A vida em diapositivos!


Já ouviram aquelas estórias em que a pessoa antes de morrer, vê a sua vida como um filme? Eu sempre duvidei disso, até ter ter morrido.


Eu morri no dia 6 de Janeiro de 2000.
7 dias antes, tinha-me despistado com o meu carro e por isso nessa noite não conduzi. Eu e um amigo meu. Um desgraçado a quem a vida lhe correu mal e hoje para sobreviver, faz parte do elenco dos Morangos com Açúcar. Tivemos um acidente a 170 Km. Há qualquer coisa nos carros potentes, que nos faz não reparar quando a velocidade é demais, pois o carro não se ouve, não vibra e às 06:30 com a estrada vazia não se nota mesmo. Chegámos a uma curva fácil mas devido àquele óleo na estrada que é uma combinação de orvalho matinal com aquele pó libertado pelos pinheiros, o carro derrapa, travessando-se na estrada, centésimos de segundos depois, o carro ganha tracção, mas já estava atravessado, seguindo àquela velocidade em direcção a uma parede de pedra. Não era uma parede que o carro pudesse partir, era uma daquelas paredes para impedir o deslize de terras.

No segundo em que o carro ganha tracção, vejo a parede, 4 metros à minha frente. Foi num momento, no momento exacto que o carro embate e ainda não sentimos que ele bateu, mas já não há luz. Foi nesse momento que me deu o flash, vi a minha vida. Tudo se passou como um show de Slides (ou diapositivos), milhares de fotos, organizadas por ordem cronológica das nossas memórias desde que nasci até àquele momento. Tudo se passa numa fracção de segundos que parecem minutos. Não dá tempo de apreciar todas essas fotos, mas lembro-me de algumas que me ficaram gravadas. Todas essas imagens e nem um som. Lembro-me do meu pensamento quando vi a parede, antes de ter tido esse "flash back" e lembro-me de o ter pensado em voz alta, "já fui". Nem mais nem menos palavras. No momento que poderia ter morrido, cometi um erro gramatical, colocando na mesma frase "já" de agora, presente, seguido de "fui", verbo ser, passado.
Está provado um gajo quando morre, só diz merda.



Após aquela curva, havia uma grande e acentuada descida, a qual descemos com o carro à cambalhota, aqui sim, sei que durou minutos, porque durou mesmo. No entanto lembro-me de ter tido um outro pensamento, que foi "ainda não morri". A cada cambalhota que o carro dava, a cada chama causado pela chapa do carro em contacto com o asfalto, eu sentia-me vivo. No entanto o flash back, fez-me aceitar aquele momento como o fim, não consigo explicar o porquê, mas estava calmo e só esperava que o carro batesse contra uma árvore para eu ir ver essa merda da vida depois da morte.
O carro pára e dei por mim vivo.

O homem do reboque, já nós estávamos em casa a dormir, resolve depois de carregar o carro, parar num café. Ou seja, às 08:00 da manhã de uma sexta-feira quando toda a cidade está acordada,, ele pára o reboque na principal Avenida, a 300 metros de minha casa e a 500m de casa do meu amigo. O carro destruído no topo do camião. Um carro que quer pela marca, cor e principalmente pela raridade do modelo, toda a gente o conhece, pois era do pai desse meu amigo, proprietário do supermercado AO LADO do café onde o homem resolver tomar o pequeno almoço.

Ora bem, toda a gente sabe de quem é o carro. Homem conta à mulher, mulher conta ao homem, ambos contam aos filhos e todos os filhos sabiam que eu e o meu amigo andávamos em festa, por ser o nosso primeiro dia como civis, após termos saído do exército. Começam as estórias. E como sabemos, quem conta um conto, acrescenta um ponto.

Fui tomar banho e cortei as pontas dos dedos nos 5 Kg de vidros que tinha no cabelo. Fui comer e vesti-me e às 15h, fui ao bar onde tinha combinado com o meu amigo. Ao chegar ao bar vejo-o ao longe e vou ao seu encontro. Entrámos no bar e faz-se silêncio, cumprimentamos toda a gente com um aceno de mão e um olá, pedimos dois cafés e vamos para uma mesa.

