Ao visitar alguns blogues, deparei-me com um que me lembrou um episódio que tentei apagar da minha memória.
Não é com facilidade que me conseguem chocar, mas facilmente me choco com as atitudes normais de certas pessoas.
Antes de ir de férias fui almoçar a um restaurante Português em Hamburgo a um domingo. Almoçar aos domingos é coisa rara, para mim.
Estava eu sentado numa mesa com uma amiga, quando entra um grupo de Portugueses, que ficou numa mesa mesmo em frente a mim. Não sou do tipo de reparar no que fazem as outras pessoas, mas aqui não consegui evitar porque fiquei chocado.
Esta família era composta por pai, mãe e 5 filhos, 2 deles deficientes. Ao pedirem a comida, o empregado de mesa comenta:
Empregado: são só 5 bifes?
Mãe: sim, estes dois não comem, são tolinhos.
"Tolinhos", é desta forma que uma mãe se refere aos seus dois filhos deficientes, que à mesa se estavam a comportar melhor do que os outros três, ditos "normais".
Na mesa como é normal, estavam as entradas que este restaurante oferece a todos os clientes, pão, manteiga, mayonnaise de alho, um prato de grão com atum e um prato de feijão e milho com camarões.
Esta mãe coloca o prato de grão à frente de um filho, o prato de feijão à frente do outro, enquanto ela, o pai e os 3 filhos "normais", se deliciam com um suculento bife em molho de alho.
Chocou-me. Revoltou-me. Deu-me a volta ao estômago, senti vontade de vomitar em cima daquela mulher e do otário do marido. Pelo sotaque, noto que são pessoas da zona da Gafanha da Nazaré ou arredores, zonas onde quem manda é a mulher e os homens se calam. Zonas onde as senhoras se vestem como rainhas e os homens como mendigos. Zonas em que se o homem quer beber um copo, só o pode fazer se a mulher lhe der dinheiro, pois eles nunca teem 1 euro. Zonas de pescadores, de pobreza financeira e mental.
No final da refeição, o pai levanta-se e pega nos dois filhos deficientes. Pensei que ele fosse mais carinhoso para com eles do que a mãe, mas estava enganado. Ele coloca os dois dentro do carro, estacionado em frente ao restaurante e senta-se na esplanada a fumar um cigarro. Os restantes elementos da família, levantam-se e comentam que vão dar uma volta na berma do rio Elba.
Ao sair do restaurante, vejo que as duas crianças, se encontram fechadas no carro, de cara colada na janela e ver quem passa na rua.
A indiferença da população em geral para com as crianças deficientes, não é tão chocante como a crueldade dos próprios pais ou irmãos.
Aqueles "tolinhos" que pareciam ter 12 a 14 anos, comportaram-se à mesa como senhores enquanto os seus pais e irmãos, pareciam animais a comer e a falar.
Eu, fiz um esforço sobre-humano para me controlar. Apeteceu-me espancar aquela família, começando com o pai e acabando na mãe. Apeteceu-me muita coisa, mas nada fiz, pois fosse o que fosse que eu tivesse dito ou feito, nunca me seria dada razão, dentro de uma comunidade com uma mentalidade do séc XVI como é a comunidade Portuguesa emigrante, que em Hamburgo são todos da zona que referi, Gafanha da Nazaré e Viseu.
Podem-me dizer, que pelo menos ela teve e assumiu os seus filhos deficientes. A isso respondo, vindo de onde veem, com o nível cultural e mentalidade que teem, tenho a certeza que só souberam que os filhos eram deficientes, após eles nascerem, por isso sentem na obrigação de tratar deles. Um filho deve ser tratado com amor e não como uma obrigação. A única obrigação de um pai ou mãe é tratar os seus filhos com o amor que eles merecem.
Não é com facilidade que me conseguem chocar, mas facilmente me choco com as atitudes normais de certas pessoas.
Antes de ir de férias fui almoçar a um restaurante Português em Hamburgo a um domingo. Almoçar aos domingos é coisa rara, para mim.
Estava eu sentado numa mesa com uma amiga, quando entra um grupo de Portugueses, que ficou numa mesa mesmo em frente a mim. Não sou do tipo de reparar no que fazem as outras pessoas, mas aqui não consegui evitar porque fiquei chocado.
Esta família era composta por pai, mãe e 5 filhos, 2 deles deficientes. Ao pedirem a comida, o empregado de mesa comenta:
Empregado: são só 5 bifes?
