Maravilhas Jornalísticas!


Errar é humano, todos nós podemos errar mas todos nós temos a obrigação de corrigir os nossos erros. No entanto, o problema torna-se muito mais grave quando esses erros são feitos a nível profissional. Um médico erra e alguém pode morrer, um polícia erra e um criminoso pode sair em liberdade, um juiz erra e um inocente paga por um crime. Nestes casos e muitos outros, os responsáveis não têm perdão, pois os seus erros quando tornados públicos, há pessoas que são prejudicadas a nível pessoal e profissional. Quem erra deve de assumir as responsabilidades inerentes aos seus erros.
Agora eu pergunto. Quem castiga a imprensa pelos seus erros? Erros e mais erros, na televisão, jornais e revistas. Erros, que acabam por ser mais do que erros e chegam a ser "bacoradas ofensivas". No caso dos jornais e revistas, por vezes é feita uma errata na edição seguinte após detectado o erro. Essa errata muitas vezes erra, fazendo erro sobre erro, ou simplesmente não compensa pelo estrago feito. No caso da TV é terrível, pois raramente se desculpam pelo seu erro, muitas vezes nem sequer detectam o erro.

Quando os Estados Unidos resolveram invadir o Iraque, usando o pretexto de esse país ter armas de destruição em massa, todos os canais de televisão em Portugal, falavam das “armas de destruição maciça”. Quando um repórter, está em directo e diz algo de errado uma vez, tudo bem, é desculpável, mas quando a notícia é escrita por um jornalista, lida por outro que também não detecta o erro e ainda por cima, esse erro é repetido durante semanas. Não é aceitável. Sei que tanto a RTP como a SIC, receberam e-mails com avisos sobre um dos erros que chegava a ser irritante, que já metia nojo ouvir. No entanto o canal 1 necessitou de uma semana para corrigir o erro e em vez de “armas de destruição maciça", passaram a dizer “armas de destruição em massa", a SIC foi muito mais lenta e continuou a bater na mesma tecla até a notícia ser velha.
O termo correcto seria “armas de destruição massiva", pois destrói massas. Maciça é uma barra de ferro, se a arma é maciça significa que não é oca, logo seria o mesmo que lançar bigornas sobre cidades, mata certamente, mas uma bigorna está um pouco limitada no seu poder destrutivo. O termo em Inglês é "weapons of mass destruction" mas a tradução de "mass" é "massa" é algo que destroi massas é massivo e não maciço. No entanto o termo escolhido pela RTP, "armas de destruição em massa", está correcto.
Nenhum canal de televisão pediu desculpa aos Portugueses pela sua ignorância, nem por este caso nem por nenhum, onde jornalistas atacam a nossa língua de uma maneira impiedosa. Julgo que o curso de jornalismo deveria ser mais exigente na cadeira de Português. Também nenhum canal de televisão, se dá ao trabalho de responder a um e-mail avisando-os de um erro. O papel de quem chama a atenção para um erro, não é um acto arrogante de superioridade mas sim um favor, ao qual um obrigado, seria agradecimento suficiente. A televisão vai mais longe. Tudo bem que os telejornais são em directo mas as notícias são escritas previamente, será que quem escreve, erra, quem supervisiona erra e, quem lê erra? Durante todo o dia a mesma notícia é relatada por jornalistas diferente e sempre com o mesmo erro!

RTP
"É trágico! Está a arder uma vasta área de pinhal de eucaliptos!"
"O assassino matou 30 mortos"
TVI
"As chamas estavam a arder"
"Foi assassinado, mas não se sabe se está morto"
"Estão zero graus negativos"

Rádios e reportagens em directo:

