O medo dos homens


Este será o primeiro texto da rubrica; Pergunta ao Crest©, onde a blackstar deixou a seguinte questão:

"Por que é que os homens receiam tanto mostrar que estão apaixonados?"

Os homens vivem num mundo só deles, um mundo ainda antiquado, onde eles dominam e devem dominar tudo, desde o próximo, até aos mais profundos sentimentos. E é no campo dos sentimentos que encontra a maior dificuldade no domínio e aí perde muito.

A mulher quando se apaixona, deixa-se levar pelos sentimentos, racionalizando mais tarde, por vezes passando toda a relação, a racionalizar constantemente o que sente por ele. O homem é o oposto, racionaliza demais antes de se deixar levar, essa racionalização impede-o de se deixar ir e gozar do que está a sentir. Pensa, duvida de si e da veracidade dos seus e dos sentimentos dela, não se entregando. Leva por vezes toda a relação, a racionalizar e quando se quer deixar levar pelos sentimento é tarde, pois nem sempre a mulher sabe ler o seu homem e esperar.

Se um homem afirma que está apaixonado, entrega-se, ao entregar-se mostra o quanto não é forte, mas sim vulnerável e pensa que isso irá desiludir a mulher, pois acredita que a mulher quer um homem forte, intocável, uma fortaleza que nada a pode derrubar.

Existem sim, homens que se entregam logo. Entregam-se do nada. Amam em pouco tempo perdidamente, fazendo questão de repetir 1 bilião de vezes, o quanto a amam e o quanto ela é importante. Para a mulher é bom para o ego, mas deve sempre desconfiar. Quando encontram um homem assim, olhem para a vida que ele leva e observem os seguintes detalhes:

1- Vida caseira: A vida dele é dominada por homens ou mulheres?
Se a resposta é mulheres, todo este amor é uma questão de insegurança, reveladora de um homem instável.

2- Vida profissional: Valoriza-a? Luta por mais e melhor? Tem sucesso?
Se a resposta é não, é uma confirmação que o seu amor louco é uma questão de insegurança e que procura numa mulher, o que o faz sentir seguro, ou seja, a protecção feminina.

Se a resposta a estas duas questões é não. Então encontraram um homem raro, daqueles que se pensa não existirem fora dos filmes. E na minha opinião, não existem mesmo, pois qualquer homem seguro de si, não é seguro dos seus sentimos, tal como um homem inseguro, procura segurança sentimental em todas as mulheres.

Os primeiros são as muralhas de estupidez.
Os segundos são os cachorrinhos sentimentais.

Mas voltando à questão. O homem tem dificuldades em revelar o quanto ama, porque não se quer entregar, não se quer sentir frágil, apesar de o ser. A mulher tem de o saber ler e perceber que ele precisa de muito, mas muito mais tempo para revelar os seus sentimento. O homem que ama, não sente necessidade de o dizer, ele opta por o demonstrar e se o diz muito é por insegurança e a entrega mesmo que virtual o faz sentir-se seguro.

A cada relação falhada, devido ao facto de o homem estar preparado para se entregar, quando a mulher já está farta de esperar e já não o quer. Faz com que em vez de ele aprender com os erros, se reprima ainda mais, pois não quer repetir o sofrimento passado.

Dizer que as mulheres são complicadas e os homens básicos, é cair num erro enorme, que só leva à guerra de sexos em que vivemos. Os homens são tão complicados como as mulheres, mas complicamos nas coisas que vocês simplificam e simplificamos o que vocês complicam. O ser humano perfeito, seria um híbrido entre os dois sexos e não me refiro a transsexuais nem a eunucos.

78 Comentários:

  ipsis verbis

segunda-feira, dezembro 08, 2008 1:35:00 da manhã

Acho que se falarmos em paixão, tanto o homem como a mulher, só racionalizam no fim. Mas eu falo de apaixonados, falo de pessoas com o coração aos saltos quando estão com a outra. Falo de nervoso miudinho e borboletas na barriga quando estão junto da outra pessoa...

Agora, se falarmos numa coisa mais morna, isso é mais fácil de esconder e de racionalizar durante o processo.

  Anónimo

segunda-feira, dezembro 08, 2008 1:49:00 da manhã

Olá!
Gostei e concordo com o teu raciocinio...
Gande homem para admitires, uma serie de coisas que a maioria, se acha incapaz de reconhecer e admitir ;=)

Beijocas

  Demian

segunda-feira, dezembro 08, 2008 3:30:00 da manhã

Discordo em quase todos os pontos. Não quer dizer que algum de nós esteja certo ou errado, mas na minha opinião, pecas por generalizar, referindo "os homens" e não "a maioria dos homens".

"Os homens vivem num mundo só deles, um mundo ainda antiquado, onde eles dominam e devem dominar tudo, desde o próximo, até aos mais profundos sentimentos."
A maioria deles. Existem muitos que não pensam assim, e esses não são obrigatoriamente homossexuais, transexuais, eunucos, etc.

"O homem é o oposto, racionaliza demais antes de se deixar levar, essa racionalização impede-o de se deixar ir e gozar do que está a sentir."
Isto é o oposto de mim, só para dar um exemplo. E como eu, conheço mais casos de homens que se deixam levar facilmente, antes de racionalizarem.

"Vida caseira: A vida dele é dominada por homens ou mulheres?"
Mas desde quando a vida caseira de um homem tem de ser dominada por quem quer que seja? A que tipo de domínio te referes? Os homens não podem ser autónomos e viver em harmonia, num ambiente familiar "normal"?

"2- Vida profissional: Valoriza-a? Luta por mais e melhor? Tem sucesso? (...)"
O que é que te leva a relacionar tão intimamente, a vida profissional de um homem, com a forma como este ama uma mulher?
É que, na minha óptica, essa ligação não faz grande sentido. A menos que a protecção feminina que referes, seja monetária? Homem incapaz de subsistir economicamente, procura na carteira da mulher o conforto de que necessita? ...

(...)"Os primeiros são as muralhas de estupidez.
Os segundos são os cachorrinhos sentimentais."
No seguimento do que disse anteriormente, não concebo tal conclusão...

"Mas voltando à questão. O homem tem dificuldades em revelar o quanto ama, porque não se quer entregar, não se quer sentir frágil, apesar de o ser."
Há homens, e homens. Eu não me considero frágil, muito pelo contrário. Tão pouco assim me definem, as pessoas que me conhecem verdadeiramente. E quando amo, não tenho problemas nenhuns em assumi-lo. Não acho que isso me enfraqueça de forma alguma.

"Dizer que as mulheres são complicadas e os homens básicos, é cair num erro enorme, que só leva à guerra de sexos em que vivemos. Os homens são tão complicados como as mulheres, mas complicamos nas coisas que vocês simplificam e simplificamos o que vocês complicam. O ser humano perfeito, seria um híbrido entre os dois sexos e não me refiro a transsexuais nem a eunucos."
Perfeitamente de acordo.

E bom, deve ser o comentário mais longo que alguma vez fiz num blog, mas achei que o tema era propício ao tal confronto saudável de ideias, susceptível de ser travado entre pessoas inteligentes e coerentes, capazes de as expor com clareza...

Cumps

  Anónimo

segunda-feira, dezembro 08, 2008 3:31:00 da manhã

"O ser humano perfeito, seria um híbrido entre os dois sexos e não me refiro a transsexuais nem a eunucos."

Acho que cada vez mais nos tornamos andróginos: nas formas de reagir, de pensar, na preocupação com a beleza etc etc. Embora cada um de nos seja unico, torna-se cada vez mais dificil dizer: o sexo feminino reage desta forma e o masculino daquela. Ainda assim, concordo com a tua analise! Boa iniciativa esta, da pergunta ao Crest :D

  Bruno Fehr

segunda-feira, dezembro 08, 2008 3:47:00 da manhã

ipsis verbis disse...

"Acho que se falarmos em paixão, tanto o homem como a mulher, só racionalizam no fim."

No fim é quando as racionalizações chegam a algum lado, mas toda a gente se questiona, toda a gente pensa no que sente durante a relação. Racionalizar é uma tentativa de perceber e não o facto de atingir a compreensão do que sente.

  Bruno Fehr

segunda-feira, dezembro 08, 2008 3:48:00 da manhã

mjf disse...

"Gande homem para admitires, uma serie de coisas que a maioria, se acha incapaz de reconhecer e admitir"

Nao escrevi como homem, escrevi de um ponto de vista lógico, sem ligações a qualquer dos sexos.

  ipsis verbis

segunda-feira, dezembro 08, 2008 3:57:00 da manhã

Crest disse:

"No fim é quando as racionalizações chegam a algum lado, mas toda a gente se questiona, toda a gente pensa no que sente durante a relação. Racionalizar é uma tentativa de perceber e não o facto de atingir a compreensão do que sente."

O meu "fim" significa o fim do enamoramento inicial, um pouco como o teu "mais tarde"... posso sempre corrigir o comentário e trocar a palavra "fim" por "mais tarde", embora não mude, em nada o
que realmente interessa, e que é a minha opinião em relação a isto.

  Bruno Fehr

segunda-feira, dezembro 08, 2008 4:12:00 da manhã

Gravepisser disse...

"Discordo em quase todos os pontos."

Eu sabia que teria de ser um homem a discordar, nem faria sentido se não fosse, mas sei que não serás o único a fazê-lo.

"pecas por generalizar, referindo "os homens" e não "a maioria dos homens"."

A maioria dos homens, são homens. Acho que seria ridículo ter de colocar parentices sempre que escrevo "os homens", dizendo (na sua maioria).
Eu refiro claramente que há SEMPRE excepções à regras (apesar de não acreditar), por isso esse facto deveria bastar para perceber que não estou a generalizar.

"A maioria deles. Existem muitos que não pensam assim, e esses não são obrigatoriamente homossexuais, transexuais, eunucos, etc."

Em ponto nenhum do texto eu faço qualquer referencia ou comparação a homossexuais ou transsexuais. A única referencia que faço a eunucos é já fora do tema do texto.


"Isto é o oposto de mim, só para dar um exemplo. E como eu, conheço mais casos de homens que se deixam levar facilmente, antes de racionalizarem."

Nao me digas que quando te interessas por um mulher, não a comparas a outra, não estudas se será mesmo aquela, não te questionas se ela retribui os teus sentimentos. Nao pensas sobre os prós e contras.
É que se realmente há homens assim, então terei de adicionar uma nova categoria, "os Kamikaze sentimentais", pois não pensar é um risco maior do que pensar demais.

"Mas desde quando a vida caseira de um homem tem de ser dominada por quem quer que seja? A que tipo de domínio te referes?"

