Ode ao exagero

Nós como pessoas somos exagerados por natureza. Temos o dia mais triste da nossa vida, o dia mais feliz da nossa vida, o sonho maior que todos os outros, ou o objectivo. O dia mais importante, o dia mais chato. A melhor foda bem como a pior. Mas como é que sabemos se é foi a/o melhor ou pior? Porque o sentimos naquele momento e em forma de exagero falamos como se fosse o último dia das nossas vidas.

Um dia saberemos quais os piores e melhores momentos. Um dia saberemos quem foi a pessoa mais importante nas nossas vidas e esse dia será quando tivermos aquele flashback sob forma de slide show na face da senhora dona morte. Até lá é sempre o dia mais, o sentimento mais... ou menos... até hoje, e não das nossas vidas, pois tudo o que haverá de melhor na nossa vida ainda está para vir, sob forma de equilibro o de mau também.

O problema é que nos ensinaram a ver o mundo como algo em equilíbrio. Ying e Yang, bem e mal, crime e justiça, feio e bonito, céu e inferno, amor e ódio, felicidade e dor. Na verdade esse equilíbrio não existe, apesar da vida ser perfeita o ser humano não é, pois é humano e nada humano poderá alguma vez ser perfeito. Por isso mesmo não há equilíbrio e o que existe que nos magoa será sempre em maior quantidade. Quer a dor seja boa ou má, a fronteira é tão ténue que magoa sempre.


O amor por exemplo é uma busca incessante de todos os seres humanos, não porque seja indispensável apesar de acharmos que sim. Essa busca deve-se ao simples facto de que o amor nos parece ser uma porta para a felicidade. Para uma espécie de Nirvana. Mas o amor não é eterno na sua forma física, só na forma sentimental, mas a nível sentimental o amor poderá ser dor.
Já amaram tanto, mas tanto ao ponto de parecer que o vosso coração pára? Amar ao ponto de vos doer o estômago? Ao ponto de acordarem a meio da noite com medo do fim? Ao ponto de não comerem, beberem, dormirem? Já sentiram uma vontade de apertar alguém com a força capaz de a esmagar? Esse amor dói. Apesar de ser um sentimento belo nunca é a porta de felicidade pois há sempre a puta da dor, do medo lá pelo meio.

Quem ama sofre. Quem não ama sofre. Quem perde quem ama sofre. Parece que o sofrimento é um sentimento presente que não possui contrapeso. Onde está o equilíbrio?

Podemos ser máquinas fixadas num objectivo e derrubar barreira após barreira, mas o amor pára-nos, fragiliza-nos fortalencendo-nos.

Já sentiram aquele abraço em que num segundo sabem que fariam tudo por aquela pessoa? Que passariam uma eternidade de dor para que essa pessoa nada de mau sentisse? A certeza que mataríamos ou daríamos a nossa vida por ela? E ao mesmo tempo num abraço, um simples abraço em que nos sentimos vulneráveis, indefesos, frágeis nos braços dessa pessoa, pois ela na verdade é tudo.
Num abraço somos ao mesmo tempo um Super-herói e uma donzela em apuros.

O amor não é a porta para a facilidade, e se o é, é a porta de uma casa de férias onde não iremos morar para sempre. Mas são as férias que ficarão na nossa memória toda a vida, onde teremos essas memórias como sentimento bom, como contrapeso de todos os maus... mas a balança nunca está em equilíbrio.

Quando acaba e se acaba, o que resta? Saudade, tristeza, incerteza, medos, dor, na verdade tudo é dor, até o amor, o que me leva a pensar que a dor é eterna mas que por vezes é disfarçada de alegria com prazo de validade.

O sentimento de sermos super heróis por amar contrastando com o quanto ficamos indefesos num abraço, é o único equilíbrio.
O amor está para a dor, tal como a vida está para a morte... são férias da eternidade.

