Holocausto!


Quando não tenho assunto para escrever, recorro aos muitos e-mails que recebo, de quem acompanha o meu blogue, porque lá há sempre assunto para debater.
Recebi mais um daqueles e-mails para reencaminhar, mas desta vez com um assunto sério e documentado. Era uma apresentação em PowerPoint de fotos do Holocausto, acompanhado por uns comentários tendenciosos que por isso se tornam ridículos.
Um assunto que encaixa na perfeição após o texto anterior.

Não irei comentar todo o conteúdo, mas sim o que considero importante salientar e corrigir.

"Holocausto - Exactamente como foi previsto há cerca de 60 anos..."

Tal como foi previsto? Há cerca de 60 anos ele não foi previsto, ele aconteceu. Ninguém nunca previu tal coisa.

"É uma questão de História lembrar que, quando o supremo comandante das forças aliadas, o general Dwight Eisenhower encontrou as vitimas dos campos de concentração..."

Ora bem, o General Eisenhower não encontrou nada, ele nunca saiu do conforto da casa branca, não pôs os pés na Europa, pois não era a altura ideal para fazer ski nos Alpes, haviam lá uns gajos chamados Waffen SS que lhe "faziam a folha".
Quem encontrou as vitimas do Holocausto, foram os Russos e dias depois, os Americanos comandado pelo Major Winters, encontraram um pequeno campo de concentração na Áustria.
Por isso, o que é dito neste e-mail, não é história, é ficção!

"Recentemente o Reino Unido, removeu o Holocausto do seu currículo escolar, porque "ofendia" a população muçulmana que afirma que o Holocausto nunca aconteceu"

E porque não? Porque motivo o Holocausto tem de ser matéria obrigatória, quando há tanto para estudar na história do Reino Unido? Tenho a certeza, que continua disponível nos livros de História, tenho a certeza que quem segue história estuda o Holocausto, mas não vejo motivo para ser obrigatório.
Nas nossas aulas de história, estudamos a maneira como Portugal escravizou e comercializou a raça negra? Como os matávamos, violávamos, decapitava-mos entre outras barbaridades? Os Espanhóis estudam, como dizimaram civilizações inteiras na América do sul? Os Americanos estudam quantas pessoas mataram e matam ainda, com os efeitos das duas bombas nucleares largadas sobre o Japão? Os Turcos estudam os campos de concentração na Arménia durante a primeira guerra mundial? Não!
Porque motivo teem os Ingleses de estudar o Holocausto, nos 4/5 anos de história como disciplina obrigatória?
Os muçulmanos não negam o Holocausto, eles duvidam dos numeros, tal como eu. É certo que alguns muçulmanos o negam, tal como alguns não muçulmanos, como por exemplo o politico Francês LePen.

"Este e-mail, está a ser enviado como uma corrente em memória dos 6 milhões de Judeus, 20 milhões de Russos, 10 milhões de Cristãos, e 1900 padres católicos, que foram assassinados, massacrados violentados, queimados, mortos à fome e humilhados, enquanto a Alemanha e a Rússia olhavam noutras direcções"

Esta parte é ridícula. É ridícula por ser tendenciosa. Por se referir a umas vitimas esquecendo outras. Pela utilização desnecessária de tantas barbáries.
Os ciganos não eram judeus, nem Russos, nem cristãos nem padres, por isso não merecem ser mencionados, apesar de as vitimas ciganas terem sido, 1 milhão?
Os Alemães não merecem ser mencionados, apesar de terem sido cerca de 8 milhões?
Os hindus, Luteranos, Budistas e outras religiões também não merecem ser mencionados, apesar de terem sido mais de 16 milhões?
As vitimas Russas não foram 20 milhões, mas sim mais de 25 milhões, os cristãos não foram 10 mas sim mais de 16 milhões e os padres... bem esses estão incluídos nos cristãos.