Um homem, que viva num mundo de mulheres sem figura masculina como modelo, sao emocionalmente e sentimentalmente mais instáveis. Tal como os homens educados por homens sem mulher modelo, sao regra geral mais frios e distantes. Isto nao é teoria é facto!
Além disso, tenho na minha própria família termos de comparação, basta eu e o meu irmão lado a lado.

"Os homens não podem ser autónomos e viver em harmonia, num ambiente familiar "normal"?"

Mas eu não falei em ambiente familiar normal! Falei no sexo que domina o seu desenvolvimento, é um factor determinante para a sua estabilidade emocional. Os vindos de ambientes familiares normais, serão equilibrados neste aspecto.
Por isso disse às senhoras, para saberem sobre isso, para poderem analisar melhor.

"O que é que te leva a relacionar tão intimamente, a vida profissional de um homem, com a forma como este ama uma mulher?"

Em ponto nenhum eu relaciono a sua relação profissional com a maneira como ama, mas sim como uma demonstração de postura na vida. Lutador ou conformado. Os conformados tornam-se dependente. Os que se conformam com o seu emprego, sem querer mais e melhor, precisam da segurança que ter um emprego lhes dá, da mesma maneira que se apegam a uma mulher, pela segurança de a ter, independentemente se é certa ou errada.

"É que, na minha óptica, essa ligação não faz grande sentido."

Porque não me parece que tenhas interpretado correctamente. Faz todo o sentido. E estes dados não foram inventados por mim.

"A menos que a protecção feminina que referes, seja monetária? Homem incapaz de subsistir economicamente, procura na carteira da mulher o conforto de que necessita? ..."

Em ponto nenhum do texto, eu faço tal impensável relação entre dinheiro e sentimentos ou personalidade.A protecção feminina é sentimental. A protecção das mães é como que uma liberdade limitante. A protecção dos pais é um liberdade responsabilizadora.

"No seguimento do que disse anteriormente, não concebo tal conclusão..."

Mas também não percebeste o texto da forma correcta, nunca poderias chegar a esta conclusão.


"Há homens, e homens. Eu não me considero frágil, muito pelo contrário."

Mais uma vez, eu NUNCA em ponto nenhum do texto disse que os homens eram frágeis, caso o tivesse dito, teria entrado em contradição, com o inicio do texto onde digo que o homem é por natureza dominador.
O homem ao demonstrar os seus sentimentos, abre o seu coracao, o que o faz sentir fragilizado, aberto, exposto, entregue, sem defesas.
Se o homem não se sentir fragilizado, é porque essa é uma falsa entrega. Pois não há 1 único ser humano, que não se sinta "despido" ao entregar-se corpo e alma a outra pessoa.

"E quando amo, não tenho problemas nenhuns em assumi-lo. Não acho que isso me enfraqueça de forma alguma."

Se quando amas e assumes, nao te sentes exposto e vulnerável, como podes ter a certeza que amas? Podes simplesmente gostar muito.

Amar é um termo muito abrangente na nossa sociedade, mas eu só considero 1 amor. O total, dominador, o que nos pode dar toda a forca do mundo ou nos destruir por dentro. O que nos faz queres morrer para salvar a pessoa amada, o que nos faz enfrentar o mundo por o amor.
Tudo o que for menos do que TUDO, não é amor, não é nada.

"Perfeitamente de acordo."

Nao se pode discordar em tudo.

"E bom, deve ser o comentário mais longo que alguma vez fiz num blog, mas achei que o tema era propício ao tal confronto saudável de ideias, susceptível de ser travado entre pessoas inteligentes e coerentes, capazes de as expor com clareza..."

Gostei do teu comentário, apesar de ter estado um pouco à margem do que escrevi, no entanto, espero ter esclarecido melhor o texto.

  Bruno Fehr

segunda-feira, dezembro 08, 2008 4:15:00 da manhã

*Joana* disse...

"Acho que cada vez mais nos tornamos andróginos: nas formas de reagir, de pensar, na preocupação com a beleza etc etc."

Isso é verdade mas...

"Embora cada um de nos seja unico, torna-se cada vez mais dificil dizer: o sexo feminino reage desta forma e o masculino daquela."

Deixei o "mas...", propositadamente para expandir aqui. Por mais parecidos que homem e mulher estejam a ficar. O instinto irá sempre distinguir-nos. E na maioria das vezes os passos em frente nas relações sentimentais, são dadas por instinto. Aqui seremos sempre diferentes e nunca nos iremos compreender totalmente.

  ipsis verbis

segunda-feira, dezembro 08, 2008 4:19:00 da manhã

Eu sou mulher e discordei. Não se notou?!

  afectado

segunda-feira, dezembro 08, 2008 4:22:00 da manhã

e se o homem viver sozinho, quem domina?

e se viver onde dominam homens e for uma pessoa de sucesso no trabalho, não pode ser inseguro no amor?

e já agora, seguro no amor é aquele que repete um bilião de vezes o quanto a amam e o quanto ela é importante? é que há homens seguros no amor, que não são muito de dizer o quanto as amam e o quanto são importantes. o que não quer dizer que não o sintam e não se comportem de acordo com isso... simplesmente não usam tanto as palavras.

eu sou daqueles que acha que a palavra "amo-te" está muito gasta e extremamente banalizada. usa-se em demasia!

abraço

  Bruno Fehr

segunda-feira, dezembro 08, 2008 4:29:00 da manhã

ipsis verbis disse...

"Eu sou mulher e discordei. Não se notou?!"

Notou, mas foi uma discordância, por causa da definição de racionalização e da forma em que a palavra foi aplicada.

  ipsis verbis

segunda-feira, dezembro 08, 2008 4:39:00 da manhã

Crest disse:

"foi uma discordância, por causa da definição de racionalização e da forma em que a palavra foi aplicada."


Isso foi depois. (afinal não se notou)
Antes disso já tinha discordado contigo, quando no meu primeiro comentário referi que "se falarmos em paixão, tanto o homem como a mulher, só racionalizam no fim." ao contrário do que dizes no texto: "O homem é o oposto, racionaliza demais antes de se deixar levar, essa racionalização impede-o de se deixar ir e gozar do que está a sentir."

  Bruno Fehr

segunda-feira, dezembro 08, 2008 4:42:00 da manhã

afectado disse...

"e se o homem viver sozinho, quem domina?"

Se esse homem, nasceu de geração expontanea e é auto didacta a todos os níveis educativos e de construção de personalidade, então ele domina pois é um espécime único.

"e se viver onde dominam homens e for uma pessoa de sucesso no trabalho, não pode ser inseguro no amor?"

Se cresceu num ambiente familiar masculino, certamente nao se conformará no seu trabalho, querendo mais e melhor. A sua educação masculina torna-o competitivo. Este homem será como todos os outros e será inseguro no amor, mas certamente não dirá "amo-te" a qualquer uma várias vezes ao dia.

"e já agora, seguro no amor é aquele que repete um bilião de vezes o quanto a amam e o quanto ela é importante?"

Esse é o dependente. Nao existe homem seguro no amor. Existe sim homens seguros nas suas convicções e por isso não se entregam com facilidade.

"é que há homens seguros no amor, que não são muito de dizer o quanto as amam e o quanto são importantes."

Homens seguros no amor, não acredito, pois não há amor que seja seguro. E logicamente não são de dizer que amam, por tudo e por nada. É isso que o meu texto diz.

"o que não quer dizer que não o sintam e não se comportem de acordo com isso... simplesmente não usam tanto as palavras."

Se é homem, e não é um homem dependente da aceitação feminina, ele não usará palavras, pois não faz parte dele usá-las, ele usará de acções, para provar o que sente. Mostrar o mais possível, dizendo o mínimo possível.

Sente, mostra que sente, falando o mínimo possível de sentimentos.


"eu sou daqueles que acha que a palavra "amo-te" está muito gasta e extremamente banalizada. usa-se em demasia!"

Portanto, SÓ por esta frase acho que não cresceste numa casa só com uma ou mais mulheres, sem a presença de figura masculina.
Acho que lutas por mais e melhor, quer no que se refere à vida pessoal, quer à profissional. Nao te conformas com a pequena segurança de ter um emprego e anseias sucesso.

Percebeste agora a ligação, do passado familiar?
Quem cresce debaixo da saia da mãe, é e será sempre inseguro e procurará segurança em todas as namoradas, fazendo questão de banalizar o amor, de maneira a não perder essa ancora.

  Bruno Fehr

segunda-feira, dezembro 08, 2008 4:51:00 da manhã

ipsis verbis disse...

"se falarmos em paixão, tanto o homem como a mulher, só racionalizam no fim."

Paixão é um jogo, é um tiro no escuro. Na paixão não há entrega que ultrapasse o físico, portanto nem vale a pena perder tempo a pensar nisso. É saltar de cabeça, passar um bom bocado e no final, logo se ve o que acontece.

"ao contrário do que dizes no texto: "O homem é o oposto, racionaliza demais antes de se deixar levar, essa racionalização impede-o de se deixar ir e gozar do que está a sentir."

Ok, vamos a exemplos. Boy meets girl:

Ela: sente algo por ele e acha que é ele, entra no mundo imaginário de princesas e de Mr.Right. É ele, "gosto de A, B, C nele, gostaria de moldar D, E e F". Imagina a felicidade vindora e estuda-o pois quer perceber melhor o homem que ama. Enfim, racionaliza mas não de uma forma lógica mas sim sonhadora. Faz isto desde o momento que o conhece e estes sonhos e linha de pensamento, levam a mulher a entregar-se sentimentalmente antes do homem.

(para não ferir susceptibilidades, obviamente há excepções)

Ele: Gosta dela, sente algo mas duvida. Sabe que escolhendo a A, não terá hipóteses com a B e ela também é toda boa. Teme a entrega com medo que ela o vejo como fraco, que pense que ele está a apressar as coisas. Com medo que ela o tome como garantido e o prenda.

E é isto, a racionalização masculina é mais lógica, baseia-se no que se passa. O homem sonha menos e teme mais.

Espero ter sido capaz de explicar um texto, que já reparei ter sido mal interpretado por algumas pessoas.

  ipsis verbis

segunda-feira, dezembro 08, 2008 5:04:00 da manhã

Crest disse:

"Paixão é um jogo, é um tiro no escuro. Na paixão não há entrega que ultrapasse o físico, portanto nem vale a pena perder tempo a pensar nisso. É saltar de cabeça, passar um bom bocado e no final, logo se ve o que acontece."

Não disse o contrário em lado nenhum e a pergunta da blackstar é referente à paixão:

"Por que é que os homens receiam tanto mostrar que estão apaixonados?"

crest disse:

"E é isto, a racionalização masculina é mais lógica, baseia-se no que se passa. O homem sonha menos e teme mais."