Este texto surgiu de uma viagem sem destino que fiz hoje, onde no rádio começou a tocar um clássico dos anos 80 ao qual nunca prestei atenção. A certa altura na musica ele diz: "I just died in your arms tonight", esta frase é descrição perfeita do abraço a uma pessoa que se ama, em que conseguimos sentir o nosso ritmo cardíaco a abrandar numa sensação indescritível de segurança, ao ponto de por um segundo ele parecer parar.

32 Comentários:

  Jane Doe

domingo, julho 19, 2009 11:29:00 da tarde

A tua descrição de amor é muito... interessante, mas digamos... irreal.

Não, nunca senti assim nada por alguém, logo eu não acredito nisso.

O amor, como necessidade é sobrevalorizado, e mais que a suposta intensidade do sentimento, é a necessidade de o sentirem, sempre que faz as pessoas sofrer mais. Às vezes é perpetuado pelo capricho de não querer a ausência de sentir.

  mf

segunda-feira, julho 20, 2009 12:16:00 da manhã

Ao contrário da Jane, eu não acho que a tua descrição de amor seja irreal, até porque o que descreves me é muito familiar.
Só não acho que tudo se transforme e acabe em dor. Acho é que nós podemos olhar o amor de várias perspectivas. Se escolhemos observá-lo com o medo latente do que de mal pode acontecer no futuro, aí provavelmente vamos fixar apenas a dor. Se o olharmos como uma riqueza, mesmo que as coisas não corram bem (e há amores que correm bem) podemos tirar sempre dele o que de bom restou...

  Jane Doe

segunda-feira, julho 20, 2009 12:33:00 da manhã

"Amor, amor, amor...

O que é, afinal, isso do amor?!"

  Abobrinha

segunda-feira, julho 20, 2009 12:58:00 da manhã

Lembro-me claramente dessa música e gostava muito dela (correcção: ainda gosto).

Também eu faço de vez em quando viagens sem sentido. Felizmente, cada vez menos. E tenho também tentado morrer cada vez menos de amor. Só porque já apanhei pancada a mais e morrer de amor só é romântico em filmes e livros, mas não na vida real. E se apanhei pancada a mais... então é porque amei quem não me merecia. O amor devia ser mais sereno. Eu quero um amor sereno...

  Teté

segunda-feira, julho 20, 2009 1:53:00 da manhã

Concordo que o amor não é indispensável, mas que nos faz sentir bem... lá isso faz!

Mas a paixão - que me parece ser do que falas - nem por isso! Tem esse medo inerente, essa vontade de posse constante, não conseguirmos ver mais nada ou ninguém à frente, el@ ser tudo! Aí os sentimentos são sempre muito conturbados.

No amor é mais calmo, é a pessoa com quem partilhamos a cama, a mesa, a vida, as dificuldades, os bons e os maus momentos, até umas quantas discussões, e mais umas outras concessões de parte a parte. Mas não em regime de exclusividade, que temos família e amigos a quem dar atenção também. E sim, consegue-se relaxar num abraço, num beijo, numa piada, até pensar que se o tempo parasse nesse momento ficaríamos "felizes para sempre", mas isso é de conto de fadas, né? Resumindo, a calma que nos transmite coloca de lado esses medos e obsessões, que o futuro ninguém adivinha, nem vale a pena entrar em futurologia!

Carpe Diem!

  Fada

segunda-feira, julho 20, 2009 2:28:00 da manhã

Ora cá estou eu plantada na tua sala.......... (Não me vais cobrar renda, pois não????)
:p

Por partes:

1) O exagero

Eu não digo: o Dia mais feliz ou "o qualquer coisa mais qualquer coisa da minha vida".
Eu digo: "É um dos dias mais felizes da minha vida", "é uma das piores coisas que já me aconteceram".
Mas tenho tendência a pensar nas partes boas e não nas más, pois quando algo corre mal, tenho um estranho e fantástico sentido de humor que me faz pensar que poderia ser muito pior e assim, minimizo a "tragédia". :)

As coisas boas, nunca as esquecerei, a menos que tenha alguma doneça mentalmente degenerativa que me arruine a memória, tipo ficar intoxicada com Hg... :p

2) O Equilíbrio
O equilíbrio existe, mas como algo dinâmico e não estático. Se fosse estático, deixaria de ser equilíbrio, e passaria a ser uma característica imutável, não?