Mãe: sim, estes dois não comem, são tolinhos.
"Tolinhos", é desta forma que uma mãe se refere aos seus dois filhos deficientes, que à mesa se estavam a comportar melhor do que os outros três, ditos "normais".
Na mesa como é normal, estavam as entradas que este restaurante oferece a todos os clientes, pão, manteiga, mayonnaise de alho, um prato de grão com atum e um prato de feijão e milho com camarões.
Esta mãe coloca o prato de grão à frente de um filho, o prato de feijão à frente do outro, enquanto ela, o pai e os 3 filhos "normais", se deliciam com um suculento bife em molho de alho.
Chocou-me. Revoltou-me. Deu-me a volta ao estômago, senti vontade de vomitar em cima daquela mulher e do otário do marido. Pelo sotaque, noto que são pessoas da zona da Gafanha da Nazaré ou arredores, zonas onde quem manda é a mulher e os homens se calam. Zonas onde as senhoras se vestem como rainhas e os homens como mendigos. Zonas em que se o homem quer beber um copo, só o pode fazer se a mulher lhe der dinheiro, pois eles nunca teem 1 euro. Zonas de pescadores, de pobreza financeira e mental.
No final da refeição, o pai levanta-se e pega nos dois filhos deficientes. Pensei que ele fosse mais carinhoso para com eles do que a mãe, mas estava enganado. Ele coloca os dois dentro do carro, estacionado em frente ao restaurante e senta-se na esplanada a fumar um cigarro. Os restantes elementos da família, levantam-se e comentam que vão dar uma volta na berma do rio Elba.
Ao sair do restaurante, vejo que as duas crianças, se encontram fechadas no carro, de cara colada na janela e ver quem passa na rua.
A indiferença da população em geral para com as crianças deficientes, não é tão chocante como a crueldade dos próprios pais ou irmãos.
Aqueles "tolinhos" que pareciam ter 12 a 14 anos, comportaram-se à mesa como senhores enquanto os seus pais e irmãos, pareciam animais a comer e a falar.
Eu, fiz um esforço sobre-humano para me controlar. Apeteceu-me espancar aquela família, começando com o pai e acabando na mãe. Apeteceu-me muita coisa, mas nada fiz, pois fosse o que fosse que eu tivesse dito ou feito, nunca me seria dada razão, dentro de uma comunidade com uma mentalidade do séc XVI como é a comunidade Portuguesa emigrante, que em Hamburgo são todos da zona que referi, Gafanha da Nazaré e Viseu.
Podem-me dizer, que pelo menos ela teve e assumiu os seus filhos deficientes. A isso respondo, vindo de onde veem, com o nível cultural e mentalidade que teem, tenho a certeza que só souberam que os filhos eram deficientes, após eles nascerem, por isso sentem na obrigação de tratar deles. Um filho deve ser tratado com amor e não como uma obrigação. A única obrigação de um pai ou mãe é tratar os seus filhos com o amor que eles merecem.
54 Comentários:
quarta-feira, agosto 13, 2008 12:31:00 da manhã
Mesmo sem lá ter estado como tu, é revoltante!!!
Ao que chega a idiotice humana!!!
Sem palavras mesmo.
quarta-feira, agosto 13, 2008 12:41:00 da manhã
Olá!
Um filho...é um filho, mas se é diferente, tem de ser tratado com mais carinho...
Mas as pessoas só podem dar o que têm...;=(
Beijocas
quarta-feira, agosto 13, 2008 12:46:00 da manhã
Essas duas bestas a que alguns chamarão de pais, mereciam era ser passado a ferros por um camião...
É triste ver o que as pessoas são capazes de fazer.
Beijos
quarta-feira, agosto 13, 2008 1:42:00 da manhã
É mesmo essa a pior pobreza: a pobreza de espirito!
É a mais dificil de combater e a que provoca mais danos.
E essa pobreza existe em qualquer local. Tristes.
quarta-feira, agosto 13, 2008 2:42:00 da manhã
Ainda me espanto...estou com tudo às voltas. Como é possivel?!
Eu não sei se me calaria, mesmo levando uma descompustura qualquer dessa criatura que se diz mãe.
quarta-feira, agosto 13, 2008 3:34:00 da manhã
Pois, eu não sei se conseguia ficar calada, mesmo não tendo o direito de opinar, mas são situações que me revoltam na volta até sairia só para não ter de presenciar tal quadro.