É claro que há excepções para este ponto também.

"Espero ter sido capaz de explicar um texto, que já reparei ter sido mal interpretado por algumas pessoas."

Acho que neste texto és capaz de ter muitas interpretações e nenhuma mal interpretada. Podem ir contra o que tu pensas mas, falar de paixão/amor, e homem/mulher é como falar do significado de arte. Todos têm razão. Até tu.

  Anónimo

segunda-feira, dezembro 08, 2008 5:15:00 da manhã

Vim, Li e Percebi... ;)

  Bruno Fehr

segunda-feira, dezembro 08, 2008 5:25:00 da manhã

ipsis verbis disse:

"Por que é que os homens receiam tanto mostrar que estão apaixonados?"

AH, ok agora percebi.
Apaixonado deriva de paixão mas não é necessariamente só paixão, como a definição dela em atracção física. Um casal pode estar apaixonado e amar-se é a isto que ela se referia. A confusão foi gerada, pela pergunta dela que editei. Ele refere na pergunta original que não ser refere ao facto de simplesmente estar com outra pessoa, logo referente a sentimentos mais profundos do que paixão, ao usar a palavra "apaixonado", que não é tão limitante.


"É claro que há excepções para este ponto também."

Mas, há excepções para tudo, mas a excepção não invalida a regra.
Nao acho que seja necessário, referir que há excepções, pois isso é matéria já dada e que parto do principio que todos a sabem.

"Acho que neste texto és capaz de ter muitas interpretações e nenhuma mal interpretada."

Correcto que uma interpretacao nao é errada, mas levará invariavelmente à conclusao errada. Se um texto comeca em A e acaba em Z, se o leitor acaba em R é porque se perdeu pelo caminho.

"Podem ir contra o que tu pensas mas, falar de paixão/amor, e homem/mulher é como falar do significado de arte. Todos têm razão. Até tu."

No que toca ao homem a demorar para se entregar quando ama. Nao há muitas opinioes possíveis, pois defini os que entregam demais. É certo que há os equilibrados, mas no que toca ao homem, nao há equilibrio perfeito, pois perfeicao e homem sao termos contraditórios. O home dito equilibrado, tende a pender para o grupo que guarda os sentimentos mais tempo.

  Bruno Fehr

segunda-feira, dezembro 08, 2008 5:26:00 da manhã

yargo disse...

"Vim, Li e Percebi... ;)"

Com certas coisas que já li tuas, acho que perceberes o que quero dizer, será positivo.

  Pax

segunda-feira, dezembro 08, 2008 11:12:00 da manhã

Eu acho que o medo de mostrar sentimentos e, por isso, revelar a vulnerabilidade, é idêntico entre os géneros. Tanto homens como mulheres. A diferença está só no peso social em que o homem se vê obrigado a mostrar o seu lado de fortaleza muito mais que a mulher.
Quanto a esconder os sentimentos e medo de rejeição, acho-os empatados: nem sempre se sabem ler, nem sempre sabem esperar, é mutuo.

:)

  ipsis verbis

segunda-feira, dezembro 08, 2008 11:24:00 da manhã

"Apaixonado deriva de paixão mas não é necessariamente só paixão, como a definição dela em atracção física."

AH.. então se é assim e se cada um tem as suas definições, neste caso deverias tê-las exposto. Acho eu.

"Um casal pode estar apaixonado e amar-se é a isto que ela se referia."

Então neste caso é que não vejo mesmo qual é o "mal" em cada um mostrar o que sente. Se se fala em casal...

  Bruno Fehr

segunda-feira, dezembro 08, 2008 12:40:00 da tarde

Pax disse...

"Eu acho que o medo de mostrar sentimentos e, por isso, revelar a vulnerabilidade, é idêntico entre os géneros. Tanto homens como mulheres. A diferença está só no peso social em que o homem se vê obrigado a mostrar o seu lado de fortaleza muito mais que a mulher."

E eu não disse isso?
Mas lá está, eu não culpa a sociedade, pois ela tem a influencia que lhe dermos. A culpa é nossa e não da sociedade!

"Quanto a esconder os sentimentos e medo de rejeição, acho-os empatados: nem sempre se sabem ler, nem sempre sabem esperar, é mutuo."

Acho interessante a discordancia aqui vs a concordancia em textos anteriores em que, "um homem quando ama demontra-o com mais accoes e menos palavras". Sim o homem fala menos sobre isso, é tipicamente masculino pensar que as nossas accoes demonstram o nosso amor, quando ela nao ve amor em certas accoes. Por isso nao. Nao somos assim tao parecidos com querem acreditar.

  Bruno Fehr

segunda-feira, dezembro 08, 2008 12:49:00 da tarde

ipsis verbis disse...

"AH.. então se é assim e se cada um tem as suas definições, neste caso deverias tê-las exposto. Acho eu."

Eu também considero amante, como aquele que ama e não quem anda a comer a mulher do amigo. O sociedade é que arranja definições absurdas, eu não acho que deva definir quando as uso no seu sentido correcto. Isto é matéria dada que tomo como sabida.
A paixão é algo intenso, como que um fogo que gasta o seu combustível rapidamente, apesar de teoricamente ser sinónimo de amor, no fundo não o é, pois é possível amar depois da fase da paixão.


"Então neste caso é que não vejo mesmo qual é o "mal" em cada um mostrar o que sente. Se se fala em casal..."

Pois não e nem eu disse que havia algum mal, tanto que disse: "E é no campo dos sentimentos que encontra a maior dificuldade no domínio e aí perde muito".

Nao há problema, há é uma forma diferente de analise da demonstração do amor. O homem age mais e fala menos e a mulher fala demais em sentimentos. Nao me digam que somos parecidos. Temos medos parecidos mas maneiras opostas de enfrentar esses medos.

  Pronúncia

segunda-feira, dezembro 08, 2008 1:18:00 da tarde

Mais um texto que gostei de ler e que dá origem a comentários também eles bastante interessantes.
Pareceu-me um texto bastante lógico, onde a questão inicial é analisada de uma forma muito racional (logo muito masculina). Claro que há exepções, mas salvaguardas-te isso.
Algures nos comentários afirmas que não escreves-te o texto “como homem”, neste ponto discordo, quer queiras, quer não queiras escreverás sempre como homem que és. Por muito que entendas as mulheres, e já deu para perceber que até entendes, nunca pensarás nem escreverás como uma. A não ser que encarnes uma personagem e aí acredito que consigas “enganar” qualquer um(a).
Por fim dizes que o ser perfeito seria um ser híbrido. Tens razão, mas ainda bem que não existem, nem os seres perfeitos, nem os híbridos. Senão o que seria feito da descoberto do outro, da “luta” pelo outro e de todas as coisas que tornam a relação homem/mulher tão interessante e estimulante?

  Pax

segunda-feira, dezembro 08, 2008 1:23:00 da tarde

"eu não culpa a sociedade, pois ela tem a influencia que lhe dermos. A culpa é nossa e não da sociedade!"

A sociedade é o conjunto de todos nós e, queiramos ou não, para sermos felizes integrados nela, temos de procurar mantermo-nos no equilibrio entre o que já está pré-concebido e o que gostariamos que fosse, ainda que o tentemos mudar ou influenciar.

"Acho interessante a discordancia aqui vs a concordancia em textos anteriores em que, "um homem quando ama demontra-o com mais accoes e menos palavras"."

Aqui admito falha minha mas não percebi a que te referes.
De qualquer modo penso que qualquer comportamento perante um sentimento ou uma entrega, depende sempre mais de experiencias anteriores que propriamente do factor H/M.

  Bruno Fehr

segunda-feira, dezembro 08, 2008 1:26:00 da tarde

Pronuncia disse...

"Algures nos comentários afirmas que não escreves-te o texto “como homem”, neste ponto discordo, quer queiras, quer não queiras escreverás sempre como homem que és. Por muito que entendas as mulheres, e já deu para perceber que até entendes, nunca pensarás nem escreverás como uma."

Quando digo que nao escrevi como homem, nao me passa pela cabeca, escrever como mulher. Acho que a analise lógica nao tem sexo.
Se estivesse a usar do meu papel de homem, faria questão em salientar as excepções, apontado para o facto de "eu ser um homem diferente de todos os homens". Isto sim, seria uma atitude normal masculina, da qual me desprendi ao escrever este texto.

"A não ser que encarnes uma personagem e aí acredito que consigas “enganar” qualquer um(a)."

É o oposto, desprendo-me de personagens.

"Por fim dizes que o ser perfeito seria um ser híbrido. Tens razão, mas ainda bem que não existem, nem os seres perfeitos, nem os híbridos. Senão o que seria feito da descoberto do outro, da “luta” pelo outro e de todas as coisas que tornam a relação homem/mulher tão interessante e estimulante?"

É muito giro e tal, mas na verdade desconcentra-nos do nosso objectivo na terra, que é evoluir. Eu acredito que homem e mulher no num futuro utópico (visto que nos vamos extinguir antes) seria difícil de identificar ou um de nós teria sido extinto.

Homem e mulher são diferentes de mais e o facto de partilharmos o mesmo planeta, parece ser uma louca piada cósmica!

  Pax

segunda-feira, dezembro 08, 2008 1:33:00 da tarde

Deixa-me só pegar numa coisa que disseste à Ipsis:

"Ele: Gosta dela, sente algo mas duvida. Sabe que escolhendo a A, não terá hipóteses com a B e ela também é toda boa."

Isso (para mim) é uma fase muito inicial do "gostar",antes do "estar apaixonado". Quando se gosta mesmo, não se vê se é assim "toda boa", os critérios passam a ser outros. Ou será que eu tenho estado enganada e que é aí que está a maior diferença entre homens e mulheres?

  Anónimo

segunda-feira, dezembro 08, 2008 1:34:00 da tarde

=D bem, isso assim visto na tua perspectiva. Na verdade, não conheço assim tão bem os homens para poder opinar. Mas revejo-me a mim em certas coisas: o nunca admitir que se está apaixonado porque isso é ser frágil, o nunca querer entregar-se porque isso é fragilidade, o achar que te querem como forte e independentente e seguro, quando na verdade não és. Eu sei, passei um ano a ser aquilo que não era, nunca me entregando totalmente, com medo que não gostasse daquilo que era realmente e com medo que isso me expusesse demais. Queria ser a namorada porreira e fixe e não um ser humano com dúvidas, medos e inseguranças.
Engraçado é que ele nunca escondeu aquilo que era ou queria. Sempre soube o que esperar e as surpresas sempre foram pela positiva. E, na verdade, ambos esperámos um pelo outro.