3) A dor
A dor é uma constante da vida, tal como a ausência dela.
Tem a importância que lhe quiseres dar e dura enquanto a alimentares. E dura mais quando não te alimentas com alegrias.

4) O Amor
Hoje, só se fala em amor... :)
Só o Amor é real, afirmei eu no post de hoje.
Acredito no Amor, e o Amor é algo mais do que um sentimento Homem/Mulher. É um sentimento entre pais e filhos, irmãos, amigos, namorados........ etc.
Quando se Ama, ama-se a Alma dessa pessoa. Não interessa se é alto ou baixo, magro ou gordo, bonito ou feio.
Ama-se a Alma.
Sem corpo, sem Tempo.

E jamais deixaria de amar alguém por achar que ia sofrer. O que se ganha em termos espirituais e emocionais com uma relação amorosa, por mais breve que seja, quando perdemos alguém antes do tempo que achamos que merecemos estar com essa pessoa, é muito mais valioso e importante do que a dor da perda.

Terias deixado de amar uma pessoa, se te dissessem, antes de a conheceres:
"Queres conhecer uma pessoa especial, a quem entregarás o teu coração, mas passado pouco tempo irás perdê-la e o teu coração irá partir-se aos bocadinhos, ou preferes não a conhecer nunca e nunca sofrer?".
Terias desistido dessa pessoa por medo de sofrer?

Eu não. Nunca.

5) O Abraço
Já, já senti. E confesso que tenho saudades dum abraço assim. Aquele abraço de alguém que me proteja, quando eu estiver frágil, e de alguém a quem eu proteja, quando o sentir frágil.
Sou uma menina de abraços, adoro abraços.
E nos abraços que dou, dou o que tenho na Alma.
E no meu post de hoje há lá um abraço.
Toma, é teu. :)

6) Amor vs Dor
O Amor é amor, a dor é dor.
E o Amor não é uma porta para a felicidade, creio eu. O Amor "É", simplesmente. E a felicidade "É", também. Eu amo, e por alguma razão alheia aos meus amores, posso sentir-me infeliz. Eu sou feliz, e no entanto não tenho um "Amor", no sentido de homem-giro-e-fantástico-por-quem-estou-loucamente-enamorada. Vou deixar de ser feliz por isso?

A dor só governa quando permites. Pois mesmo nas perdas, e na saudade, só tens de ver os ganhos.
As experiências, as aprendizagens.

E eu digo-te:
O Amor está para a dor, como o bálsamo está para as feridas.
O Amor cura.

E sim... É eterno.

7) A música
"I just died in your arms tonight"
Eu sei que não é isso que a letra da canção diz, mas para mim, esta expressão significa algo que não sinto há tanto tempo (ou que talvez até nunca tenha sentido assim) que lhe perdi o conto: o entregar-me a alguém com capacidade de receber toda a minha intensidade emocional e de me corresponder da mesma maneira, e, então, eu diria:
"I just died in your arms tonight...to reborn stronger in your love"

Finalmente:

No coração cabe muita gente. E muito amor. É só não permitirmos que a Dor e o Medo e a possibilidade de perda nos ocupe o lugar dele.

Beijitos :)

  luafeiticeira

segunda-feira, julho 20, 2009 3:14:00 da manhã

Ainda te lembras da Lua Feiticeira?
Regressei com a Heidi.
Jocas

  Hazel Evangelista

segunda-feira, julho 20, 2009 11:13:00 da manhã

Sim, acho que já me senti assim há muito tempo. Já nem me lembrava da existência dessa profundidade.

