Direitos dos homossexuais!


Terão os homossexuais direitos?
Claro que sim, teem direitos como qualquer ser humano, liberdade de escolha. Com os direitos veem os deveres. Ser homossexual não deve ser, fazer questão de chocar os outros. Não é andar em manifestações pela rua em cuecas fio dental.

Gostar do mesmo sexo, é diferente, mas não é errado. A homossexualidade sempre existiu e já foi socialmente aceite numa das mais cultas civilizações da antiguidade, como a Grega.

Terão os homossexuais direito de casar?
Sim. É uma escolha, o casamento deve ser autorizado pelo estado e até mesmo a união de facto deverá gozar dos mesmos direitos dos casais heterossexuais.

Terão os homossexuais direito a um casamento religioso?
Não. Pois a Igreja correcta ou incorrectamente, condena a homossexualidade. A Igreja tem o direito de a condenar, visto que tem o direito à sua opinião.
Quer seja quem é a favor ou contra a homossexualidade, ambos teem o direito de expressar os seus pontos de vista. A igreja é contra a união homossexual e por isso tem o direito de não realizar cerimónias entre elementos do mesmo sexo.

Terão os homossexuais o direito a adoptar?
Não. Sublinho a palavra não e vou ainda mais longe NÃO.
Se casais homossexuais recorrerem à inseminação artificial, barrigas de aluguer ou a qualquer que seja o método para ter um filho, nada se pode fazer contra isso. Agora adoptar não é um direito, por isso é algo que podemos e devemos negar.

O motivo para eu ter uma posição tão radical é simples:
Os nossos pais, são os nossos modelos. Eu via no meu pai um herói. Eu queria crescer e ser tão forte, honesto e carinhoso como ele. Eu queria crescer e ser tão irreverente e misterioso como a minha mãe. Os nossos pais são os nossos modelos, o que eles fazem influenciam o nosso crescimento e a nossa personalidade.
Uma criança do sexo masculino, adoptada por um casal de homens, cresce a ver esses dois homens como modelo. Cresce por um lado a ver a homossexualidade como algo de normal, o que é bom, mas por outro lado cresce a ver a homossexualidade como a sua tendência sexual, mesmo não o sendo. O mesmo acontece com duas lésbica a educar uma menina.

Claro que tal como os pais de uma criança gay teem de aceitar a sua homossexualidade, um casal homossexual tem de aceitar a heterossexualidade do/a seu/sua filho/ adoptivo/a. Mas é um facto que a união natural é entre homem e mulher, uma criança mesmo que se torne gay, cresce sabendo que é uma excepção, que segue um caminho diferente. Será que um casal homossexual poderá educar uma criança a ter a liberdade de escolha, dizendo que é livre de seguir um outro rumo? Será que um casal homossexual irá dizer ao seu filho, que eles são excepção e não a regra? Não. Porque para esse casal, a homossexualidade é que é normal. Tal como um casal heterossexual tem problemas em falar de sexo com os filhos, o mesmo vai acontecer com os casais homossexuais.

Nós fomos influenciados pelos nossos pais tal como as criança adoptadas por homossexuais o serão.

Não podem ter filhos? Temos pena, mas não os vejo como o direito de adoptar, vejo-os com o dever de não o fazer!

Será esta uma opinião radical?
É sim.

Será uma opinião xenófoba?
Não. Pois eu não condeno a homossexualidade, condeno sim a educação homossexual de uma criança sem personalidade formada nem orientação sexual definida. Uma criança sem qualquer tipo de ligação genética para com eles.

Será uma opinião criticável?
Com certeza, mas é para isso que vocês visitam e comentam.

Recuso-me a apoiar a adopção homossexual, só para dar uma imagem pessoal de pessoa de mentalidade aberta, pois parece que dar a entender isso, está na moda.

Este texto serve de resposta a uma questao que me foi colocada num comentario ao meu texto anterior. Achei que seria impossível, ser claro num simples e curto comentário.

59 Comentários:

  André

quinta-feira, agosto 07, 2008 2:28:00 da manhã

Alguém que concorda comigo no que toca à adição por parte de casais homossexuais, já estava farto de me andarem a atirar pedras sempre que defendia tal ideia, se bem que nunca me davam razões para discordarem do que dizia, por que dizer que deviam por que sim ou por que somos todos iguais não é para encher chouriço. somos todos iguais (cada um à sua maneira) mas como dizes e bem a formação que a criança iria ter e que por certo iria ser no sentido de ver a homossexualidade como o 'caminho correcto'. Ainda que houvesse quem separa-se isso na educação do filho adoptado nunca conseguiria separar o facto de que a forma de vida que escolheu não ser a indicada, estaria a ir contra a sua forma de ser e neste caso condenar a sua própria homossexualidade.

  Nwanda

quinta-feira, agosto 07, 2008 9:22:00 da manhã

Só uma correcção:

xenofobia

do Gr. xénos, estrangeiro + phob, r. de phobein, ter aversão


s. f.,
aversão às pessoas ou coisas estrangeiras.

  Anónimo

quinta-feira, agosto 07, 2008 9:30:00 da manhã

Finalmente alguém que concorda comigo!
Respeito os homossexuais, sou tolerante e não os discrimino. Mas as suas preferências sexuais são "contra-natura". Digam o que disserem! Têm direito a uma vida em conjunto, mas a meu ver em união de facto. Casamento religioso NÃO! E muito menos à adopção! Se naturalmente é impossível 2 pessoas do mesmo sexo terem filhos, então não se deve forçar esta situação! Simples. O desenvolvimento do ser humano, cognitivo e emocional, começa na diferença de sexos dos progenitores. Ora sem esta condição, a criança terá um desenvolvimento, emocional, tudo menos normal. E isso é inaceitável.
Para melhor compreenderem a dimensão do tema, leiam Piaget e Freud, para perceberem o catastrófico que pode ser a ausência do pai ou da mãe. Um exemplo: se os progenitores são do mesmo sexo é impossível viver o complexo de Édipo, ou de Electra no caso das meninas, logo não há opções sexuais!

E já agora, porque é que os homossexuais tê tanta necessidade de mostrarem que o são? Porquê tanto exibicionismo? Nós, heterossexuais, não andamos em paradas a gritar que o somos! Creio que, na maioria dos casos, a melhor forma de ser aceite é sendo discreto.

  Fabulastica

quinta-feira, agosto 07, 2008 11:43:00 da manhã

Concordo totalmente contigo e com todas as opiniões aqui escritas. A homossexualidade é um facto bem presente na nossa sociedade e até na minha vida, pois tenho amigos bisexuais e homossexuais e muitos deles concordam que é anti-natura adoptar uma criança. Não me venham falar de direitos, porque antigamente era bem pior, por isso podem sentir-se prendados com tantas mudanças que tem havido a favor dos homossexuais. Penso que não iremos sair "impunes" e entretanto irá cair aqui um comentário contrário ao nosso! De qualquer maneira, parabéns pelo blog e pelas ideias descritas e pela coragem de te assumires como uma mente realmente aberta na convicção dos teus ideais.

  Vitória

quinta-feira, agosto 07, 2008 3:28:00 da tarde

Há bem pouco tempo comentei essa questão num outro blogue, a minha opinião é exactamente a mesma que dei.

Concordo totalmente com casamentos de homosexuais.
Não tenho a menor dúvida que iriam ser uns óptimos pais, gosto de frisar que não os acho incompetentes para criar uma criança, acho até que muitos eram melhores pais que um casal dito normal, pelo que se vê por ai.

Mas preocupa-me a formação mental de uma criança criada nesses moldes, as injustiças a que uma criança estaria sujeita.

E na duvida não concordo.

