Bastidores da música (Parte 37) Christina Aguilera

Juntamente com Britney Spears e Justin Timberlake, Christina Aguilera veio do programa Clube do Rato Mickey da Disney. Como já referi num texto sobre alguns desenhos animados (tema a desenvolver) sobre a nova banda teenager desta empresa (Jonas Brothers) e muito mais há a dizer das raízes e suspeitas de pedofilia que recaem sobre a família Disney e o seu fundador Walt Disney, nenhum artista vem desta empresa sem sofrer um apertado controlo.

Tal como Britney a Christina passou de um momento para o outro de menina inocente, pré-adolescente colegial a dançarina de cabaret com cheiro a puta da industria a roçar-se em tudo e em todos, sem terem passado sequer por qualquer fase adolescente ou crise de identidade, fases que nos levaram durante a adolescência a andar com certas companhias e a vestir de certa forma.

A transformação foi basicamente, disto: 


Para isto:


Se eu quero uma mulher como a da primeira foto, possivelmente terei de procurar bastante. Mas se quero uma mulher com a da segunda foto, só preciso ir ao Red Light District bem pertinho de minha casa e escolher entre as dezenas expostas nas montras, nos bares bem como nas ruas. Não tenho sequer de tentar, pois elas estão lá para lutar pelo que tenho na carteira.

Vamos analisar o vídeo desta menina chamado "Fighter". O vídeo começa por mostrar uma traça/borboleta e que simboliza uma transformação. Começamos por ver a dançarinas que dançam como bonecas de caixa-de-música mas que mexem os seus dedos como se estivessem a controlar uma marioneta de fios.



Depois vemos a Christina prisioneira dentro de uma caixa (simbologia já mencionada nesta série), sobre ela aparecem as mãos de uma dançarina mostrando que a está a controlar como uma marioneta.



Rapidamente notamos que os movimentos da Christina não coincidem com o movimento dos dedos da dançarina, na verdade a dança dela parece uma luta para se libertar da sua prisão.  Fica claro que os dedos não estão a controlar a Christina como se fosse uma marioneta. O que controlam? Bastam alguns segundo para perceber que o que as mãos estão a controlar é o manto negro que a Christina tem atrás de si. O manto negro que dá a ideia de escuridão que a tenta consumir. 

Esta imagem é alternada com outra em que podemos ver comer uma maçã simbolizando o comer do fruto proibido da árvore do conhecimento, o que revela que sabe o que está a acontecer. Come também uma banana que simboliza a cedência à tentação e promiscuidade.


A letra diz-nos que ela não se importa por todo o mal feito, pois isso tornou-a mais forte, mais sábia. Nesta altura ela liberta-se da caixa e torna-se mais aparente que o controlo dos dançarinos é sobre o manto negro e não sobre ela. O controlo é para que a escuridão a envolva e domine e para que Christina ceda espetam-lhe alfinetes nas costas uma alusão aos rituais voodoo que neste caso não é tortura física mas sim pressão psicológica para ceder ao controlo.

Nesta altura a chorar lágrimas de sangue, ela começa a ceder e canta: "Never saw it coming. All of your backstabbing so you could cash in on a good thing before a realized your game". É interessante, pois Michael Jackson disse o mesmo publicamente, que foi manipulado pela industria que tentou lucrar o máximo antes de ele perceber o que se estava a passar e quando ele percebeu nada fez desde que o deixassem criar livremente, mas quando começaram a controlar o processo criativo, ele deixou de gravar novos álbuns (Michael Jackson será alvo de uma série de textos dentro desta série).

Esta letra revela a alegórica venda da alma ao diabo (metáfora da industria), venda essa que é feita antes de se saber o verdadeiro preço e quando se percebe, regra geral é tarde demais. Ou cedem e continuam ou terminam a carreira.

A Christina nesta altura luta com as suas últimas forças mas a escuridão toma controlo total dela e ela renasce de um casulo criado pelo manto negro. A nova Christina aparece de branco, com aspecto cadavérico, pingando o que resta do negro que se desfaz no solo. No entanto a transformação não está completa, ela é então rodeada do símbolo inicial de transformação, borboletas que há medida que vão ganhando cor também ela vai ganhando cor.


A transformação está agora completa. Na presença da nova Christina as borboletas pegam fogo desaparecendo. Quando ela dá um murro na parede deixa uma mancha negra simbolizando que a escuridão que a perseguia faz agora parte dela. 