Ele: E então, dói-te alguma coisa?

Eu: Cortei os dedos hoje a lavar o cabelo e estou aqui queimado. (mostrando uma minúscula queimadura na orelha) E tu?


Ele: Só tenho uma nódoa negra. (fechando o olho e mostrando-me um ponto negro com 2 milímetros de diâmetro)


Chegam os cafés e a menina que os trás, pergunta, "está tudo bem?". Pergunta estranha. Começámos a reparar nas pessoas a conversar olhando para nós. Até que começámos a interrogar a miúda que ali trabalhava, ao que ela responde, "anda a correr a notícia que vocês morreram".
Foi nesse momento, que percebemos que morremos, mas como estávamos ali, só havia uma explicação, éramos imortais! Já viram a série na TV "The Highlander", de acordo com a série, para nos tornarmos imortais temos de morrer uma morte trágica.




Esse foi o dia em que eu e o meu amigo morremos. Fomos mortos por toda a gente que nos conhece. As pessoas pronunciavam os nossos nomes, como se sentissem a nossa perda. A hipocrisia típica de quem acha que é socialmente correcto, fingir que se sente dor.

Nessa altura, tanto eu como o meu amigo, tínhamos bandas música (toda a gente a certa altura teve ou pensou em ter uma, em particular na minha zona do país) e ambas as bandas passaram a tocar um cover obrigatório em honra da nossa imortalidade, que era o tema "Alive" dos Pearl Jam.

Enquanto em menos de 12 horas a notícia da nossa morte tinha atingido toda a cidade e um raio de 3 km fora dela. Havia pessoas, estúpidas o suficiente para me ligarem para o telemóvel, devia ser para me perguntar se estou morto, "estou, claro que estou!". O incrível é que foram precisos mais de 2 meses, para repor a verdade. Quando há más notícias as pessoas telefonam umas às, outras, a notícia voa. Quando se trata de dar boas notícias, já ninguém liga, não tem piada, gastar dinheiro para dar boas notícias, não tem piada falar num café, sobre quem não morreu não é assunto de conversa. A malta quer é mortes, acidentes, tragédias, isso é que são assuntos. Se há um acidente, mas não há mortes, matam-se pessoas verbalmente. O importante é haver assunto para acompanhar o café.

Esta minha experiência de "flash back", foi-me confirmada pelo Lésbico que teve um acidente este fim-se-semana. Ele passou por uma experiência idêntica, no momento do primeiro embate. Enquanto eu revi a minha a vida até àquele momento, tendo voltado à realidade a partir daí. Ele teve um flash back regressivo, ou seja desde aquele momento até à sua mais antiga memória de infância.

O especialista do hospital que acompanha o Lés, disse-me que não há explicação para esse fenómeno, mas regra geral quem tem o flash back do meu tipo, mantém-se consciente. Quem tem um flash back regressivo, perde a consciência.

Por isso, acreditem nessa estória de ver a nossa vida como um filme. Eu sempre duvidei daquilo que vi naquele dia. Hoje sei que não estou louco. A nossa vida é nos mostrada, como um show de diapositivos, foto a foto, sem cheiros, sem som, sem sentimentos, apenas imagens.

Essa é uma experiências que pode ser útil, se for bem aproveitada. Passamos a viver com mais intensidade, pois já vimos como é fácil partir. De um momento para o outro tudo pode acabar, mas estas experiências, mostram-nos, que não é assim tão assustador, estamos calmos naqueles momentos, aceitamos tudo o que vem a seguir. Até àquele momento nunca tive medo da morte. Ninguém tem medo da morte, as pessoas têm é medo de morrer, do momento em que tido acaba. Um momento rápido, como o desligar um interruptor.

38 Comentários:

  Unknown

quarta-feira, setembro 26, 2007 6:10:00 da tarde

Ainda solteiro, o meu pai teve um acidente num sábado à tarde e a missa vespertina já foi rezada em sua alma! Depois da ambulância o levar, a notícia que foram dar à minha avó foi essa. Disserasm-lhe que talvez ainda fosse vivo, mas não aguentaria muito tempo! Ele ficou em coma uns dias, mas graças a DEUS (ou seja lá a quem for) não ficou com nenhuma sequela!