Ok, ok, podem dizer que as vitimas Alemãs não foram vitimas do Holocausto. É verdade, então temos de descontar os Russos e Cristãos que também não o foram. Nos campos de concentração, foram colocados Judeus, Polacos e ciganos.

Este e-mail diz que quando Eisenhower mandou documentar o Holocausto, era para que ele não fosse esquecido, dando a ideia de que os EUA se importam com a história e não só com a história deles. Na América ainda hoje se estuda, como os EUA "salvaram" a Europa duas vezes, como se fossem superiores ao resto do mundo, como se o resto do mundo não existisse. Como se tivessem derrotado a Alemanha sem ajuda externa.

Nem todos os muçulmanos dizem que o Holocausto nunca aconteceu, dizem tal como muitos historiadores Europeus, que o numero de vitimas é exagerado, visto que não existe documentação que sustente esses números e visto que a população judaica na Europa, aumentou durante a segunda guerra mundial.
Ora, se morreram 6 milhões, uma larga maioria da população judaica na Europa, esse aumento populacional é inexplicável!

Claro que há questões sobre o Holocausto, como há questões sobre a verdade da ida dos americanos à lua. Tal como há questões sobre o lançamento de duas bombas nucleares sobre o Japão. Como há questões a respeito de todas a guerras e "feitos" Americanos, que são suspeitos.

A história que estudamos, é escrita pelo ponto de vista dos vencedores, dos que fazem questão em serem vistos como heróis e nem tudo o que lemos ou aprendemos é facto.

Este e-mail deveria ser em memória dos 61 milhões de vitimas da segunda guerra mundial e não de um numero impossível de quantificar de vitimas do Holocausto. Não podemos resumir o tributo a 36,001,900 vitimas.
É informação falsa, incompleta, tendenciosa, pró-americana, que por isso não merece mais do que o meu desprezo.

A apresentação termina com:

"Você gastará, apenas 1 minuto do seu tempo a reencaminha-lo"

1 minuto do meu tempo perdi a ver esta apresentação, tendenciosa. Perderia outro a reencaminhá-lo, mas resolvi usar 2 segundos a apagá-lo, tendo assim ganho 58 segundos!

A história está documenta, existe acesso à informação, não há ninguém que não saiba o que foi a segunda guerra mundial. Mas a história não tem de ser imposta a ninguém, só porque ofendeu certas pessoas, pois caso contrário teremos de passar a ter aulas de história de 8 horas diárias durante 98 anos, para que se estudem todos os crimes horrendos cometidos pela raça humana ao longo dos tempos. Os efeitos da história imposta são terríveis. Na Alemanha presenciei o que é ter a população alemã a ser massacrada nas escolas com o Holocausto. Durante o mundial de 2006, existia vergonha em demonstrar publicamente a alegria em ser alemão, vergonha em sair à rua com a bandeira do seu pais, vergonha em gritar "Deutschland!", vergonha por um passado pelo qual os Alemães de hoje não são culpados, mas são ainda responsabilizados.

Este e-mail diz-me que "temos de conhecer o Holocausto para não o repetir". Ou seja, no caso de haver uma terceira guerra mundial, não devemos massacrar minorias.
E eu que inocentemente pensava que o importante era, aprender com a segunda guerra mundial de maneira a não repetir uma guerra mundial no seu todo...


25 Comentários:

  Abobrinha

quarta-feira, dezembro 17, 2008 1:28:00 da manhã

Crest

Apresentação à parte, há várias coisas:

Por Holocausto eu entendo o massacre de civis por uma questão rácica. Não toda a segunda guerra mundial, que nem se limitou só à europa. Há outros massacres de civis, como Cambodja, Ruanda e mesmo Coreia do Norte (se é que alguém sabe o que lá se passa). Mas, quer queiramos quer não, este aconteceu às nossas portas. Não é racismo: estes eram nossos vizinhos mais próximos, pelo que nos doem mais (o que não devia ser desculpa para esquecermos os outros);

Em Inglaterra duvido que não se estude a 2ª guerra mundial, porque ainda hoje eles celebram os armistícios (na Europa e na Ásia). E levam muito a sério a libertação do nazismo, porque ameaçou a soberania deles. Dito isso, eles têm a mania que os outros os querem invadir (deve ser por causa do sol e do bom tempo).

