7 anos!


Foi-me dito, num comentário de um outro blogue, que o facto de o homem propor um acordo pré-nupcial, seria motivo para a mulher recusar casar.
Mas será que ainda não perceberam, que a mulher não controla esta situação? Se ela não quer assinar, é um "adeus querida, prazer em conhecer-te. Se mudares de ideias, telefona-me". O homem que coloca na mesa um acordo pré-nupcial, está disposto a recusar uma mulher, para salvaguardar a sua vida. Não há uma mulher neste mundo, que mereça, só por gostar de mim, receber sem mais nem menos, metade daquilo que é meu! Se essa mulher, realmente ama o homem, compreende e vê a lógica, aceitando assinar tal documento.



Porra! Porque motivo diz a mulher que é falta de confiança? Falta de confiança, tem o homem após ela recusar assinar. É que ela não tem nada a perder, deixa é de ganhar o que não é dela! Este acordo é prevenção! Eu uso um preservativo, não por falta de confiança na mulher, mas por prevenção. "Homem prevenido vale por dois"!
Chorem, berrem, esperneiem, mas uma coisa é certa, digam o que disserem, não existe ou pelo menos ainda não me deram, um argumento válido para recusar um acordo pré-nupcial. Por altura do casamento, é tudo muito bonito. Se o casamento acaba, tudo muda e as pessoas, já não são tão puras e tão honestas.



Porquê voltar a este assunto, que provou ser mais polémico do que aquilo que eu alguma vez imaginei? Ainda por cima a polémica veio de quem não tem nada a perder, que é a mulher! Ou seja, com os acordos pré-nupciais elas saem do casamento, com tudo o que trouxeram para o casamento, bem como, com tudo o que construíram durante o casamento, no entanto não concordam com este justo acordo.


Como todos sabemos, e os que não sabem ficam a saber, em Portugal existe um período experimental de casamento que dura, aproximadamente 1 mês. O casamento é interpretado pelo estado, como um contracto, tal como muitos outros. Não é a minha opinião defensora dos acordos pré-nupciais, que retira romantismo ao casamento. Mas sim a maneira como a lei vê o casamento.
Após homem e mulher assinarem o documento, o casamento torna-se efectivo 20/30 dias (dependendo do país), após essa data. Ou seja, nesses 20/30 dias, qualquer elemento do casal, pode dar o casamento como nulo. Tal como, quando se assina um contracto de trabalho, este pode ser revogado, até ao final dos primeiros 15 dias.
Onde está o romantismo?
Na cabeça das pessoas! O romantismo não é mais do que uma ilusão.


Esta falta de romantismo passa-se num registo civil, um local muito pouco romântico.
A assinatura de um acordo pré-nupcial, pode ser feita durante um jantar à luz de velas, logo, num ambiente muito mais romântico.


Mas porquê tudo isto? Porque ontem, enquanto via as notícias sobre os conflitos em Hamburgo. Coisa que eu nem reparei e estive na zona... Agora imaginem a importância que aquilo teve! Os acontecimentos, foram equivalentes à destruição daquele hectare de milho em Portugal. As pessoas ficaram mais afectadas com as movimentações politicas de esquerda, que levaram àquelas cenas, do que das cenas em si. Sim, também existem jovens de esquerda, de charro na boca a falar de merdas que não percebem e a partir para a estupidez, assim que se acabam os argumentos! Mas aqui, esses putos fodem-se e vão presos, em Portugal ainda falam no Jornal nacional, ganhando protagonismo!







Logo após essa notícia. Aparece uma noticia, sobre um projecto de lei para reduzir o numero de divórcios. A taxa de divórcios na Alemanha é das mais altas do mundo, em especial nas grandes cidades. O dinheiro envolvido em advogados, tribunais e transferências de valores, atinge as centenas de milhões de Euros anuais. O projecto de lei especifica, o que é o casamento:
"O casamento é um contracto entre 3 partes (sim 3), um homem, uma mulher e o estado".
É romântico ou não é? Isto não é a lei Alemã, é assim em todos os países. O estado, declara-vos casados e só o estado vos pode divorciar. Ora bem, na Alemanha também existe o período de experimentação de 1 mês. Este projecto de lei, quer aumentar esse período de experimentação para 7 anos. Ideia gira, não é?


Esta lei, se aprovada, irá ligar duas pessoas através do casamento, por um período de 7 anos. O casamento, poderá ser declarado nulo por qualquer dos elementos do casal em qualquer altura, dentro desses 7 anos. Um divórcio, de mútuo acordo na Alemanha custa 30,000 Euros. Isto sem incluir batalhas judiciais por bens, ou custódia dos filhos. Nesses 7 anos o casamento é visto como se existisse um acordo pré nupcial (afinal a minha ideia não é assim tão descabida).
Esta lei, não só liberta os tribunais para outros casos, como também impede que certas pessoas de se meterem em dívidas. Existe muita gente que é forçada, a pedir créditos bancários para o divórcio. Créditos que depois não conseguem pagar, pois perdem tudo em tribunal.
Onde entra o acordo pré-nupcial? É automaticamente feito, está incluído na celebração do casamento e tem a validade de 7 anos. Em caso de nesses 7 anos o casamento terminar. Cada elemento do casal fica com aquilo que trouxe para o casamento, bem como tudo o que tenha a ver com as suas carreiras. Os adquiridos são divididos. Acaba-se a mama, das mulher ganharem metade de empresas multi-nacionais através do divórcio. Se nenhum dos elementos do casal, der o casamento como nulo, este torna-se efectivo, tal como é visto nos dias de hoje.