Não quero imaginar uma experiência como a tua ou a do teu amigo! Prefiro ir vendo fotos para me recordar! ;)

  Bruno Fehr

quarta-feira, setembro 26, 2007 6:15:00 da tarde

blackstar:

Há quem em coma se veja num túnel escuro. Há quem veja toda a sua vida como me aconteceu.

Mas eu acho que toda a gente, que passa por experiências assim, muda. Não muda drásticamente. Muda um pouco a sua maneira de ver as coisas.

Mas sim, é melhor abrir um album de fotos e recordar :)

  ah e tal

quarta-feira, setembro 26, 2007 6:34:00 da tarde

"No momento que poderia ter morrido, cometi um erro gramatical, colocando na mesma frase "já" de agora, presente, seguido de "fui", verbo ser, passado."

Crest, o que era de nós sem ti e estes teus pequenos pormenores.

  tavguinu

quarta-feira, setembro 26, 2007 6:46:00 da tarde

e não reparaste que viste coisas que já não te lembravas !

porra, tb me cortei nos dedos, mas passei 1 semana a comprimidos para as dores, tinha o corpo todo moído, nem me mexia !

e também a 190 !!!

tadinhos dos carros do meu Pai ...

  tavguinu

quarta-feira, setembro 26, 2007 6:46:00 da tarde

quer isso dizer que o nosso Lés, tá fixolas !

  Babe Certificada

quarta-feira, setembro 26, 2007 7:01:00 da tarde

Tirando o pormenor de ter sida declarada morta, que não fui, a verdade é que quando tive um dos meus últimos acidentes e realmente julguei que já ia desta para melhor, também tive aquele momento em que pensei "Oh, Meu Deus, não acredito nisto." O isto seria o raio da minha sorte em bater outra vez. Não pensei que ia morrer naquele momento, mas pensei no meu pai, na minha irmã e na minha sobrinha. Vi o rosto deles e senti medo de perdê-los.

Recordar momentos passados, numca me aconteceu nos 3 despistes que tive, apenas penso no medo de não voltar a ver a minha familia.

  Bruno Fehr

quarta-feira, setembro 26, 2007 7:01:00 da tarde

ah e tal (c):

Reparei nesse detalhe, depois. No momento do acidente nem pensei nisso :)

  Bruno Fehr

quarta-feira, setembro 26, 2007 7:02:00 da tarde

tavguinu:

Vi imensas imagens que não me lembrava, vi imagens dos meus pais juntos e super jovens. A ultima vez que os vi juntos tinha 3 anos!

O Lés, está só dorido e mal disposto por não lhe darem comer!

  Bruno Fehr

quarta-feira, setembro 26, 2007 7:04:00 da tarde

Babe:

É mais isso. Nós não pensamos em nós. Eu não vi imagens de mim mesmo, vi imagens do meu ponto de vista das pessoas que fazem ou fizeram parte da minha vida. Até de caras que não via hà anos!

  Anónimo

quarta-feira, setembro 26, 2007 7:09:00 da tarde

Um texto fabuloso, como sempre, mas no meio de tudo so consegui reparar numa coisa:
Tas a morrer e reparas na gramatica????
Meu, és mesmo profundo!!!

  ah e tal

quarta-feira, setembro 26, 2007 7:31:00 da tarde

Não é a primeira vez que num texto teu supostamente sério, noto estes pormenores(no momento em que escreves os textos).

  André

quarta-feira, setembro 26, 2007 7:48:00 da tarde

realmente as pessoas não tem medo da morte, apenas de morrerem a sofrer.
ao pensarem que realmente estão perto de morrerem pensam naqueles que mais amam pois o mais dificil é sabermos que deixamos quem tanto gostamos
e isso faz-nos sofrer mais que a própria morte.

  Anónimo

quarta-feira, setembro 26, 2007 8:36:00 da tarde

Eu já sonhei com a minha morte. Ainda esta semana aconteceu. E senti o mesmo que a babe disse: "caraças, vou ter saudades desta gente."
Mas pressinto a morte de entes queridos. E isso é bem pior que morrer.