Dito isto, a História serve para aprendermos com ela. Mais número ou menos, a eliminação selectiva e em larga escala de seres humanos que foram reduzidos a animais não é para esquecer. Quando se aprende com uma coisa boa, é para repetir ou fazer melhor. Quando se aprende com uma coisa má é para que não se repita. E, como já falamos há pouco tempo, o ódio encontrando terreno fértil leva a que haja judeus neo-nazis... o que se não fosse trágico seria cómico!

Mas esse sentimento de ter vergonha de ter orgulho eu também senti em alguns alemães e acho sinceramente que tem que acabar. Está feito, está feito: repara-se, pede-se perdão e continua-se tendo em vista ser melhor. Não carpir para sempre. Os alemães têm que exigir isso eles mesmos. Não para mostrar que são maus, mas para mostrar que são bons.

Dito isto, os e-mails em cadeia comigo normalmente têm um só destino... lixo!

  MoonDreamer

quarta-feira, dezembro 17, 2008 2:17:00 da manhã

O comentário da abobrinha fez-me pensar em algo que me ainda hoje não consigo perceber porquê... Todos choram o holocausto, por terem sido os nossos vizinhos, por ter sido tão próximo de nós... E há mails em cadeia, e filmes e documentários e livros de história... Mas, e o que se passou na Bósnia? Há quantos anos? 60? Não! Há dez anos... as vitimas andam entre nós. As mulheres violadas, mutiladas, esquecidas.... Aldeias inteiras dizimadas... Um número incerto de mortos. Tudo isto enquanto a Europa e os EEUU olhavam e tentavam decidir o que fazer...
Resultado? Karadzic em Haia, Milosevic em parte incerta... e nós, na ignorância que a tantos interessa!

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 17, 2008 2:31:00 da manhã

Abobrinha disse...

"Por Holocausto eu entendo o massacre de civis por uma questão rácica."

É incorrecto, Holocausto com H maiúsculo designa unicamente o massacre de judeus pelos Nazis, tudo o resto é holocausto. Podes ir a um dicionário e encontrarás algo como isto:

do Lat. holocaustu < Gr. holókauston < kolós, vítima inteira + káío, queimo

s. m.,
sacrifício expiatório e de acção de graças, praticado pelos antigos Hebreus, por cremação total de um animal;
a vítima do sacrifício;
sacrifício em geral;
abdicação da vontade própria para satisfazer a de outrem;
grande chacina ou destruição da vida;
a causa de tal desastre;
o assassínio em massa dos Judeus pelos nazis durante a Segunda Guerra Mundial (nesta acepção, grafa-se com inicial maiúscula).

O massacre de judeus tem direito a uma palavra especial!


"Em Inglaterra duvido que não se estude a 2ª guerra mundial, porque ainda hoje eles celebram os armistícios (na Europa e na Ásia)."

Estuda-se a segunda guerra mundial, mas nao o Holocausto em particular.

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 17, 2008 2:48:00 da manhã

poeta_poente disse...

"Mas, e o que se passou na Bósnia? Há quantos anos? 60? Não! Há dez anos..."

Foi há mais de 10 anos, a missão Portuguesa de paz terminou no dia 11 de Marco deste ano, exactamente 11 anos depois. A guerra começou com a declaração de independência Bósnia em 1992 e a tentativa de expulsar do novo país a população Sérvia. Milosevic respondeu aos ataques aos Sérvios com o massacre de 400.000 Bósnios até a comunidade internacional intervir.
Eu fiz 6 meses lá, mais exactamente em Sarajevo e vi um país destruído e cemitérios improvisados dentro das cidades a perder de vista.

