Está tudo bem...

Por que é que não há boas noticias? Será que em todo mundo não haverá alguém a salvar a vida de outro alguém? Não haverá alguém a dizer ao mundo que apesar de estar tudo a correr mal, vai ficar tudo bem? Será que não há ninguém com uma mensagem de paz e esperança.


Por que é que é noticia mostrar um soldado a morrer mas não o é mostrar um soldado a sorrir?
Por que é que é noticia mostrar o padre a dizer não ao preservativo, mas já não o é quando ele passa uma mensagem de paz e amor?
Por que é que a fome é noticia, mas já não o é ver essas pessoas a dividir o pouco que possuem?
Por que é que alguém que perde tudo o que tem é noticia, mas quem reconstrói tudo novamente já não o é?
Por que é que é noticia pessoas a chorar e não o é pessoas a sorrir?
Por que é que as coisas boas que ainda há no mundo não vão parar aos jornais, onde só a morte, fome, o medo é visto como noticia?


Para estas perguntas existem respostas. Os jornais e meios informativos em geral foram desenhados para nos manter tristes, num estado de medo e stressados, pois estes são estados que só possuem "vantagens". Quem está triste, deprimido, stressado ou com medo precisa de se animar, como forma de tentativa de nos animarmos consumimos, compramos algo, vamos a um cinema, restaurante. Pois nós próprios já não nos conseguimos ver a retirar alegria das coisas simples da vida, como visitar alguém que não vemos há anos, ir a um lar falar com velhotes, ou a um orfanato brincar com crianças.
É a tristeza, medo, stress que nos faz achar que precisamos dos produtos que eles publicitam.

Está também cientificamente provado que estes estados: medo, tristeza, stress, nos fragilizam o sistema imunitário e ficamos mais susceptíveis a qualquer doença, desde uma simples constipação, a uma doença mortal. Pessoas doentes vivem menos e consomem mais.
Quando a noticia não é triste é sempre de um Jet Set, falando ou mostrando luxos que não podemos ter e estilos de vida que nunca iremos viver, peças de roupas que custam mais do que o nosso carro... isto, quando temos carro...


Querem que toda a gente tenha medo de morrer, medo do próximo, medo da vida depois da morte, medo do amanhã. Querem que toda a gente esteja desiludido com o presente, saudoso do passado e deprimido com futuro. A pressão do tempo, "não perca o noticiário às 20:00 *imagens de uma cena terrível*", e nós em stress lá nos apressamos para ver a nova tragédia, stress porque só falta dizerem que o H1N1 é passado por contacto visual. Stress porque está tudo fodido.

A nossa mente é linda, e é poderosa. Só com o uso da mente conseguimos mudar o nosso estado emocional, conseguimos ultrapassar uma doença, conseguimos fazer o melhor possível dos momentos por mais difíceis que sejam, conseguimos ver beleza noutros seres humanos.
Querem provas do que digo? Posso fazê-lo se me dispensarem 6 minutos e 27 segundos, observando os dois vídeos seguintes de principio ao fim, está lá a resposta:






Com tanta violência causadora de medo e demonstrativa de que a nossa sociedade perdeu a cabeça de vez no primeiro vídeo, por que é estamos a ler esta frase com um sorriso nos lábios causado pelo segundo vídeo? Porque são as coisas simples da vida que nos fazem sorrir, coisas que a TV e jornais nos impedem de ver, algo tão simples como um bebé a rir consegue sobrepor-se à barbara violência, porquê? Porque as crianças nascem felizes e são felizes só porque sim, por outro lado não lêem jornais e não ligam às noticias.

Com a televisão desligada e jornais no lixo, começamos a ver o mundo de outra maneira, começamos a ver as pessoas na rua como os seres fantásticos que são, perdemos o medo do nosso vizinho e quem sabe resolvemos sorrir para um estranho na rua, só por que nos deu vontade. Paramos para abraçar uma criança e dizer "está tudo bem", pois começamos a acreditar que sim, que vai estar tudo bem.

36 Comentários:

  Jane Doe

domingo, agosto 02, 2009 8:47:00 da tarde

Quando li a parte do "a nossa mente é linda" deu-me uma vontade de rir DAQUELAS!