  Pax

quinta-feira, agosto 07, 2008 5:28:00 da tarde

Concordo que as crianças veem nos pais modelos e o ideal é serem um homem e uma mulher.
Agora, entre um casal homossexual que deseja muito um filho e com capacidade para lhe dar todo o amor, educação e conforto possivel e passarem toda a sua vida numa instituição (porque há crianças que nunca-por vários motivos- chegam a ser adoptadas), acho que a primeira hipotese seria a melhor.
O problema nisto, acho, nem seria exactamente dentro dessa familia mas sim o preconceito exterior a que ela estaria sujeita no seu dia-a-dia. Os seus amiguinhos e respectivas familias seriam muito mais traumatizantes para ela e para a sua formação que propriamente os seus pais. Simplesmente isso.
Deveriam ser os proprios casais homossexuais a não quererem expor uma criança a esse tipo de situação. Por uma questão de sensatez; se bem que, para se combaterem preconceitos é sempre preciso que alguem dê primeiros passos...

  afectado

quinta-feira, agosto 07, 2008 9:53:00 da tarde

Muito sinceramente, falaste muito bem. Nada a acrescentar...

Abraço

  Anónimo

sexta-feira, agosto 08, 2008 12:48:00 da manhã

concordo contigo.
conheco um rapaz que nao foi criado por um casal lésbico mas foi so pela mãe,tia e avó.
É gay. e porquê? porque em vez de ter alguem que fosse com ele á bola,ia para a cozinha fazer bolos,costurar,pentear bonecas e a irmã mais velha fez dele a barbie viva.

não digo com toda a certeza que se ele tivesse sido criado por um pai machão fosse hoje ele mesmo um machão,mas se um pai faz falta a uma miuda para aprender desde pequena como funcionam os homens,a um rapaz faz ainda mais.


e so um pequeno aparte....todos os dias trabalho com 4 gays.fazem-me sentir máscula.

  Teté

sexta-feira, agosto 08, 2008 1:11:00 da manhã

Bom, já ontem tentei comentar, mas o blogger, que anda um bocado marado, não permitiu!

No geral, concordo contigo! O que acontece, pelo menos aqui em Portugal, é que há mais casais a querer adoptar, do que crianças "em condições" de ser adoptadas (quer isto dizer, que a lei permita que o sejam, porque podem estar em instituições). Daí o critério, que me parece aceitável, seja o de dar à criança uma família estável, com pai e mãe, e não "castigá-la" a ter uma família gay, que ainda não é totalmente aceite pela sociedade. Ou seja, prevalece o direito das crianças, a não serem mais traumatizadas, do que eventualmente já estão pelo abandono dos pais biológicos, em famílias marginalizadas...

Dito isto, suponho que a questão de ser bom pai ou mãe não tem a ver com as tendências sexuais. Nem me faz impressão nenhuma que um/a homossexual ou casal possa adoptar crianças, que vivem uma infância internada nas piores condições, em muitos e muitos países do terceiro mundo. Parece-me que seria uma grande benesse para elas e uma alegria para os pais adoptivos...

O mesmo se diga em relação a pessoas solteiras, que podendo adoptar em Portugal, são relegadas para o fim da lista, pelas razões acima indicadas - seria uma família monoparental!

Não é questão de modernice ou preconceito: é a de pensar o que será melhor para a criança! ;)

  Bruno Fehr

sexta-feira, agosto 08, 2008 7:13:00 da manhã

PsYcHo_MiNd:

"já estava farto de me andarem a atirar pedras sempre que defendia tal ideia, se bem que nunca me davam razões para discordarem do que dizia"

É modo ser pró-direito dos homossexuais, mesmo que nao tenha motivos ou argumentos para o ser.

  Bruno Fehr

sexta-feira, agosto 08, 2008 7:17:00 da manhã

Nwanda:

"Só uma correcção:
xenofobia
do Gr. xénos, estrangeiro + phob, r. de phobein, ter aversão
s. f.,
aversão às pessoas ou coisas estrangeiras."

Esta correccao vem a propósito de?

Gostaria de corrigir a sua correcao. "Estrangeiras" neste caso nao significa "fora do pais" mas sim "estranhas, diferentes".

A definicao correcta de xenofobia é:

Medo (fobia, aversão) que temos em relacao ao que é diferente (para nós).

Xenofobia pode ser também um distúrbio psiquiátrico ao medo excessivo e descontrolado ao desconhecido ou diferente.

Xenofobia pode ser ainda usado, referindo-se a qualquer forma de preconceito, racial, grupal (de grupos minoritários) ou cultural.

Usei a palavra correctamente, o dicionário que usou é que tem um definicao demasiado simplificada que pode e gera confusoes.

  Bruno Fehr

sexta-feira, agosto 08, 2008 7:24:00 da manhã

AP:

"Se naturalmente é impossível 2 pessoas do mesmo sexo terem filhos, então não se deve forçar esta situação! Simples."

Concordo a 100%

"Para melhor compreenderem a dimensão do tema, leiam Piaget e Freud, para perceberem o catastrófico que pode ser a ausência do pai ou da mãe. Um exemplo: se os progenitores são do mesmo sexo é impossível viver o complexo de Édipo, ou de Electra no caso das meninas, logo não há opções sexuais!"

Freud era de facto um génio-louco. A ausencia de um dos progenitores nao afecta o desenvolvimento da crianca. Se estiverem separados, a crianca continua a ter acesso ao pai e mae. Se um morre terá um padastro ou madastra. Concordaria com eles, se a educacao fosse efectuada num ambiente fechado e isolado de tudo e todos, excepto de um dos progenitores.

"E já agora, porque é que os homossexuais tê tanta necessidade de mostrarem que o são? Porquê tanto exibicionismo? Nós, heterossexuais, não andamos em paradas a gritar que o somos! Creio que, na maioria dos casos, a melhor forma de ser aceite é sendo discreto."

Concordo. Hoje em dia, visto que a homossexualidade comeca a ser aceite, eles sentem-se no direito de chocar, sem necessidade de o fazer.

  Bruno Fehr

sexta-feira, agosto 08, 2008 7:27:00 da manhã

Fabulastica:

"Penso que não iremos sair "impunes" e entretanto irá cair aqui um comentário contrário ao nosso!"

Nao acredito que isso aconteca. Mas gostaria de discutir com alguém que consiga argumentar o contrário.

  Bruno Fehr

sexta-feira, agosto 08, 2008 7:28:00 da manhã

vita:

"Não tenho a menor dúvida que iriam ser uns óptimos pais, gosto de frisar que não os acho incompetentes para criar uma criança, acho até que muitos eram melhores pais que um casal dito normal, pelo que se vê por ai."

O mesmo aconteceria com um solteiro, no entanto é quase impossível um, adoptar.

  Bruno Fehr

sexta-feira, agosto 08, 2008 7:32:00 da manhã

Pax:

"Agora, entre um casal homossexual que deseja muito um filho e com capacidade para lhe dar todo o amor, educação e conforto possivel e passarem toda a sua vida numa instituição (porque há crianças que nunca-por vários motivos- chegam a ser adoptadas), acho que a primeira hipotese seria a melhor."

Nao concordo. Há instituicoes boas com programas de familias de acolhimento que proporcionam equilibrio afectivo.

Se uma crianca está numa instituicao, é porque estaria pior fora dela. Um instituicao nao é o melhor, mas é melhor do que se nao existisse.

Nao podemos ver as instituicoes como um inferno, mas sim como um mal menor ao que poderia ter sido a vida dessa crianca!

  Bruno Fehr

sexta-feira, agosto 08, 2008 7:34:00 da manhã

afectado:

"Muito sinceramente, falaste muito bem. Nada a acrescentar..."


Obrigado

  Bruno Fehr

sexta-feira, agosto 08, 2008 7:45:00 da manhã

miss bradshaw:

"conheco um rapaz que nao foi criado por um casal lésbico mas foi so pela mãe,tia e avó.
É gay. e porquê? porque em vez de ter alguem que fosse com ele á bola,ia para a cozinha fazer bolos,costurar,pentear bonecas e a irmã mais velha fez dele a barbie viva."

Mas aí o problema foi a educacao reprimida que teve e nao o facto de ter sido educado pela mae.

"não digo com toda a certeza que se ele tivesse sido criado por um pai machão fosse hoje ele mesmo um machão,mas se um pai faz falta a uma miuda para aprender desde pequena como funcionam os homens,a um rapaz faz ainda mais."