  Inês Almeida Lima

quarta-feira, setembro 26, 2007 9:07:00 da tarde

Eu não tenho nenhum medo da morte. Já em relação ao sofrimento (físico) que pode anteceder a morte á outra coisa...
Já estive bastante perto da morte mas não foi em nenhum acidente de carro, foi uma coisa talvez ainda mais estúpida. Faz hoje precisamente 9 anos que fui a um casamento onde apanhei uma intoxicação alimentar(!). Por causa disso tive uma série de complicações (sindrome hemolítico-urémico)por causa de um "estupor" de uma bactéria E.Coli que me enveneou o sangue e pouco faltou para entrar em choque hemorrágico. Durante esses dias tive sempre a noção da gravidade do meu estado, aí não tive flashback nenhum mas tive tempo para pensar em toda a minha vida e fazer um balanço. Curiosamente o que mais recordo dessa experiência é a serenidade que sempre me acompanhou.
A vida fica mesmo diferente depois de uma experiência destas...

  Oásis

quarta-feira, setembro 26, 2007 10:45:00 da tarde

Antes de mais os meus sentimentos ao morto, lol.
A morte não me assusta e é verdade que passamos a viver tudo intensamente, isto é, libertamos completamente os sentidos para o que nos rodeia. Todo o ser humano devia passar por isso. Tudo é posto em causa e descobrimos coisas novas que sempre estiveram ali ao pé de nós. Passado o turbilhão inicial vem o "I can see clearly now" :)

p.s._ depois envia os diapositivos por mail, lol

  Teté

quinta-feira, setembro 27, 2007 12:14:00 da manhã

Nunca morri! Portanto, sou mortal.

Isto é o que dá ter um carrinho impotente e velhinho: aos 120, já dá impressão de estar todo a desconchavar-se... ah, ah,ah!

Todas as pessoas que conheci que tiveram acidentes desses que o carro saíu num cangalho, mas safaram-se sem beliscaduras, ficaram num estado radiante nos dias que se seguiram. Não sei se pela tal experiência do "fui"... Mas a gramática não tem muita importância, nesse instante!

Essa história da enfermeira, do forward e backward, é interessante. Há ainda recantos do (in)consciente humano por desbravar!

Ainda bem que o teu amigo já recuperou (ou em parte, mas se reclama da comida, é bom sinal)! O que não faltam por aí são estórias a puxar ao saco lacrimal...

Medo de morrer, não! Medo de uma doença prolongada, arrastada, dependente de outros, sim, de certeza!

Jinhos!

  Bruno Fehr

quinta-feira, setembro 27, 2007 8:42:00 da manhã

Maya Gaarder:

Não, só reparei na gramática depois, não sou assim tão "profundo"!

  Bruno Fehr

quinta-feira, setembro 27, 2007 8:44:00 da manhã

ah e tal (c):

Acho que tudo o que é sério, se não for abordado com um pouco de humor, torna-se aborrecido.

Eu até a discutir, meto piadas pelo meio para não me aborrecer!

  Bruno Fehr

quinta-feira, setembro 27, 2007 8:45:00 da manhã

PsYcHo_MiNd:

Em mortes sob aviso, como nas doenças, sim. Mas, nestes casos é tudo tão rápido, que só temos tempo de aceitar.

  Bruno Fehr

quinta-feira, setembro 27, 2007 8:46:00 da manhã

Musa:

Já sonhei muita vez que ia morrer mas nunca morri. Dizem que se morrermos nos sonhos, "acordamos mortos".

  Bruno Fehr

quinta-feira, setembro 27, 2007 8:49:00 da manhã

Inês:

Pois, a tua situação é pior, pois tens tempo de pensar. Eu admiro as pessoa que vivem, sebendo que têm os dias contados. Já estive ligado a uma dessas pessoas. Apesar de saber que poderia morrer a qualquer momento, vivia e fazia planos para um futuro que sabia que não ia ter. Essas pessoas dão-me inspiração. Pois essas sim são corajosas. Eu limitei-me a uns minutos de incerteza!