E perguntei-me que raio de literatura andarias tu a ler. Mas isto passou-me em menos de um segundo porque o poder que a mente tem é algo já há muito estudado, mas que as pessoas não aceitam como real. E por isso haver esse tipo de literatura - as pessoas precisam que alguém lhes diga que é verdade. Quando comecei a ler o texto, a resposta estava na minha cabeça: porque querem manipular as nossas emoções, estados de espirito, e querem que acreditemos que é preciso que algo nos salve. Não pensei nos termos que expuseste, mas são válidos. Foi-nos dado a crer que as coisas materiais são o melhor escape para o vazio que eles nos criam a muitos de nós.

Eu alegro-me com coisas simples. Principalmente alegro-me quando consigo criar, e alegro-me quando sinto a frustração de não conseguir fazer melhor. Acho que temos um poder de criação inesgotável, e esquecemo-nos disso.
As pessoas preferem as distracções rápidas do que já está feito...

  Bruno Fehr

domingo, agosto 02, 2009 9:33:00 da tarde

Jane Doe:

"Quando li a parte do "a nossa mente é linda" deu-me uma vontade de rir DAQUELAS!"

Amamos com a mente e não o coração, odiamos, estamos felizes ou triste, sonhamos, escrevemos, imaginamos, criamos. Tudo através da mente, não há nada que se lhe compare e quem a libertar da prisão social em que vive, tem um mundo ao seu alcance. A mente é linda.

"o poder que a mente tem é algo já há muito estudado, mas que as pessoas não aceitam como real. E por isso haver esse tipo de literatura - as pessoas precisam que alguém lhes diga que é verdade."

Não concordo, só quem tem uma mente presa, quem está livre de pressão social, lerá essa literatura como alívio cómico pois não serve para mais nada, só para fazer dinheiro e fazer rir.

"As pessoas preferem as distracções rápidas do que já está feito..."

Mas precisam de uma chapada na cara para acordarem.

  Jane Doe

domingo, agosto 02, 2009 10:09:00 da tarde

Bruno Fehr:

"Amamos com a mente e não o coração, odiamos, estamos felizes ou triste, sonhamos, escrevemos, imaginamos, criamos. Tudo através da mente, não há nada que se lhe compare e quem a libertar da prisão social em que vive, tem um mundo ao seu alcance. A mente é linda."

Concordo. Simplesmente me pareceu e continua a parecer o titulo desse tipo de literatura.

"Não concordo, só quem tem uma mente presa, quem está livre de pressão social, lerá essa literatura como alívio cómico pois não serve para mais nada, só para fazer dinheiro e fazer rir."

Então olha à tua volta, e vê o dinheiro que isso dá. Eu não digo que pessoas que tenham a mente livre precisem disso, eu digo é que há demasiada gente com ela presa e sempre em busca de algo para além de si. Se eu publicar um livro a dizer "A mente é Linda!" tenho sucesso garantido.

"Mas precisam de uma chapada na cara para acordarem."

Posso ser eu que tenho pouca esperança mas acho que uma chapada na cara já não é suficiente. Para mim, há muita gente que já não acorda, ponto.

  Hazel Evangelista

domingo, agosto 02, 2009 10:42:00 da tarde

Caro Bruno,

Gostei particularmente deste teu post. Sabes porquê?
Porque há vários anos que não vejo telejornais. Pouco sei do que se passa no mundo. E pouco me importo.
Sou livre. Sinto-me livre.

Vejo a maior parte das pessoas à minha volta como autómatos. Vivem num mundo de faz-de-conta, ditado pelos interesses dos que mandam.
E eu estou fora disso. Fora do rebanho. Nem telenovelas vejo, nem futebol.... nada, nicles. Não imaginas o tempo que me sobra para ler, por exemplo (não, também não leio revistas, nem jornais, claro!).

Posso estar numa espécie de ilha deserta, mas não estou sujeita às lavagens cerebrais que os outros são sem o saber, sobra-me tempo para ler, aprender, conviver, e sou feliz.

Por isso... gostei muito deste teu post.

Um abraço e um resto de bom Domingo!

  Fada

segunda-feira, agosto 03, 2009 12:42:00 da manhã

Olha, olha, mais um post em que estou de acordo contigo!!! :D

Beijitos :)

  I.D.Pena

segunda-feira, agosto 03, 2009 10:29:00 da manhã

Muito fixe este post, está inspirado, está leve , está cativante e motivador.

A mente é linda sim, também acho , ela permite-nos tanto, uma das coisas às quais a ciencia ainda não domina é o cérebro humano, sempre foi um mistério e pelo andar da carruagem vai continuar a ser.