Não sei se é assim tão linear. Sempre achei que, sim, existem diferenças básicas entre os homens e as mulheres, não só devido à bioquímica dos sexos, como também devido a milhares e anos de socialização natural (a necessidade de as mulheres serem protegidas, para terem bébés, e assim manterem a tribo; a necessidade de os homens caçarem e protegerem o território; a necessidade de uma família protectora em torno da cria, que leva demasiados anos -em termos naturais- a tornar-se independente). Existem, portanto. Mas não são assim tantas. Antes de mais, somos seres humanos,com inseguranças, desejos, sentimentos e formas diferentes de os expressar. Acho eu...

  Bruno Fehr

segunda-feira, dezembro 08, 2008 1:34:00 da tarde

Pax disse...

"A sociedade é o conjunto de todos nós e, queiramos ou não, para sermos felizes integrados nela, temos de procurar mantermo-nos no equilibrio entre o que já está pré-concebido e o que gostariamos que fosse, ainda que o tentemos mudar ou influenciar."

Errado, ceder às pressões da sociedade é prescindir do que nos distingue como indivíduos, passando a fazer parte do rebanho.
A regras da sociedade não são impostas por todos nós, mas sim por vontades politicas, religiosas e financeiras, é a prova viva de liberdade virtual em que vivemos.

"Aqui admito falha minha mas não percebi a que te referes.
De qualquer modo penso que qualquer comportamento perante um sentimento ou uma entrega, depende sempre mais de experiencias anteriores que propriamente do factor H/M."

Ok, vamos a estatísticas, quem aprecia mais andar de mao dada e abracada na rua?
É que se me dizes que é homem e mulher por igual, eu vou ter de rir!
Há homens que veem o facto de oferecer à namorada bilhetes para um jogo do Benfica, é amor e na verdade é. De uma estranha forma ele abre o seu mundo para ela, mas na maioria dos casos a mulher considera um atitude estúpida, sem verem a profundidade da questão.

De maneira a explicar melhor.
A mulher fala mais do que sente, demonstra mais o que sente, falando sobre isso e com demonstracoes de carinho.
O homem fala menos, demonstra um pouco menos (mas já demonstra) e age, o homem quando ama, age mas nem sempre da maneira mais compreensível.

Nao acções masculinas acontece o seguinte. Elas apesar de analisar os sentimentos ao detalhe, só veem a superfície das atitudes masculinas, não tentando ver os motivos. Da mesma forma o homem é o oposto, agradece as demonstrações de amor através do carinho demonstrado, mas se não falarem muito nisso e muito menos nos obrigarem a falar... agradecemos.

  Anónimo

segunda-feira, dezembro 08, 2008 1:39:00 da tarde

Ah, e concordo com a ipsis: quando se fala de paixão, ou seja, tempestade de hormonas, só se racionaliza mais tarde. Apaixonar é isso mesmo: ficar nesse estado de paixão. E as hormonas, muitas vezes, toldam-nos a razão. Amar, é outra questão e é outro tipo de sentimento (na verdade, é um conjunto de sentimentos).

Esses híbridos existem, heheheh: os hermafroditas. :D

  Bruno Fehr

segunda-feira, dezembro 08, 2008 1:42:00 da tarde

Pax disse...

"Isso (para mim) é uma fase muito inicial do "gostar",antes do "estar apaixonado". Quando se gosta mesmo, não se vê se é assim "toda boa", os critérios passam a ser outros."

Ahhahahaha, nada de mais errado.
Os critérios são outros, quando um homem procura mais do que um corpo, MAS após começar a gostar dessa mulher, ele irá vê-la como toda boa. A nossa mulher é SEMPRE toda boa.

"Ou será que eu tenho estado enganada e que é aí que está a maior diferença entre homens e mulheres?"

A diferenciacao das mulher feita pelos homens e sem dúvida a que os homens mais negam é:

Boas para um lado e não boas para o outro. Um espécie de as que comia e as que precisava de beber uns copos primeiro. A única maneira de uma mulher passar de "não comível" a "comível", são os sentimentos. Por outro lado uma "comível" será sempre "comível", mesmo que por escolha não a comamos!

Aliás, só mesmo um homem para dizer, "aquela gaja tem um corpo fixe, mas com aquela cara, só com um saco na cabeça". Sim os homens dizem isto, pois o saco na cabeça iria permitir uma erecção normal.

Agora, se a mulher (como algumas que já comentaram), acham que nós e vocês, somos parecidos... das duas uma, ou os sexos evoluíram muito nas ultimas semanas, ou a malta deu em cegar-se com igualdades inexistentes...

  Bruno Fehr

segunda-feira, dezembro 08, 2008 1:49:00 da tarde

Van disse...

"Mas revejo-me a mim em certas coisas: o nunca admitir que se está apaixonado porque isso é ser frágil"

Mas no teu caso, os verdadeiros motivos estão relacionados com factores especificos no teu passado. Nao podes ser tomada como regra. És uma de muitas, mas não a regra.

"Engraçado é que ele nunca escondeu aquilo que era ou queria."

Mas o homem não esconde, simplesmente não fala tanto em sentimentos. O homem mostra, demonstra por outras formas e elas veem se estiverem atentas.

"Não sei se é assim tão linear. Sempre achei que, sim, existem diferenças básicas entre os homens e as mulheres, não só devido à bioquímica dos sexos, como também devido a milhares e anos de socialização natural (a necessidade de as mulheres serem protegidas, para terem bébés, e assim manterem a tribo; a necessidade de os homens caçarem e protegerem o território; a necessidade de uma família protectora em torno da cria, que leva demasiados anos -em termos naturais- a tornar-se independente). Existem, portanto. Mas não são assim tantas. Antes de mais, somos seres humanos,com inseguranças, desejos, sentimentos e formas diferentes de os expressar."

E as maneiras diferentes de expressar, são demonstrativas de maneiras diferentes de pensar, agir, amar. Ou seja no meio dessas parecenças que todos temos, as diferenças são... em tudo! Desde o mais simples raciocínio à mais firme convicção ou conclusão.

  Anónimo

segunda-feira, dezembro 08, 2008 1:49:00 da tarde

acho que a expressao "gato escaldado de água fria tem medo" se aplica muito bem aos 2 sexos.

Ja conheci homens que fizeram um escandalo sentimental duns beijos e disseram que era amor e ja conheci ,um em particular, que estava mortinha para dizer o que eu ja sabia á muito mas que nunca teve coragem. Quando o confrontei com isso limitou-se a responder:" sou homem. não digo mas demonstro"

estranhamente sou mais como a descrição deles que apresentas-te , do que a "tipica" mulher" que entra a matar.

mais um texto de utilidade publica ;)**

  Bruno Fehr

segunda-feira, dezembro 08, 2008 1:59:00 da tarde

M. disse...

"Não queria ser desmancha prazeres, mas ocorre-me que ás vezes não demonstram que estão apaixonados (ou a apaixonar-se) porque acham que algo melhor pode aparecer..."

Claro que sim, um homem (excepto os cachorrinhos sentimentais), querem sempre mais e melhor e mesmo quando amam, duvidam se esse amar é tudo ou se pode haver mais. Nao é maldade.

"(atenção à generalização, não digo toda a gente, diria apenas que a experiência me permite constatar algo do género)."

Nao precisas explicar, pois toda a gente sabe que todas as regras teem excepções. Acusar alguém de generalizar é só uma critica fácil, reveladora de falta de argumentos.

"O Crest disse algo fabuloso, há uns posts trás, que era semelhante a: achamos que é esta, mas queremos um pouco mais de cu, e depois dá merda (Crest, podes ajudar?) Eu acho que isto também influencia a decisão..."

Isso é mais uma vez, no homem que não é cachorro sentimental, aquele que não precisa de ser mimado 24/7. Mas no que toca a cus, as mulheres são iguais, podem sentir uma paixão intelectual, o que acontece muito aqui na blogosfera, mas se o físico não corresponde, lá se vai a paixão.

"Evitando a generalização, acho que tanto homens como mulheres cada vez mais exibem reservas na expressão amorosa, pura e simplesmente porque esperam algo melhor."

Mas eu não me refiro às reservas, mas sim às demonstrações de afecto. O homem age mais e fala menos, não é defeito é feitio.

"De notar também que nas novas gerações os papeis tradicionais estão a mudar, muitas mulheres deixaram os papeis passivos tradicionais para serem mais agressivas, condicionando a resposta masculina do "mostrar-se apaixonado"."

Concordo que isso acontece, mas na verdade é uma alteração condicionada a uma relação. Esse namoro ao acabar e ao se iniciar um, com outro tipo de mulher, o homem passa a ser novamente ele.
Mas aqui está, a maneira do homem agir, ele no fundo quer agradar, não sabe bem é qual a melhor maneira de o fazer.


"Dito isto, enquanto mulher, confesso que me ponho logo a milhas quando um gajo se põe cá todo lamechas para cima de mim, assim logo à partida... É como olhar para um quadro em que algo está mal, soam logo os alertas internos..."

E como toda a razão, pois regra geral, ali está um homem dependente. Regra geral, este tipo de homens só se cola a mulheres fortes que lhe possam dar o mesmo tipo de protecção que a maezinha lhes dava. Normalmente são estes que nao tiram os colhoes do sofá!

"Mas isso sou eu, que afectivamente sou praticamente um gajo! ;)"

E aí, está um erro feminino. O facto de uma mulher nao ser um poco de fragilidade, nunca fará dela um homem, pois terá de alterar mais do que as atitudes, teria de pensar como um homem.
Noto na literatura que quando uma mulher escreve no papel de homem, aquilo nao bate nada certo e vice-versa.

  Bruno Fehr

segunda-feira, dezembro 08, 2008 2:02:00 da tarde

Calíope disse...

"Ja conheci homens que fizeram um escandalo sentimental duns beijos e disseram que era amor e ja conheci ,um em particular, que estava mortinha para dizer o que eu ja sabia á muito mas que nunca teve coragem. Quando o confrontei com isso limitou-se a responder:" sou homem. não digo mas demonstro""

Ora aí está, eu completaria a frase, "sou homem, não digo mas tento demonstrar", pois para ele, ele demonstra, para ela nem sempre chega.

  Pronúncia

segunda-feira, dezembro 08, 2008 2:16:00 da tarde

Crest disse:
“Quando digo que não escrevi como homem, não me passa pela cabeça, escrever como mulher. Acho que a análise lógica não tem sexo...”
Também não me passou pela cabeça que escrevesses como mulher. Como salientei no principio a tua análise é bastante lógica e racional (logo muito masculina), não que as mulheres não sejam racionais, nem lógicas, também o são. Mas nestas duas questões vocês homens são muito mais objectivos e conseguem ser mais lógicos e racionais, com menor esforço, que nós mulheres.