"Os aquaparques têm feito, durante este ano, muitas vítimas, que o digam os dois mortos registados este mês..."
"Quatro hectares de trigo foram queimados... Em princípio trata-se de um incêndio"
Manuela Moura Guedes: "Um morreu e outro está morto"
Gostaria agora de referir uma notícia errada, que depois de corrigida na edição seguinte ainda ficou pior:
O Imperador do Brasil Pedro II, regressou ao Brasil magoado após uma viagem, um dos principais jornais da época noticiou a chegada da seguinte forma "O imperador, desceu do navio apoiado em duas maletas", obviamente alguém que foi Principe de Portugal e Imperador do Brasil não iria carregar maletas, portanto no dia seguinte o jornal corrigiu o erro da seguinte maneira "O Imperador, desceu do navio apoiado em duas mulatas", se bem que isso não seria assim tão invulgar para um Imperador, duvido que Pedro II, com a sua posição de Imperador, andasse por aí apoiado em mulatas, sem bem que eu não me importava nada. Na verdade, a correcção ao erro, fez mais mal que bem, pois na verdade o Imperador, desceu da navio "apoiado em duas muletas". Será assim tão fácil confundir maletas, mulatas e muletas?
Refiro ainda comentários aleatórios, que passam em rodapé durante os noticiários, que é sem dúvida a maior fonte de bacoradas, incríveis e inaceitáveis. Eu não acho que existam assim tantos idiotas com a responsabilidade de nos informar, eu sou levado a acreditar que fazem de propósito, como alivio cómico. Os comentários que se seguem têm como fonte noticiários de língua Portuguesa, não são traduções:

"Cadáver chega morto ao hospital"
"À chegada da polícia, o cadáver encontrava-se rigorosamente imóvel"
"O cabrito-montês ficou morto na estrada durante alguns instantes".
"Ela contraiu a doença na época em que ainda estava viva"
"A vítima foi estrangulada a golpes de faca"
"Apesar da meteorologia estar em greve, o tempo esfriou ontem intensamente"
"Esta nova terapia traz esperanças a todos aqueles que morrem de cancro a cada ano"
"O velho reformado, antes de apertar o pescoço da sua mulher até à morte, suicidou-se"
"O acidente fez um total de um morto e três desaparecidos. Teme-se que não haja vítimas"
"Parece que ela foi morta pelo seu assassino"
Os jornalistas não se desculpam, são orgulhosos e arrogantes. Lembro-me de um pedido de desculpas público por parte da RTP, pedido esse que nunca deveria ter sido feito, pois não foi um erro, foi um momento mágico de televisão. Sei que foi durante o jornal da noite, lembro-me da cara do jornalista mas não de seu nome. Eram imagens chocantes dos crimes do apartheid na África do Sul nos finais dos anos 80, a reportagem termina e o apresentador é apanhado desprevenido enquanto olhava para o monitor e dizia um honesto e sentido "Foda-se!". Sim foda-se, ele disse o que 99.9% dos Portugueses disseram ou pensaram ao ver aquelas imagens, eu pensei no "foda-se", não o disse pois o meu pai estava perto demais. Foi um momento mágico de televisão, numa altura que os actores cómicos timidamente usavam a palavra "merda" para fazer rir e ninguém lhes exigia um pedido de desculpas, a RTP emitiu um comunicado com vista a desculpar uma palavra que foi usada no momento certo, pelo motivo certo, mas do que isso, uma palavra que mais do que pronunciada, foi sentida pelo jornalista e pelos Portugueses. É ridículo que se peça desculpa por usar uma palavra correctamente, enquanto assassinam o Português diariamente, sem remorsos.
Não estudei jornalismo, nem faço ideia das cadeiras que eles têm, mas a falta de conhecimento da língua Portuguesa dos nossos jornalistas é assustadora, levando-me a pensar se o Português é uma das suas disciplinas, se não é deveria ser e, se é deveria ser muito mais exigente. Considero uma vergonha quem é pago para escrever ou para falar, escrever e falar tão mal. Eu erro, devo ter erros neste texto, mas eu não sou pago para escrever, escrevo por gosto, portanto não me dou ao trabalho de redigir o que escrevo.

50 Comentários:

  Marta

quarta-feira, janeiro 02, 2008 11:04:00 da manhã

Olha, a mim dá-me vontade de rir estas bacoradas!
E ainda mais vontade de rir me dá quando eles têm ataques de riso e não se conseguem controlar! :)

  Teté

quarta-feira, janeiro 02, 2008 11:14:00 da manhã

Epá, ca ganda poste!

