A última vez que escrevi sobre o 25 de Abril foi no dia 25.04.2009 (
este texto). Escrevi nesse nesse texto a minha opinião sobre a pseudo-revolução, o meu ponto de vista sobre o "equilíbrio" político em Portugal e subscrevi o que muitos "revolucionários" afirmam:
"A revolução está incompleta".
Critiquei de forma irónica e humorista, o valor dado uma música chamada: Grândola Vila Morena. Valor esse equivalente aos mais altos símbolos nacionais, quando na verdade, letra e música não valem o cotão que se acumula naturalmente debaixo de uma cama. O 25 de Abril teria acontecido independentemente do Grândola Vila Morena existir ou não. A escolha desta música foi simbólica e tanto poderia ter sido esta como a Lenda da Maria da Fonte (de longe, com mais qualidade).
Esse meu texto, levantou uma polémica imensa liderada por uma senhora, até esse dia minha leitora e até esse dia com a sua crise de menopausa sob controlo, à qual o meu texto desencadeou o processo natural de histeria e irracionalidade que essa fase da vida de uma mulher, por vezes causa.
A revolução do 25 de Abril é um dia em que os portugueses gritam liberdade, mas onde não há liberdade em questionar esse dia. Os auto-intitulados anti-fascistas usam essa data para se exprimirem livremente e castram a liberdade de quem questiona essa revolução planeada, estudada, combinada mas sempre em cima do joelho.
Como há quase um ano não fazia, sintonizei hoje a RTP internacional e em 10 minutos ouvi ou li a palavra liberdade 22 vezes. Mas que liberdade é essa? Onde está a porra da liberdade numa altura em perdemos o controlo da nossa economia para um grupo estrangeiro (FMI)? Onde está a porra da liberdade quando somos atacados diariamente por dizermos o que pensamos, se o que pensamos vai contra: Governos, Juízes e principalmente contra a maçonaria? Será a liberdade de nos podermos juntar em grupos de mais de 3 pessoas e conversar?
Que liberdade é a que nos liberta do controlo fascista e nos coloca sob controlo de idiotas incompententes, por sua vez controlados por um grupo obscuro como a maçonaria?
Vocês sabiam que durante a ditadura, Portugal tinha a mais baixa divida externa de todos os tempos? Sabiam que mesmo com ela baixa, a existente era vendida a Inglaterra? Ao contrário dos dias de hoje, em que vendemos a dívida externa a outro pais e acabamos com a mesma divida mas com outro cobrador, antigamente juntávamos volfrâmio à divida e entregávamos a Inglaterra. Desta forma ficávamos sem dívida e sem novo cobrador.
Não estou a defender um governo totalitarista, estou a afirmar um facto. A própria União Europeia tem documentado que a última vez que Portugal teve crescimento económico foi durante a ditadura e que os últimos 40 anos foram marcados por sucessivos erros económicos e políticos.
Será que não é possível ter em Portugal a responsabilidade económica dos fascistas juntamente com a ilusão democrática dos actuais partidos? Pelo menos desta forma teríamos idiotas incompetentes que agradam ao povo, como temos, mas bons a tratar da economia nacional. Será que é impossível um político em Portugal ser bom em qualquer coisa que não seja desviar assunto, desculpar-se e/ou fazer figuras tristes?
O 25 de Abril libertou-nos do fascismo? Será? Temos neste momento mais liberdade de expressão? Temos uma imprensa mais livre? Temos uma democracia de representação? O que temos é muita sorte em não termos caído num regime totalitarista de esquerda.
As pessoas ceguinhas defensoras do 25 de Abril, propositadamente ou por ignorância, não falam no 25 de Novembro. Nesse dia sim, houve uma verdadeira libertação, pois foi quando o plano de tornar Portugal numa URSS ocidental, caiu por terra. E mesmo assim foi uma fantochada (mas positiva), pois o maior traidor de Portugal (Mário Soares), simplesmente mudou de ideias a troca de dinheiro.
Os festejos do 25 de Abril, a repetição constante da palavra "liberdade" é uma acção flagrante de programação. Tanta vez a palavra é dita que eventualmente o povinho acredita que a sua definição é uma realidade no nosso dia-a-dia.
O que é o 25 de Abril afinal?
É unicamente mais um dia criado para reforçar a ideia nacionalista. Reforçar aquele sentimento de amor à pátria. Reforçar a ideia de que estamos tesos mas somos os maiores. No fundo é unicamente mais um feriado, mais uma desculpa para tirar um dia e mais um dia para juntar aos 16/17 feriados que temos e que nos colocam no topo da lista dos países que menos dias por ano trabalham... e depois, não percebemos como é que estamos em crise...
E a história do cravo? Que maravilhosa coincidência de estarem a vender cravos naquele momento. Que maravilhosa ideia de colocar os cravos nos canos das armas. Que coincidência fantástica que o puto com cara e cabelo de menino Jesus que vimos a colocar o cravo numa arma, seja hoje um destacado escravo das elites maçónicas, como reconhecido bolsista na bolsa de valores de Londres. Que coincidência fantástica que tenha sido o PS o partido mais beneficiado, o partido com uma rosa como símbolo. Irónico que a rosa vermelha se tenha seguido ao cravo vermelho, sendo que ambas são símbolos maçónicos.
Mas o que significa o cravo para a maçonaria?
O cravo é uma flor oferecida pelos maçons a quem se ama e por isso é irónico que tenha sido oferecido a militares, ou melhor, às armas desses militares.
A rosa tem o mesmo valor maçónico onde "amor" passa a "paixão" e lhe é adicionado a o significado de: dor e martírio. Muita dor e martírio espera ainda os portugueses na próxima década de ilusória recuperação económica. Dor e martírio com o patrocínio do partido da rosa em conivência com todos os outros.
Nós não precisamos de festejar o 25 de Abril. Nós precisamos de parar de viver no passado. É essencial festejar um novo dia de uma nova revolução e esse dia será quando o português quiser. Esse dia será o dia tanto faz do mês não importa do ano de 2011.
Nada de cravos, nada de rosas. Que usem Euphorbia pulcherrima Willd (chamada de: Comigo ninguém pode) que simbolizem que a vontade do povo é fodida!
Quando parti de Portugal deixei de viver no passado. Esse viver no passado é que algo que nos ensinam a fazer na escola e que nos programam a fazer durante toda a nossa vida. Enquanto nos orgulhamos da grandeza colorida do passado onde a história esconde a pequenez passada, isso impede-nos de agir no presente de modo a lutar por um futuro melhor. Que melhor maneira de festejar o 25 de Abril de 1974 do que com uma revolução com principio meio e fim? Uma revolução em que não mais se diga "25 de Abril sempre", mas sim "hoje, agora, já".