Ultimas Palavras


Pela primeira vez não te visitei, pois prometi-te que não o faria. Sei que não importa onde estou, tu estás comigo, pois eu transporto a tua memória.
Nestes últimos anos, não contactei ninguém que te tivesse conhecido, fui teimoso em querer guardar-te só para mim. Foi um erro, pois nunca foste só minha e eu não tenho o direito de te prender.

Nos últimos meses partilhei-te, hoje muita gente sabe que foste única, uma mulher de coragem, de força, dona do teu próprio destino. Tenho a certeza que muitas dessas pessoas gostariam de te ter conhecido. Mas o importante nisto tudo, foi o desabafo, o libertar-me ao libertar-te.
Agora, arranjei-te um quartinho no meu coração, onde irás viver para sempre, abrindo espaço para mim e para a minha vida, onde quem sabe, me permitirei voltar a amar.
Hoje provei isso a mim mesmo, pois pela primeira vez no dia do teu aniversário, lembrei-te com um sorriso, pois desde o dia em que partiste, o dia de hoje é triste por não te poder dizer "Parabéns" ao ouvido, como já o disse e gostei, sem nunca imaginar o difícil que esse mesmo dia iria ser, anos depois.

Hoje liguei à tua irmã, 10 anos depois falámos, duas horas ao telefone. Não foi fácil... Eu estava nervoso, ela atendeu sem dizer uma palavra, nem um "A", pois certamente viu o indicativo da Alemanha.
Estivemos uns minutos em silencio, até que lhe disse, "Parabéns". Foi aqui, que ela falou e a voz dela que é a tua voz, doeu-me imenso, mais do que o que imaginava. Ela disse; "Sabes Bruno, eu nos últimos anos, tenho sempre feito anos". Eu poderia ter dito que ela também nunca me ligou no meu aniversário, mas não o disse, pois ela tem razão. Ela que viveu uma vida contigo a festejar os aniversários contigo, encontrou-se os últimos anos, sozinha neste dia. Deve ter sido horrível para ela.

Bruno: "Eu sei e desculpa, mas nem imaginas como me foi difícil ligar-te"
Cati: "Eu sei..."

Ela virá em trabalho à Alemanha em Janeiro e combinámos o reencontro.
Não sei como vou reagir ao ver a tua cara, na dela. Não sei como ela vai reagir ao ver a tua memoria na minha.
Julgo que vai correr tudo bem.

A tua irmã tem a parte de ti que me falta, eu tenho a parte de ti que lhe falta. Acho que juntos podemos ao completar-te, completar a parte que ambos perdemos na tua partida.
Penso que este é o melhor presente que te posso dar, pois não tenho nada mais para te dar.

Uma banda da qual ouvimos juntos todas as musicas, em que algumas das minhas memórias dos tempos que estivemos juntos, são acompanhadas pelas suas melodias, voltou a lançar um Álbum, tantos anos depois. Comprei o álbum e encontrei lá, esta mistela de sentimentos, que senti, palavra por palavra.
Esta letra, é sem dúvida significativa e é completada por as imagens do filme "What dreams may come", que tanto significado tem para mim.

Guns n'Roses - This love (2008)

"...E se perguntares porque é que ela não disse Adeus. Eu sei que bem lá no fundo, há uma luz especial que mesmo na noite mais escura, ela não pode negar.
Se ela estiver perto de mim, espero que ela me ouça (...) Desejei que ela nunca me deixasse, por favor tens de acreditar. Procurei por todo o universo e encontrei-me em teus olhos..." (excerto da letra)







Apesar de achar que mudei, que estou muito, mas muito mais forte, que dei finalmente um passo em frente... Este é será sempre o teu dia, mas roubo todos os outros para mim.
Não vivi todo este tempo preso à tua memória, mas vivi prendendo-te aqui. Prendendo-te a mim. Hoje liberto-te, hoje digo-te finalmente Adeus. Não que me esqueça alguma vez de ti, mas porque vou parar de te reviver, sendo estas as ultimas palavras escritas, que te dirijo.

Amei-te. Sei que sabes disso e é a primeira vez que não escrevo "amo-te", não porque o amor passe ou tenha morrido, mas porque "amo-te" é algo que quero guardar e dizer a alguém que venha ocupar todo o espaço no meu coração, que tenho agora vago, depois das limpezas que andei a fazer nestes últimos meses.
Durante anos coloquei lembranças e memórias em caixotes de cartão sentimental, que arrumei numa cave escura que assombrava os meus dias. Hoje, esses cartões já não estão dentro de mim, encontram-se em folhas de papel guardadas numa gaveta. Em mim, guardei unicamente a tua voz, para embalar os meus medos. O teu cheiro, que me lembra que vale a pena lutar. O teu sorriso, que me ilumina as noites escuras e o teu calor, que aquece este coração arrefecido, mas não totalmente gelado.

