou o numero de trabalhadores em Embaixadas e consulados por toda a Europa, preparando-os para dar apoio aos Imigrantes Britânicos em caso de motins e/ou encerramento dos bancos e consequente congelamento de fundos.

A Grécia viu todo o seu ouro roubado pelo FMI, após o Primeiro-Ministro Grego ter sido substituído por um homem do FMI e se isso acontecer também em Espanha e principalmente em Portugal, a capacidade de criar um nova moeda suportada por ouro vai ser impossível e vão ser obrigados a criar um nova moeda suportada pelos novos Marcos Alemães.



Como se diz popularmente: "à terceira é de vez" e no dia em que a Alemanha anunciar a nova moeda Alemã, a Europa estará oficialmente conquistada e desta vez ser armas.
Apesar de tudo, vivemos na altura muito interessante e iremos assistir a algumas das maiores mudanças do século que irão invariavelmente mudar o mundo em que os nossos filhos vão viver.

Kony 2012 (Parte Final) Sr. Punhetas

O Jason dos Invisible Children foi detido depois de durante um meltdown cerebral ter sido apanhado completamente nu, na rua e acusado de se masturbar em publico. Quanto a isso não tenho nada a dizer pois é óbvio que ele é controlado por grupos poderosos e estamos na presença de mais um que se passa da cabeça por não aguentar a pressão. Nos últimos anos tivemos muitos caso deste tipo, de pessoas que deixam de suportar o controlo e simplesmente de passam da cabeça, como por exemplo: 

Na musica: Britney Spears e Amy Winehouse: Por se quererem retirar da ribalta.
No cinema: Charlie Sheen e Mel Gibson: Depois de respetivamente terem dado as suas opiniões sobre o 11 de Setembro, e Holocausto passaram a acusados de violência domestica e iniciaram um processo auto-destrutivo. Charlie Sheen estava a tornar-se inconveniente depois da sua carta aberta ao Presidente Obama sobre o 11 de Setembro.
Na comédia: Richard Prior e Bernie Mac: O primeiro "matou" o seu próprio carro a tiro e o segundo saiu armado para a rua gritando que o queriam matar, Bernie Mac foi encontrado morto dias depois.
Temos os que escaparam como: Dave Chapell: simplesmente largou tudo, comprou uma quinta no meio do nada e desapareceu, tendo dado uma entrevista deixando no ar uma pergunta "O que acham que leva uma pessoa com dinheiro e sucesso a sair nu para a rua, de arma na mão, gritando querem matar-me?". Outra que escapou foi a dona de uma das melhores vozes do século, Joss Stone: Quando se conseguiu libertar disse que sabia que nunca mais a iam deixar ter sucesso, mas mesmo assim fundou a sua editora e lançou o seu novo disco, dias depois sofreu uma tentativa de assassinato.

Isto não serve para desculpar o líder dos Invisible Children, serve para explicar que quem vende a sua alma a estas elites manipuladoras não tem mais liberdade e não consegue sair sem um enorme prejuízo.
Outro exemplo é Michael Jackson que desapareceu depois de ter lutado contra a Sony Music e ter exposto a manipulação na industria, passou os seguintes anos em tribunais e quando ia voltar ao palco sem as elites, morreu.

Aqui esta parte do que Jason fez na rua, não acredito que se tenha masturbado mas é visível que ficou completamente louco:


No entanto os Invisible Children vão continuar com esta propaganda, continuar a recrutar o seu exercito de crianças ativistas para combater crianças soldado e precisam ser combatidos e ridicularizados sendo este o melhor exemplo de ridicularização feito a este grupo... simplesmente genial:



A comunidade do Youtube arrasou a campanha Kony 212 com centenas de vídeos de investigação e críticos, ao pontos dos Invisible Children fecharem os comentários os seus vídeos.
A comunidade Twitter segue o mesmo caminho havendo 3 twitts negativos por cada positivo e o campo de batalha final é o Facebook, onde KONY 2012 ainda tem poder mas ainda há tempo de travar a mais uma loucura, iniciando uma nova guerra de caça a mais um fantasma onde vai ser o povo do Uganda a sofrer. O inimigo do povo não são Hitlers, Sadams, Bin Ladens ou Konys mas sim a propaganda que a historia nos ensinou a identificar mas que a maioria consome como se fossem os seus cereais matinais.