Sim interessa ter as massas condicionadas emocionalmente e psicologicamente para consumir e trabalhar, mas mesmo com toda a parafrenália que se inventou para nos prender, a mente é pura e simplesmente das coisas mais fáceis "entrar"...

Nesta sociedade acho que interessa tornar os adultos automaticos e previsiveis, porque se fores estranho ou demasiado irreverente, és posto de parte.

Seguem-se tendências, vestem-se atitudes, mascaram-se desejos.

Na escola não se cultiva a união entre a geração do pedagogo e do aluno. Toda a gente fala que as crianças ensinam muito bláblá blá, mas realmente seguir o exemplo das crianças poucos o fazem, e tudo por medo, por medo de ser mal visto, por medo da opinião alheia, por medo até do seu próprio julgamento.

Ou seja as mentes são lindas quando são abertas pois são mais livres.

  Grafonola

segunda-feira, agosto 03, 2009 1:33:00 da tarde

Vamos lá a ver...dizes, portanto, que "bem aventurados os pobres de espirito,pois é deles o reino dos céus", que é o mesmo que dizer "um optimista é um pessimista mal informado", ou seja, "viver na ignorância é ser feliz". Portanto, dá jeito aos senhores lá de cima, aqueles que acham que mandam nesta merda, que estejamos felizinhos da vidinha. Porque estar feliz, nesta época, é sinónimo de ignorar o estado do mundo e conhecer apenas o umbigo em redor. E, se as massas estão felizes, sendo fácil e lucrativo o processo em que passam da tristeza para a felicidade enlatada e ignorante (pelas razões que apontas), não têm razões para criticar, questionar, criar algo, motivar-se, rebelar-se, enfim, não querem saber daquilo que esses senhores lá de cima fazem para controlar esta merda.
Hoje em dia, a felicidade que nos é permitida não passa de uma felicidade enlatada, fruto de um comprimido ou da ignorância.
Como diria o Eric na sei das quantas, um sorriso pode trazer um momento de felicidade, mas não pode mudar o mundo.

  1REZ3

segunda-feira, agosto 03, 2009 2:56:00 da tarde

Mas depois vamos felizes da vida e deparamo-nos com pessoas na rua ou no trabalho que vêem tele e jornais...

Haja saúde, dizem. Pois...

  Soraia Silva

segunda-feira, agosto 03, 2009 3:22:00 da tarde

nao podia estar mais de acordo...

os jornal apostam na publicaçao sobre o terror, medo, angustia, stress, porque as tambem vao muito à procura dessas noticias, porque se assim nao fosse, talvez nesta altura nao haveria tantos jornais...

eu nao sou muito adepta dos telejornais por ex, porque mais de metade do tempo que se passa a ver o telejornal, so se ouve a dizer que o politico tal é corrupto por nao sei que, o arbitro foi comprado, o nao sei quem suspeita-se de gripe, o pais tal houve um atentado, porque ainda no ano tal a crise se vai manter, porque na estrada tal houve um acidente que matou x...
ou seja, quase nunca se ouve a falar bem...

quanto aos videos...
para ser muito sincera nao consegui ver até ao fim o primeiro pelo simples facto de sentir revolta... a policia por ex abusa de tudo e mais alguma coisa, abusa do poder, maltrata quem quer e muitas vezes sem sair penalizado porque argumentam que foi acto de defesa...
eu nao posso condenar ninguem, mas a muitos dos que andam por ai, era mesmo vontade de os amarrar numa armore e deixa-los a arder e enquanto isso perguntar com um sorriso na cara :
entao, qual é a sensaçao??

fez-me logo recordar uma passagem no telejornal.
era um confronto entre a populaçao e a policia (num outro país qualquer)em que a populaçao atirava tudo e mais alguma coisa, a policia apenas se limitava a correr para um canto, atirando daquelas bombas (nao me recordo o nome proprio, em que largam apenas uma substancia e deita fumo)e entres eles enquanto fugiam riam-se entre eles...
fodasse, meteu-me nojo, mas parecia que se tratava de um jogo (desculpa o palavrao neste teu canto)...

quando pus o segundo video a dar, nao consegui largar um unico sorriso, porque na memoria ainda estavam as imagens do anterior.
e ao ler a frase a baixo pensei:
fogo, nao me ri, deixa ver outra vez o menino a rir...
impossivel rir-me.

beijinho

  Soraia Silva

segunda-feira, agosto 03, 2009 3:28:00 da tarde

corecçao:
"...os jornal apostam na publicaçao sobre o terror, medo, angustia, stress, porque as pessoas tambem vao muito à procura dessas noticias..."