A letra desta musica está tão, mas tão certa, quando diz "não há mais ninguém que me faça sentir tão vivo", pois por mais que se pense o contrário, é a dor, que nos mostra o quanto estamos vivos e ainda sentimos. Mas é um facto que a dor quando vivida e não tratada, nos adormece os sentimentos e nos mata por dentro, impedido qualquer outro sentimento que não a dor. Percebo isso e sou novo demais para não sentir... Já sinto pouco. Não quero perder a oportunidade de voltar a sentir-me vivo, amando.

Quero que saibas que nunca ninguém te irá substituir, pois és insubstituível.
Não quero que a mulher que eu um dia ame, se sinta como segunda escolha, pois o amor não se escolhe. Não quero que sejas vista por ela, como uma concorrente que partilha o meu amor. Quero que ela te veja, como alguém que me amou, como ela ama. Que me ame, sem medos.
O meu único receio em partilhar-te, é ver o amor de alguém por mim a ser condicionado pela tua memória, pela tua presença e é por isso que tenho finalmente de te deixar partir libertando-me, libertando-te.


Adeus Erica

77 Comentários:

  maria inês

terça-feira, dezembro 02, 2008 9:08:00 da manhã

Poderia dizer mil e uma coisas, mas não saem!

Um beijo grande Bruno

  soulneeds

terça-feira, dezembro 02, 2008 9:47:00 da manhã

Só quero dizer que adorei as tuas palavras e que me deu um nó tão grande na garganta...


obrigada,

Soul

  Papinha

terça-feira, dezembro 02, 2008 10:11:00 da manhã

........ Speechless

Beijinhos
P@pinh@

  Pax

terça-feira, dezembro 02, 2008 10:18:00 da manhã

Apetecia-me muito dar-te um abraço... como não posso fisicamente, fica só mesmo a confissão da vontade.

Beijo grande

  Paula

terça-feira, dezembro 02, 2008 10:18:00 da manhã

... (uma vez mais...) Os sentimentos não se comentam, verdade?!

Um beijo enorme... ou uma palmadinha nas costas... ou um abracinho... aquilo que considerares mais adequado! :)

  Anónimo

terça-feira, dezembro 02, 2008 11:47:00 da manhã

:) :*

  Afrodite

terça-feira, dezembro 02, 2008 11:56:00 da manhã

:( Olha...ainda ficas com a irmã :) só naquela de se completarem ;)!

E tinha de ser uma sagitarianazinha, as maiores AHAHHAHA. Ahhh pois é!

Estou na brincadeira mas sabes o que penso sobre o assunto, já tivemos oportunidade de conversar um pouco sobre isso. Tomara cada mulher do mundo ter sido amada um terço daquilo que amaste essa mulher (incluindo eu), era sinal que seriam muito mas muito bem amadas :)!

Abreijinhosssss

  Anónimo

terça-feira, dezembro 02, 2008 1:43:00 da tarde

Crest,

Quando alguém passa pela nossa vida, deixa algo de si em nós, e leva algo nosso consigo. A Erica não está aqui agora, mas deixou vivo em ti, algo de si, passou a fazer parte de ti, e levou consigo também algo teu.

Porque cada pessoa é diferente, nunca a mesma pessoa consegue sentir da mesma forma, com a mesma intensidade, o mesmo por mais que uma pessoa. Ninguém vive, sente, experimenta as mesma sensações, porque é impossível reproduzir reacções, emoções.

Cada um tem os seus timings, cada um tem uma capacidade de cicatrizar as feridas diferente, uma sensibilidade e resistência à dor, mais ou menos desenvolvidas pelas circunstâncias da vida com que se defrontou, e a vontade que teve em as superar e aprender com elas. A felicidade para mim está nessa capacidade, inteligência e vontade de superação pessoal de cada um. Na sensibilidade com que as percebe, as realiza e arruma.

Quando dizem que de recordações também se vive... discordo. Não se vive de recordações, as memórias reconfortam ou são lições aprendidas, dão forças e proporcionam meios para continuar em frente com o nosso presente e futuro. Nunca as vejo como amarras. Boas ou más, não fazem parte do momento em que vivo, mas ajudam a vivê-lo melhor.

