"Pague hoje e morra quando lhe der mais jeito".
Este parece ser o lema de um anuncio publicitário num jornal Português no estrangeiro. Um dos dois jornais onde leio as maiores barbaridades que possam imaginar.
Ora, o proprietário desta funerária, especializada em transportar os cadáveres dos imigrantes falecidos, para a sua terra natal em Portugal, encontrou uma maneira de combater a crise e rentabilizar o negócio.
Porquê, cobrar dinheiro aos poucos que morrem, quando se pode cobrar dinheiro a todos os vivos que um dia inevitavelmente vão morrer? A morte é a nossa única certeza, por isso, toca a planear a nossa, já, pois amanha pode ser tarde.
A ideia consiste em levar os imigrantes a assinar um "contracto de morte". Ou seja, assinam um contracto agora e pagam, o caixão, transporte e todas as despesas fúnebres.
"Não sobrecarregue a sua família" é a frase usada para apelar ao sentimento e levar a malta a comprar já um caixote de pinho e um bilhete de ida para o cemitério.
Mas isto tem alguma lógica? Alguma vez eu autorizaria um anuncio destes num jornal gerido por mim?
Honestamente, quando eu morrer eu quero que se lixe. Quem vier atrás que feche a porta.
Então, um homem que morre velho e passou toda a vida dificuldades, para proporcionar uma vida estável e uma educação aos filhos e os filhos tadinhos, não podem pagar o enterro do pai? Tem de ser o velho a deixar a papinha feita?
Quando eu morrer, mandem-me para Portugal, ou para a lua. Enterrem-me na berma da estrada ou deixem-me do deserto para alimentar os abutres. Dissolvam-me em ácido ou deixem-me apodrecer no local onde morri. Quero é que me deixem em paz, não me chateiem. O facto de estar morto, já me deixa chateado o suficiente, ao ponto de não querer falar com ninguém.
É que é muito simples. A família não é obrigada a pagar o funeral. Basta que a família se dirija ao consulado e diga, "o meu pai morreu e eu não quero nem herança nem dívidas" e pronto, o estado passa a ser responsável. Pagará todas as despesas e ficará com os bens do defunto. É que o imigrante na Alemanha, está sujeito à lei Alemã e pode cagar na Portuguesa.
Agora eu ponho-me a pensar:
Pago já mais ou menos 10.000 Euros e posso morrer em paz, ou pego nos 10.000 Euros e vou para Bali?
Eu quero que se lixe, eu vou para Bali e se morrer lá, que seja com duas massagistas em cima de mim!
Este jornal é vendido um pouco por toda a Europa, mas vamos imaginar que os 200.000 Portugueses na Alemanha, pagam já o seu funeral. Ora, isso dá um total de 2,000,000,000 de Euros... Acham mesmo que quando morrerem a funerária existe? Ou os donos estarão no Brasil a beber caipirinhas?
Vão ser eles no Brasil e eu em Bali!
Este parece ser o lema de um anuncio publicitário num jornal Português no estrangeiro. Um dos dois jornais onde leio as maiores barbaridades que possam imaginar.
Ora, o proprietário desta funerária, especializada em transportar os cadáveres dos imigrantes falecidos, para a sua terra natal em Portugal, encontrou uma maneira de combater a crise e rentabilizar o negócio.
Porquê, cobrar dinheiro aos poucos que morrem, quando se pode cobrar dinheiro a todos os vivos que um dia inevitavelmente vão morrer? A morte é a nossa única certeza, por isso, toca a planear a nossa, já, pois amanha pode ser tarde.
A ideia consiste em levar os imigrantes a assinar um "contracto de morte". Ou seja, assinam um contracto agora e pagam, o caixão, transporte e todas as despesas fúnebres.
"Não sobrecarregue a sua família" é a frase usada para apelar ao sentimento e levar a malta a comprar já um caixote de pinho e um bilhete de ida para o cemitério.
Mas isto tem alguma lógica? Alguma vez eu autorizaria um anuncio destes num jornal gerido por mim?
Honestamente, quando eu morrer eu quero que se lixe. Quem vier atrás que feche a porta.
Então, um homem que morre velho e passou toda a vida dificuldades, para proporcionar uma vida estável e uma educação aos filhos e os filhos tadinhos, não podem pagar o enterro do pai? Tem de ser o velho a deixar a papinha feita?
