Isto é um Momento!

Isto


Dizem que finjo ou minto,
Tudo o que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto,
Com a imaginação.
Não uso o coração.

Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço,
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.

Por isso escrevo em meio,
Do que não está ao pé,
Livre do enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!


Adoro este poema de Fernando Pessoa. Não concordo que se escreva sem se sentir, pois aí perde-se o prazer. Perder a única coisa que me mantém a escrever. Perder o momento, em que posso ser honesto, escrevendo tudo o que nem sempre posso dizer. Mas, adoro o poema.


O autor vivia da escrita, amava a escrita, mas como profissional imaginava e não sentia, pois o que sentimos por vezes não chega. Não tem valor comercial. É por isso, que não penso em editar, pois escrever é das poucas coisas que ainda me faz sentir. Se perder isso, perco tudo.


O extraordinário deste poema, é a facilidade com que o transformo numa explicação de como o homem sente o amor vs a mulher...

O homem não finge amar, mesmo que não ame de verdade, ele não está a ser falso, ele sente algo. Pode não ser amor, mas é algo de forte. O homem ama em primeiro lugar com o cérebro e é o cérebro, a sua imaginação que convence o coração. O cérebro masculino analisa os prós, ignora os contras e o coração aceita.



A mulher ama imediatamente. O coração palpita. Não percebe o que sente, fica confusa e deixa-se ir na avalanche de sentimentos. Mais tarde, depois de se deixar levar para uma relação, é quando começa a processar toda a informação no seu cérebro. Começa a traduzir o que o coração diz, na sua linguagem única e intraduzível, para aquilo que ela quer acreditar. Pensa e pensa. Pensa demais, deixando de seguir o coração e tentando moldar tudo à imagem que idealizou.

Homem ou mulher, estão ambos "fodidos da cabeça" e é por não serem "puros da tola" que fodem a cabeça uns aos outros. Homem e mulher têm como que um curto circuito cósmico, quando se tentam perceber.

Sejam felizes, vivam o momento. Parem de tentar analisar o parceiro. Parem de tentar racionalizar sentimentos, pois eles não são racionalizáveis. Sejam um pouco mais animais e menos intelectuais. Aceitem o/a parceiro/a como ele ou ela são, qualidades e defeitos. Eles não têm de mudar, nós não temos de mudar, mas ambos temos de aceitar.



Em vez de racionalizar tudo, e idealizar futuros. Vivam momentos, pois é disso que a vida é feita, de momentos, que acontecem agora! Já passou... Aqui está outro momento, foda-se já passou também.

É isto a vida, o presente que assim que o é, já foi, tornando-se passado. O futuro? Porquê racionalizar o que ainda não aconteceu, perdendo um momento que poderia ser um passado lindo?

Aceitem os momentos. Entreguem-se aos momentos. Vivam os momentos. Não percam momentos a idealizar um futuro.

41 Comentários:

  tavguinu

quinta-feira, setembro 06, 2007 2:35:00 da tarde

estás a querer dizer que :

ontem querias papar uma gaja e ela deu-te com os pés ?

  Suzy

quinta-feira, setembro 06, 2007 2:39:00 da tarde

Gosto do que escreves, mas achei este post um pouco, digamos, cor de rosa.
Não estarás apaixonado?...
Até colocaste as baboseiras entre aspas...
Hum....

  Bela Sonhadora

quinta-feira, setembro 06, 2007 3:05:00 da tarde

looooool o/a duvidas cor de rosa acho que acertou na moche nao?

eheheheh

mas agora a serio, é muito giro o que escreveste e seria perfeito se o conseguissemos fazer, mas quem consegue viver sem pensar em nada, quem consegue limitar-se ao seu momento de agora??

quem consegue entrar numa relaçao, qualquer que seja, romantica, amizade, de trabalho, de desporto, enfim o que seja... sem pensar no amanha? sem pensar cm as coisas serão amanha???

enfim, eu nao csgo talvez por ser demasiado ansiosa ou talvez nao ...

  Suzy

quinta-feira, setembro 06, 2007 3:07:00 da tarde

Tb acho.
Segue exemplo:
O homem hoje come uma, e já está a pendar na que há-de comer amanhã...

  Bruno Fehr

quinta-feira, setembro 06, 2007 3:08:00 da tarde

tavguinu:

Não, nada disso. Eu nunca quero para uma, quero papar várias, desta maneira no final da noite fica sempre uma!

  Bruno Fehr

quinta-feira, setembro 06, 2007 3:10:00 da tarde

DUVIDAS COR DE ROSA:

Ahahahah, eu não coloquei as boboseiras entre aspas. Coloquei as forças de expressão entre aspas, pois é lá que elas devem estar.