"as vitimas andam entre nós. As mulheres violadas, mutiladas, esquecidas.... Aldeias inteiras dizimadas..."

Eu vi Sarajevo desturída e não era uma aldeia mas sim uma das mais belas cidades da Europa.

"Resultado? Karadzic em Haia, Milosevic em parte incerta..."

Milosevic nunca fugiu, pois sempre se considerou um herói Sérvio, sempre afirmou que defendeu os Sérvios. Foi detido em 2001 e faleceu na prisão do tribunal a Haia em 2006 de "suposto" enfarte.

Karadzic é que fugiu em 1996. Na verdade ele não fugiu, ele deixou crescer a barba a assumiu uma nova identidade, trabalhando numa clínica privada na área da medicina alternativa, sob o nome de Dr. Dragan David Dabić em Belgrado. Chegou a viajar pela Europa e até a viver na Áustria sob o nome Petar Glumac em 2007.
O seu erro, foi o seu desejo de reconhecimento, ao dar palestras e entrevistas sobre medicina alternativa, acabou por ser identificado e preso. Encontra-se detido em Haia e o seu julgamento estava agendado para Agosto deste ano.

Neste link, podes ver o website de medicina alternativa com uma foto dele disfarçado:

http://www.dragandabic.com/

Ele nunca saiu do país e esteve 11 anos sem ser encontrado! Será que os Sérvios o queriam encontrar?

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 17, 2008 2:53:00 da manhã

Já agora no site que no comentário anterior refiro, prestem atencao aos ditados chineses escolhidos por ele, em principal estes 2:

# He who cannot agree with his enemies is controlled by them.

# He who turns-in his own, shall dig two graves.

O primeiro aplica-se a ele com a sua nova identidade, o segundo é obviamente o governante tirano a falar!

  Abobrinha

quarta-feira, dezembro 17, 2008 3:16:00 da manhã

Crest

OK, devia ter especificado "civis judeus", mas entendi que era óbvio porque acrescentei "por uma questão rácica". Foi grave na mesma. E não se pode repetir no nosso quintal. Na realidade, não se pode repetir em lado nenhum, mas isso é outra história.

Repara que o Holocausto (OK, pode ir com maiúscula) faz parte da 2ª guerra. É mesmo indissociável, porque a ideologia nazi assentava na superioridade da raça... e deu o que deu!

Curiosamente os russos morreram que nem tordos vítimas de dois loucos: Hitler e Estaline. FOram eles que sofreram o maior número de baixas, como referiste. I wonder why! Não sei se viste o filme "Enemy at the gates", mas ilustra a perda de vidas de ambos os lados por um poio de terra. Só porque sim. Só porque a cidade a ser conquistada era Estalinegrado. E depois... o filme tem o Jude Law...

  Abobrinha

quarta-feira, dezembro 17, 2008 3:18:00 da manhã

Poeta

Possivelmente o conflito na Bósnia é recente demais e complicado demais para se entender ainda. E a escala foi diferente (OK, já vi desculpas piores).

Mas um dia haveremos de aceitar que os ruandeses e os cambodjanos são nossos vizinhos. Porque são! Mas isso é um processo e já estivemos mais longe!

  Afrodite

quarta-feira, dezembro 17, 2008 2:34:00 da tarde

Eu tenho holocaustos internos :)...explico melhor noutra altura mas a merda da estrelinha ter-me caido da porcaria da unha, deixa-me assim como que com uma revolta uterina fantástica! Hmm devia levar isto a sério não é??? Pois hoje não consigo, após paragem da digestão só me apetece é ganir e apalpar cús às lampâdas ehehehehe. Seja como for, tás lá! :)

Abreijõesssssss

  Afrodite

quarta-feira, dezembro 17, 2008 2:49:00 da tarde

E já agora e estes senhores??? Hmmm??? Divertidos? ehehehhe

http://www.lehighvalleylive.com/today/index.ssf/2008/12/holland_township_family_angry.html

Abreijinhos

  Vício

quarta-feira, dezembro 17, 2008 4:09:00 da tarde

moralismos da esquina!
eu também perdi 2 segundos com esse email!
e há outros todos beatos que nem demoram tanto tempo!