“É o oposto, desprendo-me de personagens”. Também me pareceu que neste texto não encarnas-te nenhuma personagem. O que eu quis dizer foi que, se te apetecesse encarnar uma, não te deveria ser díficil fazê-lo.

“É muito giro e tal, mas na verdade desconcentra-nos do nosso objectivo na terra, que é evoluir.”
Neste ponto estou em desacordo contigo. Ao contrário de ti, eu acredito que a evoluimos porque existem diferenças, porque não pensamos todos da mesma maneira, nem somos todos iguais. Quando deixar de haver diferenças, então estagnamos.

  Incesticide

segunda-feira, dezembro 08, 2008 2:33:00 da tarde

Eu na verdade, a primeira vez que li o texto, fiquei meio confuso... so depois de ler os comentarios e' que fiquei a perceber onde e' que querias chegar com este post. Depois, quando o re-li, tornou-se muito mais claro.

"Mas voltando à questão. O homem tem dificuldades em revelar o quanto ama, porque não se quer entregar, não se quer sentir frágil, apesar de o ser."

Exactamente neste ponto, considero isto demasiado subjectivo. Que e' que consideras "dificuldades em revelar o quanto ama"? Demorar dois meses a demonstra-lo? Dois anos?
Quando isto acontece, quando o homem se entrega, torna-se na vitima do seu amor (claro que isto tambem vale para a mulher).
Concordo contigo quando dizes que o homem racionaliza muito, antes de se entregar. Mas ja me aconteceu racionalizar a relacao, sem que essa fase tenha durado muito (mas o que e' muito, nesta questao?), entreguei-me (e nao me considero de todo inseguro: 1 - Nao, 2 - Sim) e acabei queimado. Ela era muito sonhadora, andou na fase de racionalizar dela durante algum tempo, e depois...
Acontece, sao coisas da vida.

Dai, tambem, que os homens nao o fazem tao cedo como as mulheres, por forma a tentarem proteger-se.
As mulheres por outro lado, teem a tendencia a magoarem-se mais vezes que os homens, precisamente por este facto (como tu tambem ja o referiste).

Na resposta a *Joana* disseste:
"E na maioria das vezes os passos em frente nas relações sentimentais, são dadas por instinto."

Eu acho que numa relacao de amor a serio, um passo em frente sera sempre por instinto, sempre um risco. Um instinto que diz que vale a pena arriscar e dar o passo em frente.
Ou percebi mal o que querias dizer com isto?

Na resposta a Pax disseste:
"Sim o homem fala menos sobre isso, é tipicamente masculino pensar que as nossas accoes demonstram o nosso amor, quando ela nao ve amor em certas accoes. Por isso nao. Nao somos assim tao parecidos com querem acreditar."

A 100 por cento contigo nesta. E' na verdade muito frustrante para um homem quando certas accoes, feitas por amor e carinho, passam despercebidas a uma mulher.

Na resposta a ipsis verbis disseste:
"Nao há problema, há é uma forma diferente de analise da demonstração do amor. O homem age mais e fala menos e a mulher fala demais em sentimentos. Nao me digam que somos parecidos. Temos medos parecidos mas maneiras opostas de enfrentar esses medos."

Exacto. Muito gostam elas de falar em sentimentos, mas agora perceber...

  Anónimo

segunda-feira, dezembro 08, 2008 2:39:00 da tarde

Perguntar isso é o mesmo que perguntar qual o sentido da vida, ou seja não passam de perguntas retóricas.
O homem e a mulher são diferentes, a nível psíquico, biológico, físico, etc., logo também o são a nível emocional.
Quem quiser ler um pouco de Psicologia do Desenvolvimento, para melhor compreender as diferenças entre o sexo masculino e feminino, aconselho, além do incontornável Freud, Winnicott e Melanie Klein. Está lá quase tudo, até uma polémica explicação para a homosexualidade.

  Pax

segunda-feira, dezembro 08, 2008 2:52:00 da tarde

"ceder às pressões da sociedade é prescindir do que nos distingue como indivíduos, passando a fazer parte do rebanho."

Concordo até certo ponto mas também não falei em ceder e sim em equilibrio. (O que já faria parte de outra questão e não da qual aqui se fala).

"quem aprecia mais andar de mao dada e abracada na rua?
É que se me dizes que é homem e mulher por igual, eu vou ter de rir!"

Não sei. Sei é que, se falar por mim, não acho especial interesse em andar de mão dada. Sempre me pareceu um tipo mais evoluido de marcar território sobre alguém e não acho piada (mas isso sou eu). Resta saber quem mais gosta de marcar território mas até aí depende das pessoas e não de ser Homem ou Mulher.

"o homem é o oposto, agradece as demonstrações de amor através do carinho demonstrado, mas se não falarem muito nisso e muito menos nos obrigarem a falar... agradecemos."

Por esse ponto de vista a mulher tem de ser uma espécie de adivinhadora, coisa que nem sempre acontece ou então, para acontecer, tem de conhecer muito bem a outra pessoa o que, para chegar a esse ponto, já teria de ter uma relação muito vivida e não a terá a menos que já soubesse o que ele sentia (o que se torna dificil até de explicar, quanto mais de acontecer).

"Há homens que veem o facto de oferecer à namorada bilhetes para um jogo do Benfica, é amor e na verdade é."

Se souber que ela gosta de futebol, sim.
O que está em causa não é o presente mas o prazer que esse presente pode ou não causar. Saber isso é que é Amor.
Como poderia ser considerado amor ou idiotice ela oferecer-lhe uma caixa de costura.

  Bruno Fehr

segunda-feira, dezembro 08, 2008 3:02:00 da tarde

Pronuncia disse...

"a tua análise é bastante lógica e racional (logo muito masculina), não que as mulheres não sejam racionais, nem lógicas, também o são. Mas nestas duas questões vocês homens são muito mais objectivos e conseguem ser mais lógicos e racionais, com menor esforço, que nós mulheres."

Sei de muitas que se lerem este teu comentário virão imediatamente dizer que são tão lógicas, como o homem. Eu discordo, mas já desisti de tentar explicar, que ser lógico não é vantagem!

"Neste ponto estou em desacordo contigo. Ao contrário de ti, eu acredito que a evoluimos porque existem diferenças, porque não pensamos todos da mesma maneira, nem somos todos iguais."

Concordo, mas o que escrevi tem a ver com o que disseste:

"ainda bem que não existem, nem os seres perfeitos, nem os híbridos. Senão o que seria feito da descoberto do outro, da “luta” pelo outro e de todas as coisas que tornam a relação homem/mulher tão interessante e estimulante?"

O que refiro, é que esta descoberta, esta tentativa de compreender o outro sexo é o que nos faz perder tempo e nos atrasa a evolução. Nos impede de nos focarmos no que é realmente importante, ou seja, aceitar as diferenças e isso não significa compreende-las, é algo muito maior, muito mais difícil.

"Quando deixar de haver diferenças, então estagnamos."

Quando passarmos a olhar para as diferenças aceitando-as, não estagnamos, avançamos! Estagnados estamos nós agora, tentando compreender o que nao é suposto ser compreendido. Nunca o homem vai perceber a mulher e vice-versa, andamos todos a perder tempo.

  Bruno Fehr

segunda-feira, dezembro 08, 2008 3:10:00 da tarde

Incesticide disse...

"Eu na verdade, a primeira vez que li o texto, fiquei meio confuso... so depois de ler os comentarios e' que fiquei a perceber onde e' que querias chegar com este post. Depois, quando o re-li, tornou-se muito mais claro."

Pelo menos nao te precipitaste com comentários antes de te certificares do que leste.

"Exactamente neste ponto, considero isto demasiado subjectivo. Que e' que consideras "dificuldades em revelar o quanto ama"? Demorar dois meses a demonstra-lo? Dois anos?"

Num homem? Pode demorar um vida, tudo depende da maneira como ele lida com os seus sentimos, com a maneira como ele foi educado.
Se teve um infância dura, onde foi educado só por um pai e por exemplo irmãos mais velhos, ele será competitivo e forte, vendo a revelação de sentimentos como uma fraqueza à qual não se pode permitir. Este homem pode nunca dizer de uma forma sentida, "amo-te"!
Tal como o homem criado por uma mulher super protectora e se ainda por cima tiver irmãs igualmente protectoras, ele verá na demonstração de sentimentos, uma arma para ser aceite e deixar de se sentir inseguro. É inseguro, porque é um homem com contacto total como o seu lado feminino, que entra em conflito com a sua natureza.

"Concordo contigo quando dizes que o homem racionaliza muito, antes de se entregar. Mas ja me aconteceu racionalizar a relacao, sem que essa fase tenha durado muito (mas o que e' muito, nesta questao?), entreguei-me (e nao me considero de todo inseguro: 1 - Nao, 2 - Sim) e acabei queimado."

Mas não tens de te considerar. A insegurança é no momento da entrega e só naquele segundo até vermos a reacção dela. Quando ela reage, podemos ficar felizes ou desiludidos, mas aquele segundo de insegurança, de nos entregarmos, custa ao homem.

"Exacto. Muito gostam elas de falar em sentimentos, mas agora perceber..."

Nao digas isso muito alto... estamos cercados!

  Bruno Fehr

segunda-feira, dezembro 08, 2008 3:12:00 da tarde

AP disse...

"Perguntar isso é o mesmo que perguntar qual o sentido da vida, ou seja não passam de perguntas retóricas."

Será? Mas obrigado pela ideia, irei escrever sobre o sentido da vida, pois todos nós sabemos qual é, mas existe essa ideia de retórico que nos impede de a aceitar.

  Bruno Fehr

segunda-feira, dezembro 08, 2008 3:22:00 da tarde

Pax disse...

"Concordo até certo ponto mas também não falei em ceder e sim em equilibrio. (O que já faria parte de outra questão e não da qual aqui se fala)."

Com todos os preconceitos e imposições sociais, devemos criar o nosso próprio equilíbrio. Nao precisamos de uma sociedade falhada e corrupta que criámos.

"Resta saber quem mais gosta de marcar território mas até aí depende das pessoas e não de ser Homem ou Mulher."

Depende da definição. O homem marca território exibindo a sua mulher nova como se fosse um troféu. A mulher marca território muitas vezes com uma aliança no dedo!