Claro que sim. Eu fui educado, só pelo meu pai e sempre pensei que essa era a razao pela qual eu nao percebia a mulher. Com o tempo vim a saber que rapazes educados por pai e mae ou só pela mae, ainda percebem as mulheres menos que eu!

  Bruno Fehr

sexta-feira, agosto 08, 2008 7:56:00 da manhã

Teté:

"O que acontece, pelo menos aqui em Portugal, é que há mais casais a querer adoptar, do que crianças "em condições" de ser adoptadas (quer isto dizer, que a lei permita que o sejam, porque podem estar em instituições)."

É verdade, existe um casal alcoolico a quem os seus 6 filhos foram retirados até que terminassem o tratamento. Há 4 anos que andam a entrar e sair de tratamentos, sem sucesso.

O meu pai, que esteve num programa de acolhimento de criancas em instituicoes, tentou adoptar duas das criancas desse casal, visto que o estado nao separa gémeos.

O problema é que se os pais visitarem os filhos nas instituicoes 1 vez a cada 6 meses, elas nao podem ser adoptadas.

Os pais destas criancas visitam-nas 1 ves de 6 em 6 meses, só para impedir a adopcao, mas nao deixam o alcool.

A nossa lei é uma merda em relacao a casais e descriminam solteiros, logo, a lei nao deve dar aos homossxuais qualquer tipo de privilégio.

"Dito isto, suponho que a questão de ser bom pai ou mãe não tem a ver com as tendências sexuais.2

De facto nao tem. Mas a questao nao é a educacao da crianca, mas sim a sua estabilidade emocional e desenvolvimento sexual.

  Anónimo

sexta-feira, agosto 08, 2008 7:27:00 da tarde

Isso dos modelos tem o que se lhe diga. E as crianças que nascem num lar e são criados por uma família monoparental? Eu nasci e cresci numa família monoparental e não é por isso que sou disfuncional ou nada de parecido. O facto de se ter 2 pais ou 2 mães é irrelevante. Existe apenas mais uma pessoa para dar amor... E acredito que com as dificuldades que os casais homossexuais se deparam, não vão impor este estilo de vida a filho algum...

  ipsis verbis

sexta-feira, agosto 08, 2008 9:01:00 da tarde

"Os nossos pais são os nossos modelos, o que eles fazem influenciam o nosso crescimento e a nossa personalidade."

Exacto. Mas a homossexualidade não se aprende. Aqui é a genética que funciona, não os pais, avós ou whatever. E quanto a crianças que nunca tiveram pai ou mãe ou ambos? Vâo buscar exemplos a outro lado, certo? Nem que seja ao vizinho do 5º esquerdo que por acaso até é gay. Não podes ser tão preto no branco em relação a isto.

"Mas é um facto que a união natural é entre homem e mulher"

hummm... "união natural"? Queres dizer a união ainda considerada natural? ou a união conservadora?
(esta expressão é demasiado século passado... eheh)

"uma criança mesmo que se torne gay"

Uma criança não se "torna" gay. Não carrega no botão "gay" para o ser. Não despe o fato de hetero para durante a noite ser o supergay.
Uma criança já nasce gay. Está provado.

"Será que um casal homossexual irá dizer ao seu filho, que eles são excepção e não a regra?"

Espero bem que não. Pois, se como dizes no princípio do teu post, têm direitos como qualquer ser humano, não estão errados nas suas escolhas e sempre existiram, não vejo por que terão que ser a excepção.

"Uma criança sem qualquer tipo de ligação genética para com eles."

Estás aqui a pôr em causa todas as adopções. Mesmo em casais heterossexuais, a ligação entre ambas as partes, não é de todo genética.

"Recuso-me a apoiar a adopção homossexual, só para dar uma imagem pessoal de pessoa de mentalidade aberta, pois parece que dar a entender isso, está na moda."

Então preferes dar uma opinião baseada em estereótipos ultrapassados só para seres do contra.

:)

  ipsis verbis

sexta-feira, agosto 08, 2008 9:41:00 da tarde

Respondendo a ap:

"Respeito os homossexuais, sou tolerante e não os discrimino. Mas as suas preferências sexuais são "contra-natura". Digam o que disserem!"

Se isto não é discriminação, é o quê? É, primeiro que tudo, devido às preferências sexuais, que se é homossexual ou hetero.
Contra-natura o quê? o sexo anal? o sexo oral?
Isso é tudo tão natural como a nossa sede. :D


"Têm direito a uma vida em conjunto, mas a meu ver em união de facto. Casamento religioso NÃO! E muito menos à adopção! Se naturalmente é impossível 2 pessoas do mesmo sexo terem filhos, então não se deve forçar esta situação!"

Logo, casais heterossexuais que também não podem ter filhos naturalmente, ou com intervenções cirúrgicas, estão também incluídos nesta situação que a teu ver não se deve forçar...

  Bruno Fehr

sexta-feira, agosto 08, 2008 9:42:00 da tarde

yargogirl:

"Isso dos modelos tem o que se lhe diga. E as crianças que nascem num lar e são criados por uma família monoparental? Eu nasci e cresci numa família monoparental e não é por isso que sou disfuncional ou nada de parecido. O facto de se ter 2 pais ou 2 mães é irrelevante."

Eu venho de um lar monopaternal e por melhor que tenha superado este facto, tenho consciencia que cresci mais rápido do que devia. Aprendi a defender-me dos olhares criticos da sociedade numa idade em que nao deveria ter de me defender, numa idade em deveria ser uma crianca e sentir-me como tal.

No inicio dos anos 80, filhos de casais divorciados eram vitimas de discriminacao social que era pantente nas escolas. Ainda mais discriminacao quando fui uma das primeiras criancas em Portugal onde o pai venceu o processo, em que a mae nao era drogada, alcoolica, louca, violenta, etc.

No entanto a nivel sexual, vi o meu pai com mulheres, vi a minha mae com homens. A nivel de ambiente familiar ganhei duas familias em vez de uma, mas duas familias "ditas" normais.

"Existe apenas mais uma pessoa para dar amor... E acredito que com as dificuldades que os casais homossexuais se deparam, não vão impor este estilo de vida a filho algum..."

A imposicao nao é directa é sim indirecta, devido a vivencia familiar. Qualquer crianca criada por casais homossexuais, está muito mais sujeita a ter experiencias homossexuais no seu primeiro contacto com o sexo, visto que é a imagem de "normal" que tem em casa.
Tal como uma crianca que cresce num ambiente heterossexual, tem o seu primeiro contacto com o sexo oposto, mais tarde podendo alterar as suas tendencias.

Nao digo que os homossexuais amem menos ou sejam incapazes de proporcionar uma educacao ainda melhor, digo que nao é um ambiente familiar que deva ser imposta a uma crianca sem qualquer ligacao genética a qualquer um deles.

  Bruno Fehr

sexta-feira, agosto 08, 2008 9:59:00 da tarde

ipsis verbis:

"Exacto. Mas a homossexualidade não se aprende. Aqui é a genética que funciona, não os pais, avós ou whatever."

Ainda nao é fato que a homossexualidade é genética. Está provado que o pode ser, mas nao existe um gene gay, existem sim escolhas pessoais.

"E quanto a crianças que nunca tiveram pai ou mãe ou ambos? Vâo buscar exemplos a outro lado, certo? Nem que seja ao vizinho do 5º esquerdo que por acaso até é gay."

As criancas que nunca tiveram pai ou mae, nao cresceram fechados em grutas isolados do mundo. Crescem em instituicoes com um ambiente heterossexual. Nao existem instituicoes gay para criancas.

"Não podes ser tão preto no branco em relação a isto."

Mas recuso-me a defender o "dito" direito a adopcao, quando nao é um direito.

"hummm... "união natural"? Queres dizer a união ainda considerada natural? ou a união conservadora?
(esta expressão é demasiado século passado... eheh)"

O século passado foi só há menos de 9 anos, portanto nao está assim tao ultrapassada.
A uniao natural é de facto a heterossexual, visto que é até ao momento a única que pode manter a continuacao da raca humana.

