Editar em Portugal


Harry Potter.

Os livros tiram-me do sério, não os li, nem tenciono ler nenhum deles. Os filmes infelizmente vi. Vi o primeiro e adormeci no cinema, acordei no intervalo, mesmo a tempo de ir comprar pipocas. Acabei por ver a segunda parte, graças às pipocas. Tenho de dizer que não gosto de pipocas mas, entre pipocas e o filme, preferia comer 5 quilos delas.

Se acham que repeti muitas vezes a palavra "pipocas", desculpem lá, mas é que eu gosto do som desta palavra. Pipocas. Pipocas.


Estes livros batem recorde, atrás de recorde de vendas. A sua autora é hoje a mulher mais rica de Inglaterra. Porquê? Não me digam que é por a estória ser boa, porque não é.

Se o criador de Harry Potter fosse um Português, o mais provável é nunca ter sido editado e mesmo que fosse, chegar a filme seria uma utopia.

As editoras Portuguesas são uma tristeza. Escrevemos um livro, enviamos a meia dúzia de editoras. E só passado um ano, (mais ou menos) quando nos esquecemos que escrevemos esse livro, elas começam a responder. Isto quando respondem. Será que a malta lá nas editoras sabe ler ou ainda soletram?

Se a editora gostou do livro, isso não significa que ele seja editado. A editora simplesmente está aberta à possibilidade, se o autor garantir a compra de 100 ou 200 exemplares (depende da editora). Ora merda, porque raio irei eu comprar 200 exemplares do livro que eu escrevi? Se o fizer, irei perder dinheiro.
Ora vamos fazer contas (por excesso) e partir do principio que a editora quer garantias sobre 200 exemplares:

Vamos imaginar que o livro custa 15 Euros, ao comprar 200 exemplares do meu livro, faço um investimento de 3.000 Euros. Agora, tendo em conta que o autor recebe 10% do valor de venda de cada exemplar, recebemos 1,5 Euros por livro. Isto significa que temos de vender 10 livros para recuperar o valor de 1 dos que comprámos. Eu sou uma bosta a matemática mas, só para recuperar o nosso investimento temos de vender 2.000 livros. Para um autor desconhecido, 2.000 exemplares vendidos, numa primeira edição seria um sucesso.

Acho triste as editoras Portuguesas quererem que seja o autor a pagar a publicação de um livro. Nada mais lhes é exigido, do que investir num projecto que acreditam. Se gostaram do texto é porque ele tem potencial. Não, não arriscam nada. Porra, assim também abro uma editora, o escritor paga, eu mando imprimir e entrego a uma distribuidora. Depois é só ficar ali com o dedo no cu à espera dos lucros. Sim, porque a editora tem sempre lucro.
Toda a gente sabe que um escritor não pode viver da escrita em Portugal, muito menos quando tem de vender 2,001 livros para ter lucro.

Mais ridículo é quando a editora se oferece para publicar algo, sem que seja o escritor a "oferecer-se". Aí, se o escritor é desconhecido, o negócio faz-se por 50 livros pvp. Meus senhores das editoras, porque é que não vão comer merda às mão cheias?

Quem escreve, escreve ou deveria fazê-lo, por gosto. Editar, não é mais do que partilhar um pouco se nós. Não é pensar que vai ser rico, pois não vai. Isto é Portugal, se o livro for muito bom, na melhor das hipóteses, será editado no Brasil. As editoras não pensam que se os Portugueses gostaram do livro, talvêz os Ingleses gostem também. Não. Por melhor que o livro seja, ele nasce em Português e morre em Português.

Acho uma idiotice, pagar para ver o nosso livro perdido em prateleiras de livrarias. Ok, um amigo meu disse-me, "pode ser que ninguém leia o que escrevo, mas eu sei que está alí, um pedaço de mim ao alcance de qualquer pessoa". Tudo bem, eu respeito. No meu caso, se não tenciono ficar rico por escrever umas páginas, muito menos tenciono gastar ao fazê-lo.