"Por esse ponto de vista a mulher tem de ser uma espécie de adivinhadora"

Nao, tem de ser observadora.
Já li imensos textos de mulheres a ridicularizarem os seu namorados, por a convidarem para irem a um jogo de futebol. Ora, é certo que é uma coisa estranha de fazer quando ele sabe que ela nao gosta. MAS, porque motivo ridicularizam e nao fazem este simples racciocinio, "ele ama futebol, ele quer partilhar esse amor comigo, logo, ama-me".
A mulher não tem de adivinhar, tem de analisar, observar. Se o homem abre o seu mundo a uma mulher é sinal que a ama e dizer que ama, são só palavras e as palavras ao lado das acções, valem ZERO!

"Se souber que ela gosta de futebol, sim."

Nao. Esse é o mais errado dos pensamentos femininos! Abrir o nosso mundo e convidar a entrar É uma prova de amor.
Tal como por amor, gramamos filmes românticos quando o exterminador 26 está na sala ao lado.

"Como poderia ser considerado amor ou idiotice ela oferecer-lhe uma caixa de costura."

Uma caixa de costura nao é uma partilha. Ele não oferece um bilhete para ela emoldurar, mas sim para partilhar o seu mundo. Agora se ela lhe oferecer umas lições de costura, sendo algo que ela ama, aí está um exemplo de partilha, que um homem irá tolerar por amor!

  Incesticide

segunda-feira, dezembro 08, 2008 3:40:00 da tarde

Crest© disse...

"A mulher não tem de adivinhar, tem de analisar, observar. Se o homem abre o seu mundo a uma mulher é sinal que a ama e dizer que ama, são só palavras e as palavras ao lado das acções, valem ZERO!"

Acho que nao e' facil para elas, bem como para nos nao e' facil falar dos sentimentos.
E as vezes, mesmo tentando trabalhar essas areas problematicas, tanto para um, como para o outro, torna-se muito dificil de la chegar.

"Uma caixa de costura nao é uma partilha. Ele não oferece um bilhete para ela emoldurar, mas sim para partilhar o seu mundo. Agora se ela lhe oferecer umas lições de costura, sendo algo que ela ama, aí está um exemplo de partilha, que um homem irá tolerar por amor!"

Accoes em vez de palavras. A partilha delas entre o casal. Isso sim, na maioria das vezes, deveria ser sempre o mais importante.

  Pax

segunda-feira, dezembro 08, 2008 3:46:00 da tarde

"Nao precisamos de uma sociedade falhada e corrupta que criámos."

Não?
A menos que compres uma ilha auto-sustentada e vivas feliz nela, precisas sempre da sociedade à tua volta, seja falhada e corrupta ou não (que é).

"A mulher marca território muitas vezes com uma aliança no dedo!"

Ainda bem que dizes "muitas vezes" e não generalizas que eu, pessoalmente, ainda dou menos valor a aneis que a mãos dadas.

"MAS, porque motivo ridicularizam e nao fazem este simples racciocinio, "ele ama futebol, ele quer partilhar esse amor comigo, logo, ama-me"."

Porque pode ser suposto ele saber que ela odeia futebol e se lhe dá os bilhetes na mesma ela pode pensar "ele nem quer saber que eu odeie futebol, logo, ou não quer saber do que gosto ou me odeia". É um raciocinio igualmente idiota mas igualmente legitimo.

"as palavras ao lado das acções, valem ZERO!"

Depende das palavras e depende das acções.

"Abrir o nosso mundo e convidar a entrar É uma prova de amor."

Certissimo. Do mesmo modo que conhecer o que dá prazer ao outro e proporcionar-lho também o é.

"Agora se ela lhe oferecer umas lições de costura, sendo algo que ela ama, aí está um exemplo de partilha, que um homem irá tolerar por amor!"

Se ela o ama, não o obrigará a ter de "tolerar" a partilha na costura. Deixa-o no seu espaço de futebol sem chatear e ele deixa-a no seu da costura sem chatear também. Isso também é Amor.
Os interesses entre duas pessoas que se amam não têm de ser, obrigatóriamente, os mesmos.

  Anónimo

segunda-feira, dezembro 08, 2008 4:28:00 da tarde

*mortinho

pois e eu até prefiro que demonstrem sabes? pois dizer que se gosta ou se ama( ta na moda agora,até ao carteiro se diz amo-te...) qualquer um diz.mas demonstrar ja não é tao facil...´para mim é aquela mensagem quando precisamos de um mimo, aquele aconchego gostoso...mas isto sou eu a falar pois ,como n tenho jeito com as palavras faladas prefiro mostrar =/


lol**

  Paula

segunda-feira, dezembro 08, 2008 6:25:00 da tarde

Que dizer?!

Considero o texto basicamente perfeito... parece verdadeiramente construído para mim... (com tudo o que isso tem de bom e de mau... de muito mau!)

Reflecte aquela que era a minha opinião. No entanto, não deixa de ser a opinião de uma mulher sobre um homem, e estas nem sempre são as mais adequadas!

Estou muito longe da perfeição... penso que sou bem mais impaciente do que julgava! E parece-me que terei grandes dificuldades em enquadrar-me verdadeiramente com alguém!

De qualquer forma, um obrigada por teres partilhado abertamente aquilo que a maioria dos homens foge de admitir!

Beijo grande para ti

  Paula

segunda-feira, dezembro 08, 2008 6:26:00 da tarde

Ups... ou um beijinho, já que pareces preferir! ;)

  Pronúncia

segunda-feira, dezembro 08, 2008 8:48:00 da tarde

Crest disse:
“Sei de muitas que se lerem este teu comentário virão imediatamente dizer que são tão lógicas, como o homem.”

Eu não disse que elas são menos lógicas do que eles, o que eu afirmei é que para serem tão lógicas quanto eles, têm que despender um maior esforço, porque vão ter de “reprimir” a parte mais sentimental que as caracteriza. Assim como um homem, para ser tão sentimental como uma mulher tem que se esforçar muito mais do que o dela.

“O que refiro, é que esta descoberta, esta tentativa de compreender o outro sexo é o que nos faz perder tempo e nos atrasa a evolução. Nos impede de nos focarmos no que é realmente importante, ou seja, aceitar as diferenças e isso não significa compreende-las, é algo muito maior, muito mais difícil.”

Quando eu me referi “à descoberta do outro” era precisamente isso que queria dizer, para mim descobrir o outro é aceitá-lo tal como ele é, mesmo que não seja capaz de compreender e desde que, as diferenças entre mim e o outro não sejam incompativeis. Claro que aceitar é algo de muito maior e muito mais díficil, daí a “luta” pelo outro, porque aceitar as diferenças nunca foi, não é e nem será fácil.

“Quando passarmos a olhar para as diferenças aceitando-as, não estagnamos, avançamos! Estagnados estamos nós agora, tentando compreender o que nao é suposto ser compreendido. Nunca o homem vai perceber a mulher e vice-versa, andamos todos a perder tempo.”

Mais uma vez estamos de acordo, mas a justificação dada no parágrafo anterior, também se aplica aqui. As diferenças podem conduzir à aceitação, e quando aceito a diferença do outro então eu estou a evoluir, estou a enriquecer-me como pessoa, como mulher capaz de pensar e de considerar válidas diferentes abordagens de um mesmo assunto.
E sim é verdade que nunca um homem vai perceber uma mulher e vice-versa. Mas continuo a afirmar que aí é que está o encanto da questão.

  Bruno Fehr

segunda-feira, dezembro 08, 2008 10:39:00 da tarde

Incesticide disse...

"Accoes em vez de palavras. A partilha delas entre o casal. Isso sim, na maioria das vezes, deveria ser sempre o mais importante."

Estamos de acordo.

  Bruno Fehr

segunda-feira, dezembro 08, 2008 10:53:00 da tarde

Pax disse...

"Não?
A menos que compres uma ilha auto-sustentada e vivas feliz nela, precisas sempre da sociedade à tua volta, seja falhada e corrupta ou não (que é)."

Isso não é correcto, eu não preciso de ser um ermita para me proteger da sociedade, eu opto por pensar por a minha cabeça e querer que as opiniões das massas se fodam.
Faco o que quero, digo o que quero, penso o que quero e quero que o resto se foda. Nao preciso de me esconder, visto que posso argumentar contra ela.

"Ainda bem que dizes "muitas vezes" e não generalizas que eu, pessoalmente, ainda dou menos valor a aneis que a mãos dadas."

E sempre foste assim? A questão é essa, desde crianças que as mulheres vêm os anéis como símbolos mágicos. Na minha infância davam-me um anel delas, para eu guardar, na adolescência queriam colocar-me uma aliança no dedo e na idade adulta já nao deixo sequer que pensem nisso!


"Porque pode ser suposto ele saber que ela odeia futebol e se lhe dá os bilhetes na mesma ela pode pensar "ele nem quer saber que eu odeie futebol, logo, ou não quer saber do que gosto ou me odeia". É um raciocinio igualmente idiota mas igualmente legitimo."

Nao vejo qualquer tipo de legitimidade nesse raciocino. É um raciocino arrogante e egocentrista e sem tentativa de compreensão. Ou seja ela quer que ele a compreenda, mas recusa-se a aceitar como ele é? Nao faz sentido, mas é tipicamente feminino.

"Depende das palavras e depende das acções."

Nunca depende. As palavras são soltas, facilmente ditas e manipuladas. Nunca o dizer, "eu vou-te ajudar quando precisares", se poderá comparar ao dar a mão ou um ombro amigo. As palavras descrevem acções, mas não chegam aos seus calcanhares. As palavras são um adereço daquilo que é realmente importante. Agir!

"Certissimo. Do mesmo modo que conhecer o que dá prazer ao outro e proporcionar-lho também o é."

Ou seja, não custa nada ele aprender a costurar e a ela ir à bola!

"Se ela o ama, não o obrigará a ter de "tolerar" a partilha na costura. Deixa-o no seu espaço de futebol sem chatear e ele deixa-a no seu da costura sem chatear também. Isso também é Amor."

Sim é amor, de curta duração, a partilha e entrega não são totais. Essa teoria do "não chatear" é a causadora dos assustadores níveis de divórcios, casar é giro, mas ninguém está para se chatear.

Ela gosta de Ballet, ele vai o Ballet com ela. Ele gosta de futebol, ela vai ao futebol com ele. Da mesma maneira que partilham gostos semelhantes.
Isto é a formula do sucesso de uma relação. Aceitação total com partilha total!

"Os interesses entre duas pessoas que se amam não têm de ser, obrigatóriamente, os mesmos."

Mas devem ser partilhados, pois o esforço de um homem ao ver o Titanic é a alegria da sua mulher ao te-lo a seu lado!

Aqui está um assunto, em que nunca iremos concordar. Pois eu não acredito em Amor, sem que seja total, sem que a entrega seja total e a partilha seja total. Tudo o que for menos do que tudo, para mim não é amor.

