Com a crise na Grécia, Portugal e Irlanda onde a primeira ajuda monetária, logicamente, falhou e vão precisar de mais dinheiro, aparece agora uma nuvem negra sobre a Itália, Espanha e Bélgica que estão muito perto da falência e ao ter de ajudar três países com mais um pacote de ajuda monetária, eles próprios vão precisar de ajuda.
Porque motivo estes países recebem milhares de milhões e não conseguem combater a crise? Porque o dinheiro é dado com uma mão e retirado com a outra. Não existe ajuda monetária aos países em crise, é tudo treta, uma cortina de fumo para que ninguém perceba bem o que se passa. Todos os países da união Europeia precisam de pagar a sua parte nas ajudas a um outro estado membro independentemente se estão a viver uma crise ou não. A Irlanda recebeu 13.5 biliões de euros de ajuda mas teve de pagar a sua parte nas ajudas a Portugal e Grécia, o total que Irlanda pagou foram 13.5 biliões de euros. Pagou tanto como recebeu mas no final ficou com uma crise ainda maior, pois parte da ajuda foi usada e quando chegou a altura de dar a sua parte de ajuda tiveram de retirar esse dinheiro do PIB e ficando a dever o que receberam sem serem credores do que pagaram.
Este estratagema é usado para colocar mais países em crise, como Itália, Espanha e Bélgica. Estes países ao estarem em crise sem ainda terem recebido ajudas, estão unicamente a pagar as faturas dos outros e colocarem-se voluntariamente em crise.
O problema na verdade tem uma simples solução que foi logo no inicio da crise considerada pela Grécia e que depressa deixou de tocar no assunto. Não é possível que economias frágeis como as Portugal, Irlanda, Grécia, Itália, Bélgica e alguns países de leste tenham capacidade de concorrer com economias em constante a acelerado crescimento como a Alemã. Isso não é possível pois estes países não controlam a sua moeda, não a podem desvalorizar nem alterar as taxas de juros e a única solução é reduzir a despesa pública que invariavelmente piora o nível de vida da população e gera mais desemprego e por outro lado aumentar os impostos, que além de piorar o nível de vida coloca uma grande percentagem da população no limiar da pobreza.
A solução é obviamente voltar a uma moeda nacional e aumentar as exportações. Ao voltarem a ter uma moeda que podem controlar torna-se muito mais fácil recuperar as economias. Até agora só a Grécia falou em voltar ao Dracma, ideia colocada de parte assim que a elite Grega usou a maior parte do ouro do país para combater a divida, vendendo-o. Um país sem ouro (ou em alternativa prata, que muito poucos possuem) não pode suportar uma moeda nacional e é por isso que estamos a assistir a certos políticos dos países ricos a exigir que os pobres vendam o seu ouro para ajudar no combate a crise.
Portugal era no final dos anos 90 o sexto pais do mundo com mais ouro. Estes últimos governos conseguiram vender 50% do nosso ouro e como recompensa temos os Ex-Presidente do banco de Portugal agora no Banco Europeu. Portugal agora é o 16° país com mais ouro e "felizmente" já vendeu a sua conta de ouro para esta década e por isso não pode vender mais. Mesmo se vendesse todo o ouro, o dinheiro daria para pagar insignificantes juros ou 15 meses de importações e a dívida continuava na mesma.
Portugal tem ainda a capacidade de voltar ao escudo, pois tem ouro suficiente para manter uma moeda nacional. Será que o irá fazer? Não! Portugal fará o mesmo que todos os outros países Europeus e deixará as coisas rolarem como são para rolar.
Do que estavam a espera?
Depois do Tratado de Lisboa e da imposição de um Presidente da Europa não eleito pelo povo, este é o passo lógico de criar a federação de sonho das elites. Uma moeda única foi só o primeiro passo e para a semana a Europa vai discutir a união fiscal europeia. Para conseguir isto só era preciso fazer com que o contribuinte Alemão (que paga a maior fatia destas ajudas), dissessem "basta!", este basta está a ser dito não só pelos Alemães mas também pelos Ingleses e Franceses e é disto que os governos dos países ricos estavam à espera para avançar com este pedido de união fiscal.
Havendo na Europa uma moeda única, Presidente Europeu (uma espécie de Imperador pois não foi eleito e não tem poder) e união fiscal, a Europa deixá de ser um grupo de países e torna-se numa espécie de Estados Unidos da Europa, mantendo governos locais respondendo a um governo central que aparantemente é Bruxelas mas que por sua vez responde à vontade de Frankfurt que é onde está todo o poder económico europeu e que por sua vez responde a Berlim. Isto acontece, pois quem controla o dinheiro controla tudo e neste caso a Alemanha e o único pais em crescimento económico, um crescimento tão acelerado que se destaca de qualquer outro pais.