Se demoraste 10 anos em perceber e arrumar isso na tua cabeça, como tu próprio disseste, o tempo não existe. Importa isso sim que realizaste, por sentimentos que tentaste colocar, traduzir em palavras, pela partilha desses sentimentos, por viajens... conseguiste!

A Erica estará orgulhosa de ti, e feliz :) Ela deixou algo em ti e esse algo ainda vive e percepciona esse teu sentir. Não tendo presente todas as palavras, mas recordo que no "Amar é perder" a Erica te disse naquele papel amarelado com o passar do tempo... que não tivesses medo de amar outra pessoa, que nesse momento irias sentir um empurrãozinho dela no sentido dessa pessoa, que não tivesses medo de amar e ser feliz. Não estarás por certo a magoar a sua memória, nunca amarás ninguém mais ou da mesma forma, sim de uma forma diferente, só isso.

A Erica partiu, mas não quer por certo que tu deixes de viver por ela, para ela, em memória dela. Quer que sejas feliz, que continues a tua vida.

Mas acima de tudo, essa vontade de viver, de amar, tem que ser tua. As pessoas que passam pela nossa vida, de facto algumas ocupam um espaço importante, mas nunca são a nossa vida. Por algo temos entidade própria, uso de razão que nos trai pela força de alguns sentimentos, mas a razão existe. E é nestes momentos que contrabalança o resto, em deterimento de algum equilibrio interior.

És muito novo? Eu acho é que ninguém é velho o suficiente para desistir de amar, de sentir. Enquanto haja vida, há que aproveita-la, vive-la, não a desperdiçar, porque a única certeza que temos quando nascemos, é que um dia ela acaba ( ok, e os impostos :p )!

E para acabar, dizer-te :)

...caiu um nevão na Serra da Estrela, só comparavél a um que caiu há 10 anos atrás. :) Amanheceu um dia de sol, sem uma única nuvém no céu, um céu azul azul azul... o Sol morno, radiante, reflectia numa imensidão branca e serena. Nem dei pelo frio :)

Beijo,

Fia

  impulsos

terça-feira, dezembro 02, 2008 1:46:00 da tarde

Talvez este seja o mais belo e comovente escrito, que li nos últimos tempos, sem dúvida.
Quem disse um dia que os homens não choram, estava profundamente errado, porque quando é preciso, os homens também choram!

Uma palavra apenas... emocionante!

Beijo

  me

terça-feira, dezembro 02, 2008 1:52:00 da tarde

Parabéns também a ti, hoje!
Um beijinho

  Demian

terça-feira, dezembro 02, 2008 3:15:00 da tarde

"O meu único receio em partilhar-te, é ver o amor de alguém por mim a ser condicionado pela tua memória"...

Acredita, isso é bem verdade. As mulheres são demasiado possessivas, no que ao amor diz respeito... Nunca conseguirão partilhar, por mais que o "objecto" de partilha seja uma recordação bonita de alguém especial, como é o caso...

O texto é brutal em todos os aspectos. Se essa Erica pudesse lê-lo, de alguma forma, decerto ficaria muito feliz por ti. Por finalmente resolveres seguir em frente, sem esquecer nunca o que foi fundamental no passado.
Mas não tenho duvidas de que ela o foi. Ambos foram, felizes. Para escrever uma missiva destas é necessário SENTIR verdadeiramente, e nem toda a gente sabe o que isso é.

Cumps

  Anónimo

terça-feira, dezembro 02, 2008 3:29:00 da tarde

comoveste-me...

  Ana

terça-feira, dezembro 02, 2008 3:40:00 da tarde

Pela primeira vez ao ler-te nao me reli... "ouvi-te" apenas na imensidao dessas tuas palavras!

  Cor do Sol

terça-feira, dezembro 02, 2008 3:44:00 da tarde

Eu lido mal com a perda e com histórias de perda. Fico sempre com um nó na garganta.

Ainda bem que decidiste avançar e que as coisas estão claras na tua cabeça.

  iTec(A)

terça-feira, dezembro 02, 2008 4:57:00 da tarde

:)

  Lize

terça-feira, dezembro 02, 2008 5:02:00 da tarde

Ao contrario do post de ontem, o de hoje fala de sentimentos do principio ao fim... Tal como demonstrado por muitos outros comentarios feitos aqui... Nao ha palavras a dizer-te. Disseste tudo por ti proprio e mais do que isso, sabes o que sentes e tens as limpezas no teu coracao feitas e o quartinho para a Erica arrumado. E isso, e o mais importante.
Beijocas

  Teté

terça-feira, dezembro 02, 2008 5:20:00 da tarde

Talvez sejam as últimas palavras que escreves, mas dificilmente serão as últimas que pensas.