  A Mor..

segunda-feira, agosto 03, 2009 6:31:00 da tarde

Tdo o que escrevestes, é bem verdade... e é justamente por esse motivo, que não faço questão de acompanhar o noticiario... =]

  mãe pimpolha

segunda-feira, agosto 03, 2009 8:20:00 da tarde

Eu vou ali namorar um bocadinho com o meu bebé e fazê-lo rir à gargalhada como só ele sabe fazer.

  alfabeta

segunda-feira, agosto 03, 2009 11:37:00 da tarde

Só que sem televisão e sem jornais, não nos damos conta do quão perigoso este mundo anda.


:)

  Mafal∂a

terça-feira, agosto 04, 2009 12:02:00 da manhã

Os portugueses não são verdadeiramente os mais saudosistas os mais sentimentalistas eles não sentem nada ou sã dos povos que menos sentem…..e a prova disso é a de precisarem de noticias de choque para sentir o que quer que seja, pelo menos enquanto vêm/lêem a noticia, depois esquecem logo…se tivermos em conta o jornalismo noutros países da Europa este não é tão sensacionalista, pode acontecer um acidente grave onde morrem duas pessoas contudo em Portugal faz-se noticia disso para 20 minutos, fala a testemunha ocular, fala o que veio a seguir e não viu nada, mas está lá, fala o amigo do amigo…é um teatro!! As pessoas em vez de curtirem e de valorizarem o lado positivo preferem o que lhes causa formigas no coração, só para se recordarem de vez em quando que o têm.
Não sei se me consegui fazer entender….em suma: fingem-se os sentimentos…para se sentir o que quer que seja…

  menina fê

terça-feira, agosto 04, 2009 1:31:00 da manhã

comovente e muito real cada palavra!

impossível não me encantar com teu blog. parabéns. fiquei fã.

tá linkado.
bjão da fê =D

  Bruno Fehr

terça-feira, agosto 04, 2009 3:57:00 da manhã

Jane Doe:

"Concordo. Simplesmente me pareceu e continua a parecer o titulo desse tipo de literatura."

Qualquer verdade daria um bom título.

"Então olha à tua volta, e vê o dinheiro que isso dá."

Eu sei que dá dinheiro, mas as pessoas é que são parvas pois não precisam que ninguém lhes diga isso. Por mais que eu te diga uma verdade que não agrade a outra pessoa, ela irá combater-me, há imensos exemplos disso neste blogue, verdades combatidas porque assustam, mas no fundo a pessoa sabe que é verdade.
Não precisa de gastar dinheiro em livros parvos que revelam "segredos" que não o são, ou que revelem formulas mágicas que não existem.

"Se eu publicar um livro a dizer "A mente é Linda!" tenho sucesso garantido."

Duvido, pois o título dá ao livro um are intelectual, pois isso em cada 1 milhão de habitantes, 5 pessoas vão interessar-se.

"Posso ser eu que tenho pouca esperança mas acho que uma chapada na cara já não é suficiente. Para mim, há muita gente que já não acorda, ponto."

Toda a gente acorda, pode é acordar tarde, nem que seja com um cacetete policial pela cabeça a dentro, ou por um doença manhosa criada para matar.

  Bruno Fehr

terça-feira, agosto 04, 2009 3:57:00 da manhã

HAZEL:

As únicas pessoas que podem ver noticiários, são aquelas que se mentalizaram para não acreditar no que nos dizem, e que estão dispostas a investigar a história. Acreditar neles é deprimimente pois parece que o mundo está a acabar.

  Bruno Fehr

terça-feira, agosto 04, 2009 3:57:00 da manhã

Fada:

Gracias.

  Bruno Fehr

terça-feira, agosto 04, 2009 3:57:00 da manhã

I.D.Pena:

"Sim interessa ter as massas condicionadas emocionalmente e psicologicamente para consumir e trabalhar, mas mesmo com toda a parafrenália que se inventou para nos prender, a mente é pura e simplesmente das coisas mais fáceis "entrar"..."