Não te vou corrigir os erros do texto (tens alguns, mais de digitação), mas
D. Pedro II, imperador do Brasil, nunca foi rei de Portugal. O do grito do Ipiranga, que declarou a independência do Brasil, em Setembro de 1821, foi o D. Pedro IV de Portugal (antes de o ser), o D. Pedro I imperador do Brasil...

Massivas, maciças ou em massa, facto é que as tais armas só existiam em mentes alucinadas!

Quanto aos jornalistas, sempre houve uma censura "interna" nos jornais/revistas portugueses, com as "chefias" a alterar algumas palavras para o seu agrado de seguir a "linha editorial"... A correrem com todos os que se atrevam a discordar, contratando estagiários, que sai mais barato e são menos reguilas quando lhes mudam o texto para pior! À excepção de cronistas, normalmente gajos engajados no poder político. Em TV, não sei bem como se passa, sei que agora querem correr com o José Rodrigues dos Santos, que se queixou de pressões do poder político, mas ná... não é por isso... parece que o homem não cumpre o seu horário de trabalho (?!). Um pouco distraídos, não é, ao fim de tantos anos?...

Já agora, vou lendo sempre os teus post(e)s, nem sempre comento - até à conta da velocidade a que surgem - mas não estou à espera de "retribuição"...

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 02, 2008 11:32:00 da manhã

Teté:

De facto Dom Pedro de Alcantara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Franciso Xavier de Paula Leocadio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Bragança e Borbón, nunca foi rei de Portugal.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 02, 2008 11:33:00 da manhã

Marta:

Já são tantas que até perde a piada!

  Anónimo

quarta-feira, janeiro 02, 2008 11:42:00 da manhã

Sim senhor!
Os profissionais tem uma responsabilidade muito maior em fazer bem feito (seja em que area for)!
Quem escreve também deve ter orgulho em o fazer bem.
É o suposto "brio profissional" de quem está no "oficio" que, idealmente, terá escolhido.

Conheço mais uns quantos exemplos de "bacoradas" desse género, mas há umas que até tem piada...são mais "armadilhas" da nossa lingua que própriamente "bacoradas". Uma vez ouvi um relato (do tempo em que o João Pinto e o Telho estavam no Sporting) e o João Pinto teve a infelicidade de passar a bola ao Telho tão rápidamente que o comentador disse: "João Pin...Telho!".
Foi um momento lindo de directo televisivo.
(Que também não deve ser facil estar no lugar deles).
Bom post.

  maria inês

quarta-feira, janeiro 02, 2008 12:20:00 da tarde

é desta que te vou passsar as camisitas!

bom dia amigo, muito frio?

  afectado

quarta-feira, janeiro 02, 2008 2:28:00 da tarde

Outros exemplares da nossa comunicação social são os sites dos jornais desportivos. As notícias que nos dão lá de fora, grande parte das vezes são autênticas traduções como facilmente se confirma se se procurar nos sites de desporto estrangeiros.

O pior é que os jornalistas não devem perceber bem a língua em que o texto está escrito pois muitas vezes a noticia traduzida tem factos alterados. Lembro-me de um caso do site d'A Bola em que eu escrevi um email para lá a avisar da incorrecção que tinham escrito. Nem me responderam nem corrigiram.

  André

quarta-feira, janeiro 02, 2008 2:55:00 da tarde

Só me faz lembrar um directo na NTV em que o gajo a ler uma noticia de Timor (que de facto já estava a irritar que aquilo era só palha) se solta com um belo de 'Caralho que o foda... está bem...!'