E vejo que também já sentiste isso. Ou não o saberias descrever tão bem...

Muito bom o texto. E também gosto dessa música (sou fã dos anos 80).

  Catwoman

segunda-feira, julho 20, 2009 12:50:00 da tarde

Bruno não publiques isto lol

andei a ver se tinhas mail e não encontro :)

ando desaparecida sem tempo para comentar blogues mas vim aqui pedir-te um favor :) tu consegues arranjar a bibliografia do Slash em português?? Ando farta de tentar fazer o download mas não consigo :( e como tu consegues tantos livros decidi perguntar-te!!

Tou mortinha para ler :)

Beijinhos e obrigada :)

  Catwoman

segunda-feira, julho 20, 2009 12:51:00 da tarde

Looooooooooooooooool afinal os comentarios aparecem logo eheheehheheheeh

Que croma hihihi

Beijinhos :)

  Catwoman

segunda-feira, julho 20, 2009 12:53:00 da tarde

Opa sou mesmo loira hihi já vi o mail.. tou zombie.. mas pronto ja pedi :)

Sorry

  Jane Doe

segunda-feira, julho 20, 2009 1:42:00 da tarde

Realmente... Nota-se logo a diferença!

:)

  Ana

segunda-feira, julho 20, 2009 3:15:00 da tarde

Ena. Que coincidência. Também me ia pôr a dissertar sobre o tema, lá no meu canto, por razões muito próprias. ;-) Coincidência gira mesmo :) :D É que, eu explico melhorzinho, faz hoje, exactamente, 9 anos :).

  Anónimo

segunda-feira, julho 20, 2009 7:41:00 da tarde

É difícil eu concordar logo com tudo, ou emocionar-me assim do nada.
Mas ao ler este post, aconteceu.

  I.D.Pena

segunda-feira, julho 20, 2009 9:35:00 da tarde

Bruno, essa da melhor foda fez-me lembrar o filme atração fatal em que aquele otário diz que foi a foda do século , ainda hoje rio-me dessa cena. Porque é um absurdo.

Okay eu já senti algo parecido com isso por algumas poucas e raras pessoas, foram apenas momentos curtos e tão efémeros , mas ao mesmo tempo e estupidamente uma paz à qual todos(ou quase) ambicionam a puta da eternidade.

É certo às vezes é tão forte que até assusta ...

Tens toda a razão ,o amor é perda ,amar é sofrer e daí tantos receios, e depois depende tanto de pessoa para pessoa porque todas têm a sua composição única , e uma atitude espiritual diferente.

Uns só sabem receber outros não sabem dar, outros só querem outros, e uns só querem é paz e e sossego...

Eu acho que o conceito do amor ficou tão Banalizado que já parece uma espécie de culto e religião onde é preciso cortejar , flirtar ,etc , e cumprir uma espécie de ritual enjoativo na minha opinião, como se amar fosse isso, uma mera obrigação.

Acredito em gestos ou atitudes, não quero saber do que perdi, quero saber o que aprendi.

Acho que para se aM~ar é preciso ter paciência e espaço para abarcar e aceitar, confesso para alguns homens nem sempre tenho paciência, porque nem todos nós estamos ao mesmo ritmo , nem todos nós vivemos da mesma forma, e todos temos prioridades diferentes...

Na minha faixa etária ,20-30 , existe uma urgência estupida , mas mesmo estupida em que só faz sentido se não estiveres só
É estupido porquê ? Porque acho que as pessoas aprendem é estando sós, para além do mais nunca sairemos da cepa torta enquanto pensarmos só em não estar sós. É hipócrita, conveniente e comodista, é como não aceitar a eventualidade da morte .

É a tal cena que muitos n compreendem "let it flow" , e acrescento while it still flows.