(fim da série)  

Kony 2012 (Parte 3)

Nota: Antes de abordar a nova noticia do ativista que bate punhetas em publico, irei terminar a sequencia de textos:

O Presidente do Uganda que mantém o poder desde 1986, tomou o poder com um exercito de milhares de crianças. Tem o poder porque apoia o imperialismo ocidental e sua influencia em África. A questão não são as crianças mas sim quem está e não está recetivo a liderar sem poder real, a troco de dinheiro. Um pouco como o que se passa na Nigéria, onde o governo pro-ocidental é o bom da fita ao passo que o grupo que tomou controlo de uma zona rica em petróleo, porque quer que o dinheiro desse petróleo seja investido na Nigéria e não na Europa, são os terroristas. 

Em 1985, um ano antes de tomar o poder Yoweri Museveni deu uma entrevista ao ocidente explicando o uso de crianças na guerra, dizendo que faz parte da cultura do Uganda os rapazes desde os 4 anos aprenderem a lutar e usar armas. Existe também uma entrevista a Joseph Kony feita por Sam Farmar, que não permite que ninguém use a totalidade ou parte dessa entrevista em caso algum... eu quero que ele se foda e vou revelar o conteúdo da entrevista.

(Sam filho, este vídeo está no teu canal e isto não passa de um link. Se queres o vídeo fora deste blogue, retira-o do teu canal e... it's a kind of magic... deixo de o poder linkar)

Kony falava do que o motivava nesta guerra, a vontade de libertar o Uganda da presidência vitalícia de Yoweri e que nem haveria guerra se o Presidente se encontra-se com ele no mato. Nessa entrevista ele acusava Yoweni de usar imagens de crianças mutiladas como propaganda contra o LRA. O jornalista entrevistado admite que não viu criança nenhuma mas que ouviu dizer que havia 15 no grupo. QUINZE, ora conseguimos ver uma ligeira diferença entre 15 e os 30.000 mencionado pelos Invisible children (vejam a imagem do texto anterior), mas o jornalista refere que os seus soldados apesar de não serem crianças estão com ele desde criança, desde que foram raptados... seria um triste comentário para um jornalista, mas aceitável para um mercenário jornalístico. 

Nesta entrevista, o jornalista aproveita quando o Kony fala na sua língua nativa para nos dar uma tradução que justifique os motivos que o levaram lá. Aceito que há crimes por parte dos LRA e há crimes por parte das tropas governamentais mas Kony diz que gostaria de ver eleições no Uganda e não um Presidente eterno como existe agora. Sinceramente isso sempre foi um desejo não só Africano mas em todo o mundo, por esse desejo se assassinou a família real em Portugal.

A diferença entre criminoso e justo está em quem tem o poder e por isso Kony é o único criminoso. Este jornalista tentou perpetuar a imagem de louco com a mania que é Deus perguntando „Foi Deus que lhe disse para lutar esta guerra?, esta pergunta é uma armadilha pois quer ele responda que sim ou não ele está correto. Um crente religioso que luta pela liberdade acha que Deus está do seu lado. Os Americanos dizem „God bless America“, „One nation under God“, „In God we trust“. Mas Kony mostrou não ser o preto burro que o jornalista tentou mostrar ao mundo e respondeu: „Não, não é assim, Deus não me disse para lutar“. Não desistindo o jornalista insiste perguntando a Kony, quantos espíritos falam com ele, e pronto, ele respondeu que muito espíritos falam com ele e ficou rotulado de louco sem importar que ele tenha esclarecido que a medicina africana depende dos espíritos, pois não existe medicina.

Em África ainda são os curandeiros, com ajuda de rezas e espíritos que selecionam ervas e misturas naturais criando medicamentos... tudo bem, placebos mas a nossa cultura evoluída também os tem... quem nunca tomou Melhoral... que nem faz bem, nem faz mal? Não faz nada, mas para quem acha que ajuda, certamente se sente melhor. 