É extremamente fácil condicionar as pessoas, a mente é treinada como os cães, lentamente com pequenas informações e quando damos por ela vemos uma pessoa a levar uma sova de um policia e pensamos: "se está a apanhar é porque fez algo de errado". Ou começa um nova guerra e não nos revoltamos. Ou ainda vemos um massacre ao qual na TV chamam guerra e nada dizemos.
Numa guerra há 2 exércitos... Alguém viu o exercito Afegão ou Iraquiano? Não, pois eles renderam-se nos primeiros dias, mas os países foram bombardeados durante meses.

"Na escola não se cultiva a união entre a geração do pedagogo e do aluno."

A escola é gerida pelo estado e a última coisa que o estado quer é uma geração inteira inteligente e acordada. A programação começa na escola, por isso é importante a educação dos pais, mas os pais hoje em dia delegá tudo isso à escola, ficando os filhos mais burros que os pais naquilo que é importante, direitos, liberdade, curiosidade.

  Bruno Fehr

terça-feira, agosto 04, 2009 3:58:00 da manhã

A Grafonola:

"Vamos lá a ver...dizes, portanto, que "bem aventurados os pobres de espirito,pois é deles o reino dos céus", que é o mesmo que dizer "um optimista é um pessimista mal informado", ou seja, "viver na ignorância é ser feliz"."

Não, não digo nada disso. Digo que viver num mundo de medos falsos por falta de inteligência para ver as mentiras esfregadas na nossa cara. Viver numa ilusão criada pela TV e o cinema em que a vida real é o que vemos na Televisão, é estúpido, é idiota e é característica de seres humanos subdesenvolvidos, pois quem não expande a mente não desenvolve.

"Portanto, dá jeito aos senhores lá de cima, aqueles que acham que mandam nesta merda, que estejamos felizinhos da vidinha."

Não. Dá jeito é que estejamos infelizes e com medo, de modo a acreditar que precisamos deles para nos proteger.

"Porque estar feliz, nesta época, é sinónimo de ignorar o estado do mundo e conhecer apenas o umbigo em redor."

Também não, o objectivo é temer. Os impostos por exemplo... tu não tens de pagar impostos, então por que é que os pagamos? Porque somos ameaçados. Só isso.

"Como diria o Eric na sei das quantas, um sorriso pode trazer um momento de felicidade, mas não pode mudar o mundo."

Esse Eric na sei das quantas deve ser parvinho, um sorriso pode mudar o mundo, porque uma pessoa pode mudar o mundo. Para que um milhão de pessoas lutem por uma causa, tem de haver um primeiro.
Se uma criança sorri para ti na rua, tu sorris de volta e se uma terceira pessoa estive a ver a cena irá sorrir também. Esse primeiro sorriso poderá contagiar toda a gente à sua volta, poderá contribuir para que fiquemos mais bem dispostos e desta maneira influenciar o dia de todos os que nos rodeiam.

Isso é o tipo de publicidade feita, que uma pessoa não pode mudar o mundo, mas pode!
Sem uma pessoa como Ghandi, não haveria duas, sem essas duas não haveria 10 e por causa de um, milhares fizeram frente ao exercito Inglês e mesmo sem armas, venceram.

Um único sorriso, dá-te confiança, a confiança dá-te esperança e a esperança dá-te coragem.

  Bruno Fehr

terça-feira, agosto 04, 2009 3:58:00 da manhã

Treze:

Todos podemos ver noticiários se estivermos mentalizados para duvidar de tudo e ver se é mesmo assim como dizem.

  Bruno Fehr

terça-feira, agosto 04, 2009 3:58:00 da manhã

Soraia Silva:

"os jornal apostam na publicaçao sobre o terror, medo, angustia, stress, porque as tambem vao muito à procura dessas noticias, porque se assim nao fosse, talvez nesta altura nao haveria tantos jornais..."

Há muitos para que essa agenda chegue a toda a gente, para que uma pessoa pense que se a noticia vem em todos os jornais é porque é verdade, mas depois vamos investigar a fonte da noticia e essa é uma única empresa. Ou seja não há cruzamento dados.
E na verdade eles não escolhem o que noticiar, as noticias são seleccionadas consoante o sentimento em que se quer a população.

"a policia apenas se limitava a correr para um canto, atirando daquelas bombas (nao me recordo o nome proprio, em que largam apenas uma substancia e deita fumo)e entres eles enquanto fugiam riam-se entre eles..."