Todos tentamos explicar algo tão efémero como o amor , ou como o sentir à vontade ou cpk que nos sentimos cumplices com x e não com y, mas a verdade é que as coisas apenas são como são.

Hummm.

É estranho já é a 3ª vez que falo disto hoje (mas com amigos com problemas de casal) o problema era a rotina, ou melhor aborrecimento...OU TÉDIO. Aqueilo que mais abomino.

O tema é interessante e profundo , demonstra que estás empenhado na tua própria evolução...

Duma coisa tenho a certesa ainda não desisti de um dia interlaçar a minha alma com alguém que me mereça por completo , e quando esse dia chegar hummmm :D n me interessa se é por muito ou pouco tempo :)

Sweet kisses

  Mistal

terça-feira, julho 21, 2009 6:27:00 da tarde

Olha eu estou com a Abobrinha e não abro. É tudo muito bom até ao momento que cai por ai abaixo. ja me deixei disso que depois custa muito voltar ao topo. Tb quero um amor sereno se acaba foi bom mas tb não deixa muita mossa

  Mafal∂a

quarta-feira, julho 22, 2009 8:47:00 da manhã

o essencial é mesmo conhecendo a dor de perder alguem, a dor de quase morrermos sem o seu abraço..ou no seu abraço...que não tenhamos medo....de querer voltar a sentir tudo de novo, vezes e vezes sem conta..é sinal que o nosso coração ainda vive, que sobreviveu de um dia.

Vamos tomar o pequeno almoço? acabei de escrever as últimas palavras do meu relatório de estagio!.weee..weee...sabe BEM!

  Bruno Fehr

segunda-feira, agosto 03, 2009 2:36:00 da tarde

Jane Doe:

"A tua descrição de amor é muito... interessante, mas digamos... irreal."

A realidade é algo pessoal e não geral, a tua realidade difere da minha com da de toda a gente.

"Não, nunca senti assim nada por alguém, logo eu não acredito nisso."

O que não faz irreal só por não teres sentido.

  Bruno Fehr

segunda-feira, agosto 03, 2009 2:36:00 da tarde

mf:

"Só não acho que tudo se transforme e acabe em dor. Acho é que nós podemos olhar o amor de várias perspectivas."

Se tiveres uma noção real de dor, tudo é dor pois há dores boas, más e dores das quais precisamos de maneira a seguir em frente.

  Bruno Fehr

segunda-feira, agosto 03, 2009 2:36:00 da tarde

Jane Doe:

"O que é, afinal, isso do amor?!"

Algo que se sente e não pode ser descrito em palavras ou explicado. Algo que por mais que se tente definir acaba por não ser uma descrição mínima do sentimento. É o assunto do qual mais se escreve e menos se sente.

  Bruno Fehr

segunda-feira, agosto 03, 2009 2:37:00 da tarde

Abobrinha:

"O amor devia ser mais sereno. Eu quero um amor sereno..."

Não será isso carinho?

  Bruno Fehr

segunda-feira, agosto 03, 2009 2:37:00 da tarde

Teté:

"Concordo que o amor não é indispensável, mas que nos faz sentir bem... lá isso faz!"

Bem e mal.

"Mas a paixão - que me parece ser do que falas - nem por isso!"

Mas não é do que falo, falo de amor, pois paixão é um sentimento tão comum que é facilmente transposto em palavras. A paixão não magoa!

  Bruno Fehr

segunda-feira, agosto 03, 2009 2:37:00 da tarde

Fada:

"As coisas boas, nunca as esquecerei"

Nem as boas nem as más.


"A dor é uma constante da vida, tal como a ausência dela.
Tem a importância que lhe quiseres dar e dura enquanto a alimentares."

Eu não disse que ela tem importância, digo que ela é uma constante.

"Só o Amor é real, afirmei eu no post de hoje."

O amor é real, nós que nos colocamos num mundo irreal quando afectado por ele.