Enfim!
quarta-feira, agosto 13, 2008 10:46:00 da manhã
Concordo com a afirmação que fazes de que a maioria dos emigrantes tem uma mentalidade do Sec XVI, e gostava de acrescentar uma pobreza extrema... de espirito.
O facto de "suportarem" os filhos deficientes torna-os "bons católicos" aos olhos dos seus pares (deles, não aos meus).
No entanto adivinho que, tipico desse tipo de gentinha será a sua subsidio-dependência, daí até dar jeito, num pais com sistemas de apoio tão bons como os que acolhem os nossos emigrantes (pelo menos melhores que o nosso SNS...)e sempre é mais um apoiozito que entra lá em cas para ajudar a pagar o bruto do BMW que eles usam apenas para vir a Portugal...
Tristes!! Ainda Bem que só aparecem por cá no Verão (altura que o comum dos portugueses está em Cuba ou no Brasil!!!)
Um abraço e obrigado por te revoltares.
quarta-feira, agosto 13, 2008 10:58:00 da manhã
E existem casais que não conseguem ter filhos... aposto que se tivessem filhos "diferentes" os tratariam muito melhor que esse casal!
É triste!
Bjins
quarta-feira, agosto 13, 2008 11:11:00 da manhã
Bem... Só de Lêr senti-me revoltada e com raiva de alguem que desconheço, felizmente.
Coitadinhos... È triste
quarta-feira, agosto 13, 2008 11:34:00 da manhã
Fiquei sensibilizado com este post.
Realmente o nosso povo tem mentalidade mesquinha e atitude terceiro-mundista para onde quer que vá. É triste!
Se acontecesse algum azar às tais crianças deficientes, eram bem feito que os seus pais fossem processados e condenados por negligência.
Acredito que nessa questão a legislação alemã seja bastante rigorosa.
quarta-feira, agosto 13, 2008 4:10:00 da tarde
Juro que até fiquei mal disposta com a cena descrita.
bjs Crest
quarta-feira, agosto 13, 2008 5:41:00 da tarde
Foda-se!!!!!!! Puta que os pariu!!!
Desculpa lá, eu não sou de palavrões mas não me consigo conter!!!
Tou mais que revoltado com a cena descrita! Estou mesmo mal disposto! Acredita...
Essa gente não merece a puta da água que bebe! Que pobreza de espírito meu Deus!
O inferno não devia esperar por gente dessa...
quarta-feira, agosto 13, 2008 6:13:00 da tarde
Crest,tenho de ser sincera contigo e dizer-te que esta cena em nada me choca quando se conhece a fundo a mentalidade portuguesa e o ser humano.Infelizmente casos destes são às centenas, mais do que possamos imaginar e, muitos nem envolvem deficientes. Acredito que nada na nossa vida acontece por acaso, e que essa familia vai certamente aprender uma grande lição de vida quando chegar a hora.
Não adianta chamar nomes ou até mesmo a atenção a este tipo de pessoas porque elas não dão para mais e se calhar no fim quem ficava com o bife eras tu.
No entanto é importante denunciar estas situações e começar a criar a consciência do que é de facto ser SER HUMANO.
Bjinho.
quarta-feira, agosto 13, 2008 7:30:00 da tarde
Abominável!
quarta-feira, agosto 13, 2008 9:19:00 da tarde
Caralho, pah...
quinta-feira, agosto 14, 2008 12:55:00 da manhã
Uma ditadura requer cidadãos incultos, pois, já não vivemos em ditadura (será?), mas as mazelas ainda existem. Nas aldeias quantos "atrasadinhos" há amarrados a camas ou fechados em quartos?
Gentes para quem o progresso é coisa de ricos.
Acreditem a culpa não é deles. Nunca veriam esses comportamentos em pessoas com estudos e cultura, só que isso não é um bem de todos.