"Uma criança não se "torna" gay. Não carrega no botão "gay" para o ser."

Será mesmo? Nao existem ligacao genética entre todos os gays, na maioria dos caso, nao passa de uma opcao. Desde o momento que fazem essa escolha, tornam-se gays. Já o eram e nao sabiam? Talvez sim, talvez nao, a ciencia nada nos esclarece sobre isso.

"Não despe o fato de hetero para durante a noite ser o supergay."

Quantos ditos hetero nao se vestem de supergay?

"Uma criança já nasce gay. Está provado."

Nao, nao está. Ainda é uma teoria, comprovada em alguns casos devido a uma diferenca de cromossomas, mas que na maioria dos casos, essa teoria é deitada por terra.

"Espero bem que não. Pois, se como dizes no princípio do teu post, têm direitos como qualquer ser humano, não estão errados nas suas escolhas e sempre existiram, não vejo por que terão que ser a excepção."

Teem direitos, como eu tenho. Mas eu nao tenho o direito de dar uma educacao racista a um filho, tal como um gay nao tem o direito de dar uma educacao gay.
Só temos direitos, até que violem os direitos dos outros e as criancas teem direito que devem ser tomados em consideracao, direitos que estao acima dos nossos.

"Estás aqui a pôr em causa todas as adopções. Mesmo em casais heterossexuais, a ligação entre ambas as partes, não é de todo genética."

A pequena frase a que te referes, encontra-se num contexto homossexual, só colocaria em causa todas as adopcoes se ela nao estivesse nesse contexto.

"Então preferes dar uma opinião baseada em estereótipos ultrapassados só para seres do contra."

Mas eles nao estao ultrapassados, nem eu sou do contra. Quem é a favor é que defende novos estereotipos criados por uma minoria, que ainda sao discutives. Por serem uma minoria, eles sim é que sao do contra.

Tal como fui contra o aborto, por ele defender o "direito" da mulher acima do direito da própria crianca e do direito do homem. Sou contra a defesa dos "direitos" dos gays serem colocados acima dos direitos de uma crianca!

  ipsis verbis

sexta-feira, agosto 08, 2008 11:16:00 da tarde

"Quantos ditos hetero nao se vestem de supergay?"

Muitos, e esses ou são bissexuais ou gays reprimidos.

"Sou contra a defesa dos "direitos" dos gays serem colocados acima dos direitos de uma crianca!"

Nem eu nunca insinuei que fosse o contrário. Os direitos da criança primeiro. Sempre!

  ipsis verbis

sexta-feira, agosto 08, 2008 11:17:00 da tarde

O comentário anterior é para o Crest.

  Anónimo

sábado, agosto 09, 2008 5:11:00 da manhã

Este é um tema sério e polémico.

Quanto á adopção por parte de homossexuais, concordo consigo e também digo não.

Penso que não se deve discriminar ninguém pela sua orientação sexual, todos temos os mesmos direitos e obrigações perante a sociedade, e cada um vive a sua vida como quer desde que não prejudique terceiros, por isso se os homossexuais querem casar que casem isso só lhe diz respeito a eles, agora quanto á adopção isso já é diferente envolve uma terceira pessoa a criança e não podemos pôr o direito que homossexuais pensam ter á paternidade á frente do direito da criança ter um pai e uma mãe.

Podem me chamar de conservadora e preconceituosa, mas as crianças aprendem por imitação precisam de modelos, de referências, masculinas e femininas, que devem ser dadas pelo pai e pela mãe, homem e mulher para irem formando a sua personalidade.

Argumentam, que podem ir buscar essas referências a outros membros da família como tios, tias, avós e avôs, pois podem, mas tendo pai e mãe é com eles que se identificam, que há muitas famílias biológicas monoparentais, sim cada vez á mais, mas o pai ou a mãe se não estão sempre presentes eles existem e continuam como modelos dos filhos, também que assim haveria menos crianças em centros de acolhimento, pelo menos em Portugal as crianças não estão nos centros de acolhimento porque não há quem as adopte, existem muitos casais heterossexuais numa longa lista de espera, há muitas crianças que devido á lei que temos não são adoptáveis, há muitos pais biológicos desnaturados, é verdade muitos não mereciam ter filhos, pois criar e educar uma criança é das tarefas mais difíceis e de maior responsabilidade, mas como infelizmente para isso não precisam nenhum atestado de sanidade mental, de idoneidade moral ou sequer cadastro criminal, quanto a isso nada se pode fazer, em relação á adopção estas crianças estão á guarda do estado, este tem o dever de escolher o que for melhor para elas, na minha modesta opinião entre crescer numa família convencional ou numa família não convencional onde se sintam amadas e protegidas se deve optar pela convencional. Por muito que lhes custe os homossexuais não são a regra são a excepção.

  Pax

sábado, agosto 09, 2008 1:38:00 da tarde

"Nao podemos ver as instituicoes como um inferno, mas sim como um mal menor ao que poderia ter sido a vida dessa crianca!"

Completamente de acordo.
Sei de crianças que talvez até estivessem bem melhor numa instituição do que sujeitas ao mau ambiente familiar em que vivem; no entanto, se estão na instituição é porque já não começaram a sua vida na situação ideal e não duvido da capacidade de um casal homossexual em lhes proporcionar uma excelente formação e equilibrio. Duvido (repito) é da capacidade do mundo em seu redor em aceitar isso sem julgamentos morais que a não prejudiquem.
É, no meu entender, o maior "contra".

  FATifer

domingo, agosto 10, 2008 10:34:00 da manhã

Mais um texto que assino em baixo, plenamente de acordo!

FATifer

  Bruno Fehr

terça-feira, agosto 12, 2008 10:02:00 da tarde

ipsis verbis:

"Nem eu nunca insinuei que fosse o contrário. Os direitos da criança primeiro. Sempre!"

Entao, visto que os direitos da crianca só podem ser protegidos pelo estado. Será o estado a ter de proibir a adopcao por parte de homossexuais, até que seja possível provar que isso nao afectará a crianca no seu desenvolminto sexual.

Nao é o facto de eu discordar do que dizes, discordo sim no aspecto em que os pontos positivos da adopcao homossexual, como: "um lar, uma familia, amor", nao sao motivos suficientemente fortes para ignorar a estabilidade emocional e desenvolvimento sexual de uma crianca.

Precisamos de umas dezenas de anos de estudos, até que se possa provar por a+b, que nao afectará a crianca. Nesse dia, votarei sim!

  Bruno Fehr

terça-feira, agosto 12, 2008 10:13:00 da tarde

São:

"Este é um tema sério e polémico."

O tema nao é polémico. O que faz toda esta polémica é que somos de extremos. Antigamente os homossexuais eram reprimidos e excluídos, hoje em dia sao protegidos demais. E tal como uma crianca mimada super protegida, comecam a fazer exigencias sem sentido!

"não podemos pôr o direito que homossexuais pensam ter á paternidade á frente do direito da criança ter um pai e uma mãe."

Ser pai ou mae, nao é um direito. É uma escolha. Uma escolha que deixa de estar ao nosso alcance, devido às nossas escolhas anteriores.

Se eu escolho fazer uma vasectomia, nao posso mais tarde reclamar a paternidade como direito. A escolha que fiz, retirou-me a possibilidade de vir a escolher ser pai.

Se assumem a homossexualidade, teem de assumir a impossibilidade de serem pais.

"mas as crianças aprendem por imitação precisam de modelos, de referências, masculinas e femininas"

Claro que sim, os primeiros jogos sexuais, sao brincar aos médicos, quarto escuro, bate pé. Os rapazes tentam dar beijos nas meninas, mas se o exemplo em casa é bejar o próprio sexo, duvido que estes jogos corram muito bem. Aqui estas criancas vao ser colocadas de parte pelas outras e a culpa... a culpa é de quem permitiu que um casal homossexual possa ter este tipo de influencia sobre uma crianca.