  Bruno Fehr

quinta-feira, setembro 27, 2007 8:52:00 da manhã

Orquidea:

Pois, a questão é que este foi o meu primeiro contacto.

Tive outro contacto com Sra. Dona Morte no dia 07/07 pois estava em Londres e morava em Kings Cross!! Quando a bomba rebentou no metro, eu estaria algures no metro a caminho do trabalho, se não tivesse entrado de férias nesse dias.

  Bruno Fehr

quinta-feira, setembro 27, 2007 8:57:00 da manhã

Teté:

Acredita, que o melhor é ter um carro com pouco cilindrada, pois a partir dos 100, já se ouve o motor aos gritos.

Eu abuso muito no meu. Às vezes o carro já está ligado e eu logo-o outra vez, pois não se nota. O que vale é que por aqui não há limite de velocidade na autoestrada.

Eu sou um perito em acidentes, tenho-os desde que recebi a minha primeira moto aos 16. Já mandei 5 carros para a sucata e só num dos casos fui declarado culpado, saí sempre sem um arranhão. Vi amigos morrer em acidentes sem sentido a velocidades normais.

... talvéz eu seja preciso cá, para fazer grandes feitos... ou se calhar não.

  Lucifer

quinta-feira, setembro 27, 2007 10:29:00 da manhã

Pelo menos fiquei a saber que apaguei por causa do flshback regressivo e não da pancada em si. Tenho de agradecer as estes médicos as suas fantásticas opiniões!

  AmSilva®

quinta-feira, setembro 27, 2007 12:00:00 da tarde

sei do que falas...
desfiz um G40 num despiste na A25 antiga IP5 para quem conhece, ficou quase irreconhecivel, apenas tive um arranhão na testa, o autoradio que saiu e acertou-me, no fim do despiste liguei para os bombeiros, ficaram peças e oleo espalhados pela estrada, liguei para o seguro por causa do pronto socorro recolher os restos do carro, destino; sucata visto que até o motor partiu, entretanto chega a policia, pergunta pela ambulancia, respondo que não esteve lá ambulancia que o conductor sou eu, o gajo olha pra mim e diz: ó chefe não brinque com isto, no estado em que está o carro houve mortos!
olhando para o carro o gajo tinha razão, alias ninguem acreditava que não houve sequer o que se pode chamar de feridos...
a minha familia só soube 2 dias depois, ao verem o carro olhavam para mim como se eu tivesse algo de raro, só posso dizer:
Há dias de sorte, porque eu nem sequer levava cinto, ia a uns 150km/h e entrei em despiste por partir a manga de eixo (para quem sabe o que é), a roda direita da frente saiu fira, dei umas quantas cambalhotas durante 75metros, e no fim saí do carro como se não fosse nada comigo, pode-se dizer que renasci...
mas crest, não me considero imortal, apenas passei a ver o acelerador como algo que não preciso de calcar até ao fim

  Bruno Fehr

quinta-feira, setembro 27, 2007 12:26:00 da tarde

Lésbico:

Claro, a culpa é do flash...

  Bruno Fehr

quinta-feira, setembro 27, 2007 12:29:00 da tarde

Amsilva:

"partir a manga de eixo"

Já me aconteceu num Lancia Delta, mas por sorte ia devagar e estacionei o carro dentro da garagem de outra pessoa, por azar estava lá o carro dos donos da casa :(

  ah e tal

quinta-feira, setembro 27, 2007 2:17:00 da tarde

o flash de vez em quando deixa os olhos vermelhos..

sim consigo ler textos enormes teus na boa..;)

  Shadows in Love

quinta-feira, setembro 27, 2007 3:04:00 da tarde

é engraçado eu tive um acidente... grave... pelo menos para o carro pois eu só umas nódoas... e a única coisa que me lembro é "merda já bati e esta merda do carro não pára... ainda vou morrer e depois... e isto nunca mais pára... o carro tá a ficar mesmo amolgado..." estes foram os meus pensamentos... serei anormal... sim já sei que sou... mas olha não era o dia de ver o flash ... fica para a próxima...