Há momentos que não se esquecem nunca, desde que arrumados dentro de nós (coração, cabeça, whatever), não impedem que voltemos a (tentar) encontrar a felicidade!

Beijoca!

  Ana

terça-feira, dezembro 02, 2008 5:38:00 da tarde

Fogo, adoro esse filme.... :´)

  Anónimo

terça-feira, dezembro 02, 2008 6:00:00 da tarde

Nunca tive jeito com as palavras...e muito menos tenho quando me vejo sem elas.



beijinho Bruno

  Anónimo

terça-feira, dezembro 02, 2008 6:03:00 da tarde

p.s. este filme deixou-me a chorar durante horas.Se existe algum significado para o que o amor é na vdd, esta espelhado em cada cena*

  Jo

terça-feira, dezembro 02, 2008 6:07:00 da tarde

Intenso, bonito e comovente.
Um beijo grande para ti.

  SRRAJ

terça-feira, dezembro 02, 2008 7:36:00 da tarde

Já há algumas semanas que te leio. Hoje resolvi deixar-te um beijo.
Sandra

  Abobrinha

terça-feira, dezembro 02, 2008 7:55:00 da tarde

Crest

A melhor homenagem que se pode fazer a alguém que se perdeu é continuar a viver e ser feliz.

Lamento muito pela tua perda. O tempo vai curando, mas continua lá. O que não é mau: significa que se vivei verdadeiramente e se continua a viver na vida de quem ficou.

Beijinho

  Vitória

terça-feira, dezembro 02, 2008 10:52:00 da tarde

Um beijo.;)

  afectado

terça-feira, dezembro 02, 2008 11:10:00 da tarde

tendo em conta as circunstâncias, mais importante do que a libertares, é libertares-te...

abraço

  FATifer

quarta-feira, dezembro 03, 2008 12:12:00 da manhã

“Mas o importante nisto tudo, foi o desabafo, o libertar-me ao libertar-te.”

Quando li como a descreveste no “Amar é Perder” disse que tinha luz própria, concordaste. Acho que, no fundo, sempre soubeste que essa luz te iluminaria para o resto da tua vida mas tiveste de te convencer disso… na minha opinião (sim quem sou eu mas…) penso que aquela que for digna do teu amor não vai temer essa luz, pois vai ter a sua. Serás assim um homem duplamente iluminado!

Abraço,
FATifer

  Anónimo

quarta-feira, dezembro 03, 2008 12:24:00 da manhã

Tanta coisa que há dizer quando se fala neste tipo de sentimentos, mas é tudo tão realtivo... as palavras que seriam certas para mim podem ser vazias para outros ou podem ser invasivas...
Mas a verdade é que todo o "luto" chega um dia ao fim. É doloroso mas ao mesmo tempo é sinal que conseguimos resolver/arrumar todos os sentimentos que nos atingem nestas situações.
Talvez agora percebas de maneira o que eu te disse um dia em relação ao tempo... o tempo não cura, o tempo é um digestivo...

Um beijo grande

  Anónimo

quarta-feira, dezembro 03, 2008 12:26:00 da manhã

* Talvez agora percebas de maneira diferente...

  Anónimo

quarta-feira, dezembro 03, 2008 1:41:00 da manhã

Este texto parece ser o ponto final numa sequência lógica de há seis meses para cá, começando com o texto “Quem és tu” a passagem do nome Crestfallen a Crest a criação do blogue Amar é Perder, o final desse blogue, com o texto “Amar é Viver!” e por fim “Ultimas Palavras” parece que completaste uma fase da tua vida, as maiores felicidades para a fase que se segue :)

  Ana

quarta-feira, dezembro 03, 2008 2:49:00 da manhã

Primeiro pensei que eram dois cogumelos (a foto nova no cabeçalho :) ). Depois vi uma serenata à chuva. :)

  Mafal∂a

quarta-feira, dezembro 03, 2008 3:41:00 da manhã

"Quem amou, nunca esqueceu nem esquecerá, pois se esquecer, certamente nunca amou. Por isto pensar em esquecer é tortura desnecessária!" Será que consegues lembrar quem me escreveu essa frase? Dizer Adeus parece-me semelhante. Pode fazer parte de um processo… mas dói de mais e é preciso ter tanta coragem.
Não devias ter medo em partilhar-te por inteiro, quem um dia te amar vai amar-te também por tudo o que viveste, Tudo incluindo a ela. Não me parece que ficasses satisfeito com alguém não o suficientemente capaz disso, ou então não devias com todo o meu respeito. È uma história profunda tão linda e é a tua não te mutiles, orgulha-te podes sempre escolher.
desculpa se falei d mais :(

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 03, 2008 5:29:00 da manhã

ines disse...