Fica aqui o link!

http://www.youtube.com/watch?v=JcyPq4qEw98

  Teté

quarta-feira, janeiro 02, 2008 3:27:00 da tarde

Isso aí já é pedir demais, Crest! Achas que sei de cor todos os nomes de cada um dos reis de Portugal, cognomes, mulherio e respectiva filharada??? Fico-me pelos nomes e pela numeração romana, que ninguém tem memória para tanto... Quer dizer, se for preciso investigar, ainda vou lá, mas não sendo o caso, acredito na tua palavra! :)))

  Anónimo

quarta-feira, janeiro 02, 2008 6:29:00 da tarde

Os blogs não podem ser comparados à imprensa! Ou pelo menos, não os blogs como o que tu ou eu temos! No meu, quem escreve é a blackstar, não é a professora. Por isso, não activo a correcção ortográfica (porque só recentemente percebi que há essa possibilidade no blogger),e muitas vezes estes saem com erros típicos de quem escreve depressa demais e os dedos não acertam na tecla correcta. Isso não me preocupa... assim como não me incomodam os erros que detecto nos blogs!

No caso dos relatos de futebol, podemos ouvir verdadeiras pérolas! Autênticos neologismos! :)

  Mulheka

quarta-feira, janeiro 02, 2008 6:58:00 da tarde

Agora o arrogante foste tu na resposta que deste à teté...

Relativamente a um ponto que referes no post, de facto, no pouco tempo que tive na uni, não me lembro de ter tido Português. Tinha Géneros e Expressões Jornalisticas, Economia, Psicologia da Comunicação, Direito e Deontologia, Inglês, Introdução às Ciências Sociais e História dos Media. Pode ser uma gaffe da minha parte mas não me recordo do Português!!!

Quanto ao assunto em si, sem dúvida alguma que há por aí muito jornalista que não merece o lugar que tem. Hoje em dia os jornalistas não têm as caracteristicas que um jornalista deve ter. Seja pelos factores que referiste como também pela imparcialidade. Um jornalista a sério tem que ser imparcial (Quer queiramos quer não, é uma caracterista que ele deve ter). Quantos não vemos por aí a dar a sua opinião ou a mandar "mandar bocas" (sim, há quem o faça) mostrando ironicamente ser contra certo assunto/opinião?

Como seres humanos, é normal não conseguirmos ficar indiferentes a certas situações mas se temos um trabalho a fazer, há que levantar o queixo e "chorar" depois.

  Beko the Great

quarta-feira, janeiro 02, 2008 7:05:00 da tarde

O erro até pode ser da TV em trocar massiva por maciça, mas maior erro é todo o mundo acreditar que de facto se ia atacar o Iraque com tal objectivo... Quando todos nós sabemos que é o ouro negro, motor do capitalismo, que o Império buscava...

De resto são excelentes observações.. . Pessoal que é formado em Humanidades e que não sabe escrever? Que acha que Boticas é capital de Distrito e que diz que Arcos de Valdevez é no Alentejo nem nunca deveria ter saído da Escola Primária.

É dever do consumidor estar atento e não engolir tudo o que lhe é dito... Mas nós somos massas, paus mandados do que a TV, o governo, os líderes mundiais nos dizem!!!

Fica bem... bom ano :D

  Ana

quarta-feira, janeiro 02, 2008 10:06:00 da tarde

Oh páh, deixa-os dizer merda que é da maneira que a gente se ri um pouco... ;-p

Lembro-me de uma, que foi há pouco tempo até, no programa praça publica da sic: "vacina contra o colo do utero"...tadinho do colo, não lhe basta o cancro como ainda leva com uma vacina assassina!!...

ò tete, mas o Crest não diz que o Pedrocas foi Reizão dos Tugas, diz que foi principe, o que está correcto.

Chiça, mas ca ganda catrafiada de nomes que os gajos tinham...eu nem sequer sei os nomes dos reis (nem quero saber - apenas sei uns quantos por os associar a determinados feitos), apenas os dos presidentes da republica, primos-ministros e só desde o 25 de abril. E já vão com muita sorte... ;-p

Quanto aos jornalistas, alguns nem devem ter curso superior...

O JRSantos penso que anda a tentar ser despedido. Ele quer sair da RTP, mas não o deixam, logo, saiu-se com umas bombas de destruição massiva e maciça (sim,tipo bigornas caídas na cabecinha dos chefes) prá RTP, de modo a ver se o metem a andar e ele vai à sua vidinha.