Esta ideia tem como base, serem nos primeiros 6 anos que 90% dos casamentos terminam. Regra geral existem 2 crises que são vistas como as mais difíceis de superar. A crise dos 3 e a dos 6 anos. Daí esta lei prever 7 anos, altura em que o casamento passará a efectivo no caso de nenhum dos elementos do casal de oponha.


Ora bem. O problema está em como votar esta lei. Os movimentos religiosos queriam que a lei fosse submetida a referendo. Uma sondagem revelou que 86% dos Alemães acham a ideia interessante e votariam Sim. Agora os movimentos religiosos, já não querem referendo.





Será assim tão má ideia? O casamento em si é igual. Ao fim dos 7 anos nada muda, pois o casamento torna-se automaticamente efectivo, mas se o casal resolver terminar ali o casamento, poupam uma pequena fortuna e muita chatice.


Eu achei a ideia, inovadora. Talvez seja ainda cedo para a mentalidade humana, de aceitar que nada é eterno e que tudo na vida é um negócio a partir do momento em que pode dar lucro.
A visão correcta do mundo está patente num anuncio televisivo, do maior jornal de negócios do mundo o Finantial times, que entre outras coisas diz:


"...We live in a world where love can be bought and divorce can give you money. A world where a hero is made and then sold...", ou seja, "vivemos num mundo onde o amor pode ser comprado e o divorcio lhe poder dar dinheiro. Um mundo onde os heróis são criados e depois vendidos...".





Este anúncio, está real e correcto. Um rico é mais amado do que um pobre. O dinheiro dá-lhe mais acesso ao mundo e possibilidade de encontrar amor. Amor verdadeiro ou falso, com ou livre de interesses, não importa.
O divórcio pode tornar uma mulher do povo numa mulher rica. Temos como exemplo disso a Princesa Diana, que passou de professora a milionária.
Os heróis são criados e depois vendidos em livro. Muitas vezes, são idiotas, mas isso é outro assunto.
Tudo na vida é um negócio e como negócio, temos de nos munir de contractos, para salvaguardar os nossos interesses. O casamento é um contracto entre duas pessoa e o estado.
Este casamento, não tem valor religioso, pois têm de fazer um segundo contracto, mas desta vez com a igreja. Pelo menos, o contracto com a igreja é eterno e ninguém pode voltar a casar pela igreja. O casal fica eternamente casado aos olhos de Deus e da religião, independentemente do divórcio. É por isso que uma pessoa, só pode casar uma vez pela igreja, pois está casado até que a morte os separe. Com a morte de um dos cônjuges, o sobrevivente fica autorizado a casar pela igreja de novo, pois a morte separou-os.


Passar o período experimental de 1 mês para 7 anos? Sim, é uma ideia que me agrada, torna a separação mais justa. É feita justiça matrimonial e financeira. Não poderão existir abusos e vinganças. Lei é lei!

57 Comentários:

  Anónimo

segunda-feira, setembro 24, 2007 11:46:00 da manhã

Caro Crest, continuo a achar que tens uma visão muito fria do casamento e das mulheres, apesar de realista em determinados casos. O divorcio é, realmente, cada vez mais um facto na sociedade e concordo que em alguns casos o acordo nupcial seja uma forma de prevenir futuros dissabores. Assuta-me, apenas, a forma como retratas as mulheres, como piranhas esfomeadas, que apenas querem encontrar um milionario para o sugar até ao tutano. Acreditas, realmente, que um periodo de "experimentação", mudaria alguma coisa? para uma mulher que entre num casamento com vontade de esmifrar o coitado do homem rico, 7 anos ou sete décadas não farão diferença, as intenções serão sempre as mesmas!
E depois esqueces-te dos tesos! Dos que não têm um chavo e casam porque se amam verdadeiramente, e esperam construir algo juntos e nesse caso, de que serve o acordo?

  Bruno Fehr

segunda-feira, setembro 24, 2007 11:56:00 da manhã

Cara Maya, este já é o segundo texto sobre a matéria.

Eu não sei, se me explico mal, ou se não querem perceber o que digo.

O que eu digo é que o casamento pode começar só com amor, sem segunda intenções. Homem ama mulher, mulher ama homem e o dinheiro não importa.

O problema é quando acaba, aí as pessoas mudam, querem-se atingir um ao outro, dependendo de quem deixou quem. Vinganças, O que de mais feio há no ser humano.

7 anos de teste. Porque não? Há partida são 30,000 Euros que podem ser slavagurdados, 15,000 para o homem, 15,000 para a mulher, em vez de ir para o estado!

Eu não digo que a mulher é premiditada, mas quando tudo acaba, se ela saem magoadas, sim, são vingativas, tal como o homem é. A questão é que no divórcio ela não tem nada a perder e o homem sim!

  Bruno Fehr

segunda-feira, setembro 24, 2007 11:57:00 da manhã

Maya Gaarder

Quanto aos tesos, o acordo salvaguarda a miséria ou não que os pais lhe podem deixar em herança. Por outro lado a tesa salvaguarda a herança dela!

  Anónimo

segunda-feira, setembro 24, 2007 12:25:00 da tarde

Não te explicas mal Crest!!E tens a tua logica, apesar de fria...
Apenas acho k não podes generalizar, claro k falo por mim e pela minha experiência! O fim do amor (que à partida é eterno), não tem necessariamente que ser um abismo de amargura em que cada um tenta magoar o outro o mais possivel, muitas vezes no sitio onde doi mais: a carteira!!!
You made your point: better safe than sorry :)
(desculpa a falta de acentos mas debato-me com um problema semelhante ao teu, a merda dos teclados francius não têm os acentos todos)

  Bruno Fehr

segunda-feira, setembro 24, 2007 12:33:00 da tarde

Maya Gaarder:

Bem, já não me sinto tão só nesta luta contra os acentos!!!