  Bruno Fehr

sexta-feira, setembro 28, 2007 10:42:00 da manhã

ah e tal (c):

Já há máquinas que previnem isso e programas para recuperar a cor dos olhos.

  Bruno Fehr

sexta-feira, setembro 28, 2007 10:42:00 da manhã

Shadows in Love:

Talvéz o teu projector de diapositivos estivesse avariado :)

  Anónimo

segunda-feira, outubro 01, 2007 2:37:00 da tarde

Felizmente ainda não tive nenhuma experiência de "quase morte", mas não deve faltar muito, agora que comecei as aulas de condução lol

  Ana

sábado, fevereiro 23, 2008 2:56:00 da manhã

fogoooooooooo entao quer dizer que andamos a falar com um fantasmaaaaaaaaaaaaaaaa????????

eh lá, um testemunho em directo dessa cena do flash back...grande estampanço, xiiiii...nunca mais ando a 200...e o meu carro não é o teu...mas, há qq coisa na velocidade e no carro a tremer por todo o lado (normalmente é o querer chegar a horas as aulas)...
Só comecei a andar mais devagar qd apanhei uma multa por excesso de velocidade. Já vejo que tenho a sorte de nunca me ter estampado...

  Ana

sábado, fevereiro 23, 2008 3:00:00 da manhã

Engraçado, eu tenho um medo pavoroso de morrer. Cheguei a ter insonias em miuda porque associava o adormecer a uma pequena morte e achava que se adormecesse já não acordava.
Engraçadamente, não quero morrer a dormir, como muitos dizem, porque assim não notam. Quero notar que estou a morrer, quero estar consciente.
Tal como qd adormeço, faço um esforço enorme para ver como é adormecer e tentar identificar o momento exacto em que adormeci. Claro que até hoje isso nunca aconteceu...o mais que consegui foi levar porradas de tempo a adormecer...

  Ana

sábado, fevereiro 23, 2008 3:05:00 da manhã

caraças, agora percebo pq te dizes imortal...o meu chaço só começa a tremer por todos os lados apartir dos 140. E eu gosto de andar a 180... é o mal de um motor potente num carro que nem por isso :-p
Mas, nunca tive nenhum acidente. Quer dizer, tive um pequenito, numa rotunda. Uma frita que se atirou para a rotunda qd eu estava a sair. Nem me lembrei de ver se o meu carro estava bem, porque reparei que ela tinha um bebe no carro e fui disparada ver se o bebe estava bem...e o meu carro é que ficou com mossa... :-p

  Bruno Fehr

sábado, fevereiro 23, 2008 3:45:00 da manhã

Skynet:

"Felizmente ainda não tive nenhuma experiência de "quase morte", mas não deve faltar muito, agora que comecei as aulas de condução lol"

LOL, esperemos que não :)

  Bruno Fehr

sábado, fevereiro 23, 2008 3:48:00 da manhã

Vanadis:

"fogoooooooooo entao quer dizer que andamos a falar com um fantasmaaaaaaaaaaaaaaaa????????"

Acho que não :)

"há qq coisa na velocidade e no carro a tremer por todo o lado (normalmente é o querer chegar a horas as aulas)..."

O problema é que há carros que não tremem, eu vou a 200 e não parece :S

"Quero notar que estou a morrer, quero estar consciente."

Cosciente sim, mas sem dor.

"caraças, agora percebo pq te dizes imortal..."

É exactamente por isto. Tanto eu como o R. passámos a imortais nesse dia :)

  Fada

sexta-feira, maio 22, 2009 3:08:00 da tarde

Ainda bem que não morreste.

Nas minhas breves experiências em acidentes automobilísticos, o pensamento foi sempre "Já 'tá!". Nunca sofri nada, fisicamente. E nunca vi slides. Creio não precisar, já basta as (pelo menos) 4 regressões que vivi.

Já "vi" o momento da minha morte. Hei-de morrer "velha e chata". Enquanto não envelheço, limito-me a ser chata! :p

Beijitos

PS - Espero que não te incomode comentar-te ano(s) depois do(s) post(S) escrito(S). Gosto de te ler, e, por vezes, apetece-me opinar.