  Bruno Fehr

segunda-feira, dezembro 08, 2008 10:55:00 da tarde

caliope disse...

"pois e eu até prefiro que demonstrem sabes? pois dizer que se gosta ou se ama( ta na moda agora,até ao carteiro se diz amo-te...) qualquer um diz.mas demonstrar ja não é tao facil..."

Exacto, falamos muito e fazemos pouco ao nada. Dizer "eu vou salvar o mundo" é fácil, mas pagar um lanche a quem tem fome, já causa convulsões de dor!

  Bruno Fehr

segunda-feira, dezembro 08, 2008 11:01:00 da tarde

blackstar disse...

"parece verdadeiramente construído para mim..."

Por um lado foi construído para ti, pois foi baseado na tua pergunta.

"Reflecte aquela que era a minha opinião. No entanto, não deixa de ser a opinião de uma mulher sobre um homem, e estas nem sempre são as mais adequadas!"

Se reflecte a tua opinião, já não é a opinião de uma mulher sobre o homem, mas sim de uma mulher e de um homem, sobre o homem.

"De qualquer forma, um obrigada por teres partilhado abertamente aquilo que a maioria dos homens foge de admitir!"

Eu admito isto e digo-o claramente, que me é difícil expor sentimentos quando raramente tenho a certeza do que sinto. Elas ou aceitam ou ofereçam-me uns patins. Mas eu assumo isto, outros vivem em silencio e outros ainda falam demais.


"Ups... ou um beijinho, já que pareces preferir! ;)"

Beijo, beijinho, bejoca, lambidela na bochecha, para mim estão ao mesmo nível... ok a lambidela não...

  Bruno Fehr

segunda-feira, dezembro 08, 2008 11:05:00 da tarde

Pronuncia disse...

"Eu não disse que elas são menos lógicas do que eles, o que eu afirmei é que para serem tão lógicas quanto eles, têm que despender um maior esforço, porque vão ter de “reprimir” a parte mais sentimental que as caracteriza."

Mas aí sairá uma lógica mais reflectida, mas matemática, mais fria. A lógica deve sair do calor do momento.
Se quero apresentar o meu ponto de vista lógico sobre um tema, nao posso escrever, ler e completar. Escrevo no momento e publico, de outra maneira pode ficar mais bonito, mais simpático, mas mais plástico.


"As diferenças podem conduzir à aceitação, e quando aceito a diferença do outro então eu estou a evoluir, estou a enriquecer-me como pessoa, como mulher capaz de pensar e de considerar válidas diferentes abordagens de um mesmo assunto."

Correcto. O que mais me irrita é as mulheres que tentam encontrar as semelhanças que nos unem, quando eu prefiro procurar as diferenças que nos separam.

As semelhanças podem unir um casal... por uns tempos.
A aceitação das diferenças, podem uni-los para sempre.

  Bruno Fehr

segunda-feira, dezembro 08, 2008 11:05:00 da tarde

Pronuncia disse...

"Eu não disse que elas são menos lógicas do que eles, o que eu afirmei é que para serem tão lógicas quanto eles, têm que despender um maior esforço, porque vão ter de “reprimir” a parte mais sentimental que as caracteriza."

Mas aí sairá uma lógica mais reflectida, mas matemática, mais fria. A lógica deve sair do calor do momento.
Se quero apresentar o meu ponto de vista lógico sobre um tema, nao posso escrever, ler e completar. Escrevo no momento e publico, de outra maneira pode ficar mais bonito, mais simpático, mas mais plástico.


"As diferenças podem conduzir à aceitação, e quando aceito a diferença do outro então eu estou a evoluir, estou a enriquecer-me como pessoa, como mulher capaz de pensar e de considerar válidas diferentes abordagens de um mesmo assunto."

Correcto. O que mais me irrita é as mulheres que tentam encontrar as semelhanças que nos unem, quando eu prefiro procurar as diferenças que nos separam.

As semelhanças podem unir um casal... por uns tempos.
A aceitação das diferenças, podem uni-los para sempre.

  Paula

segunda-feira, dezembro 08, 2008 11:23:00 da tarde

Não me expliquei bem... quando disse construído para mim, dava-lhe o sentido de "algo feito para me agradar, apenas" porque vai de encontro a tudo aquilo que eu penso!

Ora... só para me despedir de forma diferente, faço-o com abracinhos! lol

  Demian

terça-feira, dezembro 09, 2008 1:21:00 da manhã

Eu percebi perfeitamente o texto, apenas discordo dos pontos de vista em ralação ao tema.

"Nao me digas que quando te interessas por um mulher, não a comparas a outra, não estudas se será mesmo aquela, não te questionas se ela retribui os teus sentimentos. Nao pensas sobre os prós e contras."
Penso demais, comparo e estudo demais. Mas só o faço por vezes, quando já me "deixei levar", e esse é o maior erro que se pode cometer. E é por aí que muitas vezes as coisas começam a correr mal...

"Um homem, que viva num mundo de mulheres sem figura masculina como modelo, sao emocionalmente e sentimentalmente mais instáveis."
É o meu caso. Os meus pais divorciaram-se quando tinha 5 anos, e fui criado pela minha mãe e avó. E não é por isso que me considero emocional ou sentimentalmente instável... Poderá porventura ser uma condicionante para a tal "maioria" que referes, mas uma vez mais, não se aplica a todos os casos. Admito, no entanto, que a ausência de um pai é um factor nuclear no desenvolvimento da personalidade do indivíduo. É inevitável, mas não é isso que nos torna mais fracos que os demais.

"Mas eu não falei em ambiente familiar normal! Falei no sexo que domina o seu desenvolvimento, é um factor determinante para a sua estabilidade emocional. Os vindos de ambientes familiares normais, serão equilibrados neste aspecto."
Muitas vezes é dessas famílias "normais" que surgem os piores sociopatas que existem. Depende muito do conceito que tenhas de uma família "normal"... Será a família normal, aquela em que os pais estão juntos "por causa dos filhos", para manter aparências e pseudo-estabilidades, quando a realidade interna é bem diferente? Porque aquelas em que o amor eternos predomina entre o casal, bla bla bla, praticamente só já existe nos filmes e nos contos de fadas! O conceito de família normal/tradicional tem sofrido severas mudanças ao longo dos tempos, e isso é inegável.

"Em ponto nenhum do texto, eu faço tal impensável relação entre dinheiro e sentimentos ou personalidade."
Também não me pareceu que te referisses a isso, apenas coloquei uma hipótese. Compreendo o teu raciocínio, quando dizes "A protecção feminina é sentimental. A protecção das mães é como que uma liberdade limitante. A protecção dos pais é um liberdade responsabilizadora." e até concordo, em parte. Mas, uma vez mais, depende dos casos. Conheço tantos, em que a protecção parental se limita a uma carga de porrada no lombo sempre que algo não agrada aos progenitores, mesmo que esse algo seja minúsculo e insignificante... Essa protecção dispensa-se, e tem exactamente o efeito oposto ao que seria desejável: educar.

"Se quando amas e assumes, nao te sentes exposto e vulnerável, como podes ter a certeza que amas? Podes simplesmente gostar muito."
Já senti, mas hoje em dia, não. Existem experiências pelas quais passamos, que nos obrigam a mudar radicalmente a forma de encarar determinadas coisas, neste caso, o amor... Permitir que esse sentimento, teoricamente bom, se apodere de nós a pontos de nos cegar, só pode dar maus resultados. Eu já o senti na pele, e acredita, desde então vejo a "coisa" com outros olhos. Provavelmente nunca mais vou amar tão profundamente como já amei, mas paralelamente, jamais voltarei a sofrer o que sofri, portanto, suponho que seja uma troca justa.

Et voilá, ainda bem que gostaste do comentário, é sempre um prazer comentar num espaço onde seja possível trocar ideias de uma forma inteligente e sem entrar na vertente insultuosa que predomina na maioria dos sítios (da web) onde ideais diferentes são sinónimo de incompatibilidades, geradoras de injustificadas irracionalidades. ;)

Cumps

  Teté

terça-feira, dezembro 09, 2008 2:23:00 da manhã

Bom, simplificar as pessoas em dois grupos homem/mulher é muito restritivo.

Não creio que a maior diferença de comportamentos entre uns e outros seja consequência do género, mas sim de feitio, educação e até classe social.

Desconfio sempre de grandes declarações amorosas verbalizadas publicamente. Mas já me enganei uma vez por outra. Por outro lado, o que não falta por aí é malta que por excesso de timidez ou orgulho é incapaz de demonstrar os seus sentimentos num gesto, num olhar, num sorriso, num telefonema. É mútuo para ambos os sexos. E isso sim, raramente leva a qualquer tipo de relação...

Medo de rejeição, parece-me que têm todos! Desde o dealbar do século passado, pelo menos... ;)

  Lize

terça-feira, dezembro 09, 2008 3:01:00 da manhã

Concordo com tudo do texto, mas o que mais me chamou a atenção foi o comentário que deste de resposta ao Gravepisser...

"Amar é um termo muito abrangente na nossa sociedade, mas eu só considero 1 amor. O total, dominador, o que nos pode dar toda a forca do mundo ou nos destruir por dentro. O que nos faz queres morrer para salvar a pessoa amada, o que nos faz enfrentar o mundo por o amor.
Tudo o que for menos do que TUDO, não é amor, não é nada."

Este parágrafo faz-me, primeiro, suspirar, e depois concordar plenamente, e depois... dizer que o amor vale a pena, muito, muito a pena... Mas é sem dúvida das coisas mais complexas que temos como seres humanos... A capacidade de amar e o amor, como sentimento, são complexos, e poderosos ao mesmo tempo.

Beijocas

  Nemogeleia

terça-feira, dezembro 09, 2008 4:34:00 da manhã

Descobri o blog e vou voltar

  Pax

terça-feira, dezembro 09, 2008 11:43:00 da manhã

"Faco o que quero, digo o que quero, penso o que quero e quero que o resto se foda. Nao preciso de me esconder, visto que posso argumentar contra ela."

Pensas o que queres. Só.
O resto fazes ou não dependendo da vontade que tens em assumir as consequencias pelo não acatar das normas criadas pela sociedade em que vives.

"E sempre foste assim? A questão é essa, desde crianças que as mulheres vêm os anéis como símbolos mágicos."

Como disse, falei por mim. Um anel num dedo de outro (ou no meu) tem apenas o valor do metal que possui. O valor simbólico e de fidelidade é dado pelo sentimento e não por uma anilha (se bem que compreendo que nem todos o vejam do mesmo modo e respeito isso).

"Ou seja ela quer que ele a compreenda, mas recusa-se a aceitar como ele é? Nao faz sentido, mas é tipicamente feminino."