  Anónimo

segunda-feira, setembro 24, 2007 12:50:00 da tarde

Já te estou a imaginar todo apaixonado, por uma piquena... podre de rica... e tu cheio de sonhos... propões-lhe unir os trapinhos... ela fica toda feliz e aceita!!

Mesmo no meio dos preparativos recebes o advogado do papá dela, com os documentos para assinares, entre os quais se encontra o bendito acordo pré-nupcial!

E tu dizes que sim que assinas, e dizes/pensas: - Mas Querida!!! Eu não estava interessado nos teus bens!

Nós por aqui até acreditamos...

  tavguinu

segunda-feira, setembro 24, 2007 2:04:00 da tarde

ena,

excelente ideia !

mas acho aí uns 3 anos suficiente !

  ah e tal

segunda-feira, setembro 24, 2007 2:38:00 da tarde

crest

já te tinha dito que este acordo-nupcial testa relações até ao acordo nupcial.Depois são os sobreviventes que passam à 2ª etapa casamento.
Não vejo problema em nenhum em cada um ficar com o que é seu!É muito legitimo.Cada um trabalhou com sangue,suor e lágrimas pelo que conquistou e isso é uma coisa que temos de respeitar em todas as pessoas, não só no "nosso conjugue".

  Teté

segunda-feira, setembro 24, 2007 3:00:00 da tarde

Xi, nem imagino onde encontraste isso...

A vida, o amor e as vacas!

Quanto à Lady (que não é a do Vagabundo) discordo plenamente dessa tua teoria. A rapariga tinha 19 anos, era fruto de uma aristocracia rural já meio em decadência, sonhou com um conto de fadas para ela própria. O monga sonhava com uma cara de cavalo, que já não estava ao alcance do seu dente. Dali não saíu nada de bom, como era de esperar! Mas a única a lixar-se foi a jovem rapariguinha, uns bons anos mais tarde...

A vida, o amor e as vacas!

Como deves calcular, estou-me nas tintas para os teus acordos pré-nupciais. Só tens de conseguir convencer a menina dos teus olhos a assinar. E pela descrição das vamps, também acho que te deves cuidar...

No reverso da medalha, as vacas, o amor e a vida tem menos piada!

Fica bem!

  Anónimo

segunda-feira, setembro 24, 2007 3:37:00 da tarde

por vezes as coisas vistas à luz da frieza chocam de tão racionais que são! parabéns!

  Margaret

segunda-feira, setembro 24, 2007 4:10:00 da tarde

mas tu estás a pensar casar-te nestes dias ou quê :p que revolta te apoquenta o espírito... ou então és contabilista ehe um comment mais soft para espairecer aqui o debate

  mymind

segunda-feira, setembro 24, 2007 4:42:00 da tarde

mas se as pessoas se casam msm por amr, creio k n estao a pensar no futuro divorcio. alem disso, ja agora devia haver uma lei se é k ja n há, n sei cm isto funcionaria nem estarei la mt interessada pk o casamento n faz parte dos meus plans futuros heheh, k os bens adkiridos pela pessoa antes do casamento fossem so dela, ou seja, caso se divorciassem esses bens n seriam partilhados! n ha klker koisa axim?

  mymind

segunda-feira, setembro 24, 2007 4:59:00 da tarde

completando o comentario anterior, lool
a tal lei k referia seria tipo automatica, s/ ter as pessoas k andar a fazer acordos, axo k faria sentido. dps se as pessoas kisessem compartilhar alguma coisa k adkiriram antes do casamento entao o fariam por livre vontade.

  Bruno Fehr

segunda-feira, setembro 24, 2007 5:11:00 da tarde

mamie2:

Neste caso não há problemas, com ou sem acordo pré-nupcial o homem não obtem metade daquilo que é delas. Só em casos muito raros.

Em muitos países mesmo a lei é clara, "ela recebe metade do que é dele, ele não recebe metade do que é dela".

Por isso o caso que colocas, não se aplica! A lei é tendencial!

  Bruno Fehr

segunda-feira, setembro 24, 2007 5:12:00 da tarde

tavguinu:

7 já não está mau, há que começar por algum lado!

  Bruno Fehr

segunda-feira, setembro 24, 2007 5:13:00 da tarde

ah e tal (c):

Só testa a relação se ele for discutido com um bicho de sete cabeças, ele pode ser colocado com um documento extra durante o casamento.

Com este lei dos 7 anos, o acordo deixa de ser necessário!

  Bruno Fehr

segunda-feira, setembro 24, 2007 5:17:00 da tarde

Teté:

Esta proposta de lei, foi notícia em todos os canais de telivisão Alemães, ontem, com um coferência de empresa dada, pela mulher respons´vel pela ideia.

Sim a Lady lixou-se, mes no entanto o acordo chegado em tribunal foi-lhe bem favorável. Tanto que não voltou a dar aulas. Graças ao casamento, a presença dela, já gerava dinheiro. Era uma princesa divorciada, e isso é novidade nos contos de fadas.

Qunato ao tipo de mulheres com que me dou. Confio mais nas materialistas à primeira vista, do que a dissimuladas. Aí é que está e perigo. A princesa apaixonada!