Quando eu morrer, mandem-me para Portugal, ou para a lua. Enterrem-me na berma da estrada ou deixem-me do deserto para alimentar os abutres. Dissolvam-me em ácido ou deixem-me apodrecer no local onde morri. Quero é que me deixem em paz, não me chateiem. O facto de estar morto, já me deixa chateado o suficiente, ao ponto de não querer falar com ninguém.
É que é muito simples. A família não é obrigada a pagar o funeral. Basta que a família se dirija ao consulado e diga, "o meu pai morreu e eu não quero nem herança nem dívidas" e pronto, o estado passa a ser responsável. Pagará todas as despesas e ficará com os bens do defunto. É que o imigrante na Alemanha, está sujeito à lei Alemã e pode cagar na Portuguesa.
Agora eu ponho-me a pensar:
Pago já mais ou menos 10.000 Euros e posso morrer em paz, ou pego nos 10.000 Euros e vou para Bali?
Eu quero que se lixe, eu vou para Bali e se morrer lá, que seja com duas massagistas em cima de mim!
Este jornal é vendido um pouco por toda a Europa, mas vamos imaginar que os 200.000 Portugueses na Alemanha, pagam já o seu funeral. Ora, isso dá um total de 2,000,000,000 de Euros... Acham mesmo que quando morrerem a funerária existe? Ou os donos estarão no Brasil a beber caipirinhas?
Vão ser eles no Brasil e eu em Bali!
23 Comentários:
segunda-feira, setembro 08, 2008 9:17:00 da manhã
Bom dia!!!!!!!!!!
Não posso estar mais de acordo contigo.
Olha é caso para dizer, tu é que sabes.
Mas de facto é impressionante.
Quem é que na sua vida quer pensar na morte e da maneira que vai ser enterrado.
Francamente!!!!!!!!!!1
segunda-feira, setembro 08, 2008 12:43:00 da tarde
Creio que me portugal, há uns tempos, tambem houve uma agencia com uma ideia( parva) parecida...
cada coisa a seu tempo...viver enquanto nos é permitido, como tu dizes "quem vier atras que feche a porta" e que decida o que for melhor...(já não devo ver nem ouvir nem poder opinar...por isso que se (f)lixe!
segunda-feira, setembro 08, 2008 1:54:00 da tarde
Olha a isso eu chamo... ter olho para o negócio! :P
Ah grandes empresários Tugas, espalhados por esse mundo!
Muito bem pensado! Sim senhor! Antes que a malta gaste os euritos todos... vamos lá a tratar do futuro!
:)))
segunda-feira, setembro 08, 2008 3:28:00 da tarde
Pois, eu concordo, diria até que penso exactamente o mesmo, quero lá saber onde me enterram e se enterram..(bem..ok) falava depois de morta..lool
E esses senhores são mais uns, a tentar enganar o outro, lucro facil é palavra do dia.
Enfim, parvos são os que pagam.;)
segunda-feira, setembro 08, 2008 7:45:00 da tarde
O triste é que isso toca no coração de muito boa gente, sei de idosos que juntam dinheiro para essa altura. Como já por aqui se falou, a pobreza de espírito, junto com a pouca cultura, proporciona este tipo de situações. Concordo contigo, onde está a dignidade do jornal?
Não sei se estamos ne era da globalização ou na era do vamos todos vender a alma ao tio Lulu.
segunda-feira, setembro 08, 2008 10:02:00 da tarde
Ha ja quem ande a pagar o prorpio funeral em prestaçoes. Ideias dos espanhois.
terça-feira, setembro 09, 2008 3:16:00 da manhã
Na publicidade o que conta é chamar a atenção para o produto/serviço em causa, enquanto que algumas vezes nos chama a atenção pela forma imaginativa, divertida e inteligente como é feita outras vezes é a estupidez da mesma que chama a nossa atenção, neste caso o pior desta publicidade é que se está a publicitar um serviço que é mais um conto do vigário, apelando ao sentimento mórbido, de muitos “velhotes” que se preocupam mais com o seu funeral do que propriamente com a sua morte, querem ser enterrados no seu país natal na sua aldeia, tem a esperança que filhos e netos visitem a sua campa e lá coloquem flores;infelizmente, aposto que vai haver muita boa gente a cair nele.
terça-feira, setembro 09, 2008 11:11:00 da manhã
Portugal no seu melhor! Digam lá que não inovamos?!
terça-feira, setembro 09, 2008 11:22:00 da manhã
Como cantava o outro, que agora não me recordo o nome:
'Quando eu morrer não quero choro nem vela, só quero uma fita amarela gravada com o nome dela.
