Bola de Berlim

Pois é, como o titulo indica, vou escrever sobre John F. Kennedy! Não, eu não estou a enganar ninguém com os títulos pois JFK e as bolas de Berlim são a mesma coisa.
JFK disse na câmara municipal Schöneberg em 1963, Berlim: "Ich bin ein berliner", eu sempre pensei que ele tivesse dito "Ich bin Berliner", mas acidentalmente ouvi o discurso dele em Berlim e fartei-me de rir. Aqui está a frase dita pelo próprio e a qual ele proferiu orgulhosamente:



Quando ele disse "Ich bin ein berliner", podem-se ouvir as pessoas que o escutavam a gritar, poderá pensar-se que estão a aplaudir, mas na verdade os Alemães estavam a morrer de riso pelo ridículo da frase.

Teoricamente ele queria dizer que era um cidadão de Berlim, mas na verdade ele disse que era uma bola de Berlim.


Ich bin Berliner = Sou de Berlim, mas quando se coloca "ein" refere-se a um objecto onde o objecto berliner é uma bola de Berlim. As bolas de Berlim são aqui comidas no final de ano, em particular na passagem do ano e pedimos uma dizendo "Ein berliner, bitte" e até hoje nunca me perguntaram: "Berliner bolo ou cidadão?".

Enquanto buscava na Net quantas pessoas já tinham reparado nisto, vi que a Wikipédia tenta miseravelmente salvar as palavras do Presidente Americano com uma explicação no mínimo ridícula, chamando ao que estou a dizer "mito urbano", ora, isto não é mito e muito menos urbano. Ao contrário do que a Wikipédia diz, é verdade que um cidadão de Berlim não diz nem "Ich bin ein Berliner" porque é gramaticalmente incorrecto e raramente diz "Ich bin Berliner" que é correcto e pode ser usado. Tal como um cidadão de Hamburgo não usa a frase "Ich bin Hamburguer", nem os de Frankfurt dizem Frankfurter, pois é uma salsicha. O termo geralmente usado é "Ich Komme aus (Berlin, Hamburg, Frankfurt, Köln, etc, etc), isto significa "eu venho de...", esta frase é usada independentemente se se está ou não na cidade, pois o verbo "Kommen"/"Vir" não se refere ao local de onde a pessoa vem como se estivesse em viagem, mas sim de onde ela vem originalmente, ou seja o local onde ela nasceu.

De acordo com a explicação da Wikipédia seria aceitável eu apresentar uma namorada imaginária da seguinte forma: "Nicole ist eine Freundin" que quer dizer "A Nicole é uma amiga", pois se ela é hipoteticamente minha namorada será com toda a certeza minha amiga, no entanto há regras a respeitar no que toca a uma língua e deverá dizer-se "Nicole ist meine Freundin", que logicamente significa "A Nicole é minha namorada". Uma pequena falha de pronuncia pode mudar toda uma frase, e depois é preciso uma grande manobra argumentativa de forma a justificar um erro, que seria perdoado com um simples: "Sorry". Um engano só se torna num erro, quando nos recusamos a corrigi-lo.

Ahhhhh, estes Americanos sempre na puta da brincadeira. Mas ainda bem que ele não veio a Hamburgo, pois iria dizer "Ich bin ein Hamburger" e ainda alguém o colocava entre duas fatias de pão de sésamo e lhe dava uma dentada...

26 Comentários:

  Miss Me/ Vita C

domingo, novembro 01, 2009 10:36:00 da tarde

Curiosamente, há uns tempos escrevi sobre a famosa frase do Armstrong que chegou à Terra (ou não, segundo uns posts teus mais antigos!) em que se ouve "One small step for man, one giant leap for [ou to, não me recordo] mankind) ... o que é basicamente a mesma coisa.

Gosto sempre destas gaffes que passam à maior parte das pessoas!

  Berliner

domingo, novembro 01, 2009 11:30:00 da tarde

Está com graça, mas não está correcto.

Em primeiro lugar, os berlinenses chamam à bola de berlim, pfannkuchen. Berliner é usado noutros locais.

Seja com for, a expressão do Kennedy não está errada, aconselho-te a ler este artigo

http://www.jstor.org/pss/30153239

Ou em alternativa a aprender as regras da gramática alemã e a não dar como certo tudo o que se lê sem confirmar as informações com quem percebe.