O vídeo termina com ela a dar um pontapé na câmara criando um buraco pelo qual espreita:


A simbologia do olho é conhecida já e por isso não são precisas palavras:


Este é um caso diferente da maioria, pois ela sabe exactamente o que está a fazer, sabe a agenda que tem de seguir. Ela está no escalão de Madonna, Beyoncé, Jay-Z, Justin Timberlake, Britney e muitos outros. Ao passo que a maioria nesta série é simplesmente manipulada a toque de dinheiro, passam a imagem e mensagens que lhes pagam para passar. Christina tanto sabe que após um artigo da Rolling Stone que dizia: "A Christina canta como um anjo mas passa uma imagem demoníaca", lhe perguntaram se ela não se preocupava com a imagem que estava a passar e o exemplo que estava a dar aos seus fãs, na sua maioria crianças e pré-adolescentes. A isto ela respondeu: "Não! O que faço é problema meu. Não é a minha função ser mãe da América". 

10 Comentários:

  Pedro

quarta-feira, março 02, 2011 12:55:00 da tarde

Sou um visitante regular e já aprendi imenso por aqui, sobretudo a nível de simbologia. Só não entendo o que tem a ganhar uma indústria que preza o secretismo e que é voltada para a elite com esta exposição através do mundo da música. Que ganham eles em perpassarem os seus símbolos para a comunidade em geral?! Porque motivo correrem o risco de verem a sua agenda descoberta por algo tão simples como a música?! Ainda por cima este "género" musical de treta que ninguém com um mínimo de cultura se dá ao trabalho de ouvir?!

  Anónimo

quarta-feira, março 02, 2011 8:32:00 da tarde

Para quando um artigo sobre o grande Xenomorph?

No seu "blog" no Myspace abordou muitos dos assuntos que tu próprio abordaste, com as mesmas idéias, mas anos/meses antes de tu os publicares...

http://www.myspace.com/xenomorphmusic/blog

http://www.xeno-morph.net/xenomorph/XenoFrameSet.html (Ir ao sperador "Concept"... Ou ouvir as músicas)

E ainda por cima é excelenteprodutor de psytrance...

13etmundus

  Bruno Fehr

quinta-feira, março 03, 2011 12:03:00 da manhã

Pedro:

"Só não entendo o que tem a ganhar uma indústria que preza o secretismo e que é voltada para a elite com esta exposição através do mundo da música."

Irei em breve explicar algumas agendas, o que pretendem com elas bem como falar de agendas que foram já um sucesso.

O que vias nos anos 70, 80 e 90 na música? Agendas religiosas e a agenda da droga. O rock fez tanta promoção de consumo de droga que hoje um artista drogado é visto como normal. Esta foi uma agenda de sucesso. A agenda maçónica foi tão usada em cinema e música que nos EUA já imensos políticos se assumem como Freemasons ao ponto de hoje se referirem à maçonaria, não como sociedade secreta mas sim como sociedade discreta.

Drogas, maçonaria possuem já aceitação popular. Até a agenda da emancipação feminina foi usada contra as mulheres com sucesso. Receberam direitos virtuais continuando escravizadas pela moda e ideais plásticos de beleza, no entanto com a ideia de que isso é emancipação.

As agendas, são programação que nos leva, com o tempo, a ver o inaceitável como normal. O que era inaceitável para os nossos avós, tornou-se normal para os nossos pais e o que era inaceitável para eles é normal para nós. Isto não é evolução, é programação.

  Bruno Fehr

quinta-feira, março 03, 2011 12:07:00 da manhã

Anónimo 13etmundus:

Li o teu comentário com imensas reservas que passo a esclarecer:

"Para quando um artigo sobre o grande Xenomorph?"

O Xenomorph é basicamente um DJ e tal como qualquer DJ usa a arte de terceiros para "montar" a sua arte. De acordo com a lei de direitos de autor, o que um DJ faz é plágio flagrante, mas neste momento há uma excepção que não deveria existir para este tipo de trabalho. Uma excepção que considera o mixing como um pseudo-não-plágio.

Não vejo lugar para um DJ neste trabalho sobre a industria da música.

"No seu "blog" no Myspace abordou muitos dos assuntos que tu próprio abordaste, com as mesmas idéias, mas anos/meses antes de tu os publicares..."

No blogue dele não encontrei nada, se puderes dar um link onde eu possa confrontar as ideias dele com as minhas, ficarei agradecido.
A diferença entre meses e anos é gigantesca e se puderes especificar também agradeço.