Prazer
sexta-feira, agosto 15, 2008 1:37:00 da manhã
Dasssssssss!!!
sexta-feira, agosto 15, 2008 2:24:00 da manhã
Uma grande amiga minha tem um irmão deficiente com paralisia cerebral,a maior parte da família desta está-se borrifando para ele,tipo ela e a mãe são as únicas que tratam dele,ela vive em casa de uma irmã(essa pouco ou nada lhe liga),visto que é casada,e o resto das irmãs nem lá aparecem,portanto este tipo de situações nada me espanta,visto muitas vezes terem vergonha dos filhos,como se eles fossem um fardo,as pessoas são na sua natureza mt egoístas,se o são com pessoas ditas normais,quanto mais quando têm k lidar com pessoas com necessidades diferentes,também se pode ver o exemplo dos idosos,a maior parte das famílias metem-nos logo num lar,e cagam para eles.É a merda do mundo em k vivemos!Costumo ler o teu blog.
sexta-feira, agosto 15, 2008 3:07:00 da manhã
A situação que relata no texto choca-me, revolta-me mas sobretudo deixa-me triste, muito triste. Como pode haver pais, logo os pais a discriminarem os filhos portadores de uma deficiência, todas as crianças precisam de carinho e atenção mas estas em especial, não há dúvida que a pobreza mental é muito pior que a pobreza financeira, é urgente mudar estas mentalidades.
Depois de ler este texto mesmo sem ter visto não me sai da cabeça a imagem de duas crianças fechadas num carro com a cara colada ao vidro da janela.
sexta-feira, agosto 15, 2008 6:30:00 da manhã
......
Chocada!
..
sexta-feira, agosto 15, 2008 4:25:00 da tarde
É realmente nojento, devias mesmo ter vomitado na cara dela. Mas tenho a certeza de que se tu lhes chamasses a atenção para aquilo que eles estão a fazer, diriam logo que ninguém ama mais os filhos deles do que eles próprios...
sexta-feira, agosto 15, 2008 6:40:00 da tarde
situações como esta que aqui descreves são uma vergonha e é revoltante ver pais a agirem assim.
pais como esses nunca deviam era ter tido filhos que não merecem ter descendência.
sexta-feira, agosto 15, 2008 9:01:00 da tarde
afectado:
"Ao que chega a idiotice humana!!!"
É impressionante como é fácil fazer mal e dificil fazer o bem.
Como é fácil errar e tao dificil acertar.
sexta-feira, agosto 15, 2008 9:02:00 da tarde
mjf:
"Um filho...é um filho, mas se é diferente, tem de ser tratado com mais carinho...
Mas as pessoas só podem dar o que têm...;=("
Eu nao diria mais carinho, mas sim mais proteccao. Proteger essas criancas das maldades de terceiros e nao como pais serem piores que qualquer cruel estranho,
sexta-feira, agosto 15, 2008 9:03:00 da tarde
Maria Prazeres:
"Essas duas bestas a que alguns chamarão de pais, mereciam era ser passado a ferros por um camião..."
Bestas, é o termo correcto.
sexta-feira, agosto 15, 2008 9:05:00 da tarde
Pax:
"É a mais dificil de combater e a que provoca mais danos."
No dia que for inventada a vacina contra a idiotice, ela deveria ser obrigatória é grátis!
sexta-feira, agosto 15, 2008 9:06:00 da tarde
SílviA:
"Eu não sei se me calaria, mesmo levando uma descompustura qualquer dessa criatura que se diz mãe."
O problema em discutir com pessoas pobres de espírito é que temos de descer ao nível delas, aí tal como dizem, elas batem-nos com a experiencia.
sexta-feira, agosto 15, 2008 9:08:00 da tarde
vita:
"Pois, eu não sei se conseguia ficar calada, mesmo não tendo o direito de opinar, mas são situações que me revoltam na volta até sairia só para não ter de presenciar tal quadro."
Eu sou pessoa de chamar a assistencia social, tal como recentemente o fiz quando vi a minha vizinha da frente a espancar o filho, do que a intervir pessoalmente. Corro o risco de perder a cabeca actuando com o coracao e perder a razao.
sexta-feira, agosto 15, 2008 9:12:00 da tarde
Odracir:
"O facto de "suportarem" os filhos deficientes torna-os "bons católicos" aos olhos dos seus pares (deles, não aos meus)."
É verdade.
"No entanto adivinho que, tipico desse tipo de gentinha será a sua subsidio-dependência, daí até dar jeito, num pais com sistemas de apoio tão bons como os que acolhem os nossos emigrantes (pelo menos melhores que o nosso SNS...)"
Sem dúvida. O subsídio normal para uma crianca atinge tanto ou mais do que um ordenado minimo em Portugal, dependendo da deficiencia, esse subsidio é duplicado e até triplicado.