  Bruno Fehr

domingo, novembro 01, 2009 11:57:00 da tarde

Miss Me/ Vita C:

"Curiosamente, há uns tempos escrevi sobre a famosa frase do Armstrong que chegou à Terra (ou não, segundo uns posts teus mais antigos!) em que se ouve "One small step for man, one giant leap for [ou to, não me recordo] mankind) ... o que é basicamente a mesma coisa."

Também tinha reparado nisso, mas na gravação ele hesita em "man" acabando por cometer um erro. Deveria ter dito "for a man" ou "for one man".

  Bruno Fehr

segunda-feira, novembro 02, 2009 12:06:00 da manhã

Berliner:

"Está com graça, mas não está correcto."

Claro que está correcto, tive o cuidado de adiar a publicação para hoje após discutir este assunto com o meu professor de Germânicas. É de salientar que além de ser meu professor ele é Alemão e tanto ele como eu residimos aqui na Alemanha. Este texto não foi escrito por um Português na sua cidade Natal que aprendeu Alemão no secundário.

"Em primeiro lugar, os berlinenses chamam à bola de berlim, pfannkuchen. Berliner é usado noutros locais."

Os outros locais é o resto da Alemanha?
Pfannkuchen é de facto um outro nome, mas muito raramente usado. Usar pfannkuchen quando se referem a bolas de Berlim é tão comum como usar:

-Das Prallkissen para dizer Airbag.
-Die Fluggesellschaft para dizer airline.
Der Börsenfachmann para dizer analyst.
Digitaler Tonträger para dizer CD audio.
Der Säugling ou das Kleinkind para dizer baby.

Poderia continuar com páginas e páginas de exemplos de palavras que existem em Alemão e são usados termos em Inglês ou termos simplificados.

Esta falha é um erro, devido à luta por justificar o injustificável. Desafio qualquer pessoa ir a Frankfurt dizer "Ich bin ein Frankfurter", ou para Hamburgo dizer "Ich bin ein Hamburger", seria uma saudável variante à gargalhada de Berlim.

"Seja com for, a expressão do Kennedy não está errada, aconselho-te a ler este artigo

http://www.jstor.org/pss/30153239"

Na altura foi uma falha desculpável, hoje é um erro devido às tentativas de a desculpar sem se desculparem.

"Ou em alternativa a aprender as regras da gramática alemã"

Os conselhos que damos deveremos tomá-los. O seu comentário parece ser justificado com um texto online, o meu texto não é justificado por NADA online, por isso não sei de onde vem a sua ideia de que não devo dar atenção a tudo o que leio.

O link leva-me a um documento da Universidade de Wisconsin, da qual se compreende a defesa das palavras do seu ex-Presidente. Contudo prefiro ficar-me pela opinião de professores Alemães. Chamem-me teimoso mas ter Americanos a dar aulas de línguas não combina.

  Berliner

segunda-feira, novembro 02, 2009 12:27:00 da manhã

Claro que não está correcto. O seu professor de germânicas está errado. Leia o artigo que lhe enviei, de um verdadeiro professor de alemão, com créditos firmados.

Diga-me o que é que o seu professor de alemão publicou ou mostre-me os artigos ou as teses que ele tenha publicado sobre o discurso do Kennedy ou sobre esta questão.

A explicação está no artigo que lhe enviei, as regras gramaticais estão lá e explicam porque é que este chamado mito é de facto um mito americano.

  Bruno Fehr

segunda-feira, novembro 02, 2009 12:36:00 da manhã

Berliner:

"O seu professor de germânicas está errado. Leia o artigo que lhe enviei, de um verdadeiro professor de alemão, com créditos firmados."

Verdadeiro? Ou seja os professores de Alemão para serem verdadeiros precisam leccionar nos EUA? E eu a pensar que o nível cultural Americano estava pela rua da amargura...
Esse professor está a defender uma tese de uma forma desesperada. Nos EUA alegam que se JFK não era de facto de Berlim teria de dizer "ein", no entanto um imigrante não é de Berlim e não diz nem tem de dizer "ein".
Além de ser uma desculpa desesperada, parece que só serve para Presidentes Americanos.

Mas irei não só ler, mas também se achar convincente, irei imprimir e levar até à universidade para esclarecimento extra.