  Bruno Fehr

segunda-feira, setembro 24, 2007 5:18:00 da tarde

Noivo:

Não concidero frieza, considero imparcialidade e lógica. Acredito no casamento por amor, tal como acredito na vingança e interessa do divórcio. O segundo é mais comum do que o primeiro!

  Bruno Fehr

segunda-feira, setembro 24, 2007 5:20:00 da tarde

alguém+ neste mar de gente:

Não, simplesmente escrevo sobre o que me rodeia. Esta noticia apreceu ontem na TV e veio mesmo a calhar, visto que assunto ainda estava quente!

  Bruno Fehr

segunda-feira, setembro 24, 2007 5:22:00 da tarde

mymind:

Elas não estão a pensar, mas ele é comum acontecer.

Um pessoa quando faz um seguro de vida, também não pensa em morrer.

Os acordos de separação de bens e de adquiridos, podem se contestados a favor da mulher, daí o acordo antes do casamento se a única segurança do homem. Coisa que a mulher quer evitar, sabe-se lá porquê... o seguro morreu de velho, por isto é que um quer assinar e outro não!

  Bela Sonhadora

segunda-feira, setembro 24, 2007 5:26:00 da tarde

Ola ola! sinceramente considero-me uma pessoa romantica, se calhar até demasiadas fantasias à mistura, mas isso não me impede de ver que um acordo pre-nupcial é sim necessário, é sim um evitar de futuros problemas... e pergunto-me porque raio são as mulheres aquelas que mais lutam contra isso?!! Até porque não são poucas as vezes que são elas que entram num casamento com mais Dinheiro, e que ao longo da sua vida, tb não são poucas as vezes (e ainda bem) que são elas as que ganham mais que os seus maridos, sim eu sei nao é a maioria, mas ja acontece e cm disse nao poucas as vezes!

por isso na minha opiniao, o romantismo é bom sim, é demasiado bom, mas para o nosso bem teremos que alia-lo ao pragmatismo ;)e portanto um acordo pre-nupcial e o periodo de "prova" de sete anos não são mais do que atitudes pragmaticas que cada vez são necessárias nos nossos dias....

desculpa se repeti a minha opiniao de algum outro comentario, mas nao os li ;)

beijinhosss

  Anónimo

segunda-feira, setembro 24, 2007 6:26:00 da tarde

Pronto, eu devo de ser dessimulada...

  mymind

segunda-feira, setembro 24, 2007 6:26:00 da tarde

eu assinava kero la saber puf sou capaz de conseguir $ suficiente pra akilo k preciso. n sei é se seria capaz de propor ao meu parceiro tal coisa...

  Anónimo

segunda-feira, setembro 24, 2007 7:01:00 da tarde

Ora aí está uma boa ideia, mas os advogados é que não vão achar muita graça :)

  André

segunda-feira, setembro 24, 2007 7:03:00 da tarde

mas apenas as mulheres parecem ser contra os acordos pré-nupciais. de facto propor isso à futura esposa não me parece nada de mais, é um acordo como o próprio casamento,
ao nos casarmos e estarmos a assinar um papel no registo não faz com que se ame mais ou menos uma pessoa e se a pessoa não quizer faze-lo é por que afinal não era por amor que tava a casar.
quanto à lei parece-me uma boa solução aos acordos pré-nupciais e evitaria principalmente qualquer tipo de desconfianças.

  Inês Almeida Lima

segunda-feira, setembro 24, 2007 8:22:00 da tarde

Como já tinha "dito" não vejo mal nenhum nos acordos pré nupciais. Até acho que nunca foram tão necessários como agora. Por várias razões: hoje em dia há imensa gente que se casa porque lhe apetece e até é gira a festa. É giro ter uma casa, é giro não ter que dar satisfações a ninguém e depois se começar a ser muito chato recorre-se ao divórcio.Há uma espécie de tolerância zero nas relações.
Por outro lado, e esta parece-me a razão mais forte, cada vez se casa mais tarde e casar mais tarde significa que já se está lançado profissionalmente e que já se tem algum conforto económico. Nestes casos acho mais que justa a existência de um acordo. Já foi feito todo um investimento profissional em termos de futuro e muitas vezes já se está a colher os frutos...
Atrevo-me até a dizer que quando nestes casos a mulher é contra o acordo é no mínimo "estranho", acho que o Crestfallen tem toda a razão.

  Anónimo

segunda-feira, setembro 24, 2007 8:34:00 da tarde

Inês- "Atrevo-me até a dizer que quando nestes casos a mulher é contra o acordo é no mínimo "estranho", acho que o Crestfallen tem toda a razão."

Tudo muito bem, concordo plenamente, o problema deste rapaz é que ele generaliza...para ele todas as mulheres são oportunistas, todas se tentam vingar quando acontece um divorcio, e isso não é verdade.

Conheço um caso de uma rapariga que é enfermeira, tem dois filhos, divorciou-se e foi ele que ficou com a casa. Ela ficou com a guarda dos filhos, mas como tem que fazer turnos constantemente ele ajuda nesse aspecto, cada um cumpre a sua parte.
Não é justo, há mulheres e homens decentes.

  Ana

segunda-feira, setembro 24, 2007 8:59:00 da tarde

Tenho mesmo de concordar contigo! Apesar de poder parecer uma visão fria do casamento, no fundo o acordo pré-nupcial é apenas mais uma formalidade dentro de muitas outras inerentes ao casamento.
Muitos casamentos acontecem por amor, sim! E com as melhores das intenções. O pior é que, essas mesmas pessoas que um dia casaram por amor e sem qualquer interesse material, ao depararem-se com determinadas situações de separação e divórcio, conseguem mudar do dia para a noite e, com o orgulho ferido, magoadas, traídas ou qualquer coisa do género, tornam-se extremamente mesquinhas e vingativas.
É muito bonito casar achando que é p'ra vida toda, mas não faz mal nenhum deixar um "mas se" bem definido.