"há muitas famílias biológicas monoparentais, sim cada vez á mais, mas o pai ou a mãe se não estão sempre presentes eles existem e continuam como modelos dos filhos"

Mesmo que um dos pais nao esteja presente, estará lá uma madastra ou padastro, os exemplos continuam lá.

"Por muito que lhes custe os homossexuais não são a regra são a excepção."

Exacto.

  Bruno Fehr

terça-feira, agosto 12, 2008 10:19:00 da tarde

Pax:

"...e não duvido da capacidade de um casal homossexual em lhes proporcionar uma excelente formação e equilibrio. Duvido (repito) é da capacidade do mundo em seu redor em aceitar isso sem julgamentos morais que a não prejudiquem."

Independentemente das tuas dúvidas e das minhas, elas existem o que justifica o impedimento da adopcao.

  Bruno Fehr

terça-feira, agosto 12, 2008 10:20:00 da tarde

FATifer:

Obrigado

  Rita Carapau Sardinha Frita

quarta-feira, agosto 13, 2008 7:36:00 da tarde

É a primeira vez que visito o blog e já me provocou várias reacções, e ainda bem! :)

Tenho uma questão, que pode parecer um bocado indiscreta, mas jungo ser pertinente para perceber a tua posição: Tens filhos?

Penso que o que se discute aqui não são os direitos dos pais homesexuais/heterosexuais ou das famílias monoparentais, mas sim das crianças, que são:



1- A criança deve ter condições para se desenvolver física, mental, moral, espiritual e socialmente, com liberdade e dignidade.

2- A criança tem direito a um nome e uma nacionalidade, desde o seu nascimento.

3- A criança tem direito à alimentação, lazer, moradia e serviços médicos adequados.

4- A criança deve crescer amparada pelos pais e sob sua responsabilidade, num ambiente de afecto e de segurança.

5- A criança prejudicada física ou mentalmente deve receber tratamento, educação e cuidados especiais.

6- A criança tem direito a educação gratuita e obrigatória, ao menos nas etapas elementares.

7- A criança, em todas as circunstâncias, deve estar entre os primeiros a receber protecção e socorro.

8- A criança deve ser protegida contra toda forma de abandono e exploração. Não deverá trabalhar antes de uma idade adequada.

9- As crianças devem ser protegidas contra prática de discriminação racial, religiosa, ou de qualquer índole.

10- A criança deve ser educada num espírito de compreensão, tolerância, amizade, fraternidade e paz entre os povos.



E agora diz-me, achas que todos os pais heterosexuais têm a capacidade de fazer valer e de respeitar estes direitos das crianças? A sua opção sexual dá-lhes capacidades fora do comum que aos casais homosexuais não consigam atingir? Eu penso que não.

Trabalho com crianças à já algum tempo e já vi e vivi algumas situações que quem não lida directamente com as crianças sinceramente não tem noção.

As instituições não são um inferno, concordo, mas o problema das instituições é que por mais que haja um enorme esforço de todos os técnicos e pessoal que aí trabalhe, nunca poderão proporcionar às crianças todo o amor, carinho e segurança que elas merecem. Aí as crianças fazem parte de um grupo e são sempre vistas como um todo, por mais que se tente contrariar isso, é a realidade. As instituições são descaracterizadas é por isso que são instituições.

Penso que não há situações idílicas, penso que não devemos de ser radicais porque podemos estar a cair em exagero, cada caso é um caso, e cada criança é um ser único.

Não tenciono com este meu comentário mudar a tua opinião e dos outros blogers que já aqui anteriormente deixaram o seu comentário. Só que há questões que julgo serem pertinentes (além disso o Mundo não é quadrado, não é? Ainda bem!)

Beijinhos e tenho a certeza que voltarei a passar por aqui mais vezes, gosto de blogs que me causem reacções! :)

  Rita Carapau Sardinha Frita

quarta-feira, agosto 13, 2008 7:40:00 da tarde

Corecção:

*julgo

*homossexuais

*heterossexuais

(é o que dá escrever sem ler)

  Bruno Fehr

quinta-feira, agosto 14, 2008 8:17:00 da manhã

Rita Carapau Sardinha Frita:

"Tenho uma questão, que pode parecer um bocado indiscreta, mas jungo ser pertinente para perceber a tua posição: Tens filhos?"

Nao. Mas tenho a certeza que caso os tivesse, viesse a alterar o meu ponto de vista neste caso.

"Penso que o que se discute aqui não são os direitos dos pais homesexuais/heterosexuais ou das famílias monoparentais, mas sim das crianças, que são:"

Nao. De modo algum tenciono discutir os direitos das criancas. O que pretendo discutir é se os casais homossexuais teem relamente o direito de adoptar. Se teem o direito de serem modelos para uma crianca com a qual nao teem qualquer ligacao genética. Se a adopcao é um direito ou se é o privilégio!
Eu acho que nao é um direito, se fosse a adopcao seria bem mais fácil, para casais heterossexuais.

"1- A criança deve ter condições para se desenvolver física, mental, moral, espiritual e socialmente, com liberdade e dignidade."

Que deveria ser actualizado, com um "ambiente familiar que nao coloque em causa a sua insercao social, desenvolvimento sexual e liberdade de escolha".

"7- A criança, em todas as circunstâncias, deve estar entre os primeiros a receber protecção e socorro."

Esta proteccao, inclui a exclusao social que poderá vir a sofrer em tenra idade devido à homossexualidade dos pais. Ainda somos um povo atrazado e essa exclusao social, será mais do que uma probabilidade, um facto. As criancas teem tanto de cruel, como que queridas. Sao crueis umas com as outras, apontando de forma directa as diferencas entre elas. O facto de ter 2 pais ou duas maes, irá ser usado como arma, por outras criancas.

No entanto isto é um mal menor, em todo este processo.

"9- As crianças devem ser protegidas contra prática de discriminação racial, religiosa, ou de qualquer índole."

Ou seja, proíbindo a adopcao por parte de homossexuais.

"E agora diz-me, achas que todos os pais heterosexuais têm a capacidade de fazer valer e de respeitar estes direitos das crianças? A sua opção sexual dá-lhes capacidades fora do comum que aos casais homosexuais não consigam atingir?"

Nunca em ponto algum, eu disse que os heterossexuais teem mais capacidade de educar. Nao tenho qualquer dúvida que existem casais homossexuais que de longe poderao dar melhor educacao, mais amor, proteccao e conforto, mas eu tenho em conta o processo educativo a nivel de exemplos. O principal processo de educacao é por imitacao.

Uma menina qeu brinca com bonecas, filha de um casal lésbico, em vez de juntar uma Barbie a um Ken, junta duas Barbies. É este o exemplo que tem em casa.

Este exemplo nao é fícticio, pois conheco um casal lésbico, onde um dos elementos do casal engravidou por inseminacao artificial, com a ajuda de um amigo gay do sexo masculino.

As questoes que estas maes se colocam é, "devo eu dizer que a minha filha deve juntar uma Barbie e um Ken? Se o fizer estarei a dizer que o ambiente que tem em casa é anormal". Por isso nada dizem, deixando esta crianca, desenvolver-se a pensar que as mulheres casam com mulheres e o resto do mundo está errado.

Porque é que o resto do mundo está errado? Porque para uma crianca os pais estao sempre certos. Só na adolescencia os resolvemos contrariar, mesmo sabendo que teem razao.

"As instituições não são um inferno, concordo, mas o problema das instituições é que por mais que haja um enorme esforço de todos os técnicos e pessoal que aí trabalhe, nunca poderão proporcionar às crianças todo o amor, carinho e segurança que elas merecem."

Claro que nao. Mas nem todas as instituicoes aderem, às "familias de acolhimento", que recolhem as criancas em épocas festivas, fins-de-semana e feriados. Nao é um sistema perfeito, mas tem feito a diferenca, em particular com a instituicao à qual estive ligado durante anos, na qual o meu pai proporcionou um lar a duas criancas, sempre que a instituicao permitia.

O processo deve passar por uma desburocratizacao da adopcao por parte de casais heterossexuais, uma facilitacao da adopcao por parte de casais em uniao de facto e deixar de os ver como solteiros.