36 Comentários:

  luafeiticeira

terça-feira, agosto 07, 2007 12:07:00 da manhã

É evidente que tens razão, a publicidade é muita e se a autora fosse portuguesa...enfim, já se sabe, mas eu quando li o primeiro livro ainda ninguém tinha ouvido falar de harry Potter, gostei, recomendei e as outras pessoas gostaram, nem é preciso dizer que os filmes são uma merda ao pé dos livros. De toda a forma verdade seja dita que esses livros levaram muitos jovens portugueses a ler muitas vezes os seus primeiros livros) e a gostarem de ler e isso é importante.
jocas

  AmSilva®

terça-feira, agosto 07, 2007 4:25:00 da manhã

eu quando aprender a ler, vou pensar nisso de escrever um livro, mas como em portugues nao faz sucesso, vai sair mesmo em ingles, pode ser que assim pegue...
ainda há muita gentinha que so acredita depois de ver, e nestes casos devia ser exactamente ao contrario mas...

luafeiticeira
so um commment, seja qual for o livro que se leia antes de ver o filme será sempre melhor, são os detalhes da escrita, em contrapartida com os detalhes na tela, pode te passar algo, basta um olhar para o lado; o livro no meu ver é mais cativador

  Babe Certificada

terça-feira, agosto 07, 2007 9:37:00 da manhã

Há tempos vi uma noticia de um fulano que pegou no livro da Jane Austen "Orgulho & Preconceito", fez-lhe umas alterações e levou-o a 5 editoras inglesas. Nenhum considerou o livro bom o suficiente para ser editado e apenas 1 disse ter encontrado algumas semelhanças entre os 2 livros.

Além das dificuldades que falas, ainda é preciso que o livro tenha os ingredientes necessários para vender: sexo, corrupção, violência...

  Francis

terça-feira, agosto 07, 2007 12:56:00 da tarde

por isso ela se divorciou do marido, portugues e viviam no porto, para ter sucesso...voilá.

  Anónimo

terça-feira, agosto 07, 2007 6:03:00 da tarde

Eu desconhecia esse pormenor de serem os autores a pagar o próprio livro. Isso é ridículo! As editoras de cá têm mesmo mentalidade do século passado. Desse modo desperdiçam histórias com potencial e só publicam merdas sem jeito nenhum tipo "Eu, Carolina", ela nem sequer precisou de melhorar o título , para algo do género "Eu, Puta". lol

E falando no Harry Potter, por acaso viste na televisão as figuras ridículas dos fans? Por mais que goste de um livro eu nunca, mas mesmo nunca, iria para uma fila de 1Km, durante umas 7 horas para comprar a merda de um livro! E aqueles gritos histéricos e fatos ridículos. Arranjem uma vida minha gente!!!

  Shadows in Love

terça-feira, agosto 07, 2007 7:33:00 da tarde

Quanto ao Harry Potter também não li, mas gostei dos filmes, qaunto ao livros tens razão em POrtugal não dá para se ser escritor... ainda bem que eu não quero...

  Bruno Fehr

terça-feira, agosto 07, 2007 8:37:00 da tarde

luafeiticeira:

Concordo que seja importante haver livros que levam as pessoas a ler, a questão é, se gostar desse livro levará as crianças a lerem mais. Se assim for, serei o primeiro a fazer uma vénia ao livro.

  Bela Sonhadora

terça-feira, agosto 07, 2007 8:37:00 da tarde

pois eu aqui vou fazer de advogado do diabo... eu cá adorei o Harry Potter e por favor ou eu sou muito ingenua ou entao nao sei, mas se uma rebelo pinto que publicou nao sei quantos livros com a mesma historia mas mudando apenas o nome das personagens tem editora e é traduzida pelo menos para espanhol, como é que no caso se o Harry Potter fosse em portugues nao seria?

Será as nossas editoras tem tao pouca visao ou ja é mesmo mal de todos os portugueses??

ps: eu adorei os livros mas detestei os filmes e tal como amsilva disse, é raro, aliás, nem me lembro de alguma vez ter gostado de um filme do qual tinha lido o livro em que se baseou...

besitos!

  Bruno Fehr

terça-feira, agosto 07, 2007 8:39:00 da tarde

Amsilva:

Houve diversos filme que me levaram a ler o livro, diversos livros que me levaram a ver o filme. O livro é sempre melhor. Tal como o primeiro filme é sempre melhor do que o 2 ou o 3 ou o décimo.