Quanto as estar apaixonado, eu já disse neste blogue, que basta sair de casa para me apaixonar. Lá por não me envolver em relações sentimentais, isso não significa que não me apaixone.

Paixão é só isso, é paixão, tesão, attracção e não tem nada a ver com amor.

  Bruno Fehr

quinta-feira, setembro 06, 2007 3:14:00 da tarde

bela_sonhadora:

Será que o que faço não é exactamente o que digo?

Eu vivo o agora, por duas vezes deixei uma vida para começar outra. A uma quinta-feira, marco um voo para ir passar um fim-se-semana algures, sem pensar mais nisso.

Estou com uma mulher um momento, sem fazer disso uma história.

Podemos pensar no amanhã, mas o que digo é para não idealizar o amanhã. Se hoje estou contigo, estou. É hoje. Não penso em estar amanhã, pois posso não estar.

  Bruno Fehr

quinta-feira, setembro 06, 2007 3:15:00 da tarde

DUVIDAS COR DE ROSA:

Não, o homem hoje come uma e não pensa mais nisso. Essa uma, é que está a pensar se ele estará lá amanhã!

  Suzy

quinta-feira, setembro 06, 2007 3:20:00 da tarde

O q acho é q há várias formas de amor e de amar. Algumas bem estranhas.
Nem paixão sem amor funciona, nem amor sem paixão.
Sou uma romântica, q posso fazer?
Paixão dura menos q um fósforo, amor sem ela nem concebo.

  Suzy

quinta-feira, setembro 06, 2007 3:23:00 da tarde

Já ouvi dizer:
Uma, todas merecem.
Duas, nem todas
mais do que isso uma ou outra.

  Su

quinta-feira, setembro 06, 2007 3:36:00 da tarde

é que é mesmo isso!!

Carpe Diem

  Anónimo

quinta-feira, setembro 06, 2007 3:39:00 da tarde

Bom ... concordo com o que escreveste. Homens e mulheres sentem o amor de formas diferentes e vivem-no à sua maneira!! Agora, quando um homem decide escrever sobre o amor ... como foi o teu caso, algo se passa! Não o faz de ânimo leve e sem um motivo muito forte por trás! ;) Seja pelo que for que te deixa assim, a divagar sobre tão nobre sentimento, parabéns! Gostei deste post! ;)

  Anónimo

quinta-feira, setembro 06, 2007 3:40:00 da tarde

Tás muito muito...tás tás...

  Suzy

quinta-feira, setembro 06, 2007 3:43:00 da tarde

De longe o mais sentimental...

  mymind

quinta-feira, setembro 06, 2007 4:31:00 da tarde

ai Pessoa esse grande maluco!
acho k amar é muito subjectivo, nao sei se tem a ver necessariamente com o facto de se ser homem ou mulher, tlvz em regra geral seja assim, mas n terá k ser.
axo k falaste mt bem1 n temos k tentar mudar as pessoas, ng muda ng, so mudamos por vontade propria e se amas as kualidades tb tens de ser capaz de amar os defeitos!

  ah e tal

quinta-feira, setembro 06, 2007 4:36:00 da tarde

Gostei mto deste insight(entre milhares teus)........





ps:Eu acho que já falei algures aí em raio-x numa das tuas caixas de comentários...........

  tavguinu

quinta-feira, setembro 06, 2007 4:37:00 da tarde

crest,

para isso há sempre aqueles números mágicos de telefone que se tem :

- Olá, estás sempre a dizer que eu nunca te ligo !
- Tu já viste as horas ?
- Está bem é um bocadinho tarde, mas olha já que não queres tomar um copo vou aí tomar o pequeno almoço !

  Bruno Fehr

quinta-feira, setembro 06, 2007 4:39:00 da tarde

DUVIDAS COR DE ROSA:

Mas há amor sem paixão e paixão sem amor.

O casal jovem, apaixonado que ainda está a contruir as bases para o amor.

O casal idoso que se ama e amou toda a vida mas onde já não existe paixão.

  Bruno Fehr

quinta-feira, setembro 06, 2007 4:41:00 da tarde

Suspeita:

A minha opinião de homem difere. A mulher lê o meu texto ignorando o poema. Este texto não é mais do que uma visão lógica sobre um assunto já muito debatido.

É uma reflaxão intelectual e não sentimental.

  Bruno Fehr

quinta-feira, setembro 06, 2007 4:42:00 da tarde

mymind:

Obrigado pela confirmação do meu ponto de vista.

  Bruno Fehr

quinta-feira, setembro 06, 2007 4:44:00 da tarde

ah e tal (c):

Gracias, é um devaneio de fuga à rotina em que o blogue estava a entrar e parece que está a ser interpretado como uma demonstração de sentimos.

O que, é falso!