Antes de resolver estas questoes, a adopcao por parte de homossexuais, está fora de questao e nao deve ser vista como um problema prioritário.


"Só que há questões que julgo serem pertinentes (além disso o Mundo não é quadrado, não é? Ainda bem!)"

Há muitas questoes pertinentes a serem resolvidas antes dos casais homossexuais serem considerados opcao. Temos em Portugal milhares de casais em que a adopcao lhes está a ser barrada, como por exemplo ao meu pai. Apesar de em minha casa já terem sido educadas duas criancas, que hoje além de estudos superiores teem sucesso profissional. O facto de ele viver em uniao de facto, continua a ser uma barreira, apesar dessa uniao de facto durar há 20 anos.

Duas criancas que já poderiam ter um ambiente familiar saudável e confortável, bem como um futuro seguro. Estao a ser forcadas pelo estado a ficar em instituicoes num processo judicial que se arrasta há 4 anos.

Se isto acontece com heterossexuais, os homossexuais nao devem sequer ter a oportunidade de ponderar a adopcao, como uma possibilidade.

  Anónimo

sexta-feira, agosto 15, 2008 3:15:00 da manhã

“ O tema não é polémico”

O tema é polémico no sentido de que gera debate, troca de opiniões.

“Ser pai ou mãe, não é um direito mas uma escolha”

Penso que poderá ser um direito mas é sem dúvida uma escolha, na realidade, a nossa Constituição dá-nos o direito a constituir família, dependendo do que entendemos por constituir família se significar o direito a procriar e adoptar, então temos o direito a ser pais, escolhemos ser ou não ser, mas uma família não implica necessariamente filhos. Ao fazermos as nossas escolhas tomamos decisões temos que assumir as consequências que elas trazem.

  Anónimo

sexta-feira, agosto 15, 2008 4:50:00 da tarde

Na nossa constituição está escrito que ninguém deve ser discriminado pela sua orientação sexual, por isso da forma que as coisas estão agora, não pode continuar pois é uma inconstitucionalidade. Os homossexuais devem ter os mesmos direitos e como é óbvio os mesmo deveres.

Essas paradas de orgulho gay são ridículas, acho que devem ser até uma vergonha para a comunidade gay, faz-me lembrar as palhaçadas da Greenpeace a subir a pontes que também são completamente inúteis para resolver os problemas do ambiente. As paradas é a mesma coisa, só servem para as pessoas ainda ficarem com uma imagem mais distorcida dos gays.

Eu aceito os teus argumentos contra a adopção por parte de homossexuais, mas também existem alguns factos curiosos. Nos EUA existem famílias normais, famílias monoparentais, e agora uma moda relativamente recente é famílias de dois casais que praticam relações entre os 4! Essas famílias têm filhos, e a grande maioria acaba por fundar famílias completamente normais, com um marido e mulher. Aliás, a psicologia começa agora a pensar que afinal quem tem mais influencia, principalmente na adolescência, nem são os pais mas os amigos.

Não sou a favor da adopção por parte dos homossexuais para uma questão de politicamente correcto, se há coisa que eu não sou é isso. São a favor porque sou uma pessoa prática, há crianças a precisar de um lar, e há pessoas que querem cuidar delas. Porque não? Nos EUA crianças são adoptadas por homossexuais e não existe nada que indique problemas psicológicos derivados disso.

O problema maior da adopção vai ser quando as crianças entrarem na idade escolar e forem vítimas da maldade e ignorância que as outras crianças aprenderam com os seus pais ditos normais. Este sim é um argumento forte contra a adopção...

  Bruno Fehr

sexta-feira, agosto 15, 2008 8:48:00 da tarde

São:

"O tema é polémico no sentido de que gera debate, troca de opiniões."

A polémica existe sómente por envolver o Homossexualidade, nao havendo tanta polémica em torno dos entraves à adopcao colocados a muitos casais heterossexuais.

"na realidade, a nossa Constituição dá-nos o direito a constituir família"

O que peca por omissao da definicao de familia.

"dependendo do que entendemos por constituir família se significar o direito a procriar e adoptar, então temos o direito a ser pais, escolhemos ser ou não ser"

Um casal heterossexual, pode escolher ou até fazer uma crianca por acidente. Um casal homossexual nao o pode, sem intervensao externa.
Se os homossexuais nao podem procriar de forma natural, devem ser abrangidos por um parágrafo especial e nao por uma constituicao desatualizada que peca por omissao.

"Ao fazermos as nossas escolhas tomamos decisões temos que assumir as consequências que elas trazem."

Tal como este caso, exige que escolhas sejam feitas, em que o "direito" dos homossexuais a adoptar, lhes seja dado ou vedado consoante diversos factores que devem ser sériamente estudados, analizados e debatidos.

Nao coloco em causa os direitos dos homossexuais a constituir familia, pois a familia nao pressupoe necessáriamente filhos.
Coloco sim, em causa os direitos de uma crianca, a ter a sua personalidade moldada e um desenvolvimento condicionado a um invulgar ambiente familiar.

Se um dia provarem por a+b, o que uma comentadora aqui escreveu, "que a homossexualidade é genética", entao será facil detectar a homossexualidade em criancas e assim permitir uma educacao e desenvolvimento num ambiente homossexual. Até lá, nada feito.

  Bruno Fehr

sexta-feira, agosto 15, 2008 8:57:00 da tarde

Skynet:

"Na nossa constituição está escrito que ninguém deve ser discriminado pela sua orientação sexual, por isso da forma que as coisas estão agora, não pode continuar pois é uma inconstitucionalidade. Os homossexuais devem ter os mesmos direitos e como é óbvio os mesmo deveres."

Sim, isto daria o direito à adopcao por parte dos homossexuais. Mas, as criancas sao abrangidas também pela constituicao e a imposicao a uma crianca de se desenvolver num ambiente homossexual, podendo nao o ser, seria também uma inconstitucionalidade.

Portanto, se os direitos das criancas estao em primeiro lugar. O nao à adopcao por parte destes casais é o caminho a seguir.

"Nos EUA existem famílias normais, famílias monoparentais, e agora uma moda relativamente recente é famílias de dois casais que praticam relações entre os 4! Essas famílias têm filhos, e a grande maioria acaba por fundar famílias completamente normais, com um marido e mulher."

No entanto nao acredito que as criancas tenham participacao ou conhecimento dessa orgiais.
Existem imensas familia heterossexuais em que o pai vai ao terreiro do passo às prostitutas e prostitutos, mas as criancas nao veem isso, logo nao sao afectadas.

"Aliás, a psicologia começa agora a pensar que afinal quem tem mais influencia, principalmente na adolescência, nem são os pais mas os amigos."

Tudo bem, na adolescencias fazemos as nossas escolhas, a respeito de orientacao sexual. A minha dúvida é se uma crianca que cresceu a brincar com bonecas onde coloque duas bárbies na mesma cama, se poderá fazer uma escolha heterossexual na adolescencia.

"São a favor porque sou uma pessoa prática, há crianças a precisar de um lar, e há pessoas que querem cuidar delas. Porque não? Nos EUA crianças são adoptadas por homossexuais e não existe nada que indique problemas psicológicos derivados disso."

Também nao existem grandes estudos sobre isso.

  iTec(A)

segunda-feira, agosto 18, 2008 1:14:00 da manhã

basicamente devem ter alguns direitos mas nao todos ???

onde aplicas ai a constituiçao?

igualdade de direitos, se permitires o casamento entao tera que se permitir tudo o resto.

