
Os mais atentos repararam, que estive semi-ausente, nem sequer respondi a comentários nas últimas 48h, pois estive a preparar a minha defesa e contra-ataque em tribunal, pois fui a julgamento na sexta-feira. Não falei nisto antes, pois não era de bom tom e violaria o segredo de justiça. Na verdade, não são só os políticos Portugueses que se estão a cagar para o segredo de justiça, eu também estou, mas este caso era diferente.
No final das minhas férias, fui contactado por um elemento do gabinete jurídico da minha empresa, por causa de um processo por assédio sexual, colocado por uma assistente administrativa.
Quem é a mulher? Ora bem, é uma miúda que foi contratada 17 dias antes de eu entrar de férias. Falei com ela 3 ou 4 vezes e só disse "bom dia", "bom apetite" e "até amanhã". Ela só teria de se dirigir a mim, se a minha assistente por algum motivo não estivesse presente, coisa que nunca acontece.
O que é o assédio sexual numa empresa? Para mim, quando um patrão diz, "Ou vens para a cama comigo, ou eu despeço-te". Isto é assédio sexual. Nada mais do que isto. Minhas senhoras NADA mais é assédio sexual, digam o que disserem, pensem o que pensarem. Há sempre a possibilidade de dizerem não a qualquer proposta indecente. Mas NADA mais, é assédio sexual. Caso contrário qualquer secretária que me apareça aqui com decote até aos joelhos, irei instaurar um processo de assédio contra ela!
Eu que trabalho de fato. O mais nu que estou no local de trabalho é tirar o casaco. Quando está calor, mesmo muito calor é que tiro a gravata e desaperto o primeiro botão da camisa. Tudo isto dentro do meu escritório, onde estou só eu e de vez em quando a minha assistente. Sou acusado de assédio por uma gaja, que nem me lembrava quem era? Tive de voltar de férias para ver quem era o bicho!
As mulheres por seu lado, raramente usam fato. Raramente usam saia/casaco. Normalmente vão trabalhar de saia curta, top ou camisa justa. Calças dois números abaixo, em que o homem nem precisa de imaginar como ela é nua. Saia justinha acima do joelho que quando se sentam fica a meio da perna e se cruzam as pernas parece um cinto, pois até o fígado se vê!
Aqui vai o motivo do assédio. No dia em que vim de férias, essa miúda vem ter comigo a informar-me de um cliente que estava à minha espera no bar da empresa. Lembro-me que ela tinha um top branco com um decote até ao umbigo e as mamas dela, pareciam querer saltar cá para fora de tão justo que aquilo era. Olhei. Claro que lhe olhei, para as mamas. Porquê? Porque ela me colocou as mamas na cara. Porque andava com as mamas à mostra. Se as gajas mostram, querem que um gajo tape os olhos? Se ela tivesse uma camisa abotoada eu não teria olhado!Segundo a descrição do processo, sou acusado de "olhares insinuantes" e "comentários provocantes", não existe qualquer acusação de ter tocado na miúda, não existe qualquer testemunha a suportar a estória dela. O comentário provocante, foi "sirva-lhe um café que eu irei ter com ele dentro de 10 minutos", eu não disse, "Tira o top para eu te chupar as mamas".
O que ela exigia? Uma restrição de aproximação a 150m dela. Uma indemnização de 150.000 Euros por danos morais. A garantia de emprego depois do processo.
150m dela? Já agora... A lei não me pode impedir de entrar nas MINHAS instalações, como accionista da empresa tenho o direito de entrar lá, quando bem entender.
150.000 Euros? Foda-se as mamas dela devem ser forradas a ouro e ao serem apertadas em vez de leite saem diamantes, não sei como é que a cabra não anda marreca com o peso.
Garantia de emprego? Segundo o meu advogado, não a posso despedir. Segundo o meu advogado, todas as clausulas contratuais são válidas independentemente do resultado do processo.
Foi fodida (não literalmente)!
Assim que cheguei de férias, transferi-a do conforto dos escritórios para a recepção, no rés do chão da empresa. Um cubículo mínimo onde ninguém trabalha, pois a porta é automática, tem câmaras de vigilância e ninguém merece trabalhar naquela casota... Quase ninguém merece!. Esse novo local de trabalho dela irá dar-lhe os 150 metros de distância de mim que deseja, visto que eu entro pelas garagens, directamente para o terceiro piso. Uma recepcionista a abrir a porta, acompanhar os clientes até ao bar ou sala de conferências e a redireccionar chamadas, também está a prestar assistência à direcção. Em nada viola o contracto dela.
Depois, o contrato dela, que foi assinado por 2 anos, pressupõe um período de 6 meses de prova, podendo ser despedida ao fim desse tempo, sem justificação alguma. Ou Seja, Segunda-Feira já irei escrever a carta que prescinde dos seus serviços no dia um de Janeiro, devendo ela gozar férias de 01 a 16 não tendo de voltar ao escritório. Tenho muita pena mas ela vai para rua... Por acaso não tenho pena nenhuma, será a primeira pessoa que despeço, sem ficar com um peso na consciência.