Leio este teu comentário, dizendo que ele publicou antes de mim as mesmas ideias que eu, como uma insinuação de as minhas ideias serem iguais e não semelhantes. Ideias semelhantes validam as minhas ideias ao passo que ideias de iguais insinuam plágio.

Tudo o que aparece e aparecerá nesta série é um trabalho (tal como referi no primeiro texto) da responsabilidade de Bill K., Lennon Honour e Bruno Fehr. Apesar de Lennon Honour ter deixado de colaborar nesta área em 2009, ele continua a merecer referencia neste projecto pois fez a mais completa análise que já vi da artista Rihanna. Eu e o Bill K. temos em conjunto centenas de artistas analisados, que na impossibilidade de divulgar o trabalho em formato papel devido às leis de Copyright, este trabalho será em breve divulgado em DVD (por Bill K.) sem fins lucrativos de forma a respeitar as leis de copyright.

No entanto sei que há imensas pessoas com análises diferentes e imensas com análises semelhantes, o que é demonstrativo que há de facto um gato escondido com o rabo de fora. Agora análises iguais é um tema complicado pois haver investigações em separado com resultados iguais não é coincidência mas sim cópia.

Por fim, eu não reclamo direitos de autor pois todo este trabalho assenta em opiniões pessoais sobre o trabalho de terceiros que só por si já possuem direitos de autor. Agora haver pessoas que não conheço e nunca contactei com ideias exactamente iguais é algo que duvido e para o qual olho com desconfiança.

  Anónimo

sábado, março 05, 2011 12:24:00 da manhã

Mas quais são as vantagens da agenda de drogas para a maçonaria?

  Bruno Fehr

sábado, março 05, 2011 12:37:00 da manhã

Anónimo:

"Mas quais são as vantagens da agenda de drogas para a maçonaria?"

O que é a droga senão uma dependência? O que é uma dependência senão uma forma de controlo. Qual é o objectivo da maçonaria senão o controlo total? Isto sem falar no negócio...

Não é estranho que o Afeganistão quando foi invadido pela Rússia era responsável por 30% da heroína em todo o mundo, quando os Taliban tomaram o poder passou a ser responsável por 10% e agora sob domínio USA/EU é responsável por 90%?

  Unknown

quarta-feira, março 09, 2011 9:12:00 da tarde

Eu gostava era de ter um olho como o teu, reparas nos pormenores que passam despercebidos a qq mortal.
Bem, vou aprendendo por aqui e mesmo assim já reparo em alguns pormenores espalhados por este mundo fora.
Beijocas

  Joana

quinta-feira, março 24, 2011 12:10:00 da tarde

Já viram o novo video da Lady Gaga "Born this way"? Tem todos estes símbolos super explícitos: a cabra, a pirâmide, etc.

  Andreia Pinto

sexta-feira, setembro 02, 2011 3:26:00 da manhã

Olá Bruno, confesso que já à algum tempo sigo a tua página, a qual tem tanta informação pertinente, que, por vezes, me formula mais dúvidas do que respostas... Não que o considere, necessariamente mau, muito pelo contrário, precisamos de várias perspectivas, opinões e teorias para podermos criar a nossas (teoria sem fundamento é pura especulação)! Temos sede conhecimento, e como tal vivemos numa procura constante de respostas para perguntas que por vezes não existem (respostas)...
Aquilo que retenho de alguns textos lidos é que a isto denomino de manipulação/controle de mentes! Estamos constantemente expostos a diversas formas da tal programação, mas a minha questão vai no sentido da sua utilidade, sermos todos "criados" numa linha de montagem, ficarmos robóticos?! Obviamente a questão vai muito mais além disso, poderia enumerar questões de poder economico, social, etc... mas como combatemos todas estas temeridades???
Já ouvi/li algumas coisas sobre maçonaria e iluminatti, inclusivé as suas agendas através da música e ícones, assim como já vi Zeitgeist, Anonymous , enfim... e sinceramente por vezes não compreendo nada da sociedade que vivemos, qual o nosso papel, o nosso sentido, se é que isso existe ou é apenas produto da nossa mente já condicionada!

  putoP

quarta-feira, agosto 08, 2012 2:06:00 da tarde

Boas, conheci o teu blog à pouco tempo e sinceramente passou para o topo das minhas preferências. é excelente e tenho devorado muito do que tens escrito. Parabéns.

queria no entanto fazer uma pergunta/dúvida sobre o motivo da ausência de uma banda que tinha quase a certeza que iria encontrar nesta serie e para meu espanto nem uma referência, falo dos U2!

Cps,

putoP