  Gaja Boa 2

quarta-feira, janeiro 02, 2008 11:03:00 da tarde

Já conhecia algumas dessa gafes e dou-te toda a razão. São pagos pa escrever que escrevam bem e mainada!!!!

  Borboleta Endiabrada

quinta-feira, janeiro 03, 2008 12:28:00 da manhã

bom ano!!Tudo de bom pra ti!!Amor,paz alegria,sexo e já agora muito dinheirinho que tb dá jeito!!

Beijinhos endiabrados

  Anónimo

quinta-feira, janeiro 03, 2008 12:52:00 da manhã

ò pá, deixa lá! Se soubesses a quantidade de vezes que ja cai no erro de mandar mails para o portal do sapo a corrigir erros.....respostas? Nem uma! Mas lá aprendi a minha lição de: não te metas:)

  iFrancisca

quinta-feira, janeiro 03, 2008 2:19:00 da manhã

Ai caro Crest! Não sei o que te diga! Eu desisto...
Beijos

  Ana

quinta-feira, janeiro 03, 2008 2:30:00 da manhã

Pxii, já fiz figura de frita, páh!! atão editas assim o poste e deixas a jóve a fazer figuras de frita?? :-p =D

  Francis

quinta-feira, janeiro 03, 2008 12:41:00 da tarde

that's life.

acontece aos melhores.

  China Girl

quinta-feira, janeiro 03, 2008 2:12:00 da tarde

Não sei se me ria ou se chore...
Acho que me vou rir porque tristezas não pagam dívidas...:)
É lamentável que se escreva e se fale tão mal em Portugal...principalmente escrever!!!É a nossa lingua,a base da nossa educação escolar...Sei que algumas dessas gaffes são cometidas em directo,onde não há grande margem de manobra a correcções,mas a comunicação social,ciente do impacto que tem junto da "população maciça" tem o dever de assumir os seus erros e de os corrigir,mas enfim...
É o estado deste nosso jardim á beira mar plantado!!!!

  Bruno Fehr

sexta-feira, janeiro 04, 2008 12:11:00 da manhã

Pax:

"João Pin...Telho!".

Também há "Sá Pinto não deixa João Pinto penetrar"

No caso dos relatos é aceitável, tal como aceito nas reportagens em directo, mas todos os exemplos que dei, foram de notícias que foram, escritas, redigidas e depois lidas, ou seja passaram pelas mãos de pelo menos 3 "profissionais".

  Bruno Fehr

sexta-feira, janeiro 04, 2008 12:12:00 da manhã

ines:

A minha empregada vem dia 5 e ainda tenho camisas, graças às férias que tirei :P

Sim, está imenso frio, já neva!

  Bruno Fehr

sexta-feira, janeiro 04, 2008 12:13:00 da manhã

afectado:

Sou um defensor do palavrão como palavra, se for usada.

  Bruno Fehr

sexta-feira, janeiro 04, 2008 12:15:00 da manhã

Teté:

Eu acho piada aos 500 nomes deles :P

  Bruno Fehr

sexta-feira, janeiro 04, 2008 12:17:00 da manhã

BlackStar:

"No meu, quem escreve é a blackstar, não é a professora. Por isso, não activo a correcção ortográfica (porque só recentemente percebi que há essa possibilidade no blogger)"

Há erros e erros, eu erro ao escrever no PC, erros que não faço a escrever à mão, mas nem sequer volto a ler o que escrevi para ver se está tudo correcto. Não sou pago para isso. Os jornalistas são!

  Bruno Fehr

sexta-feira, janeiro 04, 2008 12:21:00 da manhã

Mulheka:

"Agora o arrogante foste tu na resposta que deste à teté..."

Fui? Só lhe dei razão que de facto ele nunca foi rei de Portugal e até corrigi no meu texto de "rei" para "principe". Dar razão, não é ser arrogante.

"Relativamente a um ponto que referes no post, de facto, no pouco tempo que tive na uni, não me lembro de ter tido Português."

Esse é o maior erro do nosso sistema escolar!