"Um beijo grande Bruno"

:)

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 03, 2008 5:30:00 da manhã

soulneeds disse...

"obrigada"

:)

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 03, 2008 5:31:00 da manhã

Papinha disse...

"Beijinhos"

Obrigado

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 03, 2008 5:32:00 da manhã

Pax disse...

"Apetecia-me muito dar-te um abraço..."

Obrigado.

Este é dos raros exemplos do que é escrito no calor do momento e nao de uma forma lógica.

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 03, 2008 5:32:00 da manhã

blackstar disse...

"Um beijo enorme... ou uma palmadinha nas costas... ou um abracinho... aquilo que considerares mais adequado! :)"

Podem ser os 3!

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 03, 2008 5:33:00 da manhã

Physalia physalis:

:)

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 03, 2008 5:39:00 da manhã

Afrodite disse...

"Olha...ainda ficas com a irmã"

Já me disseram isso, mas não é possível, os gémeos são parecidos e não iguais. Nunca seria capaz de tal coisa, não existe qualquer tipo de química ou sentimento.

"sagitarianazinha"

Se for pelos signos, fui afectado por 3 Sangitárias e uma Carneiro e sem duvida que as relacoes touro/sangitário foram mais calmas. Touro/carneiro mais conflituosas (acho que é dos cornos) mas com sexo fantástico.

"Tomara cada mulher do mundo ter sido amada um terço daquilo que amaste essa mulher (incluindo eu), era sinal que seriam muito mas muito bem amadas :)!"

Sabes, por vezes e ainda mais à medida que o tempo passa eu questiono-me, se foi amor, se foi a perda que doeu. Daí ter dado o título de Amar é Perder, como se o perder fosse a constatação do amor, quando pode ser uma substituição. Sofre-se porque se perde, sem nunca se ter a certeza se, se amou. Por isso, coloquei de parte o "Amar é Perder", com o título "Amor e Perda", dando assim a obra como finalizada e pronta a arquivar.

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 03, 2008 5:47:00 da manhã

Fia disse...

"A Erica não está aqui agora, mas deixou vivo em ti, algo de si, passou a fazer parte de ti, e levou consigo também algo teu."

Algo que eu preciso, daí este ponto final.

"A felicidade para mim está nessa capacidade, inteligência e vontade de superação pessoal de cada um."

Entao espero encontrar essa senhora felicidade em breve.

"A Erica estará orgulhosa de ti, e feliz :)"

:)

"Não estarás por certo a magoar a sua memória, nunca amarás ninguém mais ou da mesma forma, sim de uma forma diferente, só isso."

Nao questiono a minha capacidade de amar, questiono a capacidade de uma, ou de A mulher, perceber que a estou a amar totalmente e que me estou a dar por completo. Nao quero que ela pense que estou a guarda algo que dei à Erica e nao lhe quero dar a ela. É só isso.
Nao me querer entregar, por nao saber se vao aceitar a minha entrega como total.

"És muito novo? Eu acho é que ninguém é velho o suficiente para desistir de amar, de sentir."

Concordo, mas tudo isto aconteceu cedo demais, quando ninguém tem maturidade para aceitar o que quer que seja.

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 03, 2008 5:49:00 da manhã

impulsos disse...

"Talvez este seja o mais belo e comovente escrito, que li nos últimos tempos, sem dúvida."

Mas que nao me importava de nunca o ter escrito.

"Quem disse um dia que os homens não choram, estava profundamente errado, porque quando é preciso, os homens também choram!"

Claro que choram e os que dizem o contrário, precisam é de chorar e calarem-se!

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 03, 2008 5:49:00 da manhã

Mamie2 disse...

"Parabéns também a ti, hoje!"

Um ponto de vista diferente e refrescante, obrigado!

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 03, 2008 5:51:00 da manhã

Gravepisser disse...

"Acredita, isso é bem verdade. As mulheres são demasiado possessivas, no que ao amor diz respeito... Nunca conseguirão partilhar, por mais que o "objecto" de partilha seja uma recordação bonita de alguém especial, como é o caso..."

Todas as regras teem uma excepcao, eu quero essa excepcao.

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 03, 2008 5:51:00 da manhã

ONDINHAS disse...

"comoveste-me..."