E a adopçao em Portugual ja e um pesadelo para casais hetero, entao para homos. mesmo nao querendo fazer de proposito, iria ser pior...

bjs

  Anónimo

segunda-feira, agosto 18, 2008 9:10:00 da tarde

tanto a minha mae como o meu pai, sao duas pessoas bem resolvidas a nivel sexual,o meu pai sempre foi um exemplo de vida,e a minha mae uma grande Mulher...
o filho é gay
em que modelos nos baseamos para dizer que um casal gay por norma teria um filho adoptivo gay?
a educaçao nao tem nada a ver com as escolhas de nivel sexual, eu poderia dizer a um filho meu para ele "escolher" ser gay, mas se isso nao se identificaria com ele, ele nao seria gay, pois nao sao os pais que escolhem se um filho é hetero ou nao.
só é contra-natura (um casal gay) aos olhos desta falsa e hipocrita sociedade.
eu nao escolhi ser gay, eu nao optei ser ser eu sou simplesmente gay!
seria preferivel eu optar por um casamento dito "normal2 ter filhos e depois andar ao engate como tantos "homens" ditos normais andam?
as esposas em casa abençoadas pela igreja no seu feliz casamento,e os ditos maridos a serem enrabados numa qualquer casa de banho publica de um centro comercial...
sou gay e sou contra a adopçao de crianças por parte da comunidade homossexual, mas nao porque essa mesma comunidade pudesse estar a "criar" crianças gays...
e o "caminho correcto" é o que meu caro amigo?
ser hetero?
ser gay?
ser bi?
o importante é... ser!
leio o teu blog com assiduidade mas nunca o comentei, hj pensei ser o dia mais indicado :)
akele abraço, beto nunes, lisboa

  Bruno Fehr

segunda-feira, agosto 18, 2008 11:57:00 da tarde

ceptic:

"basicamente devem ter alguns direitos mas nao todos ???"

Nada disso, devem ter todos os direitos que os heterossexuais teem, mas Adoptar nao é um direito, nem para hetero's nem para homo's.

"igualdade de direitos, se permitires o casamento entao tera que se permitir tudo o resto."

Temos de permitir tudo o resto? Mas que resto?
Um casal hetero tem o direito de procriar um casal homo nao o tem e nao somos nós que lhes negamos esse direito.

Um casal hetero nao tem o direito de procriar, tem a possibilidade de o fazer. Nao é um direito, nao podemos confundir direito com possibilidades, escolhas ou deveres.

"E a adopçao em Portugual ja e um pesadelo para casais hetero, entao para homos. mesmo nao querendo fazer de proposito, iria ser pior..."

Claro, por isso, primeiro resolvam os entraves colocados aos heteros antes de abrirem as portas aos gays.

  Bruno Fehr

terça-feira, agosto 19, 2008 12:14:00 da manhã

Anónimo (Beto Nunes)

"o meu pai sempre foi um exemplo de vida,e a minha mae uma grande Mulher...
o filho é gay
em que modelos nos baseamos para dizer que um casal gay por norma teria um filho adoptivo gay?"

Acabaste de referir a norma.
Alguns pais hetero teem filhos gay, que sao acontecimentos de excepcao num universo de filhos hetero. A educacao de uma crianca por parte de um casal homossexual poderá com facilidade criar a situacao oposta, ou seja casos excepcionais de filhos hetero.

"a educaçao nao tem nada a ver com as escolhas de nivel sexual, eu poderia dizer a um filho meu para ele "escolher" ser gay, mas se isso nao se identificaria com ele, ele nao seria gay, pois nao sao os pais que escolhem se um filho é hetero ou nao."

A educacao tem uma grande influencia nas escolhas sexuais, por mais que tentem negar. Rapazes super protegidos pela mae, teem a tendencia de procurar uma parceira com qualidades identicas.

Eu nao digo que se tivesse sido educado por um casal gay, que seria gay. O que digo é que as probabilidades de o ser eram muito maiores.

"seria preferivel eu optar por um casamento dito "normal2 ter filhos e depois andar ao engate como tantos "homens" ditos normais andam?"

Claro que nao, em ponto algum do meu texto o comportamento gay foi colocado em questao, eu refiro-me à adopcao e à influencia sobre criancas sem qualquer tipo de ligacao genética.

Nao foi nem é minha intencao, negar direitos aos gays, o que digo é que adoptar nao é um direito.

Se houver alguém que me prove por a+b que adoptar é um direito, eu poderei rever a minha opiniao. Mas ninguém me poderá provar isso.

Hoje em dia, tudo é desculpado com desculpas esfarrapadas de censura, de estarem a vedar os direios de a ou b, mas isso é treta. Nem tudo é um direito.

Se me veem dizer que um casal gay deve poder adoptar porque é um direito, apesar de nao o ser. Eu respondo; que quem quer direitos tem de ter deveres e neste caso o dever é nao adoptar enquanto nao houverem provas claras que a educacao nao influencia o sexualidade.

Bolas, a educacao influencia a personalidade e a nossa personalidade é TUDO, sendo tudo incluí obviamente tendencias sexuais.

Nem todos os gays, o sao porque sao. Há gays que o escolheram ser. Bolas, eu conheco gays que o escolheram ser, nao tem nada de genético a certa altura mudaram por acontecimentos diversos, muitos deles, por desilusao com o sexo oposto.

Nem todos os gays o sao, só porque sao.

"sou gay e sou contra a adopçao de crianças por parte da comunidade homossexual, mas nao porque essa mesma comunidade pudesse estar a "criar" crianças gays..."

Nao o estariam a fazer conscientemente, até poderiam nao o estar a fazer, mas isto sao tudo suposicoes. Até a adopcao por parte de homossexuais, poder ser ponderada, requer estudos e nao há estudos. O que há, sao vozes de revolta que usam um único, fraco e falso argumento, "direitos".

Já agora, gostaria de saber o motivo que leva um homossexual a ser contra a adopcao.

"e o "caminho correcto" é o que meu caro amigo?
ser hetero?
ser gay?
ser bi?
o importante é... ser!"

Mais uma vez, eu nunca, em ponto algum disse o que era ou deixava de ser correcto.
Nao me faz a minima diferenca de quem é ou nao gay. Por mim toda a gente pode ser gay, eu cuido de mim, os outros que se cuidem.

"leio o teu blog com assiduidade mas nunca o comentei, hj pensei ser o dia mais indicado :)"

Obrigado pelo desabafo, mas julgo que o seu comentário tentou descontextualizar o que disse. Eu falei unicamente na adopcao por parte de homossexuais e nunca contra os homossexuais. Voce nao é o único homossexual que le este blogue, mas foi o unico que comentou este texto.

  Anónimo

terça-feira, agosto 19, 2008 5:48:00 da tarde

crest:
bom dia.
nao comentei o teu texto com o intuito de o denegrir, alias nao é concerteza um ataque aos homossexuais, mas sim a tua opiniao na adopcao por parte de casais homossexuais.
"e o caminho correcto"- era resposta ao comentario lido um pouco acima de um amigo que tb t visita.
concordo com a tua opiniao em relaçao á adopcao porque como gay e falo por mim nao pela comunidade, os gays sao pessoas muito instaveis, infelixmente as nossas relaçoes teem pouca duraçao,eu nunca adoptaria uma criança sabendo que o ambiente familiar se poderia desmoronar a qualquer instante, nao quero dizer com isto, que numa familia tradicional tambem, nao se venha a verificar o mesmo, mas a criança nesses moldes tem outro tipo de beneficiencias que nao teria num "lar" de um casal homossexual,isto porque simplesmente nao existem direitos num casal gay, meu caro crest quando toco no assunto dos direitos nao quero dizer que quero casar numa igreja vestido de branco (lol) só porque os heteros tb o fazem, mas sim no que toca a irs, compra de casa, beneficios fiscais,é um sentimento frustrante saber que ando uma vida inteira a juntar para no fim o meu companheiro nao poder ficar com o que é "nosso".
ele nao tera direito a nada em caso de morte porque a lei nao o reconhece.
mais uma vez relembro amigo crest, que nao vi no seu post qualquer afronta aos gays, mas sim um texto de opiniao bem formada,sobre a adopcao pelos casais gays, texto esse alias escrito com a mestria com a qual identifico todos os seus textos.
atenciosamente, beto nunes, lisboa

ps: vai sempre como anonimo, mas assinado no final :)

  Bruno Fehr

sexta-feira, agosto 22, 2008 4:56:00 da manhã

Anónimo (Beto):

"alias nao é concerteza um ataque aos homossexuais"

Nem o poderia fazer, se quero manter a minha intergridade física, há mais gente a ler do que os que comentam. Por vezes, colegas meus gays, fazem-me criticas por usar a homossexualidade para fazer humor. Eu discordo, pois acho que tudo se pode usar para rir e fazer rir.