Mas afinal quem esta a ser atraído por toda esta propaganda? Analisando as estatísticas online dos vídeos de promoção Kony 2012, eles estão a ser devastador nos rapazes e raparigas dos 13 aos 17 e nos rapazes o vídeo continua a atrair dos 19 aos 24 e isto tem uma explicação: Os homens não só possuem um atraso de 2 a 4 anos de maturidade em relação ao sexo feminino como também possuem uma estupidez prolongada de 5 a 7 anos depois da adolescência. Existem exceções mas eu adoro a regra.

Aqui temos o sucesso da campanha, pois são estes jovens que sem mais nada que fazer, tornam estes vídeos virais. Como já disse, depois das criticas terem começado os Invisible Children publicaram no seu website os relatórios anuais de contas mas continuam a recusar uma auditoria por parte de um grupo independente. Por isso possuem menos 50% de pontuação de confiança no que toca a transparência. Gastam menos de 37% nos programas que apresentam ao publico sendo o restante para ordenados e propaganda e no final sobra dinheiro como mostrei no primeiro texto. Os 3 lideres deste grupo que podem ver nesta bela fotografia com ar super cool armados no meio de rebeldes Sudaneses:

 (Ironicamente os rebeldes Sudaneses usaram e ainda usam crianças soldado mas eles estão numa onda cool demais, de armas na mão para se preocuparem com os novos amigos.)

Estes 3 afirmaram receber em 2011 como salário:
Ben Keesey – Diretor – 88.241 dólares 
Jason Russel – Co-fundador – 89.669 dólares (O Sr. Punhetas)
Laren Poole – Co-fundador – 84.337 dólares
Cada um deles recebeu 1% de todos os lucros de 2011 e como já disse só na primeira semana deste mês fizeram mais dinheiro do que em todo o ano de 2011. Neste momento alem de censurarem comentários nos seus vídeos e banirem certos utilizadores, entram com ações junto do YouTube e websites para retirar vídeos e estudos que exponham o projeto Kony 2012. Parece que este ano vão gastar muito dinheiro em ações judiciais e por isso África vai receber menos do que os 37%. 

Kony 2012 quer uma intervenção armada no Uganda onde está o petróleo e o ouro, ignorando que Kony está desaparecido há anos e os 400 rebeldes do grupo já nem estão no Uganda mas sim no Congo.

Não sigam lideres, não sejam ovelhas num rebanho. Leiam, ouçam, questionem e busquem as vossas respostas. Analisem os dados concluídos e chegam ao que importa, não a verdade mas sim a vossa verdade. Se querem apoiar apoiem, mas tendo a informação vão apoiar conscientes de que acreditam no protesto. Se não apoiam, falem, imponham-se. Sempre que um amigo vosso começar a soltar traques orais imaginando-se um bloquista de boina na cabeça e polegar no rabo, confrontem-no não para mudar a forma dele pensar mas para impedir que ele passe o vírus da idiotice mascarada de intelectualidade.


Kony 2012 (Parte 2)

Kony 2012 era suposto ser um único texto mas pelos visto merece mais atenção do que isso e vou continuar a abordar o tema.
Os vídeos sobre Kony referem que ele raptou, e os números dependem do vídeo, entre 30.000 a 60.000 crianças. Quem viu o vídeo ficou a pensar que o Kony tem um exercito de pelo menos 30.000 soldados, quando na verdade se trata do numero de crianças alegadamente desaparecidas no Uganda nos últimos 25 anos, sendo que existem imensos grupos guerrilheiros no Uganda e não existe um Census populacional. Outro facto importante é que ninguém sabe onde está Kony, ninguém o viu, ninguém ouviu falar dele há pelo menos 6 anos e as autoridades do Uganda alegam que ele foi morto por volta de 2006. Coincidentemente desde de 2006 não existe nenhum ataque do grupo LRA liderado por Kony. Kony é mais um fantasma para aterrorizar o mundo. Um pouco como o Bin Laden, que muitos anos depois de ter morrido foi capturado, assassinado e o seu corpo inexistente deitado ao mar. Kony pode assim ser a nova caça aos gambuzinos onde depois de matarem o morto... já que estão ali, o melhor é aproveitar aquele petróleo por explorar. 
A consciencialização da verdade por detrás de Kony 2012 está a ser gigantesca, a tal ponto que a maioria dos vídeos Kony 2012, em particular no youtube censuram comentários, pois estão diariamente a ser expostos.