A policia é hoje em dia levada a esquecer o seu juramento de defender os direitos do povo, e a pensar que a sua função é defender o estado. Mostra-me um policia e eu mostro-te um criminoso. Não existe um único policia no mundo que não tenha cometido um crime, e qualquer policia de rua comete no mínimo um crime por dia. Não há excepções já discuti isto com policias e só no meio da conversa com um deles apontei-lhe 4 crimes na abordagem dele à minha pessoa.
Se fores mandada parar a pé ou de carro, irá sofrer pelo menos um crime e nem o sabes.

  Bruno Fehr

terça-feira, agosto 04, 2009 3:58:00 da manhã

A Mor..:

Acho que entre não saber, ou saber tudo mal contado, mas vale não saber.

  Bruno Fehr

terça-feira, agosto 04, 2009 3:58:00 da manhã

mãe pimpolha:

É o melhor que fazes.

  Bruno Fehr

terça-feira, agosto 04, 2009 3:58:00 da manhã

alfabeta:

"Só que sem televisão e sem jornais, não nos damos conta do quão perigoso este mundo anda."

Anda mesmo perigoso? É isso que eu digo, o mundo não anda tão perigoso assim, até porque os maiores perigos não aparecem nos noticiários.
Além disso não precisas deles para saberes o que se está a passar.
Se queres saber o que se passa no Irão, não vais saber a verdade da TV, tem de buscar relatos pessoais na net, e verás que nos atiram areia para os olhos na tv.

  Bruno Fehr

terça-feira, agosto 04, 2009 3:59:00 da manhã

Mafal∂a:

"e a prova disso é a de precisarem de noticias de choque para sentir o que quer que seja"

Será que precisam? O Português irá o ver o noticiário independentemente da noticia pois acredita que retira conhecimento de lá.
Além disso não precisamos de tudo o que queremos.

"se tivermos em conta o jornalismo noutros países da Europa este não é tão sensacionalista"

Olha que é, tenho acesso acesso a vários canais europeus e as noticias Inglesas e Alemãs são muito piores. Existe o objectivo de criar o medo. Em Portugal acabam por ser mais suaves pois dão menos noticias. Em cada ligação ao exterior entrevistam pessoas na rua que não sabem nada de nada, na Europa nenhum canal o faz, aproveitam esse tempo para nos encher os olhos de terrorismo e nos colocar em cidades como Londres, Berlin e Hamburgo a olhar de lado para os 4 milhões de árabes nessas cidades.

"pode acontecer um acidente grave onde morrem duas pessoas contudo em Portugal faz-se noticia disso para 20 minutos, fala a testemunha ocular, fala o que veio a seguir e não viu nada"

Ora lá está, é isso mesmo aqui dão essa noticia, dão mais 5 idênticas e mais terrorismo à mistura, eles não perdem tempo com opiniões, querem encher os olhos de terror.

  Bruno Fehr

terça-feira, agosto 04, 2009 3:59:00 da manhã

menina fê:

Obrigado.

  Ana

terça-feira, agosto 04, 2009 11:36:00 da manhã

São pontos de vista. O eric nã sei quantos não é parvinho nenhum, tem até uma perspectiva bem interessante. Diz, basicamente, o mesmo que tu. Mas remete-se ao americano comum, q se considera felizinho da silva -à base de ignorância e felicidade enlatada- e que, como está felizinho da silva, não contesta nada nem ninguém. E que a melancolia é necessária para criar e evoluir; é um estado pelo qual temos de passar se queremos ter momentos de felicidade. A felicidade é um momento, não é a eternidade.
Não acho, e até pelas razões que apontas, que as pessoas sejam infelizes. Acho que a maioria, as massas, é feliz, ou considera-se feliz, vivendo da ignorância, credulidade, comparação com as desgraças dos outros, aceitação, conformismo, imbecilidade e incapacidade de olhar para além do umbigo.
Quem conhece minimamente a verdade, seja ela qual for, quem sabe que tem de fazer isto ou aquilo porque caso contrário leva tau tau, quem vê os podres da sociedade e não pode fazer nada (a não ser gritá-los aos 4 ventos) pq é ameaçado...esses, coitados, não podem mesmo ser felizes. És feliz? Eu sei que não sou. Mas, tenho momentos de felicidade. Porque tudo são momentos, na nossa vida. Não há nada que dure para sempre.