:(

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 03, 2008 5:52:00 da manhã

Ana disse...

"Pela primeira vez ao ler-te nao me reli..."

Ainda bem.

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 03, 2008 5:52:00 da manhã

Cor do Sol disse...

"Ainda bem que decidiste avançar e que as coisas estão claras na tua cabeça."

Finalmente.

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 03, 2008 5:52:00 da manhã

ceptic disse...

:)

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 03, 2008 5:54:00 da manhã

Lize disse...

"Ao contrario do post de ontem, o de hoje fala de sentimentos do principio ao fim..."

Isto é um estranho equilibrio entre lógica (que muitos chamam frieza) e romantismo, sentimento (que anula a teoria de frieza).

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 03, 2008 5:55:00 da manhã

Teté disse...

"Talvez sejam as últimas palavras que escreves, mas dificilmente serão as últimas que pensas."

Correcto.

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 03, 2008 6:06:00 da manhã

Van disse...

"Fogo, adoro esse filme.... :´)"

Li o livro que foi escrito por Richard Matheson (1978) e não atingi o sentimento expresso. Apesar de ter gostado, o final do livro é irreal, pois ambos reencarnam e voltam a conhecer-se, mas devido ao suicidio dela, depois da reencarnacao ela está condenada a morrer jovem e ele fica viuvo toda a sua vida até que se voltam a encontrar no céu.


Vi o filme em 1998 no mesmo ano em que ela partiu, foi a experiencia mais devastadora pela qual passei, pois tinha tudo a ver com o que sentia, percebi a personagem dela, sofri durante todo o filme e fui para casa a pensar nele. Pois gracas ao suicidio dela, ele salvou-a e levou-a para junto dele para toda a eternidade. Durante dias pensei nisso, se o suicidio nao seria um reencontro.

Acho que o que me salvou, foi o facto de ser agnóstico e de nao acreditar em ceu ou inferno, mas sim que a vida é energia que se liberta para a natureza na morte.
Nada mais nem menos que energia.

  Anónimo

quarta-feira, dezembro 03, 2008 6:06:00 da manhã

Aquelas pessoas que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós e é bom saber que ela continua viva no teu pensamento.
Obrigado por partilhares algo tão intimo.

P.S – Não vales nada como homem, fizeste-me chorar!

Um beijão maior que eu (o que não é difícil porque só tenho metro e meio)

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 03, 2008 6:07:00 da manhã

Miss disse...

"p.s. este filme deixou-me a chorar durante horas.Se existe algum significado para o que o amor é na vdd, esta espelhado em cada cena*"

Eu sei, o filme chocou-me por o ter visto no mesmo ano.

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 03, 2008 6:08:00 da manhã

Jo disse...

"Um beijo grande para ti."

Obrigado.

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 03, 2008 6:08:00 da manhã

SRRAJ disse...

"Já há algumas semanas que te leio. Hoje resolvi deixar-te um beijo."

Obrigado

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 03, 2008 6:09:00 da manhã

Abobrinha disse...

"Beijinho"

Obrigado

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 03, 2008 6:09:00 da manhã

vita disse...

"Um beijo.;)"

Obrigado

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 03, 2008 6:10:00 da manhã

afectado disse...

"tendo em conta as circunstâncias, mais importante do que a libertares, é libertares-te..."

Mas eu é que a prendia, tinha de a libertar primeiro.

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 03, 2008 6:11:00 da manhã

FATifer disse...

"penso que aquela que for digna do teu amor não vai temer essa luz, pois vai ter a sua. Serás assim um homem duplamente iluminado!"

Bem visto, mas a luz futura será digna de toda a minha atenção.

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 03, 2008 6:12:00 da manhã

ines disse...

"Talvez agora percebas de maneira o que eu te disse um dia em relação ao tempo... o tempo não cura, o tempo é um digestivo..."

Sem duvida.

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 03, 2008 6:16:00 da manhã

São disse...

"Este texto parece ser o ponto final numa sequência lógica de há seis meses para cá, começando com o texto “Quem és tu” a passagem do nome Crestfallen a Crest a criação do blogue Amar é Perder, o final desse blogue, com o texto “Amar é Viver!” e por fim “Ultimas Palavras” parece que completaste uma fase da tua vida, as maiores felicidades para a fase que se segue :)"

Deixaste-te sem palavras, o que é raro.
Eu não me tinha apercebido dessa lógica, mas faz todo o sentido. Agora que penso nisso, esse texto do "quem és tu?", foi talvez o que me acordou e de uma maneira inconsciente me trouxe aqui.