"Um jornalista a sério tem que ser imparcial"

Não tem de ser, tem de o parecer enquanto está a desempenhar as suas funções, tal como um advogado tem de defender o seu cliente mesmo que ele seja culpado, tal como um padre tem de respeitar o segredo da confissão mesmo que seja um crime. Tal como eu tenho de fechar um negócio a favor do meu investidor, mesmo que seja injusto para o vendedor. É o nosso trabalho.

  Bruno Fehr

sexta-feira, janeiro 04, 2008 12:23:00 da manhã

Tiago:

"Quando todos nós sabemos que é o ouro negro, motor do capitalismo, que o Império buscava..."

Isso é verdade, mas no dia-a-dia toda a gente usa de pretextos para levar a sua avante.

  Bruno Fehr

sexta-feira, janeiro 04, 2008 12:26:00 da manhã

Vanadis:

"Oh páh, deixa-os dizer merda que é da maneira que a gente se ri um pouco... ;-p"

Há erros que me dão vontade de chorar. Tal como ir a um consulado, falar com o nosso representante máximo e ouvir da boca dele, "mintira", "pindurar", "sintir", dá vontade de o mandar "fodir".

"vacina contra o colo do utero"

Ahahah, leva-se a vacina e ele saí na urina...

"ò tete, mas o Crest não diz que o Pedrocas foi Reizão dos Tugas, diz que foi principe, o que está correcto."

Errado, eu referi-me a ele como rei, foi depois do comentário dela que corrigi o texto.

  AmSilva®

sexta-feira, janeiro 04, 2008 12:27:00 da manhã

mais do que maravilhas são pérolas, verdadeiros exemplos do que mal se faz!!
eu escrevo mal , mas raios a minha profissão não depende de letras, mas que posso eu dizer...

só dar a ideia de guardar todas essa pérolas e editar um livro, de anedotas eheheh

  Bruno Fehr

sexta-feira, janeiro 04, 2008 12:27:00 da manhã

Gaja Boa:

São mais do que gafes, são pontapés na gramática!

  Bruno Fehr

sexta-feira, janeiro 04, 2008 12:27:00 da manhã

Borboleta Endiabrada:

E sexo?

  Bruno Fehr

sexta-feira, janeiro 04, 2008 12:30:00 da manhã

Noivo:

Eu meto-me, até já cometi a irreverência de corrigir um dos programas "assim se fala bem Português", pois o que eles diziam contradizia a nossa gramática.

"quasi" e "quase", a segunda, não passa de uma evolução natural da língua, evolução essa que nunca foi acompanhada pelas gramáticas, estando o "quasi", gramaticalmente correcto, ainda que ninguém o use!

  Bruno Fehr

sexta-feira, janeiro 04, 2008 12:31:00 da manhã

iFrancisca:

Desistes? Isso é para os fracos! Levanta-te e luta!!!!

  Bruno Fehr

sexta-feira, janeiro 04, 2008 12:31:00 da manhã

Vanadis:

2Pxii, já fiz figura de frita, páh!! atão editas assim o poste e deixas a jóve a fazer figuras de frita??"

Foi de propósito :)

  Bruno Fehr

sexta-feira, janeiro 04, 2008 12:32:00 da manhã

Francis:

Mas mais aos piores :)

  Bruno Fehr

sexta-feira, janeiro 04, 2008 12:33:00 da manhã

Ana Reis:

"Sei que algumas dessas gaffes são cometidas em directo,onde não há grande margem de manobra a correcções"

Nos telejornais em directo eles estão 90% do tempo a ler o teleponto, portanto a notícia foi escrita e quem lê deixa passar o erro!

  Bruno Fehr

sexta-feira, janeiro 04, 2008 12:35:00 da manhã

Amsilva:

"mas raios a minha profissão não depende de letras"

Só se pagarem os teus serviços a prestações "letras".

  AmSilva®

sexta-feira, janeiro 04, 2008 12:41:00 da manhã

no dia em que me pagarem a "letras" despeço-me ao receber a primeira...
já passei por uma a letras e ainda tenho umas em atraso... há 6 anos... por falar nisso, viva o sistema judicial em portugal!!!!