Bjs

  Anónimo

segunda-feira, setembro 24, 2007 9:07:00 da tarde

Gajo, depois passa pelo meu blog!

  Teté

segunda-feira, setembro 24, 2007 10:39:00 da tarde

Sim, mas cá também se soube dessa proposta de lei alemã.

Ainda no Sábado tinhamos falado disso à hora do almoço e as opiniões, por sinal, eram todas divergentes...

Nestas coisas há sempre opiniões para tudo!

  Marta

segunda-feira, setembro 24, 2007 11:43:00 da tarde

Crest, como o que tenho de maior, para o melhor e para o pior, é o meu orgulho, não permito ser sustentada por ninguém, e muito menos por um homem. Sou daquelas que ficou a perder com o divórcio, mas há alturas em que tudo vale a pena para nos vermos livres de um emplastro...
Comigo o acordo pré-nupcial é perfeitamente desnecessário mas não vejo qualquer problema em uma pessoa assinar um porque não é isso que vai manter um casal mais junto ou mais afastado, isto se estiverem juntos pelas razões certas.
Quanto à ideia de o contrato poder ser renovado, acho uma óptima ideia porque iria evitar muitos comodismos que aniquilam os casamentos, aliás, penso que nesse contrato nunca se deveria passar ao estado de "efectivo" porque, em bom rigor, nada é garantido.

p.s.-tens de me explicar em que lei portuguesa está o perído experimental do casamento. Existem prazos para o registo do casamento mas não existe nenhum período experimental.

  Marta

terça-feira, setembro 25, 2007 2:01:00 da tarde

Sinceramente acho 7 anos muito tempo para período experimental! Se as pessoas têm assim tantas duvidas não casem é simples!
Por outro lado não consigo ver nada de mal em acordos pre nupciais| Eu se amar um homem não é certamente pelos bens materiais dele.

  Anónimo

terça-feira, setembro 25, 2007 2:13:00 da tarde

Citei-te lá no meu blog, espero que não te zangues!

Por acaso, também acho que 7 anos é muito tempo, mas, e se o casamento é um contrato como dizem, é capaz de ter lógica existir um período experimental!

  AmSilva®

terça-feira, setembro 25, 2007 4:18:00 da tarde

acaba por ser bastante interessante essa lei, já tinha escutado algo acerca das crises dos 7 anos afinal parece que chegam mais cedo...
eu só tenho uma certa duvida, para quê casar? o que é que o casamento tras a mais que viver juntos??
não podem dizer que é o sonho de ir de branco porque hoje em dia já levam rodagem feita!!
por estar seguro?? mais depressa aparece a indiferença entre os dois!!
o acordo pre, se eu chegasse a vias de facto a casar, eu iria querer acordo, afinal ao há 15 anos a ganhar para ter o que tenho, carros, moto,casa e outros afins, agora ainda ando em remodelações, então se fosse a casar sem acordo, vinha por ai divorcio e ela levava fruto dos meus 15 anos de trabalho?? quer dizer, ela ganhava um carro meia casa e ainda teria metade da mota, recheio da casa e essas coisa??
mais facil,sem acordo, sem relação

  Bruno Fehr

terça-feira, setembro 25, 2007 4:36:00 da tarde

bela_sonhadora:

"desculpa se repeti a minha opiniao de algum outro comentario, mas nao os li ;)"

Pois, eu reparei que não leste. O teu comentário é sem dúvida o mais neutro até ao momento. Falas sobre o assunto sem veres as coisas parcialmente, nem pelo lado romantico da mulher, nem pelo lado lógico do homem.

Gostei bastante da tua opinião.

  Bruno Fehr

terça-feira, setembro 25, 2007 4:39:00 da tarde

musa:

Não, mas és sem dúvida uma romantica e parcial demais. Optas por ver o assunto de um ponto de vista romantico, quando hoje em dia existe pouco ou nada de romantico nas burocracias do casamento. Os contratos são burocracias, que em nada afectam o romantismo da cerimónia ou da relação em si.

Tudo o que esse contracto afecta é o vosso ponto de vista parcial. Incapazes de ver que o homem também merece ser um pouco egoísta e querer o melhor para si.

  Bruno Fehr

terça-feira, setembro 25, 2007 4:39:00 da tarde

musa:

Disse egoísta, se é que se pode chamar egoísta a alguém que quer manter como seu o que já é seu!

  Bruno Fehr

terça-feira, setembro 25, 2007 4:40:00 da tarde

mymind:

Claro, fazer tal proposta não deverá ser fácil...

  Bruno Fehr

terça-feira, setembro 25, 2007 4:43:00 da tarde

Skynet:

Isso é verdade, mas o importante são os juízes gostarem da ideia. Os tribunais Alemães já têm processos pendentes pelo elevado numero de divórcios estar em entupir os tribunais.

Julgamentos já são adiados por periodos de 3 a 6 meses. Claro que ainda não é tão mau como em Portugal em que os processos demoram anos e chegam a prescrever. Mas é sem dúvida um problema que têm de confrontar já!

  Bruno Fehr

terça-feira, setembro 25, 2007 4:46:00 da tarde

PsYcHo_MiNd:

"se a pessoa não quizer faze-lo é por que afinal não era por amor que tava a casar."