Tens uma memória e perspicácia admirável :)

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 03, 2008 6:16:00 da manhã

Van disse...

"Primeiro pensei que eram dois cogumelos (a foto nova no cabeçalho :) ). Depois vi uma serenata à chuva. :)"

Dois executivos de chapéu de chuva, vistos do conforto de um bar.

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 03, 2008 6:19:00 da manhã

lontra=) disse...

""Quem amou, nunca esqueceu nem esquecerá, pois se esquecer, certamente nunca amou. Por isto pensar em esquecer é tortura desnecessária!" Será que consegues lembrar quem me escreveu essa frase?"

Hmmm, essa frase faz todo o sentido eu poderia ter escrito isso.


"Não me parece que ficasses satisfeito com alguém não o suficientemente capaz disso, ou então não devias com todo o meu respeito."

Nao ficaria.

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 03, 2008 6:22:00 da manhã

libelinha acrobática disse...

"Aquelas pessoas que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós e é bom saber que ela continua viva no teu pensamento."

Claro que sim, e lá ficará sempre.

"P.S – Não vales nada como homem, fizeste-me chorar!"

:( que posso dizer? sorry?

"Um beijão maior que eu (o que não é difícil porque só tenho metro e meio)"

Ahahahahahah

  Pax

quarta-feira, dezembro 03, 2008 1:13:00 da tarde

"Este é dos raros exemplos do que é escrito no calor do momento e nao de uma forma lógica."

Estás completamente certo mas hoje ainda to dava.









Amanhã é que talvez já não...

:)

  Paula

quarta-feira, dezembro 03, 2008 2:37:00 da tarde

Pois então sai um abracinho apertadinho para essa mesa, uma sequente palmadinha nas costas e um beijo sentido! :)

Hoje já abusei dos diminutivos! :)

  Ana

quarta-feira, dezembro 03, 2008 5:13:00 da tarde

OH PAH!! Atão foste-me contar o final do livro???? =D assim que me disseste, li o livro, pensei, "tenho de o ler". E depois lo Sr Crest contou-me o final... LOOOOOOOOOL! Mas não faz mal. Engraçadamente, este é o único filme de que nunca me consigo lembrar do enredo e que cada vez que o vejo é como se fosse a primeira vez...acho que me maravilhou tanto que o esqueço de propósito para o poder voltar a ver (eu tenho a estranha mania de não querer voltar a ver os filmes que mais me tocam, talvez por não querer passar pela experiencia de sentir tudo outra vez...tb tenho a estranha mania de sentir tudo muito intensamente, pelo que fui aprendendo a adormecer-me, saindo-me ou 8 ou 80...). Acreditas que já não me lembro quem é que se suicidou, se ela ou se ele, e quem é que estava a tentar salvar quem?...
É isto com este filme e com o "Memento", se bem que o Memento, como já vi 3 vezes, já está decorado (mas não tanto como a guerra das estrelas, o imperio contra ataca e o regresso de jedi...ahahahaha, já fui uma fanática :D, mas passou-me com os "últimos primeiros"...detesto ver ver um filme de trás para a frente...a não ser que seja o Memento, claro.)

Bem, com isto já me perdi...ah, a foto. Achei engraçado porque também tirei uma foto dessa perspectiva, o mundo lá fora através de uma vidraça fustigada pela chuvada. Mas foi com o telemóvel e com o carro em andamento...ficou estranho! Mas eu gosto! =D

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 03, 2008 11:36:00 da tarde

Pax disse...

"Estás completamente certo mas hoje ainda to dava.



Amanhã é que talvez já não..."

Ahahahahaha

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 03, 2008 11:36:00 da tarde

blackstar disse...

"Pois então sai um abracinho apertadinho para essa mesa, uma sequente palmadinha nas costas e um beijo sentido! :)

Hoje já abusei dos diminutivos! :)"

Ahahahaha, pelo menos nao disseste beijinho. :)

  Bruno Fehr

quarta-feira, dezembro 03, 2008 11:40:00 da tarde

Van disse...

"OH PAH!! Atão foste-me contar o final do livro????"

Errrmm, se viste o filme em DVD, o final que te contei vem lá como final alternativo...

"assim que me disseste, li o livro, pensei, "tenho de o ler". E depois lo Sr Crest contou-me o final..."

Mas o livro vale a pena, nao é tao trágico com tantas mortes como o filme... ups contei mais, ahahahaha

"Mas não faz mal. Engraçadamente, este é o único filme de que nunca me consigo lembrar do enredo e que cada vez que o vejo é como se fosse a primeira vez..."