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 17, 2008 11:19:00 da tarde

Abobrinha disse...

"Repara que o Holocausto (OK, pode ir com maiúscula) faz parte da 2ª guerra. É mesmo indissociável, porque a ideologia nazi assentava na superioridade da raça... e deu o que deu!"

A ideologia Judia assenta numa superioridade religiosa, em que os filhos de Alá são inferiores e nao teem direitos! Por os Judeus terem sofrido, estamos a permitir que façam o mesmo que os Nazis.

"Possivelmente o conflito na Bósnia é recente demais e complicado demais para se entender ainda. E a escala foi diferente"

Foram quase meio milhão em dois anos, a escala não foi assim tão diferente.

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 17, 2008 11:21:00 da tarde

Afrodite disse...

"E já agora e estes senhores??? Hmmm??? Divertidos? ehehehhe

http://www.lehighvalleylive.com/today/index.ssf/2008/12/holland_township_family_angry.html"

É só uma criança de 3 anos, a partir de o momento que o nome não é ilegal na Holanda nem em país nenhum excepto na Alemanha, ele pode ser usado. O que é ilegal é discriminar uma criança, tendo como base o seu nome.

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 17, 2008 11:21:00 da tarde

vício disse...

"eu também perdi 2 segundos com esse email!
e há outros todos beatos que nem demoram tanto tempo!"

Pois, nesses nem chego ao fim!

  LaveyGirl

quinta-feira, dezembro 18, 2008 12:03:00 da manhã

O Holocausto está sobrevalorizado, só lamento é que esses e-mails, não mencionem holocaustos, por exemplo, como o de Hiroxima, os Killing Fields do Pol Pot, os milhões de crianças mortas à fome e executadas por comunistas chineses, os massacres levados a cabo por Fidel Castro especialmente a mulheres e crianças ou a crueldade humana do comunismo na Asia.

  Bruno Fehr

quinta-feira, dezembro 18, 2008 12:07:00 da manhã

LaveyGirl disse...

"O Holocausto está sobrevalorizado, só lamento é que esses e-mails, não mencionem holocaustos, por exemplo, como o de Hiroxima, os Killing Fields do Pol Pot, os milhões de crianças mortas à fome e executadas por comunistas chineses, os massacres levados a cabo por Fidel Castro especialmente a mulheres e crianças ou a crueldade humana do comunismo na Asia."

Porque ninguém tem tanto controlo sobre a economia como os Judeus. Vivemos num mundo em que a diferença entre criminoso e herói e imperceptível.

Pol Pot - Criminoso
Che Guevara - Herói

Para mim são gémeos terroristas!!

"Kill a man and you are a murderer
Kill millions and you are conquerer
Kill everyone and you are God"

Sempre concordei com isto, mas deve ser actualizado para:

Kill millions and you are conquerer, except if your name is Adolf Hitler.

  toma lá Fresquinho

sexta-feira, dezembro 19, 2008 5:33:00 da tarde

Viva ...
No entanto, o Holocausto ou holocausto, como queiram, continuou até há 18 anos atrás! Porque após a 2.ª guerra mundial, e ao género do tratado de Berlim que dividiu África no fim do séc. XIX, a Europa "perdedora da guerra" foi dividida entre os Aliados "bons" e os Russos.
E se na Europa Ocidental se respirava o progresso e uma aparente democracia, excepção feita a Portugal e Espanha, na Europa Oriental, sob o domínio Russo, para lá da Cortina de Ferro, reinava uma ditadura originária em Moscovo, mas que se estendia pela Polónia, RDA, Hungria, etc .... onde milhares de pessoas eram presas indiscriminadamente, torturadas, enviadas para campos de conccentração na Sibéria e por aí! A "nossa" P.I.D.E. era "soft"(ironia!) ao lado daqueles senhores.
Já para não falar das quotas de priisoneiros que se tiveram que arranjar depois da guerra nestes países para de certo modo "vingar" os Russos mortos na guerra. Milhares de pessoas que tivessem a má sorte de ter ascendencia alemã, ou sequer de se parecerem com alemães eram levados ... para sempre!
E isto continuou até 1990 ... um massacre continuado ... às nossas portas!!