  Bruno Fehr

terça-feira, agosto 07, 2007 8:41:00 da tarde

Babe:

Isso é outro ponto importante. Se por exemplo o Miguel Esteves Cardoso, escrever um livro inteiro em Polaco, acredita que será editado, venda que não venda. É preciso ter nome.

Porque acham que o Blogue "O Meu Pipi", foi editado, era um desconhecido? Não acredito.

  Bruno Fehr

terça-feira, agosto 07, 2007 8:43:00 da tarde

Francis:

Como um marido era Português, o melhor era divorciar-se antes de se tornar a mulher mais rica de Inglaterra, caso contrário teria que dar metade ao marido. Foda-se, hoje até eu me divorciava dela. Metade? Que se foda o amor :)

  Bruno Fehr

terça-feira, agosto 07, 2007 8:45:00 da tarde

Skynet:

Atenção que um livro chamado "Eu puta", iria vender muito bem. Em Portugal ainda se compram livros por terem uma capa bonita, ou um título atractivo.

Concordo, seria o mesmo que estar à entrada de uma sex shop, à espera do lançamento de um novo vibrador, com um enfiado no cu!

  Bruno Fehr

terça-feira, agosto 07, 2007 8:48:00 da tarde

shadows in love:

No entanto se um Português edita lá fora, as editoras Portuguesa até lhe beijam o cu.

No caso da musica, os Moonspell não valiam a ponta de um corno em Portugal, editaram em França e depois na Alemanha e fazem sucesso por estes lados! Quem tem o poder de editar em Portugal, livros ou música, so edita merda... lembram-se do Zé Cabra?

  Bruno Fehr

terça-feira, agosto 07, 2007 8:52:00 da tarde

bela_sonhadora:

Não seria, porque a autora não tinha nome. Se a Ana Malhoa escrever um livro sobre merda, será editado e traduzido se for preciso. Porquê? Porque já tem nome.


Só conheço um livro em que o filme foi igualmente bom "What dreams may come", em Português teve o nome "Para além do horizonte". Claro que o Robin Williams ajudou, mas ambos filme e livro estão no meu top!

  Babe Certificada

quarta-feira, agosto 08, 2007 9:11:00 da manhã

PS: Já perguntaste ao Rafeiro Perfumado como é que ele editou o livro dele?

  Bruno Fehr

quarta-feira, agosto 08, 2007 11:47:00 da tarde

Babe:

Não lhe perguntei, julgo que não tenho nada a ver com isso. O meu texto tem como base as informações que tenho das maiores editoras Portuguesas. Eu já trabalhei com muitas delas, por isso conheço o ramo.

  Anónimo

sábado, agosto 18, 2007 11:46:00 da tarde

Gostei do que disse. Eu que pretendo editar meus livros, o mais provável é fazê-lo na Espanha.
Não me orgulho de ser portuguesa nestes momentos, só quando Portugal joga futebol e ganha, pois é só no futebol que este país se interessa!

  Bruno Fehr

segunda-feira, agosto 20, 2007 8:04:00 da tarde

Anónimo:


Não é por acaso que Portugal, um país com 10 milhões de habitantes tem 3 jornais diários desportivos. Nós não pensamos nisso, mas ter 3 jornais desportivos diàrios, é um sinal que a malta não lê outra coisa. Temos mais jornais desportivos que certos países com 10 vezes mais habitantes.

Querer ser editado é um objectivo como qualquer outro. Não sei até que ponto, editoras Espanholas estão dispostas a apostar em novos escritores Portugueses.

O que lhe posso dizer é que o sitio mais fácil para editar em Português é sem dúvida no Brasil.

  Anónimo

sábado, setembro 08, 2007 3:02:00 da tarde

Acabaste de conhecer...bem, nem acabar nem conhecer, não interessa...a MAIOR FÃ de livros de Harry Potter...Sim, livros, os filmes estão uma desgraça...
Épa, eu empresto-te todos, versão inglesa inclusivé, a partir do 5º livro já não queres outra coisa...:P

  Bruno Fehr

domingo, setembro 09, 2007 2:49:00 da tarde

Musa:

Ahahahahaf, quer dizer tenho de gramar com 4 livros antes de me apaixonar pela série?