O livro do "parvinho" chama-se "contra a felicidade, em defesa da melancolia". Apesar de discordar de muito do que é dito, não deixo de achar q é uma leitura e uma perspectiva interessante.

  Fada

terça-feira, agosto 04, 2009 11:58:00 da manhã

Vani, disseste:
"Acho que a maioria, as massas, é feliz, ou considera-se feliz, vivendo da ignorância, ..., comparação com as desgraças dos outros, aceitação, ..., (...)umbigo.
(...)...esses, coitados, não podem mesmo ser felizes."

Eu sou feliz. Às vezes, em jeito de brincadeira, meço o meu grau de felicidade. Neste momento, tirando o sono e o cansaço, considero-me 85% feliz. :D

A ignorância em relação a algumas coisas, o facto de ver que em muitas coisas fui abençoada (comparando com outros)e a aceitação de que não poderei mudar o mundo e pô-lo ao meu gosto (ehehehe, preciso dum planeta novo!) ajuda bastante, claro. E mesmo quando alertamos para as coisas erradas, podemos ser felizes, sim.

Tenho saúde, uma familia bonita (mesmo com "pancas" e "maus feitios"), tive a oportunidade de estudar, todos os dias aprendo qualquer coisa, etc etc etc, logo, porque não hei-de ser feliz? Mesmo que não me conforme com a maioria das coisas, mesmo que me preocupe com muita coisa, porque hei-de "afundar-me" no que me corre mal e não no que me corre bem, que é muito maior e melhor?

A felicidade é um momento? Creio que a felicidade "a 100%" é um momento, mas avaliando de vez em quando a minha vida, não me lembro de estar "infeliz" nem muito tempo, nem muitas vezes.

:)

Desejo-vos um dia FELIZ (e uma semana, um mês, uma vida... ;) )

  I.D.Pena

terça-feira, agosto 04, 2009 2:52:00 da tarde

"É extremamente fácil condicionar as pessoas, a mente é treinada como os cães, lentamente com pequenas informações e quando damos por ela vemos uma pessoa a levar uma sova de um policia e pensamos: "se está a apanhar é porque fez algo de errado". "

Concordo, mas nem todos pensam que esse alguém fez algo errado, antes disso julga-se as aparências, se o que está a apanhar porrada é preto , pobre , sujo, doente mental ou apenas histerismo humano.

Eu acho que a violência não resolve absolutamente nada, sou pela paz e pelos jactos d'água, nada como um duche frio para refrescar as ideias, mas nunca , nunca as mentalidades.

É como o processo de mudança quando queremos contrariar uma tendência negativa ou um ciclo viciante que não compensa para a nossa felicidade, é dificil mas quanto mais consciente for melhor será.

"A programação começa na escola, por isso é importante a educação dos pais, mas os pais hoje em dia delegá tudo isso à escola, ficando os filhos mais burros que os pais naquilo que é importante, direitos, liberdade, curiosidade."

Nestas ultimas gerações penso que infelizmente começa ainda mais cedo, através de uma má alimentação e uma deficiente e distraída atenção por parte dos pais. Nós(portugal) temos canais para entreter direcionados só e unicamente para bébés ; Isso é um absurdo! E é vê-los hipnotizados com a mistura de cores e as musicas ritmicas.

Outra coisa é que qualquer doente com alzheimer ,ou do foro mental ou até alguém dopado de alguma droga alucinogénica, entra nessa onda com uma facilidade extrema, isso nomeu prisma é hipnose não consentido.

Mas pronto. Todos nós temos as nossas perspectivas, eu ainda prefiro ver um bébé hipnotizado a descobrir do que regalado por uma caixa de luz, mais valia ser um aquário, enfim ...

E não concordo com o Eric, porquê ?

Porque tal como o Bruno Fehr acho que um sorriso pode mudar todo o ambiente de uma sala, de uma casa, de uma familia etc, até de uma empresa, a boa disposição é algo que tem que ser apreciado e sempre.
Já agora cito os Lamb :

"(...)But one smile can turn-over heaven and Earth"

http://letras.terra.com.br/lamb/98296/

:)

  1REZ3

terça-feira, agosto 04, 2009 2:57:00 da tarde

Este comentário foi removido pelo autor.
  1REZ3

terça-feira, agosto 04, 2009 3:01:00 da tarde

Bruno,

o problema é como mentalizares pessoas a ter confiança no emprego à beira do abismo. É mentalizares os patrões que dão emprego a essas mesmas pessoas que são também consumidoras. Chegámos (ou estamos a chegar) a um ponto em que se pergunta: Será possível viver sem consumir desenfreadamente? Será possivel mudar de estilo de vida?