  Ana

sexta-feira, dezembro 19, 2008 8:12:00 da tarde

Prantos...e vou dizer o quê, eu???na sobrou quase nada que tivesse já sido frisado!

Acho bem que ninguém esqueça o holocausto judeu, mesmo que sobrevalorizado em termos de números. Tenho algum pudor em usar a palavra sobrevalorizado porque quase que parece que estaria a desvalorizar o sofrimento de quem lá esteve. Só quem lá esteve é que sabe o inferno que foi.
Mas, a ideia de que ninguem se esquecesse para que tal não se repetisse...não resultou. Há genocídios por todo o lado. Ruanda, Cambodja, Coreia...
Houve genocidios por todo o lado...os descobrimentos europeus acabaram por levar ao exterminio directo ou indirecto dos povos indigenas. Sabes, duvido que algum dia isso vá acabar. Porque o ódio é demasiado poderoso e o desejo de poder é que move montanhas...

  Bruno Fehr

sábado, dezembro 20, 2008 1:10:00 da manhã

toma lá Fresquinho disse...

"No entanto, o Holocausto ou holocausto, como queiram, continuou até há 18 anos atrás! Porque após a 2.ª guerra mundial, e ao género do tratado de Berlim que dividiu África no fim do séc. XIX, a Europa "perdedora da guerra" foi dividida entre os Aliados "bons" e os Russos."

Claro que sim, os Aliados permitiram a maiores barbaridades à Rússia, que invadiram os países bálticos e tudo quanto puderam, só nunca percebi como é que Polónia escapou, pois se a Rússia os invadisse os Aliados não fariam nada.
Na verdade, no final da segunda guerra mundial, se a Rússia invadisse a Europa, teria ganho a guerra, o seu poderio militar era muito superior e os EUA estavam ocupados com o Japão
.

  Bruno Fehr

sábado, dezembro 20, 2008 1:13:00 da manhã

Van disse...

"Acho bem que ninguém esqueça o holocausto judeu, mesmo que sobrevalorizado em termos de números. Tenho algum pudor em usar a palavra sobrevalorizado porque quase que parece que estaria a desvalorizar o sofrimento de quem lá esteve. Só quem lá esteve é que sabe o inferno que foi."

Nao esquecer nao significa tornar o estudo obrigatório. Se me querem fazer estudar que foram 6 milhoes as vitimas, gostaria de saber em que baseiam esse numero e o desaparecimento de familias nao significa a sua morte. Pois só Aristides Sousa Mendes deu asilo a dezenas de milhares de Judeus que em Portugal mudaram a sua identidade, ao mudar de identidade, desapareceram passando a figurar 4 anos após o desaparecimento nas listas de mortos do Holocausto. E esta é a maior burla do Holocausto, burla que convém aos aliados e Israel.

  Ana

sábado, dezembro 20, 2008 3:44:00 da tarde

A parte da burla não discuto, porque estou de acordo que são números convenientes.
Pessoalmente, acho que se deveria estudar, obrigatoriamente, todos os holocaustos recentes conhecidos.

  Bruno Fehr

segunda-feira, dezembro 22, 2008 11:46:00 da manhã

Van disse...

"A parte da burla não discuto, porque estou de acordo que são números convenientes.
Pessoalmente, acho que se deveria estudar, obrigatoriamente, todos os holocaustos recentes conhecidos."