  Krahedame

sábado, maio 02, 2009 1:14:00 da manhã

Por isso é que, cada vez mais, surgem esses livros de merda escritos por pseudo-escritores que:
a)São ricos e não sabem em que gastar dinheiro.
b)Se tornam conhecidos por investigarem algum crime de contornos macabros, assunto acerca do qual todo o bom português tem de estar informado.
c)Se tornam conhecidos por terem cometido os crimes descritos na alínea anterior.
d)São "socialites" e outros que tais que conspurcam, ainda mais, a já podre cultura portuguesa com biografias que não interessam a qualquer humano cujos neurónios ainda funcionem minimamente.
e)São as Margaridas Rebelo Pinto cá do sítio com aquelas historiazinhas maravilhosas que dispensam comentários.
Qual Fernando Pessoa, qual Camões, qual Almeida Garret, qual Camilo Castelo Branco? Para quê o talento quando se tem fama e/ou dinheiro? Enfim, salvam-se pequenas excepções, lembrei-me agora de José Luís Peixoto, por exemplo, novo, talentoso e que domina ambas as artes de escrever bem e de bem escrever.
(Sei que o post já é muitíssimo antigo, mas como adoro o blog ando a ler todos os posts que me escaparam e não resisti a comentar)

  Bruno Fehr

sábado, maio 02, 2009 1:25:00 da manhã

Krahedame disse...

Sim, a literatura em PT está mesmo mal, sao blogues livro, jogadores da bola a escrever, malucas que falam com Jesus, fritas da tola a falar mal do ex, ex-policias a falar de mortes de crianças, etc, etc, etc

"salvam-se pequenas excepções, lembrei-me agora de José Luís Peixoto, por exemplo, novo, talentoso e que domina ambas as artes de escrever bem e de bem escrever."

Só é pena que tenha dado o seu nome a um prémio onde novos talentos são furtados da sua propriedade intelectual, devido ao sonho de publicar.

  Guernica

terça-feira, junho 23, 2009 11:45:00 da tarde

Apesar de ter lido todos os livros do harry potter, e ter gostado bastante, os filmes deixam muito a desejar.
Relativamente ao panorama portugues, aposta-se muito pouco em livros de jeito. A tecnica deles é escrever um livro que apresente soluções para os problemas actuais (crise, dinheiro, gajas, etc). Apresentam soluções ficticias, que não servem para nada no mundo real. Depois fazem uma capa, em k dizem que o livro é a solução para todos os problemas.
As pessoas como conseguem ser bastante estupidas acreditam naquela ilusão, e compram o livro.
Exemplo disso é o famoso livro "O Segredo", em que supostamente apresentam a solução para realizar todos os nossos sonhos.
Confesso que comprei o livro, e li aquilo tudo. Não gostei. Quer dizer... guei-me por um impulso estupido de querer saber o segredo para o sucesso. Foi estranho que nunca vi solução para nada. Pelo menos uma solução nova que ninguem soubesse. A unica coisa que eles dizem ao longo de todo o livro é que sem esforço e força de vontade não se consegue realizar os objectivos.
Este segredo já eu sabia.
O segredo foi "como fazer um livro sem conteudo, mas levar milhões de pessoas a compra-lo".
Que belo segredo

  Anónimo

sexta-feira, novembro 13, 2009 12:12:00 da tarde

Olá, li o que escreveste e subscrevo por baixo. Infelizmente, em Portugal é o panorama que se tem. Também andei a "apalpar terreno" nas editoras, muitas queriam ficar com o meu livro, davam-me 10 % mas... eu teria que comprar livros meus... Xóooo, estão doidos e recuso-me tremendamente a fazê-lo, para tal mais vale o e-book. Nesta correria, uma outra propos-me ficar com o livro e dar-me 3% sobre a venda, sim três % enfim, no comments... mas entre os 3 % e não ter que pagar do meu bolso, a receber 10 % e ter que os pagar, preferi a opção 3 %. A questão é : como pode um escritor sobreviver?
Tenho conhecimento de nomes (que não vou revelar, basta estarem atentos á comunicação social) de pessoas que nunca escreveram nem tinham intenção para tal, só porque são nomes conhecidos da TV, a editora pediu-lhes ( sim pediu-lhes)para que escrevessem um livro, e ofereceu-lhes 25 % sobre as vendas. Assim está bem, é justo e é o que ditam os direitos de autor. Isto só está bom para os "grandes" que têm o nome na boca do povo mesmo que nunca tenham sido escritores, porque os pequeninos, para esses sobram as migalhas, e quando sobram... Enfim que tristeza!!!