Sem correr o risco de exagerar, calculo nesta familia um rendimento mensal superior a 2.000 Euros só em apoio social.
sexta-feira, agosto 15, 2008 9:14:00 da tarde
Mrs. Sea:
"E existem casais que não conseguem ter filhos... aposto que se tivessem filhos "diferentes" os tratariam muito melhor que esse casal!"
Em Portugal gente desta, entrega estes filhos a instituicoes, aqui ter um filho deficiente dá para um dos elementos do casal deixar de trabalhar, tendo dois, dá para viverem uma vida confortável.
sexta-feira, agosto 15, 2008 9:15:00 da tarde
DeusaMinervae:
"com raiva de alguem que desconheço, felizmente."
Pessoas destas passam por nós todos os dias na rua.
sexta-feira, agosto 15, 2008 9:18:00 da tarde
Maldonado:
"Se acontecesse algum azar às tais crianças deficientes, eram bem feito que os seus pais fossem processados e condenados por negligência."
Aqui sao-no sem dúvida.
"Acredito que nessa questão a legislação alemã seja bastante rigorosa."
Bastante mais.
Para exemplo, eu chamei as autoridades ao ver uma mae divorciada a espancar o seu filho de 10 anos a murro e pontapé, desde a rua até dentro de casa.
A polícia chegou, tocou à campainha e ninguém abriu a porta, sem pensar duas vezes, arrombaram a porta.
Em Portugal devido a burocracias, precisam de mandato, aqui basta "causa provável".
sexta-feira, agosto 15, 2008 9:19:00 da tarde
anatcat:
"Juro que até fiquei mal disposta com a cena descrita."
É de ficar. 6 horas depois ainda o meu estomago nao tinha feito a digestao ao almoco.
sexta-feira, agosto 15, 2008 9:20:00 da tarde
AP:
"Essa gente não merece a puta da água que bebe!"
No entanto recebem subsídios e beneficios fiscais.
sexta-feira, agosto 15, 2008 9:24:00 da tarde
Sunshine Jana:
"Crest,tenho de ser sincera contigo e dizer-te que esta cena em nada me choca quando se conhece a fundo a mentalidade portuguesa e o ser humano."
Nao me choca saber que há gente assim, choca-me presenciar estas coisas.
"No entanto é importante denunciar estas situações e começar a criar a consciência do que é de facto ser SER HUMANO."
Mas a denuncia aqui pressupoe fornecer dados. Dados esse que nao possuo. A familia em questao deslocava-se num carro com matrícula de Bremen. Estavam de visita a Hamburgo que é um estado independente. As autoridade de Hamburgo sao mais rigorosas mas pouco podem fazer a quem está de passagem.
sexta-feira, agosto 15, 2008 9:24:00 da tarde
ipsis verbis:
De facto.
sexta-feira, agosto 15, 2008 9:25:00 da tarde
Foi Bom:
"Caralho, pah..."
Este comentário diz tudo!
sexta-feira, agosto 15, 2008 9:27:00 da tarde
Cristi:
"Nas aldeias quantos "atrasadinhos" há amarrados a camas ou fechados em quartos?"
É verdade, enquanto pessoas que teem conhecimento, fingem nao ver.
"Acreditem a culpa não é deles."
Mas isso nao invalida serem culpabilizados.
sexta-feira, agosto 15, 2008 9:28:00 da tarde
Ana:
"Dasssssssss!!!"
Acho que o meu primeiro pensamento incluia o Fo também :P
sexta-feira, agosto 15, 2008 9:30:00 da tarde
sentadanalua:
"Uma grande amiga minha tem um irmão deficiente com paralisia cerebral,a maior parte da família desta está-se borrifando para ele,tipo ela e a mãe são as únicas que tratam dele,ela vive em casa de uma irmã(essa pouco ou nada lhe liga),visto que é casada,e o resto das irmãs nem lá aparecem,portanto este tipo de situações nada me espanta"
Esse rapaz, tem a sorte de ter uma irma que trata dele, muitos, após a morte dos pais sao largados em lares e abandonados por completo.
A paralesia cerebral, requer cuidados constantes, por toda a vida.
sexta-feira, agosto 15, 2008 9:33:00 da tarde
São:
"Como pode haver pais, logo os pais a discriminarem os filhos portadores de uma deficiência, todas as crianças precisam de carinho e atenção mas estas em especial, não há dúvida que a pobreza mental é muito pior que a pobreza financeira, é urgente mudar estas mentalidades."