(Vamos capturar um criminoso por ano. Apoiem o Bush 2012)

Na primeira semana de Março Kony 2012 recolheu 15 milhões de dólares em donativos. Numa só semana conseguiram mais dinheiro do que em todo o ano de 2011, aproveitando-se da estupidez mundial dos jovens que seguem ideias sem as estudar, sem as questionar. 
Recentemente o Diretor Geral do grupo Invisible Children deu um esclarecimento sobre a organização, pois já está mais do que provado que eles recebem dinheiro e não o partilham com ninguém. A forma encontrada para escapar a estas criticas foi dizendo a verdade. Jedidiah Jenkins disse que: „37% de todo o dinheiro é aplicado nos programas em África“, isto significa, manter os grupos que trabalham em África, quer neste projeto que nos projetos a serem inciados, pois este grupo tem uma lista de homens tipo Kony e Kony é só o primeiro. Ele continua dizendo: „20% vai para salários“... vamos fazer contas, 15 milhões numa semana são por volta de 60 milhões neste mês e 20% em salários significam 12 milhões! Parece que os diretores receberam um grande aumento de salário e já não recebem os +-80.000 dólares por ano como receberam em 2011. Por fim ele refere-se aos restantes 43% „usados em programas de consciencialização“, meus amigos aqui está a verdade: Metade dos donativos vão para propaganda. O rei da propaganda foi Hitler e os Nazis, em que Hitler disse algo que aplica a este projeto, Kony 2012, „Faz a mentira grande mas simples, insiste nela e eventualmente todos vão acreditar“, para isso se usam as redes sociais, pois todos os idiotas partilham imagens que colocam nos seus sites, em comentários ou em blogues fazem curtos textos de apoio ao projeto Kony, sem entrar em grandes detalhes dos motivos pelos quais apoiam esta insanidade, e isto porque nem eles sabem porque apoiam. Jedidiah Jenkins em vez de se calar continuou dizendo: „A verdade sobre os Invisible Children é que não somos uma organização de ajuda humanitária nem tencionamos ser. As pessoas pensam que andamos por África a dar sapatos ou comida mas somos unicamente uma organização de consciencialismo“ leia-se, propaganda.
Desses 43% que referi, 20% são gastos em viagens e filmagens e toda esta percentagem é gasta nos EUA. O que esta campanha busca é tornar os jovens apoiantes de guerras, se a propaganda for a favor de uma suposta guerra „justa“. As guerras da moda chamadas „preventivas“ em que se começa uma guerra para evitar que a guerra seja começada (por outros). As pessoas que esta campanha quer apanhar são pessoas que estão acordadas e a acordar. As pessoas que deixaram de acreditar na TV e que buscam informação por outros meios. Pessoas como eu e como vocês. Somos alvos porque estamos a vencer a guerra informativa. Varias vezes referi que 1% da população está acordada e a ver o mundo de outra forma, nos últimos meses esse numero disparou. Há agora milhares de blogues e sites a falar destes assuntos e diria agora que 10% da população está acordada ou a acordar e 10% é uma vitoria nossa, pois 1% é a elite e os 99% de adormecidos são agora 89% e esses não contam nem contra nem a favor da elite ou dos acordados, pois dormem o sono dos escravos.

Antes de terminar este texto vamos ver a imagem que os Invisible Children usaram para tentar ilustar os exercito de crianças de Kony:


Marquei por cores as mesmas crianças que aparecem vezes sem conta na imagem. Mesmas caras, mesmas roupas, mesma posição e por vezes com uma ligeira descoloração do tecido.