Já o vi umas 10 vezes e encontro sempre coisas novas.

"mas passou-me com os "últimos primeiros"...detesto ver ver um filme de trás para a frente...a não ser que seja o Memento, claro.)"

Braveheart, vi-o tanta vez que tenho o discurso às tropas decorado palavra por palavra, foi o melhor discurso que já ouvi em filmes.

  Anónimo

quarta-feira, dezembro 03, 2008 11:53:00 da tarde

"Eu não preciso dos padres do mundo, porque não preciso do deus do céu. Isto quer dizer, meu rapaz, que tenho o meu Deus dentro de mim." - Eça de Queirós, in O Crime do Padre Amaro

Encontraste o teu :)
Congratulações pela tua coragem!

chii

  Bruno Fehr

quinta-feira, dezembro 04, 2008 12:08:00 da manhã

Anónimo chii disse...

"Congratulações pela tua coragem!"

Já não é coragem é uma necessidade.

  Paula

quinta-feira, dezembro 04, 2008 12:26:00 da manhã

hehehe...

Sabes que, carinhosamente, digo sempre abracinho (também digo abraço muitas vezes mas não tem a mesma conotação) mas nunca beijinho... O beijo tem de ser algo em grande! ;p

  Bruno Fehr

quinta-feira, dezembro 04, 2008 4:45:00 da manhã

blackstar disse...

"Sabes que, carinhosamente, digo sempre abracinho (também digo abraço muitas vezes mas não tem a mesma conotação) mas nunca beijinho... O beijo tem de ser algo em grande! ;p"

Sim, um beijo é um beijo, mas há beijinhos bons :)

  Ana

quinta-feira, dezembro 04, 2008 6:58:00 da tarde

=D bem, não achei muita piada ao braveheart, e aquela cena final então, preferia nunca ter sabido que o homem morreu assim :S Tenho cá uma coisa contra filmes baseados em personagens reais ou factos veridicos...na lista de schindler só me faltou vomitar a meio da primeira parte; escusado será dizer que não vi nem nunca quero ver o filme. Tal como nunca consegui ler o Diário de Ann Frank. Tal como nunca voltarei a ver o filme "a vida não é um sonho" (fosga-seeeeee....).

Eh, não me lembro onde vi este aqui...já nem me lembro se vi o final alternativo ou não...mas já sei o que é que hei-de ver da proxima que for ao club de video :)))

  Bruno Fehr

sexta-feira, dezembro 05, 2008 1:45:00 da tarde

Van disse...

"=D bem, não achei muita piada ao braveheart, e aquela cena final então, preferia nunca ter sabido que o homem morreu assim :S Tenho cá uma coisa contra filmes baseados em personagens reais ou factos veridicos..."

Mas o filme deve ser visto como um todo, neste caso em como o amor por uma grande mulher, faz do homem grande. Sem aquele amor, ele teria sido um homem normal.

"na lista de schindler só me faltou vomitar a meio da primeira parte;"

Nao vejo filmes sobre o holocausto, visto que acredito que o holocausto foi exagerado, na guerra a história é feita pelos vencedores e não acredito nos Americanos.

"Tal como nunca consegui ler o Diário de Ann Frank."

Li-o, está giro, até ter descoberto que os últimos arquivos foram escritos a esferográfica, ou seja são falsos!

  Ana C. Nunes

sexta-feira, dezembro 19, 2008 1:10:00 da manhã

Sem palavras ...

  Fada

segunda-feira, março 02, 2009 1:46:00 da manhã

Não vou ler os comentários dos outros nem sequer as tuas respostas.

Este post está carregado duma dor e duma saudade que dói.

Mas tenho de te dar os parabéns, a ti, por teres compreendido que é preferível viver com dor do que viver sem sentir. E no coração da gente (ou "de gente"), cabem muitos amores, porque o coração é elástico.

Onde quer que a Erica esteja, ela sabe que o lugar dela é sempre dela, nunca deixará de ser dela, mas que no teu coração existe um espaço para outros amores que venham. Não iguais, nunca iguais, pois nem tu ainda és quem eras. Mas diferentes e belos e fortes também, assim tu o permitas.

Onde quer que ela esteja, abençoa-te com certeza e quer que sejas feliz.

Um beijinho...

  Anónimo

quinta-feira, novembro 12, 2009 3:28:00 da manhã

A vantagem dos blogues é´que ainda comentamos escrevendo, pq se tivesse que falar nao iria conseguir dizer absolutamente nada...

fantastico....