"Diga-me o que é que o seu professor de alemão publicou ou mostre-me os artigos ou as teses que ele tenha publicado sobre o discurso do Kennedy ou sobre esta questão."

Um professor tem de escrever teses sobre Kennedy por forma a justificar os conhecimentos da sua língua?

"e explicam porque é que este chamado mito é de facto um mito americano."

Algo que se passou na Alemanha é agora um mito exclusivamente Americano? Já ouvi chamar-lhe urbano mas nunca Americano.
Tendo em conta que não sou Americano e estou a espalhar o "mito" poderá ele passar a ser Português?

  Jane Doe

segunda-feira, novembro 02, 2009 12:39:00 da manhã

Ahahahahahahahahahah

De rir!!!

Olha, uma pergunta, eu pergunto isto a tudo o que é português e já morou em Portugal e toda a gente diz que não sabe nem nunca viu.

Conheces as bolas de manteiga?

Pronto eu sei que não tem nada a ver com berlin... Enfim.

(Ich bin ein manteigerner)

  Bruno Fehr

segunda-feira, novembro 02, 2009 12:42:00 da manhã

Jane Doe:

"Conheces as bolas de manteiga?"

Nunca ouvi falar. De derivados de leite só mesmo o Cheese cake.

  Jane Doe

segunda-feira, novembro 02, 2009 12:44:00 da manhã

Bruno Fehr:

Hmpfff...

Surpreenderias-me realmente se conhecesses.

Enfim.

:)

  Abobrinha

segunda-feira, novembro 02, 2009 2:21:00 da manhã

Já tive professores de alemão no Goethe (quando eu ainda sabia falar alemão) defender que o JFK estava certo. Um deles era berlinense. Já ouvi alemães dizer que estava mal. Concluo que estará mal para uns mas não será um erro crasso e sobretudo não universal.

Quanto ao eine/meine Freundin, convém dizer que os alemães não têm uma palavra para namorada. Assim sendo, "eine Freundin" (literalmente, uma amiga) é mesmo só uma amiga, enquanto que "meine Freundin" (literalmente, a minha amiga) é "a" amiga, ou seja, a namorada. Não me parece assim complicado.

Em todo o caso, mais que um bolo ou um berlinense, o que interessa é o gesto do JFK na altura.

  Bruno Fehr

segunda-feira, novembro 02, 2009 3:00:00 da manhã

Jane Doe:

"Surpreenderias-me realmente se conhecesses."

Surpreendeste com coisas estranhas...

  Bruno Fehr

segunda-feira, novembro 02, 2009 3:00:00 da manhã

Abobrinha:

"Já tive professores de alemão no Goethe (quando eu ainda sabia falar alemão) defender que o JFK estava certo. Um deles era berlinense. Já ouvi alemães dizer que estava mal."

Muita da defesa tem a ver com convicções politicas, pois há muitos alemães pró-EUA que acham que os EUA salvaram a Alemanha, outros acham que os EUA foram os responsáveis por terem colocado Hitler no poder.
Por uma questão de neutralidade o que o meu professor disse é que há voltas a dar por forma a justificar um erro em Alemão, o que nunca o tornará certo. Sei que haverá professores a defender a frase de JFK, só ainda não conheci um, mas irei questionar mais professores. Amanha irei abordar um outro.

"Quanto ao eine/meine Freundin, convém dizer que os alemães não têm uma palavra para namorada. Assim sendo, "eine Freundin" (literalmente, uma amiga) é mesmo só uma amiga, enquanto que "meine Freundin" (literalmente, a minha amiga) é "a" amiga, ou seja, a namorada. Não me parece assim complicado."

Excepto se colocares lá no meio "beste" pois aí usarás "meine" o que não significa que é o teu melhor namorado, mas no entanto poderá ter esse significado. Ainda há dias o filho de um vizinho me disse esta frase após eu o questionar, para identificar a melhor das suas 3 namoradas :)

  Jane Doe

segunda-feira, novembro 02, 2009 9:30:00 da manhã

Bruno Fehr:

Epah...

É assim tao estranho?

Ninguém conhecer as bolas de manteiga isso sim, é estranho!

Pelo que 90% da populaçao é estranha e eu é que estou certa.

Génio, claro!