Próximo texto - Parte 3 (ultima parte) 

Kony 2012 (Parte 1)

Esta parece ser a luta da moda, um grupo de brancos usando de um dos seus filhos, pequenino, branco e lourinho, como todos nós gostamos, criaram um vídeo bonito, comovente que em 5 dias teve mais de 50 milhões visualizações. Para quem não viu o vídeo, vamos ver e pode ser que se comovam um pouco e depois continuamos a conversar: 

 
OK, limpem a lágrima!
No final do vídeo, nas descrições, há um detalhe importante: Antes de nos darem o link do website para obtermos mais informações, pois poderíamos ir também ao um motor de busca buscar informação externa. Eles dão-nos primeiro o link para doar uns trocos, os trocos inerentes a uma lágrima comovida ao ver este mini-filme dramático. Não! Primeiro informação e depois veremos se vale a pena abrir a carteira. Por isso fechem a certeira por uns momentos e deixem-me terminar. 
Kony 2012 é supostamente uma forma de protesto para „obrigar“ as autoridades a agir sobre um guerrilheiro criminoso no Uganda tornando-o conhecido internacionalmente através de um protesto global. Este grupo chamado de „Invisible Children“ trabalha na base „Problema, reacção, solução“, estão a pegar num criminoso, tornando-o conhecido como forma de nos apresentarem um problema, a população ao começar a falar disto vai exigir uma solução e tropas internacionais entram no Uganda tomando controlo dos recursos naturais e esta organização fica rica (vão perceber dentro de umas linhas).
Vamos ver o site deles http://www.invisiblechildren.com mais um vez temos a opção de „Doar“ antes da opção de ver „o que fazemos“

Mas o importante no site é a recente novidade, e digo recente pois só foi colocada há muito pouco tempo quando o grupo começou a ser exposto. A novidade é este gráfico de despesas: 

O gráfico é acompanhado por uma outra novidade: Os relatórios financeiros desde de 2009: http://www.invisiblechildren.com/financials.html Este grupo vende T-shirts a 25 dólares para ajudar a campanha, uma porcaria de kit de ativista com duas pulseiras uns autocolantes, uns cartazes, e acho que ficava bem um preservativo com a cara do Kony, por 30 dólares e ainda pedem uma pequena ajuda mensal para manter a campanha viva. Na verdade e na minha modesta opinião, estes gajos não passam de um grupo de filhos da puta que iniciaram mais um negócio da moda. Mais uma organização humanitária que nos enche de propaganda como forma de obter lucro fácil. Este grupo gerou em 2011 mais de 10 milhões de dólares e destes, menos de 2 milhões chegaram ao Uganda e dos 2 milhões que chegaram ao pais menos de meio milhão foi usado para os fins publicitados. As pessoas na frente desta organização possuem um vencimento de 80 mil dólares por ano e recusam-se a prestar contas a uma das instituições que investiga estes grupos "humanitários" onde por lei mais de 60% dos rendimentos devem de ir para a caridade anunciada. 

Mas como isto foi tornado publico resolveram publicar aquele gráfico e uns relatórios de despesas que não permitem que entidades reguladoras confirmem. Entidades como: http://www.bbb.org/charity-reviews/national/children-and-youth/invisible-children-in-san-diego-ca-4469, que não tiveram acesso a documentação nenhuma desta organização, pois a BBB investiga antes de dar a sua opinião e a sua opinião foi:


Por outro lado uma outra organização que não investiga e aceita tudo o que uma caridade lhes diz, publicou algo muito giro e que deixa passar uma imagem limpa dos Invisible Children: http://www.charitynavigator.org/index.cfm?bay=search.summary&orgid=12429. Parece tudo muito bem até perto do final onde lemos:


Parece que é uma caridade bem lucrativa tendo terminado o ano de 2011 com quase 5 milhões de dólares „assumidos“ no bolso, mesmo depois de gastar mais de 1 milhão em despesas „administrativas“. Isto em 2011 quando pouco se falava do Kony, mas agora em 2012 eles estão a atacar a sério, enchendo a net de vídeos e o mundo de T-shirts, pulseiras e cartazes. Na verdade as despesas não se alteraram pois um aumento de produção de cartazes e T-Shirts  é pago por um aumento das compras com os preços inflacionados a 1000%, mas os lucros nos donativos podem ser multiplicados por 5 ou por 10. 
Este grupo gaba-se de ter conseguido pressionar o governo Americano de Obama a colocar um grupo de 100 soldados Americanos no Uganda a treinar as tropas governamentais para que capturem Kony. Dizem ter conseguido isto após uma acção de sensibilização da opinião publica. Quando na verdade esse grupo de soldados já está no pais desde 2007, enviado por Bush, mais precisamente quando se descobriram poços de petróleo com uma capacidade 2,5 biliões de barris de petróleo junta da fronteira com o Congo e exatamente na zona onde está Kony. 
Isto só serve para mostrar a diferença entre activistas e propagandistas pois se o importante fosse realmente a ideia não seria necessário mentir por forma a reforçar essa ideia pois assim sendo não estamos na presença de uma ideia mas sim de propaganda. Eu conheço imensos activistas mas acreditem que há muitos mais a usar deste "titulo" para propaganda, para negocio.
  
Kony 2012 é uma farsa. Até ao dia 20 de Abril em que planeiam encher as capitais do mundo, na noite de 19 para 20 de Abril de cartazes Kony 2012. Grupos de jovens bem intencionados, mas completamente ceguinhos vão arranjar forma de comprar imensas quantidades de cartazes a esta organização para fazer esta palhaçada em que a maioria das pessoais ao ler "Kony 2012" vai achar que mais umas eleições estão próximas e depois da merda feita por um Sócrates um Kony não vai fazer pior.
Em todo o vídeo, o seu autor diz uma coisa muito acertada. Ele com isto quer proporcionar ao seu filho a oportunidade de crescer num mundo melhor do que aquele em que o pai cresceu e isto traduz-se como: No mundo dos milionários
Não há nada mais poderoso que uma ideia! Quando essa ideia é o que nos move! O problema é que raramente a ideia é o programa apresentado e se a minha ideia é ficar rico custe o que custar, o activismo mendigo é o negocio do século! 
O activismo, a vontade de espalhar informação e opinião é uma ideia bem formada e argumentada que nos move, mas quando fazemos dessa ideia uma profissão, acabou, toda a mensagem perde valor pois deixamos de dar a liberdade necessária para que a ideia cresça e passamos molda-la de acordo com o programa económico-financeiro ao qual nos rendemos.  
Querem ajudar alguém, ajudem! Ninguém vos impede. Mas devemos ajudar por quereremos ajudar e não abrir a carteira e dar uma nota de 50 Euros a um intermediario que primeiro faz uma pausa numa pastelaria e come uma tosta-mista e bebe um café, depois coloca 20 Euros de gasolina e passados 6 meses vai de Mercedes a vossa casa mostrar-vos uma fotografia de um puto na Somália com uma bola de futebol de 1,5 feita de preservativos reciclados na China e diz-vos que forma vocês que uniram a bola e o menino.  Depois pede-vos para imaginarem o que poderiam fazer com 100 Euros.
Dar dinheiro é uma forma de nos enganarmos a nos próprios: „eu fiz algo, dei 50 Euros um tipo que diz que deu uma bola e uma sandes de torresmo a um puto em África“. Se gostam de dar, podem dar,  começando pela vossa comunidade. Será que ajudar um menino em África que recebe 1 euro dos 50 que mandam (por vezes nem isso), da mais satisfação do que ajudar um idoso que passa um inverno a dormir na rua da vossa cidade? Será que o Kony sendo o filho da puta que é, é mais filho da puta do que o governo do Uganda que mantém o pais na miséria e que usa o Kony para causar medo e desta forma manter o poder? Não me lixem! Os Invisible Children não passam de uma versão moderna da Caritas, mas sem velhinhas a pedir na rua em troca de autocolantes. Estes possuem conhecimentos de Photoshop, edição de vídeo, Redes Sociais e a lábia necessária para se fazerem ouvir aliada a uma, economicamente útil, queda para o dramático.