O problema é que este casal é uma insignificante parte de um problema do qual se desconhem as reais proporcoes.
"Depois de ler este texto mesmo sem ter visto não me sai da cabeça a imagem de duas crianças fechadas num carro com a cara colada ao vidro da janela."
Estas criancas, sofriam um atraso mental, mas só ao olhar para elas, achei que elas tinham nocao da realidade e sentem que sao tratadas de forma diferente.
Ao pensar isto, achei a crueldade muito maior do que as palavras da mae.
sexta-feira, agosto 15, 2008 9:34:00 da tarde
Estranha pessoa esta:
E nao é para menos.
sexta-feira, agosto 15, 2008 9:35:00 da tarde
Skynet:
"Mas tenho a certeza de que se tu lhes chamasses a atenção para aquilo que eles estão a fazer, diriam logo que ninguém ama mais os filhos deles do que eles próprios..."
Claro que sim e com a privacidade que o povo alemao tanto respeita, eu é que ficaria mal visto.
sexta-feira, agosto 15, 2008 9:37:00 da tarde
Ivo:
"pais como esses nunca deviam era ter tido filhos que não merecem ter descendência."
A questao aqui é que os 3 filhos normais, um dia vao ser pais e existe a forte possibilidade de terem filhos com o mesmo problema dos irmaos. Quem sai aos seus nao degenera e vejo-os a seguirem o exemplo cruel dos pais.
sábado, agosto 16, 2008 1:56:00 da tarde
No dia em que for inventada a vacina contra a idiotice o stock vai esgotar em três milésimos de segundo!
:)
quarta-feira, agosto 20, 2008 9:47:00 da manhã
Infelizmente á muitos pais que não tratam bem os filhos sejam deficientes ou não.
Mas descreminar assim, trata-los de maneira diferente, ao ponto de não os alimentar da mesma forma, é mesmo chocante.
quinta-feira, agosto 21, 2008 4:02:00 da tarde
PORRA!!! e eu que estava tão bem disposta, caralho!!!!!!!!!!!! como deves calcular, tal tema toca-me por demais. Talvez por me terem tentado enfiar no ensino especial, para não terem de lidar com uma aluna surda (que de resto metia todos num canto) que, de certeza que também seria tolinha. Valeu-me uns pais informados e lutadores, que nunca deixaram que eu me diminuisse ou que alguém me diminuisse, mas podia-te contar umas quantas histórias, igualmente das discussões que tive com a mae de uma amiga minha que é brilhante mas que é surda (a minha filha não tem capacidade pra isto ou aquilo...). Ou da vez que vi uma mocita com sindroma de down assustada com escadas rolantes, caindo nas mesmas...a mae,em vez de a ajudar e consolar, agarrou-a pelo braço a abanou-a muito preocupada com as figuras...muita raiva tenho eu de ter ficado paralisada de estupor e não ter ido ás trombas daquela merdosa.
Porra, agora fiquei irritada...
Já agora, esses "tolinhos", que deficiencia tinham?...sabes que os surdos são considerados tolinhos e tratados como tal (daí que muitos se tornam mesmo idiotas)?...ou os cegos. Parte-se do principio que nunca vão conseguir nada na vida e que não vale a pena investir. É assim com todos os deficientes. A maioria dos quais mete num canto essa cambada de atrasados mentais que tem o desplante de se auto-intitular de normal. Porra, devias ter partido a cara dessa malta à pancada, devias mesmo.
quinta-feira, agosto 21, 2008 4:09:00 da tarde
Olha láatão e eu nunca tive um subsidio na vida porquê, hã??!!!!!! essa é outra, sabes? há quem tenha deficiencias reais que complicam a vida, mas que não são consideradas suficientemente deficientes para receber apoio...
sexta-feira, agosto 22, 2008 5:04:00 da manhã
Pax:
"No dia em que for inventada a vacina contra a idiotice o stock vai esgotar em três milésimos de segundo!"
Sim, porque o estado compraria a patente para manter a populacao controlável.
sexta-feira, agosto 22, 2008 5:05:00 da manhã
Sol:
"Mas descreminar assim, trata-los de maneira diferente, ao ponto de não os alimentar da mesma forma, é mesmo chocante."