E ele? Sequer sabe ou quer saber do que ela gosta ou odeia? Não digo que seja tipicamente masculino (seria generalizar) mas é o que muitas vezes acontece.

"Essa teoria do "não chatear" é a causadora dos assustadores níveis de divórcios, casar é giro, mas ninguém está para se chatear."

Não falei em "não estar para se chatear" mas sim em não chatear o outro por causa de diferentes interesses em hobbies.

"Isto é a formula do sucesso de uma relação. Aceitação total com partilha total!"

Gostei da fórmula, acho-a muito bonita.

"eu não acredito em Amor, sem que seja total, sem que a entrega seja total e a partilha seja total."

Eu concordo com isso! :)
Mas (tinha de haver um) acredito em Amor com entrega total e em que cada um pode ter (alguns) diferentes interesses ou motivações.
Partilhar é uma coisa, respeitar que o outro goste (ou não) de determinada coisa é outra.

"Tudo o que for menos do que tudo, para mim não é amor."

Concordo. (Toma!)

:)

  Afrodite

terça-feira, dezembro 09, 2008 12:01:00 da tarde

Este comentário foi removido pelo autor.
  Bruno Fehr

terça-feira, dezembro 09, 2008 12:07:00 da tarde

blackstar disse...

"algo feito para me agradar, apenas"

Hmmm, esse tipo de textos não aparecem neste blogue :)

  Bruno Fehr

terça-feira, dezembro 09, 2008 12:17:00 da tarde

Gravepisser disse...

"Penso demais, comparo e estudo demais. Mas só o faço por vezes, quando já me "deixei levar", e esse é o maior erro que se pode cometer."

Ao corrigires o teu erro, passas a fazer o que refiro no texto, a pensar demais antes de ter deixares levar, ou seja entras na regra geral do homem.

"É o meu caso. Os meus pais divorciaram-se quando tinha 5 anos, e fui criado pela minha mãe e avó. E não é por isso que me considero emocional ou sentimentalmente instável..."

Mas como comprovas com o teu texto, entregaste antes de pensares. Isso comprova a teoria de quem é educado por mulheres e repito que a teoria é de Psicólogos e nao minha.
Os meus pais divorciaram-se aos meus 3 anos e eu fui educado pelo meu pai. Daí as enormes diferencas a lidar com sentimentos que existem entre mim e ti.

"que a ausência de um pai é um factor nuclear no desenvolvimento da personalidade do indivíduo. É inevitável, mas não é isso que nos torna mais fracos que os demais."

Nao é fracos, é terem mais sensibilidade emocional o que vos dá menos defesas.

"Muitas vezes é dessas famílias "normais" que surgem os piores sociopatas que existem. Depende muito do conceito que tenhas de uma família "normal"... Será a família normal, aquela em que os pais estão juntos "por causa dos filhos", para manter aparências e pseudo-estabilidades, quando a realidade interna é bem diferente?"

Claro que por normal digo normal na verdadeira ascencao da palavra.
Nao acredito que os maiores sociopatas venham de ambientes familiares normais. Como exemplos passo dar o Unabomber, o Snipper de rua, 3 dos assassinos em escolas secundárias (2 nos EUA, 1 na Finlandia), todos vieram de familias monopaternais.

  Bruno Fehr

terça-feira, dezembro 09, 2008 12:20:00 da tarde

Teté disse...

"Bom, simplificar as pessoas em dois grupos homem/mulher é muito restritivo."

Homem e mulher são dois grupos, não importa como querias olhar para eles. Dentro desses dois grupos é que poderá haver mais grupos.


"Por outro lado, o que não falta por aí é malta que por excesso de timidez ou orgulho é incapaz de demonstrar os seus sentimentos num gesto, num olhar, num sorriso, num telefonema."

Isso não será certamente o caso. O homem não problema em demonstrar por acções, tem problema em exprimir por palavras, o que a mulher parece exigir.

  Bruno Fehr

terça-feira, dezembro 09, 2008 12:23:00 da tarde

Lize disse...

"Este parágrafo faz-me, primeiro, suspirar, e depois concordar plenamente, e depois... dizer que o amor vale a pena, muito, muito a pena... Mas é sem dúvida das coisas mais complexas que temos como seres humanos... A capacidade de amar e o amor, como sentimento, são complexos, e poderosos ao mesmo tempo."

Claro que vale a pena, mas só se for O Amor e nao o amor de aviário produzido industrialmente que vemos por aí.

  Bruno Fehr

terça-feira, dezembro 09, 2008 12:28:00 da tarde

Nemogeleia disse...

Obrigado

  Bruno Fehr

terça-feira, dezembro 09, 2008 12:31:00 da tarde

Pax disse...

"Pensas o que queres. Só.
O resto fazes ou não dependendo da vontade que tens em assumir as consequencias pelo não acatar das normas criadas pela sociedade em que vives."

Nao existe uma norma social que me possa prejudicar. Nao estamos a confundir a sociedade com a lei ou estamos?


"E ele? Sequer sabe ou quer saber do que ela gosta ou odeia? Não digo que seja tipicamente masculino (seria generalizar) mas é o que muitas vezes acontece."

Porque esse "ele" não ama? Qual é a confusão aqui?

  Bruno Fehr

terça-feira, dezembro 09, 2008 12:46:00 da tarde

Afrodite disse...

"Os homens receiam tanto mostrar que estão apaixonEados porque são desprovidos de neurónios na parte que importa, eles adoram fazer raves nos tintins e esquecem-se da parte sentimental."

Errado. Se a Rave está nos tintis é porque não há sentimentos e não há necessidade de eles estarem no cérebro. Quanto mais cedo a mulher perceber isto, mais cedo ela deixa de ser usada.

"Infelizmente possuem todos neurónios adeptos de raves e quando aparece algo de mais entusiasmante eis que se apaixonam rapidamente...só não mostram mas têm mais capacidade para se apaixonarem, às vezes até uma ou duas vezes por dia! Que dizer, são as putas da paixão."

Errado. Um homem pode sentir atracção física várias vezes ao dia, mas não se apaixona. Excepto a paixão virtual daqueles a que chamei de "cachorrinhos sentimentais".

"Nós, sonhamos, planeamos, pensamos e ficamos na merda"

É verdade, sonham demais em vez de analisar o que se passa à vossa volta.

"porque já há umas de nós com a capacidade do homem....com altas raves nos ovários e que só se deixam ir até onde podem e querem."

Sim, mulheres que falharam em relações e começam com raves no ovários que só irão contribuir para a sua instabilidade emocional e para o falhanço de futuras relações.
Se a mulher levando uma vida normal atraí homens de merda, com uma rave nos ovários vai-se afogar em merda...

"E como estou em pleno SPM os homens são básicos sim e previsíveis...muito previsíveis."

Tao previsíveis como uma mulher em SPM :)

"O engodo certo e estão lá, onde queremos...é triste mas é assim, em nada diferem do cãozito do Pavlov, só que em vez do sino mostram-se mamas e cus."

Podem por-me o cu na cara e esfregar as mamas nos olhos, que de mim só levam o que eu quero dar. Isso do engodo resulta só para sexo e eu falo de sentimentos. Nao irei amar mais uma mulher pelo seu cu, que com a idade irá ficar flácido e descaído.

  Ana

terça-feira, dezembro 09, 2008 2:50:00 da tarde

Biologicamente, existimos apenas com um propósito: passar os nossos genes à descendencia e garantir a sobrevivencia da espécie.

  Bruno Fehr

terça-feira, dezembro 09, 2008 2:57:00 da tarde

Van disse...

"Biologicamente, existimos apenas com um propósito: passar os nossos genes à descendencia e garantir a sobrevivencia da espécie."

Por momentos esqueci o texto :D

Nao aceito que a minha existência seja limitada à procriação, visto esse não ser um objectivo meu.
Existimos para evoluirmos, não existe obrigação de procriação, fá-lo que quer e quem não quer, mas há sempre escolha.

  Cor do Sol

terça-feira, dezembro 09, 2008 3:02:00 da tarde

O nivel de testosterona anda elevado pos meus lados. Eu agora racionalizo imenso no inicio, mas devo dizer que cansa pah.

  Bruno Fehr

terça-feira, dezembro 09, 2008 3:12:00 da tarde

Cor do Sol disse...

"O nivel de testosterona anda elevado pos meus lados. Eu agora racionalizo imenso no inicio, mas devo dizer que cansa pah."

Cansa pois :)

  Grafonola

quarta-feira, dezembro 10, 2008 2:08:00 da manhã

Biologicamente, só há evolução através da passagem de genes mutados à descendência, e desde que essas mutações levem a uma característica que torne os espécimes adaptativamente superiores a outros. Pelo menos numa perspectiva neo-darwinista.

Repara que usei o termo "biologicamente". :) Pessoalmente, penso que é apenas uma parte da resposta. Qual é o resto, não sei, ainda estou à procura.

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 10, 2008 6:30:00 da manhã

A Grafonola disse...

"Biologicamente, só há evolução através da passagem de genes mutados à descendência, e desde que essas mutações levem a uma característica que torne os espécimes adaptativamente superiores a outros. Pelo menos numa perspectiva neo-darwinista."

Então e para passar esses genes mutados ele não teem de mutar em alguém? Que foda Darwin, eu quero lógica :)

  Ana

quarta-feira, dezembro 10, 2008 12:49:00 da tarde

Claro que sim! Todos nós temos genes mutados! Milhentos! Umas mutaçõesnão servem para nada, outras são maléficas, e uma pequena percentagem dá-nos uma qq capacidade que nos permite ser um espécime biológico mais apto. Por ser mais apto, esse espécime vai sobreviver e passar essa mutação à descendencia que assim também será mais apta e sobreviverá às outras.
As mutações são "espontâneas". Aparecem "porque sim". E, não podemos ver isto num espaço temporal curto: são necessários milhares de anos para que uma mutação se torne assim significativa.

  Ana

quarta-feira, dezembro 10, 2008 12:51:00 da tarde

ah, darwin só elaborou a teoria da selecção natural. Não falava em mutações pq naquele tempo ainda não se falava propriamente em DNA. Por isso é que esta corrente evolucionista se chama neo-darwinismo. Para mim é a mais lógica, porque incorpora o efeito que o ambiente (entenda-se por ambiente tudo aquilo que interage com o organismo) tem sobre os genes.

  Bruno Fehr

quinta-feira, dezembro 11, 2008 12:23:00 da manhã

Van disse...

"Claro que sim! Todos nós temos genes mutados! Milhentos!"

Então, pode ser que passe as minhas mutações para criar um pequeno génio :)