  Bruno Fehr

quinta-feira, setembro 06, 2007 4:44:00 da tarde

tavguinu:

Ahahahah, é isso mesmo :)

  Helluah

quinta-feira, setembro 06, 2007 4:46:00 da tarde

estás frito da tola, gajo!!!

  ah e tal

quinta-feira, setembro 06, 2007 4:56:00 da tarde

sendo assim, adorei a fuga ao post anterior para contra-balançar....;P

  O amor é fodido

quinta-feira, setembro 06, 2007 5:52:00 da tarde

gostei muito deste post.. pensar demais é de evitar, viver o momento é o ideal

beijos doces, seu "fofo" lol

  Bruno Fehr

quinta-feira, setembro 06, 2007 6:09:00 da tarde

Helluah:

Deve ser do sol!!!

Olha que até estou a pensar em escreve sobre "love".

  Bruno Fehr

quinta-feira, setembro 06, 2007 6:10:00 da tarde

ah e tal (c):

Ambos os posts anteriores foram fuga :)

  Francis

quinta-feira, setembro 06, 2007 6:10:00 da tarde

eu acho que tu estás cada vez mais fofo...

olá fofo.

  Bruno Fehr

quinta-feira, setembro 06, 2007 6:10:00 da tarde

O amor é fodido:

Enquanto houver mulheres a pensar assim, nem tudo está perdido.

Viva a fofura!

  Helluah

quinta-feira, setembro 06, 2007 6:16:00 da tarde

CREST_ já vi imperios ruirem por menos... mas mesmo "love"?... do gênero..."love"?

  Bruno Fehr

quinta-feira, setembro 06, 2007 6:39:00 da tarde

Helluah:

Sim Love, como em amor. Como dismistificação da palavra utópica.

Dar uma definição que irá colocar a palavra numa fasquia mais alta. Mostrar o que quero dizer quando me refiro à palavra "amor", como banalizada e desprovida de significado.

Isto devem ser influências mediterrâneas, algumas das civilizações mais pensadoras, vieram desta área...

  Suzy

quinta-feira, setembro 06, 2007 6:44:00 da tarde

É um ponto de vista.
O q interessa aqui foi a escrita alternativa deste post.
Gostei, sou sincera.
Estranhei, mas gostei

  Bruno Fehr

quinta-feira, setembro 06, 2007 6:55:00 da tarde

DUVIDAS COR DE ROSA:

Estas variações exisitiram nos meus primeiros textos e vão continuar a existir.

Caso contrário iria fartar-me de escrever sempre as mesmas coisas.

  Lucifer

quinta-feira, setembro 06, 2007 7:32:00 da tarde

Há outra forma do homem se apaixonar, que é pela pissa, apanha uma boa foda e fica agarrado à gaja.

A pissa informa o cérero, o cérebro informa o coração. De resto concordo com tudo.

  Anónimo

quinta-feira, setembro 06, 2007 10:49:00 da tarde

Espera lá! Quem é que escreveu isso afinal, foi o Fernando Pessoa, ou o Álvaro de Campos, ou o Alberto Caiero , ou o Ricardo reis, ou... porra, já me confundi todo lol

  Bruno Fehr

sexta-feira, setembro 07, 2007 12:10:00 da tarde

Lésbico:

Sim mas o pénis tem ligação directa ao cérebro, portanto não está errado dizer que se ama com o cérebro. Mas sim, o homem mistura sexo com amor!

  Bruno Fehr

sexta-feira, setembro 07, 2007 12:11:00 da tarde

Skynet:

Fernando Pessoa Himself em 1933 e assinou como Fernando Pessoa.

  Helluah

sexta-feira, setembro 07, 2007 3:09:00 da tarde

FDX, os gajos ficam agarrados pela foda, e aos que não abro as pernas, ainda mais agarrados ficam...

  Bruno Fehr

sexta-feira, setembro 07, 2007 3:34:00 da tarde

Helluah:

A questão é que só se identificam tarde demais!

Se a foda é boa, sou gajo para voltar. Estou à distância de um telefonema, mas agarrado não!

  Ana

sábado, fevereiro 23, 2008 3:19:00 da manhã

Bem, racionalizar sentimentos é algo que nunca consegui. Mas, qd conheci o jove, foi a cabeça quem comandou. Só mais tarde o coração se deixou levar e aí, sim, houve muita merda porque o coração sente, a cabeça pensa, o coração sente, a cabeça pensa...bem...confusão... ;-) mas, tudo começou na cabeça, não no coração... por acaso no caso dele foi o inverso; primeiro coração e depois cabeça(s) ;-p

  Bruno Fehr

sábado, fevereiro 23, 2008 3:54:00 da manhã

Vanadis:

Tudo começa na cabeça, se começa no coração vai dar merda :)