A mulher casa regra geral, porque ama. Não está a pensar no divórcio e no que vai ganhar. Mas cada vez mais os casamentos acabam, regra geral que acaba com os casamentos é o homem. É aí que a mulher se torna fria e calaculista e quer vingança. O não assinar qualquer acordo é manter um trunfo na manga, inconscientemente!


Concordo que a mulher está errada ao afirmar que o acordo é uma desconfiaça por parte do homem. O acordo é uma demonstração de confiança por parte da mulher!

  Bruno Fehr

terça-feira, setembro 25, 2007 4:52:00 da tarde

Inês:

"casa porque lhe apetece e até é gira a festa."

100% de acordo, já fui a imensas festas giras, em que o relacionamento acabou pouco depois da festa. Conheço um caso de uma mulher que fugiu a colega meu 3 dias depois do casamente, levando consigo 32 mil Euros em dinheiro. Todo o dinheiro das visitas e da conta que tinham em comum. Apresentou um pedido de divórcio exigindo metade da gigantesca casa que o pai dele lhes comprou.


"Por outro lado, e esta parece-me a razão mais forte, cada vez se casa mais tarde e casar mais tarde significa que já se está lançado profissionalmente e que já se tem algum conforto económico. Nestes casos acho mais que justa a existência de um acordo. Já foi feito todo um investimento profissional em termos de futuro e muitas vezes já se está a colher os frutos..."

É exactamente isto que eu quero dizer.

As pessoas que comentam, não sabem a minha idade. Eu não sou um rapaz de 22 anos que se quer defender do casamento. Eu sou um gajo que já fez 30 anos e está agora com uma visão mais clara do futuro. Onde as dificuldades dos primeiros passos na minha carreira já passaram. Os frutos estão a ser colhidos e só eu sei o que passei para aqui chegar!

  Bruno Fehr

terça-feira, setembro 25, 2007 5:02:00 da tarde

Musa:

Eu gostaria que desses exemplos onde eu disse "todas", dá-me exemplo onde eu tenha generalizado!

Falar na mulher é dizer "regra geral". Todas as regra têm uma excepção. Eu olho à minha volta, vejo divórcios de muita gente. Os ÚNICOS divórcios simples, são os daqueles que pouco ou nada têm. É pena que esta "regra geral" seja tão geral como é!

"Conheço um caso de uma rapariga que é enfermeira, tem dois filhos, divorciou-se e foi ele que ficou com a casa."

A pergunta é: A casa foi comprada antes ou depois do casamento?

Se foi antes e se foi ele que a comprou, ele tem o direito de lá morar, sem ivalidar o facto que metade é dela.

Se foi comprada durante o casamento, ele ganhou o direito de lá morar, por a mulher ter opção de onde morar e o homem não. No entanto a metade é dela.

O facto de uma mulher deixar o homem morar na casa, não é mais do que uma caridade, pois ela tem o poder de lhe tirar a casa e esse poder são os filhos.

O caso que tu conheces é a excepção à regra. De uma mulher que não quis tudo. Mas regra geral isso não é assim.

Além disso, o deixar morar numa casa, não diz muito sobre o que ela recebeu em troca!

"Ela ficou com a guarda dos filhos, mas como tem que fazer turnos constantemente ele ajuda nesse aspecto, cada um cumpre a sua parte."

Ele ajuda? Até parece que faz dele um homem especial!! É a obrigação dele ajudar, pois os filhos são dele!

"Não é justo, há mulheres e homens decentes."

Tal como eu disse, eu nunca falei em todas as mulheres. Falei sim nas mulheres regra geral.

Nunca uma mulher na minha presença admitiu estar a chular ou a roubar o homem. Os mulheres que conheço que tiraram tudo aos homens dizem, "só peço aquilo a que tenho direito". Honestamente elas concideram ter direito ao que não é delas.

  Bruno Fehr

terça-feira, setembro 25, 2007 5:04:00 da tarde

Ana:

É bom ver que me expliquei melhor neste texto. Pois não tenho uma visão negativa da mulher. Simpesmente sei que as pessoas mudam.

  Bruno Fehr

terça-feira, setembro 25, 2007 5:05:00 da tarde

Teté:

Claro que sim. Eu nem sequer acredito que esta lei seja aprovada, pois será rejeitada pelo partidos "familiares e conservadores".

Acho que ainda é cedo para as pessoas verem a sua utilidade!

  Bruno Fehr

terça-feira, setembro 25, 2007 5:10:00 da tarde

gaja_mais_q_gay:

Qunato ao periodo experimental, só descubri isso quando fui padrinho de casamento. No registo civil isso foi dito pelo juiz.

O casal casou pelo registo civil e marcou o casamento pela Igreja, quando o casamento passou a efectivo, ou seja 20 dias depois.

Esses 20 dias é o prazo legal para declarar o casamento nulo, no registo civil. Não se aplica ao casamento na Igreja. Por isso é que hoje em dia a maioria dos casais, casa pela igreja, só após esse prazo!

  Bruno Fehr

terça-feira, setembro 25, 2007 5:13:00 da tarde

Marta:

Eu´acho que é muito tempo para periodo experimental, mas a ideia é desintupir os tribunais e assim 90% dos divórcios deixam de precisar de tribunal, basta uma visita ao registo civil,

  Bruno Fehr

terça-feira, setembro 25, 2007 5:14:00 da tarde

blackstar:

Tal como disse no comentário anterior, o objectivo da lei é desintupir os tribunais, sendo esse o principal motivo dos 7 anos!

  Bruno Fehr

terça-feira, setembro 25, 2007 5:19:00 da tarde

Amsilva:

Casar é romantismo, hoje em dia mais feminino. É a realização do conto de fadas.