"Queres conhecer uma pessoa especial, a quem entregarás o teu coração, mas passado pouco tempo irás perdê-la e o teu coração irá partir-se aos bocadinhos, ou preferes não a conhecer nunca e nunca sofrer?"

Há anos que tenho a responder a essa pergunta. Nunca consegui responder, nem acho que consiga responder sendo honesto.
Terias desistido dessa pessoa por medo de sofrer?

"A dor só governa quando permites. Pois mesmo nas perdas, e na saudade, só tens de ver os ganhos."

Não disse o oposto, só falo na dor como uma presença, está lá. Nem que seja aquela dorzinha boa no estômago quando nos apaixonamos. Má ou boa, dor é dor.

  Bruno Fehr

segunda-feira, agosto 03, 2009 2:37:00 da tarde

luafeiticeira:

Passarei por lá.

  Bruno Fehr

segunda-feira, agosto 03, 2009 2:38:00 da tarde

HAZEL:

"E vejo que também já sentiste isso. Ou não o saberias descrever tão bem..."

Sentir sim, mas descrever bem não é verdade, mas gostaria de conseguir descrever bem um sentimento, acho que seria o primeiro ser humano a conseguir.

  Bruno Fehr

segunda-feira, agosto 03, 2009 2:38:00 da tarde

Catwoman:

"andei a ver se tinhas mail e não encontro :)"

No perfil.

O livro em questão só existe em formato pdf em Inglês, e como os tugas não traduzem nada, precisas esperar pelos brasileiros.

  Bruno Fehr

segunda-feira, agosto 03, 2009 2:38:00 da tarde

Jane Doe:

"Realmente... Nota-se logo a diferença!"

Ahahahah, bem visto.

  Bruno Fehr

segunda-feira, agosto 03, 2009 2:38:00 da tarde

Vani:

"É que, eu explico melhorzinho, faz hoje, exactamente, 9 anos :)."

9, bolas é muito ano :)

  Bruno Fehr

segunda-feira, agosto 03, 2009 2:39:00 da tarde

Cris...:

Obrigado.

  Bruno Fehr

segunda-feira, agosto 03, 2009 2:39:00 da tarde

I.D.Pena:

"Bruno, essa da melhor foda fez-me lembrar o filme atração fatal em que aquele otário diz que foi a foda do século , ainda hoje rio-me dessa cena. Porque é um absurdo."

Tal como todo o filme o é, está bem no topo da minha lista de filmes em que perdi tempo precioso da minha vida.

"Eu acho que o conceito do amor ficou tão Banalizado que já parece uma espécie de culto e religião onde é preciso cortejar , flirtar ,etc , e cumprir uma espécie de ritual enjoativo na minha opinião, como se amar fosse isso, uma mera obrigação."

É visto assim pela sociedade, é obrigatório amar e se não se ama é obrigatório dizer que sim.

"Todos tentamos explicar algo tão efémero como o amor , ou como o sentir à vontade ou cpk que nos sentimos cumplices com x e não com y, mas a verdade é que as coisas apenas são como são."

Sim, aparentemente simples mas impossíveis de explicar.

  Bruno Fehr

segunda-feira, agosto 03, 2009 2:39:00 da tarde

Mistal:

"É tudo muito bom até ao momento que cai por ai abaixo. ja me deixei disso que depois custa muito voltar ao topo."

Todos nos deixamos disso até ao dia em que não conseguimos controlar a situação.

  Bruno Fehr

segunda-feira, agosto 03, 2009 2:39:00 da tarde

Mafal∂a:

"o essencial é mesmo conhecendo a dor de perder alguem, a dor de quase morrermos sem o seu abraço..ou no seu abraço...que não tenhamos medo....de querer voltar a sentir tudo de novo, vezes e vezes sem conta..é sinal que o nosso coração ainda vive, que sobreviveu de um dia."

Isso é verdade, mas quem passou por isso duvida sempre do sentimento assim que o sente.