  Ditador

segunda-feira, novembro 02, 2009 10:15:00 da manhã

Acho engraçada a forma dúbia de como este blog é escrito. Por vezes bastante interessante, outras vezes algo descontextualizado.

Acho que algumas afirmações aqui feitas são muito discutíveis.

"poderá pensar pensar-se que estão a aplaudir, mas na verdade os Alemães estavam a morrer de riso pelo ridículo da frase"

Não penso que se possa rebaixar desta maneira o simbolismo da frase dita por JFK. No contexto histórico e geográfico do local onde a frase foi dita, duvido muito que algum Berliner tenha feito uma análise racional da gramática Alemã ao ponto de pensar que JFK se estava a proclamar uma bola de Berlin.

Fazendo uma análise fria da estrutura gramatical posso concordar que JFK tenha feito um erro. Não posso é concordar que se use esse erro de forma tão depreciativa de um momento importante na História da Alemanha.

Se a ideia do post era simplesmente avaliar os dotes gramaticais do senhor JFK, então penso que o post quase consegue algo.Teríamos ainda que avaliar mais discursos a ver se o erro/engano é consistente.
Se a ideia era depreciar JFK ou a cultura Americana ("estes americanos sempre na puta da brincadeira" é de extremo mau gosto e desrespeito)penso que o post falha redondamente pois limita-se a avaliar uma actuação politica ignorando o seu significado simbólico e restringindo a análise a uma mera formalidade gramatical.
Se a ideia do post não era nenhuma das que enunciei, então fui eu que falhei na leitura...

De qualquer modo acho que mais respeito e visão mais abrangente em alguns temas seria recomendável.

Bis bald

  Bruno Fehr

segunda-feira, novembro 02, 2009 1:08:00 da tarde

Jane Doe:

"Pelo que 90% da populaçao é estranha e eu é que estou certa."

Claro :)

  Jane Doe

segunda-feira, novembro 02, 2009 1:14:00 da tarde

Ditador:

Terei tendencia em ver este texto um pouco como que humorístico, sem grandes tendencias políticas ou o que seja.

Nao vejo de mau gosto brincar com a gafe, claro, gafe essa natural, de quem nao conhece a língua nem tem de a conhecer.

Dizer que "Não penso que se possa rebaixar desta maneira o simbolismo da frase dita por JFK."

O simbolismo está lá, ninguém o tira, mas o que lá está também é o erro que dá o cómico à frase. E isso sem dramas, sem denegrimentos, sem conotaçoes politicas.

Apenas um cómico deslize.

Bruno Fehr:

"Claro:)"
Ainda bem que estamos de acordo.

  Bruno Fehr

segunda-feira, novembro 02, 2009 1:26:00 da tarde

Ditador:

"Acho engraçada a forma dúbia de como este blog é escrito. Por vezes bastante interessante, outras vezes algo descontextualizado."

1- Mesmo dúbia se é engraçada já serve algum propósito.

2- Se este blogue não segue nenhum contexto, como poderia estar contextualizado?

"Acho que algumas afirmações aqui feitas são muito discutíveis."

Ser discutível é o propósito deste blogue, pois TUDO é discutível.

"Não penso que se possa rebaixar desta maneira o simbolismo da frase dita por JFK."

Posso sim, pois aquelas palavras excluíram meia europa!

"No contexto histórico e geográfico do local onde a frase foi dita, duvido muito que algum Berliner tenha feito uma análise racional da gramática Alemã ao ponto de pensar que JFK se estava a proclamar uma bola de Berlin."

Sim nessa altura eles estavam a pensar que os EUA e aliados permitiram que 30 milhões de Alemães ficassem como força de trabalho escrava dos Russos. O discurso de JFK foi num contexto lindo de libertar metade da população Alemã e escravizar a outra metade.
O dizer que os Alemães riram era nitidamente uma piada, pois estou certo que estavam, tal como hoje ainda estão chocados com a declaração dos aliados de terem tornado a Europa livre, um flagrante erro geográfico pois a Europa era maior do que porção libertada.
Sabe... na outra metade da Alemanha viviam também seres humanos, aliás Berlim esteve dividida ao meio e apesar de do outro lado estarem cidadãos de Berlim ELES NÃO ERAM LIVRES.