Nao haveria tempo para mais nada, é que aqui entra a definicao de recente. Se for recente em relacao à vida é toda a história da humanidade, se for recente em relacao à vida humana, serao os ultimos 2mil anos. Se for recente, relativamente à idade moderna, serao os ultimos 60 anos e se virmos bem, existiram mais holocaustos do que os que sao possiveis estudar:

Vietname, Koreia, Arménia, Bósnia, Panamá, Argentina, LAOS, Japao, Polónia, Albania, Chipre, Irao, Iraque, China, Russia, Myanmar, Sudao, Zaire, Angola, Mocambique, guiné, Africa do Sul, Congo, Somália, Yemen, Etiópia, Cambodja, Rodesia, Costa do Marfim, Senegal, Argélia, Libano, Tchechénia, Chernobyl, Nicarágua, Cuba, Colombia, etc, etc, etc

Isto só para referir,alguns onde centenas de milhar foram mortos por poder, por mentiras, por nada!

  Ana

segunda-feira, dezembro 22, 2008 1:56:00 da tarde

No fundo, toda a história do homem é uma história de holocausto... interessante, não?... defeito de fabrico de alguns?...

  Bruno Fehr

segunda-feira, dezembro 22, 2008 2:40:00 da tarde

Van disse...

"No fundo, toda a história do homem é uma história de holocausto... interessante, não?... defeito de fabrico de alguns?..."

Ora lá está, por isso acho que devemos estudar a nossa história a fundo e a história dos outros por alto. Nao concordo em perder um ano a falar do Judeus, ignorando a nossa responsabilidade pela escravatura.

  Ana

segunda-feira, dezembro 22, 2008 8:51:00 da tarde

Certo, percebo onde queres chegar. É interessante crescer a venerar os descobrimentos, por exemplo, sem no entanto ser feita referencia à sacanagem que resultou daí...

Já tinha noção, apartir do momento em que comecei a usar os miolos, que os portugueses não foram nenhuns santinhos. Mas chocada fiquei, ao ler,por exemplo, "A rainha da canela", onde são relatadas essas atrocidades e o modo leviano e natural como eram encaradas.

Aliás, essas atrocidades e desumaninades são encaradas de uma forma que há muito que deixei de acreditar que a vida humana vale realmente alguma coisa...a facilidade com que é tirada e violada chocava-me...cada vez que lia ou via algo relacionado, sentia-me genuinamente mal. Mas, uma pessoa acaba por ganhar uma capa insensivel e aos poucos deixa de ligar...
E,custa-me a acreditar que em certas partes do mundo, as pessoas sejam capazes de amar...

  Bruno Fehr

segunda-feira, dezembro 22, 2008 9:21:00 da tarde

Van disse...

"Certo, percebo onde queres chegar. É interessante crescer a venerar os descobrimentos, por exemplo, sem no entanto ser feita referencia à sacanagem que resultou daí..."

Exactamente. Nao imagino aqueles marinheiro a cheirar a merda com os dentes todos podres do escorbuto a darem uma de conquistadores poetas e ganhar o coração de uma donzela nativa que encontrem após o desembarque.

"Mas chocada fiquei, ao ler,por exemplo, "A rainha da canela", onde são relatadas essas atrocidades e o modo leviano e natural como eram encaradas."

Sim, mas uma coisa é certa, escondemos melhor as atrocidades do que os Espanhóis. Em crueldade eles foram mais honestos e saiam logo dos barcos a matar tudo. Os tugas entravam numa de trocas e amizade, umas violações e se não trocassem ouro por espelhos, aí matava-se tudo.

"E,custa-me a acreditar que em certas partes do mundo, as pessoas sejam capazes de amar..."

As noticia são como a história, teem dois lados. Nessas partes do mundo as pessoas não são monstros, são pessoas que vivem num outro mundo sem conhecer o nosso. Pensam que viver assim é normal.