(Em breve teremos uma só estrela)
Eu percebi que havia esta intenção quando o governo alemão anunciou um redução de impostos em 2012 devido à forte economia Alemã. Esta redução foi uma surpresa geral que agradou ao povo que passará a pagar entre 1.500 e 5.000 euros por ano a menos. Mas porque motivo se reduz os impostos quando ninguém se queixa da quantia que está a pagar? Porque isto serve para aproximar os impostos Alemães dos dos seus parceiros. Desce-se na Alemanha que é o povo que mais paga ao Estado e sobem-se os impostos em todos os outros estados membros e assim, fica toda a Europa a pagar o mesmo. Aqui entra em ação a fusão fiscal Europeia que vai começar a ser discutida a pedido da Alemanha no parlamento Europeu.
Por um lado pode-se pensar que tendo a Alemanha poder sobre todas as economias da Europa, que terá a capacidade de resolver esta crise. E sim, ela será resolvida rapidamente. No entanto o plano é unicamente fiscal... Temos todos a mesma moeda, pagamos todos impostos para o mesmo saco, mas ninguém fala em equilíbrio de ordenados. Os Alemães não vão ganhar menos para ficarem ao nível dos franceses, nem os portugueses vão ganhar mais. Com estes Estados Unidos da Europa o nível de vida é mantido nos países médios, e melhorado nos países ricos e é propositadamente piorado nos países pobres pois serão esses países a fornecer a mão de obra barata.
Este ataque está já a ser feito, a Alemanha iniciou campanhas em Portugal e Espanha para atrair trabalhadores diplomados. Além da Alemanha precisar de diplomados, sabe que os diplomados destes países vão trabalhar por menos dinheiro. A saída de licenciados de Portugal, Espanha, Itália, Irlanda irá crescer a olhos vistos e desta forma irá contribuir para manter os países pobres, atrasados.
Com tantas guerras que a humanidade já teve, só temos duas numeradas e que se destacam: A primeira e a segunda guerras mundiais, onde a intenção primária era o controlo total da Europa. Por terem numeradas estas duas, logicamente sempre se falou numa terceira (por isso as numeraram). Pensava-se que poderia ser entre os EUA e Rússia, entre a China e EUA, mas não! A terceira guerra mundial já começou há muito tempo, é uma guerra politica e económica e já temos um vencedor. Não há duas sem três e à terceira é de vez. A Alemanha venceu!
Depois da moeda Europeia, Presidente Europeu, União fiscal Europeia os passos lógicos vão ser:
-Redução do poder dos governos locais.
-Reforma fiscal para imposição de um imposto único.
-Combate ao nacionalismo.
-Aumento do poderio militar Europeu (ideia já imposta no tratado de Lisboa).
-União do sistema de saúde, via privatização dos sistemas nacionais de saúde (método usado na Alemanha).
-Centralização das reformas, com perdas sérias nos descontos já feitos a nível nacional.
Como poderá uma empresa Portuguesa pagar mais pelo seguro de saúde de um funcionário do que o ordenado que lhe paga? E depois competir a nível mundial?
Como poderá ser aceitável um povo ver uma crise a desaparecer com um estalar de dedos e ver que vive pior, ganha menos e paga mais?
Os Estados Unidos da Europa sempre estiveram presentes na nossa mente. Sempre foram vistos como utopia criada por malucos das teorias da conspiração e por escritores de ficção, (Wikipedia). Mas será mesmo assim?
Eu já me considerei nacionalista, já me considerei internacionalista mas hoje considero-me humanista. Não humanista como o Partido Humanista 100% maçonico, cheio de jovens e que parece ser todo cool mas que existe unicamente para cativar os tolinhos que deixaram de acreditar na politica mas que ainda acham que votar é um dever, quando na verdade o voto é a autorização dada a um grupo de gajos para nos enrabarem nas nossas próprias casas. Gajos a quem pagamos fortunas para nos roubarem e que se estão a cagar para nós mesmo no meio de beijos, sorrisos e abraços para ganhar o nosso voto.
O verdadeiro protesto, a verdadeira revolução é o boicote ao voto que causará a ruptura do actual sistema politico e com ele o colapso desta economia virtual controlada por uma mão cheia de pessoas. O voto dá poder ao Estado, a abstenção retira parte desse poder e deixa o Estado em pânico... mas, iremos sempre votar pois somos nós que nos policiamos e os que votam vão sempre olhar com desdém e criticar quem não vota, gritando que o direito ao voto é um dever e tentando causar vergonha em quem não vota. "Se não votaste não podes criticar", quem diz esta frase deveria levar imediatamente com um tijolo na cabeça, pois para criticar só precisamos existir porque com ou sem voto os direitos são iguais e temos os direitos que nos dão e que não nos dão. Temos o direito a tudo pois temos vontade própria e temos de usar esses direitos sempre, lutando por aquilo que queremos criticando o que não queremos e que não nos agrada. Se agora temos um Presidente Europeu não eleito pelo povo, é porque demos poder àqueles que elegemos para nos traírem, elegendo eles próprios um fantoche mascarado de líder.
A cada dia que passa estamos mais próximo de perder esta luta. Isto acontece porque existem dois grandes grupos: Os que ainda acreditam no sistema politico e os que já não acreditam nele mas que sentem fé de que tudo pode mudar. Da TV ao cinema, musica e jornais, passando por feriados nacionais e festas de rua, vivemos de 3 coisas - Politica, Fé e Palhaçadas ignorando a unica coisa que dá poder ao individuo - O conhecimento.