Este estado a que chegámos não é de agora e tu sabes. Tem vindo a ser marinado e cozinhado lentamente.
Com ou sem intenção de algo ou alguém, a questão é que já não haverá volta a dar porque como sabes (e bem melhor que eu) isto só lá vai colectivamente o que como todos sabemos é impossivel. Gosto muito das filosofias e ideologias da união e dessas tretas todas mas sei (pelo que passo e vejo todos os dias) que a Era do egoísmo chegou em todo o seu esplendor, e para ficar.

PS: Se algum dia precisares de pessoas para dar a volta a isto, conta comigo :) (há que contar com algum humor, senão é que não há mesmo mais nada a fazer)

  Ana

terça-feira, agosto 04, 2009 3:11:00 da tarde

Fada, não és uma pessoa com tendencias depressivas, então :D. E ainda bem ;-).

  Fada

terça-feira, agosto 04, 2009 3:16:00 da tarde

Vani:

Sou mais teimosa que tendenciosa; se vier a tendência depressiva, a minha teimosia e um sentido de humor peculiar contraria-a!!! :D

kiss

  Bruno Fehr

sábado, agosto 08, 2009 1:25:00 da manhã

I.D.Pena:

"Eu acho que a violência não resolve absolutamente nada, sou pela paz e pelos jactos d'água, nada como um duche frio para refrescar as ideias, mas nunca , nunca as mentalidades."

Os jactos de água é uma violação ao direito ao protesto. Os governos e policia como nossos funcionários devem observar e não interferir até que lei seja violada. Enquanto a lei não for violada eles devem ficar sossegados com o dedo enfiado no cu, pois ninguém lhes pediu nada. Ao agir a policia está a cometer um crime, o que não surpreende pois todos os policias são criminosos.

"Nestas ultimas gerações penso que infelizmente começa ainda mais cedo, através de uma má alimentação e uma deficiente e distraída atenção por parte dos pais. Nós(portugal) temos canais para entreter direcionados só e unicamente para bébés ; Isso é um absurdo! E é vê-los hipnotizados com a mistura de cores e as musicas ritmicas."

Até em coisas simples como:
"Se não comes a sopa, chamo o policia", "se te portas mal o policia leva-te", os pais estao a educar os filhos a ver o mundo da mesma forma estúpida que os pais. Os policias não são a lei, não são a autoridade como gostam de se auto-proclamar, eles são funcionários públicos com o dever de fazer cumprir a lei. Quem faz cumprir não é a autoridade, pois essa é a lei e só a lei, tudo o resto são funcionários, seja governos, policia, exercito ou juízes.

Também ensinam os filhos: "tens de fazer o que o policia diz", não, não tem, o policia não sabe o que diz e quando abre a boca para falar sobre lei durante mais de 30 segundos, viola-a, tornando-se num criminoso por incompetência e ignorância.

  Bruno Fehr

sábado, agosto 08, 2009 1:25:00 da manhã

Treze:

"Chegámos (ou estamos a chegar) a um ponto em que se pergunta: Será possível viver sem consumir desenfreadamente? Será possivel mudar de estilo de vida?"

Claro que é. É possível continuar a consumir sem limites pois na verdade nada precisa de ser pago, tudo está já pago com trabalho, os recursos são na verdade grátis. Basta o falhanço do actual sistema económico e a economia não irá parar, só acaba o dinheiro.

"Com ou sem intenção de algo ou alguém, a questão é que já não haverá volta a dar porque como sabes (e bem melhor que eu) isto só lá vai colectivamente o que como todos sabemos é impossivel."

Nada é impossível, estamos a chegar ao fim de um ciclo e este ciclo termina com a morte da democracia. Basta ver o ciclo histórico:
- do caos surge um forma de poder.
- desse poder o crescimento económico.
- desse crescimento económico, o conforto da populacao.
- desse conforto entram em apatia.
- dessa apatia surge uma crise.
- da crise vem a revolta.
- da revolta vem a revolucao.
- da revolucao o caos.
- do caos uma nova forma de governo.

Chefes tribais, Monarquia, Imperialismo, comunismo, etc, etc, seguiram esta ordem e nós actualmente estamos na fase da apatia face a uma crise.