  Anónimo

terça-feira, dezembro 15, 2009 5:26:00 da tarde

Eu tenho acompanhado as vossas preocupações, há anos que tento editar mas de facto é quase impossivel.
Vou analisar um pouco a ideia do e-book. Pode ser interessante.

Sabem já pensei colocar o livro em ingles e enviar para editoras inglesas ou americanas, sei lá, talvez seja mais fácil.
Por aqui é muito complicado mas, o povo também não lê.

Ou seja lê quando é alguém conhecido que escreve mesmo que seja uma grande chachada, eu já tentei ler, e alguns casos são uma chachada mesmo.

Portanto não sei se a culpa é das editoras ou do mercado por esse ponto de vista talvez escrever em chinês ou qualquer coisa assim e mudar de mercado...

  Santiago

quinta-feira, janeiro 13, 2011 1:17:00 da manhã

Acho uma verdade. Já tive experiencia de tratar com varias delas. Mas tambem tentei Na Espanha e GB. O facto é que eles todos querem lucros, o que acho muito bem, mas para os autores... Nada. Um deles disse-me que o meu livro teria um so menos de 10% de sucesso de ser aceite numa edioral. Entao? Pois mandei para os USA e ai ja falaram comigo de bons preços. Mesmo aqueles que nao estavam interesados, responderam. Cá, nem ao email. Editoras Espanholas e Portuguesas não prestam.

  Anónimo

segunda-feira, março 12, 2012 6:37:00 da tarde

Musa:
Concordo plenamente contigo! Também eu sou um fã mas mesmo fã dos livros harry potter!

Eu vim parar a este site pois sonho em ser escritora, e ando a pesquisar opiniões de variados "blogers".
BJs
M.S.M

  Unknown

sexta-feira, outubro 05, 2012 3:15:00 da manhã

olá.
Li todos os comentários aqui exposto, e sinceramente fiquei com medo e muito triste pq também quero ser escritora. eu so escrevo ficção cientifica e fantasia. queria postar o meu livro em editoras, mas vendo bem nao vale a pena pois livros de ficção viram semp filmes e claro que aqui em PT isso nunca iria acontecer :( ja que se esquecer que o mundo lá fora é grande, olha vou ter que ver outras maneiras, pq aquilo que escrevo é de longe uma porcaria.

  Unknown

sexta-feira, outubro 05, 2012 3:18:00 da manhã

Santiago, seria muito pedir para me disseres quais as editoras da USA a que enviaste, e a morada.... claro se nao for incomodo ou pedir demais..

  Anónimo

terça-feira, outubro 23, 2012 2:46:00 da tarde

Como alguém já disse, vendem apenas os conhecidos. Ou não se lembram da streeper Leonor? Da Arlinda Mestre? E no Plano Nacional de Leitura quem ganha? Apenas os conhecidos, António Mota, por ex. Não que ele escreva mal, mas há gente melhor.As Editoras querem ganhar? Claro! Mas os autores também merecem. O problema é que ninguém compra livros de desconhecidos.

  Anónimo

sexta-feira, novembro 02, 2012 8:37:00 da tarde

Compreendo perfeitamente os desabafos quanto aqueles que queiram publicar as suas primeiras obras. Temos de pagar e não sabemos sequer se as editoras gostaram daquilo que que escrevemos porque não é feita qualquer apreciação, crítica ou sugestão de alterações.Apenas nos dizem que temos que pagar por um x nª de livros sem sabermos sequer se aquilo que escrevemos tem qualquer valor.