Casar é também pressão familiar de familias conservadoras, que acham que viver juntos, sem casar é viver em pecado.

Casar é visto com "a coisa certa a fazer".

Casar é algo que muitas vezes é obrigatório, pois ela engravidou.

Casar é algo feito regra geral pelos motivos errados. Cada vez menos as pessoas casam pelos motivos certos, por amor.


Tens toda a razão, a mulher poderia até ir buscar metade de possíveis investimento e até do camião de trabalho, no caso de ser o proprietário. Não é justo para quem já tem bens e uma carreira construída.

  suz

terça-feira, setembro 25, 2007 7:25:00 da tarde

Não tenho nada contra acordos pré-nupciais. Acho que vão sendo cada vez mais necessários.
Antigamente casava-se para a vida. Os casais podiam agredir-se um ao outro, podiam nunca ter gostado um do outro, mas casamento era para a vida, porque a opinião dos outros valia mais que a própria dignidade.
Hoje em dia, por muito que alguém goste de outra pessoa, nem sempre está disposta a abdicar da sua independência. Porque foi uma coisa que demorou muito tempo a conquistar. Tanto para os homens como para as mulheres. Antes as mulheres dependiam monetariamente do homens. Mas os homens também dependiam delas porque elas é que tratavam da casa e dos filhos. Hoje em dias cada um dos elementos é auto-suficiente e pretende continuar assim. O que não significa que não se façam cedências de parte a parte, tal como se faz num contrato qualquer, sem ser o de casamento. Mas a verdade é que as coisas por vezes correm mal e os casamentos acabam. Se um tempo experimental pode poupar dinheiro às pessoas no divórcio, pois que venha ele para Portugal também! Lá por ser tempo experimental, não quer dizer que as pessoas se passem a casar à toa, só para ver se dá ou não. As pessoas casam porque se amam e querem partilhar as suas vidas. A partir do momento em que o amor acaba não faz mais sentido continuar assim. Então aí divide-se aquilo que se conquistou DURANTE o casamento, aquilo que foi adquirido enquanto viviam juntos. Ninguém tem o direito de levar aquilo que já era do outro quando nem sequer se conheciam... O tempo experimental só vem facilitar situações que por si só já são penosas. Acredito que um divórcio seja muito desgastante a nível emocional, por isso se não o for também a nível económico será bem menos desagradável.

  Bruno Fehr

terça-feira, setembro 25, 2007 7:37:00 da tarde

barbiedoll:

Concordo. Só é pena é que existem ainda as vinganças durante o divórcio, onde se tenta ir buscar coisas que estão na familia há gerações...

  Inês Almeida Lima

terça-feira, setembro 25, 2007 8:22:00 da tarde

O único exemplo de divórcio que eu tenho na minha família, curiosamente, é bastante negativo para o homem. Quando se casaram (com separação de bens) a minha irmã trabalhava e o meu cunhado ainda estava a acabar o curso (direito). Isto passou-se em 1971. Estiveram casados 12 anos, tiveram 3 filhos. No último ano (+/-) o meu cunhado "apaixonou-se" por uma rapariga 1 ano mais nova que eu (15 anos mais nova que ele). A minha irmã começou por fazer "vista grossa" à espera que passasse. Como não passava teve uma conversa com ele e pediu-lhe para ele se decidir e ele teve a lata de lhe pedir mais tempo porque nessa altura estava apaixonado pela outra! A minha irmã não foi capaz de lho dar. A partir daí ele foi implacável. Viu-se obrigado a sair de casa. Assaltou a casa e levou de lá TUDO! Ficou com todas as jóias dela (coisas que já eram dela presentes que ele ele tinha dado, que os sogros lhe tinham dado pelo nascimento dos filhos, etc). Durante esse Verão a minha irmã teve de andar escondida com os filhos nas quintas dos amigos porque ele lhe queria "roubar" os filhos. Ou seja a vontade da excelência era deixar a minha irmã a viver "debaixo da ponte" e sem os filhos. A única coisa que lhe correu mal foi ter comprado a casa em nome da minha irmã por causa dos impostos :)
Enfim há mais pormenores "simpáticos" mas isto já está extenso de mais.
Moral da história: quando dá para o torto qualquer um pode tornar-se um monstro...

  antídoto

terça-feira, setembro 25, 2007 10:51:00 da tarde

Na lei portuguesa, e presumo que também na alemã, existem todas as ferramentas necessárias para defender o património de cada um dos cônjuges. Aquilo que cada um tem antes do casamento ou herda na vigência do mesmo é sempre bem próprio. E há também a tal convenção pré-nupcial.
Porque é que raramente é usada?
Porque o ser humano, por mais que o negue, ainda funciona com base nas emoções e não na lógica racional.
Compreendo a ideia base desse projecto de lei, mas a questão dos 7 anos parece-me uma palermice.
É que o amor eterno pode acabar aos 5, aos 10 ou aos 20 e o problema é sempre o mesmo.
Preferia uma solução como a apresentada cá, recentemente, e logo chumbada. A facilitação do divórcio, que poderia ocorrer num processo simples, rápido e barato, apenas pela vontade de um dos ex-pombinhos.
Quanto à justiça da divisão patrimonial e poder paternal, ui, estavamos à conversa horas sem fim e ficavamos na mesma.