E se existe alma de uma outra encarnação eu só queria que uma mulata sapateasse no meu caixão.'
Cada um sabe do que precisa
quarta-feira, setembro 10, 2008 12:05:00 da manhã
Sol disse...
"Mas de facto é impressionante.
Quem é que na sua vida quer pensar na morte e da maneira que vai ser enterrado."
Como exemplo, recentemente abriu falência uma funerária que trabalhava com este sistema e com mais de 50 clientes vivos, após no passado verão, num único acidente terem morrido 6 clientes deles.
quarta-feira, setembro 10, 2008 12:06:00 da manhã
ONDINHAS disse...
"Creio que me portugal, há uns tempos, tambem houve uma agencia com uma ideia( parva) parecida..."
Muitas trabalham com este sistema, a diferença é que aqui o valores são 10 vezes mais altos.
!
quarta-feira, setembro 10, 2008 12:07:00 da manhã
Mamie2 disse...
"Ah grandes empresários Tugas, espalhados por esse mundo!"
São de facto muito imaginativos...
quarta-feira, setembro 10, 2008 12:08:00 da manhã
vita disse...
"Enfim, parvos são os que pagam.;)"
Mas sao tantos que justificam, estas ideias de merda.
quarta-feira, setembro 10, 2008 12:10:00 da manhã
Cristi disse...
"Concordo contigo, onde está a dignidade do jornal?"
Este jornal é uma anedota do inicio ao fim.
"Não sei se estamos ne era da globalização ou na era do vamos todos vender a alma ao tio Lulu."
A minha é doada, só quero a minha Vila no vale dos perdidos com vista para o mar das lamentacoes...
quarta-feira, setembro 10, 2008 12:12:00 da manhã
Foi Bom disse...
"Ha ja quem ande a pagar o prorpio funeral em prestaçoes. Ideias dos espanhois."
Fantástico.
Lista de contas a pagar:
Luz, água, gás, renda da casa, prestação do carro, colégio dos miúdos, compras do mês, gasolina, roupa, telefone, Internet, telemóvel e depois mais 50 euritos para o enterro...
quarta-feira, setembro 10, 2008 12:15:00 da manhã
São disse...
"aposto que vai haver muita boa gente a cair nele."
Claro que há. É vulgar quando morre um emigrante, haver peditórios junto da comunidade para recolher fundos para o transporte do corpo. Algo que seria da responsabilidade do Consulado Português.
Muitos dizem que não querem depois de morrer passar por essa vergonha.
Vergonha depois de mortos?
quarta-feira, setembro 10, 2008 12:15:00 da manhã
AP disse...
"Portugal no seu melhor! Digam lá que não inovamos?!"
Realmente, somos os maiores a foder o próximo :P
quarta-feira, setembro 10, 2008 12:16:00 da manhã
Mariza (P.Gira) disse...
"E se existe alma de uma outra encarnação eu só queria que uma mulata sapateasse no meu caixão."
Eu nem quero uma mulata a fazer barulho em cima do meu caixao, prefiro morrer com a mulata em cima de mim.
quinta-feira, setembro 11, 2008 12:30:00 da manhã
Tá boa, bem visto -
quinta-feira, setembro 11, 2008 12:12:00 da tarde
Ca noijo. É a lei do chula até cair pró lado (o chulado, claro, não o chulador).
O jornal, esse, desde que lhe paguem pela publicidade feita, quer lá saber. Jornalismo integro?! Qué isso?!...
Agora, uma coisa é certa, só cai no conto quem quiser cair.
quinta-feira, setembro 11, 2008 12:12:00 da tarde
E também concordo, quero lá saber onde me enterram (desde que não me enterrem viva, claro está, nem me metam num gavetão...afinal parece que até quero saber)!
sábado, setembro 13, 2008 1:24:00 da manhã
Anónimo:
:P
sábado, setembro 13, 2008 1:25:00 da manhã
Van:
"Agora, uma coisa é certa, só cai no conto quem quiser cair."
Velhotes sem cultura que confiam demais, desses existem milhares.
"E também concordo, quero lá saber onde me enterram (desde que não me enterrem viva, claro está, nem me metam num gavetão...afinal parece que até quero saber)!"
Pois, tu até queres saber. A mim podem colocar numa gaveta de mesinha de cabeceira, eu nao quero saber.
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