A lei Alema, preve a retirada de todos os filhos, por discriminacao de 1.
sexta-feira, agosto 22, 2008 5:13:00 da manhã
A Grafonola:
"PORRA!!! e eu que estava tão bem disposta, caralho!"
Desculpe, sim?
"Talvez por me terem tentado enfiar no ensino especial, para não terem de lidar com uma aluna surda (que de resto metia todos num canto) que, de certeza que também seria tolinha."
Também trabalhei com criancas do ensino especial, mas com deficiencias mentais profundas. Foi dificil no inicio, mas depressa percebi que sao simplesmente criancas que necessitam de mais cuidados e atencao. Mas mesmo em criancas devolvem o carinho que lhes é dado de uma forma mais expontanea do que as criancas ditas "normais" que por vezes sao inocentemente crueis.
"Já agora, esses "tolinhos", que deficiencia tinham?"
Eu trabalhei com criancas com Sindroma Down, estes dois tinham uma outra deficiencia que sinceramente nao sei o nome. Notei que tinham um descontrolo das capacidades motoras, mas nao me parece que a sua actividade cerebral estivesse afectada.
"Olha láatão e eu nunca tive um subsidio na vida porquê, hã??!!!!!!"
É verdade, eu também nao.
sexta-feira, agosto 22, 2008 1:54:00 da tarde
Touché, Crestito: são apenas pessoas que precisam de atenção adicional. Mas, sabes, o mundo não está para se maçar. E não entende o que, aos seus olhos, é diferente. E vá de sobrecarregar o ensino especial com crianças que só precisam que falem mais devagar e mantenham os lábios à vista. E vá de minorar esses "tolinhos".
Tenho uma amiga de infância cuja mãe teve rubeóla na gravidez; a mocinha (hoje com 30) nasceu com as pernas deformadas, surda profunda e com um ligeiro atraso mental. Ainda hoje não se percebe o que ela diz, apenas faz sons guturais. Nem sequer sabe lingua gestual. E isto tendo uma mãe que trabalha com crianças com necessidades especiais! Mãe essa que ao falar comigo ou com a minha outra amiga, só me dá vontade de a esmurrar, tal é a ginástica labial que a gaja se mete a fazer. Não entendo como não quis que a filha aprendesse lingua gestual...filha essa que apesar de tudo fez o liceu (embora num regime mais especial) e está a trabalhar numa câmara, muito melhor que muitos ditos normaizinhos que andam por aí. A rapariga está totalmente dependente da mãe para tudo...porque a mãe a quis assim.
É como dizes e muito muito bem: são apenas pessoas que precisam de um pouco mais de atenção ou de outro tipo de atenção. No meu caso, por exemplo, basta que falem de frente para mim. Mas agora vai lá explicar isto ao povinho. E, mesmo aos mais evoluidos, acredita...a uma amiga uma funcionária de um tribunal perguntou se ela sabia ler e escrever...ela, que está licenciada...e a parva não esmurrou a dita! :-p
terça-feira, agosto 26, 2008 1:34:00 da manhã
A Grafonola:
"E vá de sobrecarregar o ensino especial com crianças que só precisam que falem mais devagar e mantenham os lábios à vista."
Isso é verdade. Eu conheci uma rapariga que nem sabia que era surda, irritva-me um pouco ela dizer "se nao te importas, olha para mim quando falas comigo". Achava isto irritante até descobrir o motivo.
"cuja mãe teve rubeóla na gravidez; a mocinha (hoje com 30) nasceu com as pernas deformadas, surda profunda e com um ligeiro atraso mental. Ainda hoje não se percebe o que ela diz, apenas faz sons guturais. Nem sequer sabe lingua gestual. E isto tendo uma mãe que trabalha com crianças com necessidades especiais!"
Essa mulher é uma inculta.
"A rapariga está totalmente dependente da mãe para tudo...porque a mãe a quis assim."
Muitos pensam assim, esquecem-se que um dia morrerm e deixam os filhos sem armas para se defenderem.
segunda-feira, setembro 15, 2008 9:36:00 da tarde
Concordo com quase tudo. Quase porque a parte onde falas de "Gafanha e Viseu" é um pouco desnecessária. Quero dizer que já vi coisas parecidas com gentes de outras terras e de outros países. A acção está errada, mas parece-me que a culpa não é nem da gafanha nem de Viseu.
Eu não sou de lá e isto não passa de uma critica.
Não lhes disseste nada? Isso é que me custa a crer :))
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