O que JFK disse é que todo o mundo livre era cidadão de Berlim, excepto os cidadão da outra metade de Berlim pois esses eram cidadãos de Moscovo!

"Fazendo uma análise fria da estrutura gramatical posso concordar que JFK tenha feito um erro. Não posso é concordar que se use esse erro de forma tão depreciativa de um momento importante na História da Alemanha."

Isso é uma opinião ocidental, típica. Acha que minha opinião desrespeita um momento histórico. Pode ser que sim, mas isso não é tão grave como a sua opinião que desrespeita metade da população Alemã prisioneira no seu próprio país, bem como 1/3 da população Europeia prisioneira de Moscovo.

Eu desrespeito politica o que não é tão grave como desrespeitar seres humanos.
Entre eu e você, quem é que comete o maior erro?

"Se a ideia do post era simplesmente avaliar os dotes gramaticais do senhor JFK, então penso que o post quase consegue algo."

JFK não falava Alemão logo os dotes eram nulos.

"Se a ideia era depreciar JFK ou a cultura Americana ("estes americanos sempre na puta da brincadeira" é de extremo mau gosto e desrespeito)"

Correcto, não tenho o mínimo de respeito pelas relações internacionais e politica Americana.

Este texto nunca teve a intenção que você lhe quis dar, mas este comentário tem a intenção que você erradamente viu no texto.

"penso que o post falha redondamente pois limita-se a avaliar uma actuação politica ignorando o seu significado simbólico e restringindo a análise a uma mera formalidade gramatical."

O que falhou foi o seu comentário, pois não percebeu a intenção do texto. No entanto acho que a minha resposta esclarece a ideia com que ficou da minha opinião.

"De qualquer modo acho que mais respeito e visão mais abrangente em alguns temas seria recomendável."

A minha visão é tão abrangente que ao ouvir o discurso pensei em todos aqueles que não eram livres, você obviamente não pensou neles e muitos eram cidadãos de Berlim.
Se eu tentei aplicar aquele discurso à Europa e vi que era hipocrisia, e você acha que foi um belo discurso naquele momento... quem é que precisa de uma visão mais abrangente?

  Bruno Fehr

segunda-feira, novembro 02, 2009 1:30:00 da tarde

Jane Doe:

"Terei tendencia em ver este texto um pouco como que humorístico, sem grandes tendencias políticas ou o que seja."

O que está correcto, no entanto a minha resposta ao ditador foi politica. E mais, o nick ditador assenta na perfeição a alguém que ignorou meia Berlim não livre. Os Americanos sabiam das intenções Russas de ficar com metade da Alemanha sob o pretexto de "repor" a forca de trabalho de 25 milhões de Russos que morreram na guerra e sob este pretexto tomaram meia Europa e isolaram-na do mundo.

  Democrata

segunda-feira, novembro 02, 2009 1:44:00 da tarde

Esta discussão obrigou-me a ir confirmar datas:

-O discurso de JFK foi em 1963.
-O muro de Berlim foi construído em 1961.

http://en.wikipedia.org/wiki/File:Kennedy_in_Berlin.jpg

Nesta foto podemos ver JFK a visitar o muro de Berlim antes do discurso. Portanto o discurso não excluiu cidadãos de Berlin por ignorância, mas sim propositadamente.

Democrata

  Dakota

segunda-feira, novembro 02, 2009 7:19:00 da tarde

E pronto. Temos que: quem ouviu na altura JFK e não gostava dele, riu-se. Quem gostava, achou que ele tinha falado bem. Conclui-se que metade de Berlim riu-se, porque a outra metade não estava a ouvi-lo ...

É difícil agradar a gregos e a troianos ...

Já agora: quem nasceu 1.º? o ovo ou a galinha?

  Bruno Fehr

segunda-feira, novembro 02, 2009 8:06:00 da tarde

Democrata:

"Esta discussão obrigou-me a ir confirmar datas"

Correcto, o muro já existia e metade de Berlim não era livre.

  Bruno Fehr

segunda-feira, novembro 02, 2009 8:06:00 da tarde

Dakota:

"Já agora: quem nasceu 1.º? o ovo ou a galinha?"

Depende do ovo, se o ovo for de galinha, obviamente a galinha nasceu primeiro. Se o ovo for de pato a pergunta teria de ser reformulada.