  Marrie

quarta-feira, setembro 26, 2007 1:45:00 da manhã

Não vejo nada demais num casal q decide por se prevenir de possíveis desavenças futuras, salvaguardando seus bens c/um contrato pré-nupcial.
Pessoas complicam a vida, o relacionamento a dois, a felicidade, enfim......... nada é infalível, nada é seguro. O q podemos fazer é vivermos lutando p/q nada atrapalhe uma relação de amor.
Prazer em conhecê-lo

  Bruno Fehr

quarta-feira, setembro 26, 2007 4:43:00 da tarde

Inês:

Esse senhor roubou, acho que é diferente roubar a ter tudo oferecido por juiz.

Uma amiga minha, ficou sem nada quando o marido fugiu com uma amiga dela, levando tudo o que ela tinha em casa, bem como todo os dinheiro das contas bancárias.

Passados 6 anos ele ainda não tinha sido encontrado pela polícia. Como eu estava em Londres, essa minha amiga pediu para eu o procurar nos clubes Portugueses. A única coisa que ela queria era que ele telefonasse aos filhos no natal. Eu precisei de 3 dias para o encontrar. 3 dias para fazer o que PJ falhou em 3 anos.

No entanto, isto são crimes onde um sai prejudicado. Enquanto o texto se refere a prejudicar pessoas legalmente!

  Bruno Fehr

quarta-feira, setembro 26, 2007 4:49:00 da tarde

antídoto:

Na falta de convenções pré-estabelecidas o comunhão é usada por defeito e isso torna tudo de ambos, inclusivamente o que é herdado.

Quanto ao acordo pré-nupcial, é o que temos discutido neste e num outro texto passado.

"É que o amor eterno pode acabar aos 5, aos 10 ou aos 20 e o problema é sempre o mesmo."

A questão é de acordo com a média Alemã. Onde 90% dos casamentos terminam antes dos 7 anos. Esta lei serve para os casais não precisarem ir a tribunal. Por exemplo, o casamento acaba ao fim de 5 anos? Então separam-se e esperam 2 anos. Assim só precisam de ir ao registo civil cancelar o casamento e pagar 80 Euros, poupando 30,000 num divórcio normal.

"A facilitação do divórcio, que poderia ocorrer num processo simples, rápido e barato, apenas pela vontade de um dos ex-pombinhos."

Essa lei já existe, mesmo que os países não a reconheçam. O divórcio litigioso é ilegal. Basta um dos conjugues querer divórcio e ele é obrigatório. O que não é, é um processo simples como deveria ser, pois os advogados ganham à hora e por vezes à % daquilo que conseguem "sacar" ao outro conjugue!

  Bruno Fehr

quarta-feira, setembro 26, 2007 4:51:00 da tarde

Marrie:

Claro. O acordo pré-nupcial é só uma segurança e demonstração de confiança, em nada altera o facto de que temos de trabalhar dentro da relação.

  Anónimo

quinta-feira, dezembro 20, 2007 9:37:00 da tarde

Olá.
Andava pla net a procurar saber sobre acordos pré-nupciais e encontrei o teu blog, muito interessante já agora, parabéns.
Li o que tinhas a dizer sobre este assunto, a tua opinião interessou-me e concordo contigo em muitos aspectos.
Não me importava nada de fazer um acordo deste, não havia casa pra cá ou carro pra lá ou traição daqui ou amor dali, tudo era resolvido com o realismo e a seriedade que o assunto merece, o de casar e viver a dois.
Tal como tu concordo, se entendi isto nas tuas vírgulas e pontos, que as pessoas não se podem deixar levar pelo romantismo... acordem meninas, somos mulheres que trabalham, que gerem empresas, que tomam conta de filhos e maridos e etc, qual romantismo? Não sou feminista. O romantismo é bem-vindo no dia do pedido de casamento mas uma vez decidido e combinado toca a tratar das questões "reais".
Falo por mim.

Percebi que não entendes o porquê de algumas mulheres não aceitaarem isso, então explico-te em ton de brincadeira.

Dedicado aos romanticos, aos desconfiados e principalmente ao autor do blog que me fascinou pelo que pensa - o realista.

As mulheres ficam ofendidas pela desconfiança que o namorado demonstra quando ele sugere um acordo nupcial vejam com um...

Exemplo dramatizado: ele não me ama de verdade e não confia em mim e eu que gosto tanto dele, não posso acreditar que ele é capaz de pensar isto de mim, e eu que nunca fui interesseira que nem nunca lhe pedi aquele anel de diamantes que vi naquela ourivesaria da baixa de Lisboa enquanto ele e eu passeavamos, sim o anel que ele me ofereceu no dia do pedido de casamento, a sério Maria- dirigindo-se à melhor amiga- tou ofendida, vou até às docas... tomo uns copos e danço bué com o primeiro homem que me aparecer, e eu que não queria sair hoje - diz a mulher.

Exemplo dramatizado da situação do namorado após ter recebido a noticia que ela quer um acordo pré nupcial: ele fica peeeeennnnsativo (isto foi para dar ênfase)... muito calado... pensando o que vai ganhar ou perder com isso ...ele ainda não percebeu que raio de coisas mais ela vai inventar para o lixar se ele proprio isso lhe fizer, bolas... ela ainda não esqueceu aquela cena de eu ter beijado a Jacinta quando eu tinha 5 anos de idade e agora quer ficar com o meu dinheiro se eu a trair outra vez, ou então gastá-lo nas Maldivas com o personal trainer que ela vai arranjar depois do divórcio, bem desde que ela não me leve a gita, desde que possamos fazer sexo 3 x por dia e eu possa beber umas bogecas com o pessoal às terças, na boa... assino esta merda já - diz ele.

Meninas... sejam justas ... Meninos ... tenham paciência.


Cumprimentos:

Elisabete