  Eliana Barroso

domingo, dezembro 09, 2012 12:38:00 da tarde

Ola ! Sou brasileira e escrevi um livro que gostaria de ver traduzido para o francês,mas a empresa de traduções pede muito caro (quase 10 mil euros para 147 paginas!) e achei melhor envia-lo para uma editora portuguesa,que nunca me contactou (editora Prumo),mesmo com minha garantia de pagamento etc.Quer dizer,as editoras querem nos enganar de alguma maneira,depois que o livro é publicado cheio de defeitos nada se pode fazer,nem indenização pelos estragos (no nome do autor!) nem pedido de desculpas.Este setor é uma merda,seja em Portugal ou no Brasil,por isso tantos talentos sao desperdiçados,e prêmio de literatura so para alguns privilegiados amigos de politicos.Tenho dito.Abs !

  Luís

sábado, junho 08, 2013 10:05:00 da tarde

Só agora vi este Post...

Interessantíssimos opiniões, não sabia que eramos tantos a navegar neste barco. Reconheço-me na questão da compra dos 200 livros e dos 10%, aconteceu-me o mesmo. Não segui em frente pelos mesmos motivos do autor do post. Não critico quem o faz, o Saramago começou dessa forma mas para mim ainda é díficil engolir. Em relação ao Brasil, nos últimos anos tentei contactar várias mas não obtive resposta. Darão prioridade a autores brasileiros acredito e fazem muito bem.

Por outro lado, concordo com um dos comentários acima. Se eu fosse gestor de uma editora em Portugal tendo em mente que tenho de ter lucro para pagar os meus empregados que sustentam famílias, teria de perceber o mercado para que trabalho e agir em conformidade. A editora vai publicar o livro que o mercado compra que não é necessáriamente o livro de qualidade ou o livro que o próprio editor gosta. Tem a ver com o leitor e não com a editora.

As editoras anglo-saxónicas têm um mercado potencial imenso e têm penetração nos mercados umas das outras, ou seja, as editoras americanas trabalham no mercado inglês, autraliano, etc e vice-versa. Neste momento, das editoras portuguesas, só a Leya está a apostar em todos todos os mercados lusófonos com força. Portanto se temos um mercado potencial de 10 milhões em que temos, talvez, 1 milhão de leitores mais ou menos assíduos (provávelmente são menos), as editoras trabalham no limite da sobrevivência.

Fico triste com isto, tal como todos vós mas é o mundo em que vivemos. Desejo-vos sorte e perseverança.

P.S. Sou fâ de Harry Potter, são livros brilhantes a todos os níveis. Não são, claro está, obras filosóficas e intelectuais, são puro entretenimento, fantasia e imaginação. E são obras fantásticas, o sucesso que tiveram não vem do acaso. Ao mesmo tempo sou fã de Camus, Pessoa, etc... Uma coisa não invalida a outra. E parabéns aos jovens escritores portugueses que conseguiram, os muito poucos e que são fantásticos. Alguns exemplos: Gonçalo M. Tavares, José Luís Peixoto, Valter Hugo Mãe... Nenhum deles edita preferencialmente com editoras portuguesas... :(

  Camilo

segunda-feira, setembro 02, 2013 3:11:00 da tarde

Texto bem esgalhado... que só peca por defeito.
Um Abraço e... até "breve".
(Este "breve" quer dizer... até à apresentação dum livro que tenho, e que passa pelas condições que "explica").
Já me esquecia:
Com um BALDE DE MERDA bem cheio para as "editoras" nacionais...

  Leandro Lobato

sábado, setembro 06, 2014 8:04:00 da tarde

Muito Bom. Gosto da tua frontalidade, tens toda a razão. Na Inglaterra, este tipo de editoras designam-se por ´vanity publishing`que por incrível que pareça, uma das primeiras autoras a publicar neste regime foi a notável Virginia Woolf.

Temos que modificar os maus hábitos Portugueses. Publicar outros, com qualidade, e que não enveredam pelo sistema reles de marketing (da propaganda existencial)

  Leandro Lobato

sábado, setembro 06, 2014 8:04:00 da tarde

Muito Bom. Gosto da tua frontalidade, tens toda a razão. Na Inglaterra, este tipo de editoras designam-se por ´vanity publishing`que por incrível que pareça, uma das primeiras autoras a publicar neste regime foi a notável Virginia Woolf.

Temos que modificar os maus hábitos Portugueses. Publicar outros, com qualidade, e que não enveredam pelo sistema reles de marketing (da propaganda existencial)