  Fly

segunda-feira, novembro 02, 2009 11:58:00 da tarde

Já que falaram no muro de Berlim...

"O Muro de Berlim – Mais um "mito" da Guerra-Fria

Primeiro que tudo, antes de o muro ser construído havia milhares de alemães de Leste que passavam para ocidente para ir trabalhar todos os dias e depois regressavam a Leste ao fim da tarde. Portanto, não estavam obviamente a ser presos no leste contra a sua vontade. O muro foi construído principalmente por duas razões:

1- O ocidente estava a prejudicar o Leste com uma vigorosa campanha de recrutamento de profissionais e trabalhadores especializados da Alemanha de Leste, que tinham sido educados à custa do governo comunista. Isto acabou por levar a uma grave crise de mão-de-obra e de produção no Leste. Referindo-se claramente a isto, o New York Times noticiou em 1963: "Berlim Oeste ressentiu-se economicamente do muro com a perda de cerca de 60 mil trabalhadores especializados que saíam diariamente das suas casas em Berlim Leste para os seus locais de trabalho em Berlim Oeste". [9]

2- Durante os anos 50, os guerreiros-frios americanos na Alemanha Ocidental instituíram uma campanha feroz de sabotagem e subversão contra a Alemanha de Leste destinada a fazer descarrilar a maquinaria económica e administrativa deste país. A CIA e outros serviços americanos de informações e militares recrutaram, equiparam, treinaram e financiaram grupos e indivíduos activistas alemães, do ocidente e do leste, para efectuarem acções que percorressem o espectro desde o terrorismo até à delinquência juvenil, tudo o que tornasse difícil a vida do povo da Alemanha de Leste e enfraquecesse o seu apoio ao governo, tudo o que denegrisse os comunas.

Foi um empreendimento fantástico. Os Estados Unidos e os seus agentes utilizaram explosivos, incêndios, curto-circuitos, e outros métodos para danificar centrais eléctricas, estaleiros, canais, docas, edifícios públicos, bombas de gasolina, transportes públicos, pontes, etc, fizeram descarrilar comboios de carga, ferindo gravemente trabalhadores; queimaram 12 carruagens de um comboio de carga e destruíram tubagem de ar comprimido de outros; utilizaram ácidos para danificar maquinaria fabril vital; puseram areia na turbina duma fábrica, fazendo-a paralisar; deitaram fogo a uma fábrica de telhas; promoveram greves de zelo em fábricas; mataram 7 000 vacas duma fábrica cooperativa de lacticínios através de envenenamento; acrescentaram sabão ao leite em pó destinado às escolas da Alemanha de Leste; estavam na posse, quando foram presos, duma grande quantidade do veneno cantárida [NT1] que se destinava à produção de cigarros envenenados para matar importantes alemães de Leste; lançaram bombas de mau cheiro para interromper reuniões políticas; tentaram interromper o Festival Mundial da Juventude em Berlim Leste enviando convites falsificados, promessas falsas de alojamento e pensão grátis, notícias falsas de cancelamento, etc; efectuaram ataques aos participantes com explosivos, bombas incendiárias e equipamento de furar pneus; forjaram e distribuíram grande quantidade de senhas alimentares falsas para provocar a confusão, a escassez e a revolta, enviaram falsos avisos de impostos e outras orientações do governo e documentos para provocar a desorganização e a ineficácia na indústria e nos sindicatos… tudo isto e muito mais."

Podem ler o resto se quiserem

in

http://resistir.info/eua/blum_29set09_p.html

  Mistal

terça-feira, novembro 03, 2009 5:43:00 da tarde

Como não sei alemão não posso avaliar o que é certo ou errado na frase. Se apelar ao meu lado comico acho um piadão se realmente JFK se autodenominou de bola de berlim. Isso no entanto não retira o significado do momento historico e da imagem do JFK

  Migas-o-Sapo

quarta-feira, novembro 04, 2009 12:00:00 da tarde

Bolas! O K.F.C., perdão, J.F.K. meteu a pata na poça!

  Ana

quarta-feira, novembro 04, 2009 4:21:00 da tarde

LOOOOOOOOOOOOOL, não fazia a mínima eheheheh! :D bem, lá cabeça redonda ele tinha...falta saber como era o recheio. É que, eu adoro bolas de berlim, mas sou esquisita com o recheio...