O advogado dela, uma hora antes do julgamento, disse-me que ela retiraria a queixa se eu aceitar um acordo de 30.000 Euros antes do julgamento, eu disse-lhe para enfiar a proposta no cu, pois ela de mim não leva um Euro. Ao ouvir isto, ele disse que qualquer juiz lhe dará pelo menos menos metade do valor exigido, ou seja 75,000 Euros. Ao que eu respondi, que o juiz lhe pode dar o que bem entender, mas que esse dinheiro não sairá da minha conta.
Comigo trabalham 23 mulheres e 16 homens. Nenhuma mulher ou homem, poderá dizer que eu convivi com eles a nível social muito menos a nível sexual. Frequentei festas e jantares com eles sempre de trabalho. Viajei várias vezes em trabalho, levando algumas vezes comigo uma assistente do sexo feminino, por necessidade e por motivos organizativos, pois as mulheres, são sem duvida mais organizadas e eu bem sei o quanto preciso de ser organizado e de ter alguém em quem deposito plena confiança para me manter "na linha". Nunca me meti com essa assistente nem com ninguém. Nunca tive uma relação nem de amizade, com um ou uma colega de trabalho. Trabalho é trabalho, conhaque é conhaque. Se é para foder, não preciso da empresa para o fazer!
O juiz estava claramente do lado dela, ouvia a miúda como se a tivesse a despir com os olhos, enquanto me interrompia nas minhas respostas. Recusou ver as imagens das câmaras de vigilância, pois disse que não eram admissíveis em tribunal. Teve de ouvir as 16 testemunhas que levei, ou seja, todas as mulheres não contratadas da empresa, pois as contratadas poderiam ser pressionadas a falar bem de mim. A chefe das secretarias, uma Alemã de 55 anos, após o juiz lhe perguntar se eu alguma vez tinha tido uma atitude imprópria para com ela, ela respondeu, "Um rapazinho assim novo? Quem me dera!".
A mama desta gaja, é que: é normal na Alemanha, os homens pagarem para evitarem este tipo de má publicidade! A cabra não deve saber que eu não sou Alemão. O meu mau feitio Português está bem vivo em mim. Estes assuntos são tornados públicos, acabam nos jornais com o nome das empresas e dos intervenientes. O empresário Alemão, prefere pagar para não ir a tribunal, pois tem muito mais a perder ao arriscar um processo. Eu estou-me a cagar, não gosto de ser roubado!
Isto revolta-me. Nenhum funcionário, que trabalhe directamente comigo, se pode queixar de ser um mau chefe. Ninguém pode dizer, que eu chamei a atenção a alguém por demorar mais de 30 minutos no tempo de almoço. Ninguém pode dizer; que eu chamo a atenção quando passam mais de 15 minutos no bar a beber café. Ninguém pode dizer, que chamo a atenção quando chegam tarde, pois eu peço algumas vezes para ficarem até mais tarde. Dou dias livres sem descontar nas férias, por vezes, quando as horas que fazem extras, não cobrem o tempo que dou. A única coisa que exijo, é fidelidade. Não em relação a mim, mas em relação à empresa. Exijo também os prazos cumpridos. Exijo profissionalismo. Exijo respeito, pois também respeito. Em toda a minha vida, despedi uma pessoa e foi a decisão de trabalho que mais me custou a tomar e que me deu remorsos.
No final, o juiz acabou por decidir a meu favor, notei que o fez contrariado. O meu advogado tal como planeado, dirigiu-se ao juiz, dizendo que eu queria entrar com um contra-processo. O juiz falou directamente comigo:
Juiz - Espero que não queira a demissão desta senhora, isso iria parecer muito mal
Crest - Tenciono cumprir os termos do contrato desta senhora na integra. Desejo entrar com um processo de difamação.
Juiz - E o que pretender com esse processo?
Crest - Uma restrição de aproximação de 150 metros e 150,000 Euros de indemnização.
Juiz - Está a brincar? Como espera que uma secretária pague isso?
Crest - Podemos esquecer o dinheiro se essa senhora me entregar um desmentido por escrito a ser publicado no mesmo jornal onde eu fui acusado.
Em menos de 30 segundos ela aceitou, nem foi preciso outro julgamento.
O que as pessoas fazem por dinheiro, é incrível. Desde mentir e sujar o nome dos outros, até ao ponto de não se importar de sujar o seu próprio nome ao passar por uma humilhação ao admitir uma mentira. Se ela estivesse convicta que eu a assediei, nunca iria aceitar fazer um desmentido público.
É melhor nem pedir carta de recomendação, pois não vai gostar daquilo que iria escrever. Espero, sinceramente que ela nem coloque o nome desta empresa no seu curiculum, pois as empresas telefonam sempre para a empresa anterior, a pedir informações.
Dia 02 de Dezembro irá ser o jantar de Natal aqui da empresa. A chefe das secretárias foi delegada a comprar os presentes para os funcionários, dei a dica para que ela procurasse um dos seguintes livros, "1001 dicas para arranjar emprego", "Adeus ou vai-te embora". Não sei se existem livros com estes títulos, mas se for preciso eu escrevo um! Feliz ou infelizmente, esta senhora tem mais gosto para lembranças do que eu! Mas lá que no jantar, irá sair um brinde às fodas no escritório, lá isso vai!
Mas enfim, uma aventura passada e dou as boas vindas à normalidade! Depois desta merda que se arrasta há 2 meses, o Natal vai ser canja!