  Ana

sexta-feira, janeiro 04, 2008 3:51:00 da manhã

Pois, que foi de propósito eu já sabia. Tu és Crest pra isso! ;-D

  Aline Cedrac

sexta-feira, janeiro 04, 2008 6:25:00 da tarde

Um jornalista é, acima de tudo, um ser humano. Um ser humano erra. Muitos jornalistas erram. Muitos professores erram. Muitos presidentes de câmaras, de clubes, de nações erram!
O que está em causa é o facto de serem pessoas que são, mais do que ninguém, expostas ao ridículo (muitas das vezes) pelo simples facto de ser ouvidas, criticadas e contestadas por milhões de cidadãos. É verdade que é bem capaz de lhes faltar alguma instrução primária. São capazes de ter faltado às aulas quando a professora ensinou os ditongos. E apesar de me fazerem cair da cadeira de tanto me escangalhar a rir eu continuo a acreditar veemente que é fácil errar. Mais difícil é corrigir. E é neste simples mas complexo ponto que falhamos.

Saudações Pickleanas!

Aline

  Margaret

sexta-feira, janeiro 04, 2008 7:30:00 da tarde

não sei o que é pior, se não estar informado ou estar mal informado… e guerreia o meu pai comigo porque não vejo notícias. dantes era porque não me interessava, agora é porque acho uma grande fantochada o repetir notícias até à exaustão, tal circo para manter o povinho entretido.

  Rita

sexta-feira, janeiro 04, 2008 9:01:00 da tarde

como jornalista que sou, tenho q defender a minha espécie. embora tenhas razao, n ha volta a dar, os directos de televisão são MUITO stressantes e complicados. na hora H é natural que te saiam erros gramaticais e afins. na imprensa escrita ja n tolero. e aí assino por baixo.

  Bruno Fehr

sábado, janeiro 05, 2008 1:03:00 da manhã

Amsilva:

"viva o sistema judicial em portugal!!!!"

É dos melhores :)

  Bruno Fehr

sábado, janeiro 05, 2008 1:03:00 da manhã

Vanadis:

"Pois, que foi de propósito eu já sabia. Tu és Crest pra isso! ;-D"

É preciso ter cuidado :)

  Bruno Fehr

sábado, janeiro 05, 2008 1:05:00 da manhã

Aline Cedrac:

"Um jornalista é, acima de tudo, um ser humano. Um ser humano erra."

Mas no caso de uma noticia chegar ao público com erros, não o erro de um humano, mas sim de vários, sendo o mais grave do redactor, pois dele só se espera o árduo trabalho de redigir!

  Bruno Fehr

sábado, janeiro 05, 2008 1:06:00 da manhã

alguém+ neste mar de gente:

"não sei o que é pior, se não estar informado ou estar mal informado…"

Estar mal informado é mais grave, na minha opinião.

  Bruno Fehr

sábado, janeiro 05, 2008 1:07:00 da manhã

Rita:

Mas a televisão também tem redactores, se não tem devia ter, pelo menos recebem ordenados!

  Ana

sábado, janeiro 05, 2008 5:06:00 da tarde

Correcto. Os pivots lêem o teleponto, há margem para evitar erros de escrita. Os telepontos têm de ser escritos por alguém, né?? tipo, sei lá, redactores? Se aprenderam a ler ou a escrever, já não sei não.

(isto sou eu que ando a ler comentários)

  Bruno Fehr

domingo, janeiro 06, 2008 12:01:00 da manhã

Vanadis:

Um jornalista escreve, o redactor redige e outro jornalista lê o teleponto, é por isso que acho que não tem desculpa

  Anónimo

terça-feira, janeiro 15, 2008 5:27:00 da tarde

Boas, estou a ler o livro do Ricardo Araújo Pereira, Boca do Inferno, e deparei-me com o mesmo erro de que falavas, "armas de destruição maciça" bolas um dos mais conceituados humoristas Portugueses a falhar .....mas agr fica a questão....foi ele que escreveu mal?foi alguem com um QI negativo que ao editar a cronica alterou....ou entao pode simplesmente ter sido o próprio em tom de gozo que fez de propósito....;)