""e o caminho correcto"- era resposta ao comentario lido um pouco acima de um amigo que tb t visita."

Sim, essa perte eu percebi.

"os gays sao pessoas muito instaveis, infelixmente as nossas relaçoes teem pouca duraçao,eu nunca adoptaria uma criança sabendo que o ambiente familiar se poderia desmoronar a qualquer instante"

Concordo, se bem que há excepcoes mas regra geral principalmente os do sexo masculino sao mais infieis e as relacaoes mais curtas.

"mas a criança nesses moldes tem outro tipo de beneficiencias que nao teria num "lar" de um casal homossexual,isto porque simplesmente nao existem direitos num casal gay"

Neste caso, estamos a falar de Portugal, pois aqui na Alemanha a uniao de facto só por si, dá os mesmo direitos.
Um meu agente de seguros, que me tratava de tudo, era um homossexual assumido e vivia com o seu companheiro há mais de 20 anos. Ele faleceu no final do passado ano de HIV, o seu companheiro foi declarodo como único herdeiro apesar da contestacao da familia do falecido.
A lei Alema, segue esta regra que seja nos bens materiais, tal como na custódia de menores que essa casal possa ter a seu cargo.

Portugal, neste aspecto ainda tem um longo caminho a percorrer.

"meu caro crest quando toco no assunto dos direitos nao quero dizer que quero casar numa igreja vestido de branco (lol) só porque os heteros tb o fazem, mas sim no que toca a irs, compra de casa, beneficios fiscais,é um sentimento frustrante saber que ando uma vida inteira a juntar para no fim o meu companheiro nao poder ficar com o que é "nosso"."

Pois, tal como disse, este é um problema de alguns (poucos) países Europeus. O casamento civil deve ser autorizado, mas mesmo antes de o ser a uniao de facto deve ser considerada. Ambos pagam impostos, ambos precisam de casa e juntos pagam as dividas melhor que um só.

Coloco em causa a adopcao, sem pensar nas relacoes de curta duracao, coloco-as em casa devido a certos exemplos aqui na Alemanha, onde ela é possível.

Um ex-colega de trabalho, colocou termo a um casamento de 5 anos e vive neste momento com um homem. Diz-se finalmente feliz. Por outro lado queixa-se que a filha o ve de outra forma, pois nao percebe. A crianca ficou com a mae, apesar do pai manter todas as suas responsabilidades, se a mae fosse incapaz de a manter, a mudanca de ambiente familiar iria confundir ainda mais esta crianca.

Isto é o mesmo que adoptar uma crianca de 5 anos, vinda de um lar hetero.

Outro exemplo, é a de uma menina, nascida de uma lésbica com a ajuda de um amigo incógnito (que diz ela ser gay), ela vive há 10 anos com a sua companheira e observam que a crianca, nao brinca com as bonecas aos "pais e às maes", mas sim às "maes e às maes". Elas apesar de serem excelentes maes e a crianca ser feliz, é uma situacao complicada.

Eu acho que este assunto, precisa de mais estudo e em caso de dúvida a solucao deve ser um nao à adopcao.

Quanto aos direitos por viverem em uniao de facto, isso só peca pela lentidao que a nossa sociedade e governo está a levar a impor.

  Anónimo

terça-feira, fevereiro 17, 2009 1:44:00 da tarde

Não entendo a recusa da adopção por casais homossexuais...
não há uma educação homossexual e uma educação heterossexual.
uma criança não tem de chamar pai a uma pessoa e mãe a outra. uma criança adoptada por um casal homossexual não tem que achar que nasceu daquelas duas pessoas.

Uma família é um núcleo onde é suposto existir valores como o respeito, deve existir apoio e os seres devem sentir-se amados. Em muitas famílias ditas "normais" isso nem existe e no entanto ninguém lhes diz que não podem ser uma família e que não têm o direito de educar crianças.

Deixem-se das tretas dos traumas, porque o trauma está na sociedade.

olha a minha família são a minha mãe e os meus avós e nunca tive uma figura paterna. E sou rapariga heterossexual. Sempre tive foi problemas por causa do choque de mentalidades, viver com avós não é nada fácil.. e nunca ninguém entrou pela minha casa dentro para zelar pelo meu bem-estar psicológico

  Bruno Fehr

terça-feira, fevereiro 17, 2009 2:09:00 da tarde

p * disse...

"não há uma educação homossexual e uma educação heterossexual."

Claro que há,acho que aí nem pode haver dúvidas!

Ora falas em trauma social, o trauma social e a culpa da sociedade, sao simplesmente descargas pessoais. Desculpamos tudo o que é da nossa natureza, numa tal de sociedade incapaz de se defender.

"olha a minha família são a minha mãe e os meus avós e nunca tive uma figura paterna. E sou rapariga heterossexual. Sempre tive foi problemas por causa do choque de mentalidades, viver com avós não é nada fácil.. e nunca ninguém entrou pela minha casa dentro para zelar pelo meu bem-estar psicológico"

Ora bem, eu fui rapaz educado pelo meu pai e pela minha avó, sou um rapaz heterosexual que teve de criar defesas contra todos os preconceitos de ser um homem a educar-me.

O problema aumenta de tamanho, quando uma colega minha, homossexual e mãe, diz que a sua filha brinca com barbies fazendo casais entre elas e não sabe para que serve o Ken. Eu também nao saberia lidar com esta situacao, mas é um problema.

Primeiro resolvam os entravas à adopcao, nao só de casados, mas também de juntos e solteiros, depois de haver um sistema adoptivo decente, ponderem a adopcao homossexual, até lá, nao faz sentido.

Os homossexuais devem poder casar e depois esperam por mais direitos, eles nao sao nenhuns coitadinhos que teem de receber os direitos todos de uma vez, sem que se pense nas consequências. As mulheres esperaram mais de 1950 anos pelos primeiros direitos. Acho que os gay podem esperar meia dúzia.

  Anónimo

quarta-feira, fevereiro 18, 2009 3:39:00 da tarde

Bruno,

alguém te ensinou a gostares de raparigas?
achas que alguém ensinou um homossexual a gostar de pessoas do mesmo sexo?
é claro que não existe uma educação homossexual e uma educação heterossexual... a homossexualidade foi, inclusivamente, considerada uma doença durante muito tempo..
isso não é algo controlado pela educação sequer... é a natureza da pessoa.
tantos machões por aí que afinal.....

também referiste as descargas pessoais mas de seguida disseste que tiveste que criar defesas contra todos os preconceitos de ser um homem a educar-te... então isto é o quê?
se não é o preconceito da sociedade que nome é que tem? e como tu sabes, dentro do teu núcleo familiar isso provavelmente não era um problema... o problema estava cá fora...
o problema nisto tudo também está cá fora, na sociedade, no preconceito, na crueldade entre os miúdos e muitas vezes incentivados pelos pais desses mesmos miúdos...

olha eu quando brincava às barbies também não tinha Ken e n é por isso que confundi aquilo que sinto em relação a homens e mulheres..
isto das atracções é uma coisa biológica! já vem definido, depois há factores externos que influenciam... mas é por isso que tem que existir acompanhamento em todas as situações de adopção tanto homo como heterossexual..

nos restantes parágrafos estamos de acordo: criar um sistema adoptivo decente para todos e os homossexuais podem esperar mais um bocadinho (não 1950 anos obviamente!)e eles próprios não estão a fazer dessas exigências uma emergência... mas é bom que se vá falando nisso e que se vá preparando a sociedade.

  Ana

quinta-feira, julho 16, 2009 1:28:00 da manhã

Então e as famílias monoparentais, também não devem poder adoptar? Com essa linha de raciocínio é o que parece... Uma criança pode ser criada por um casal homosexual, havendo apenas o cuidado de que tenha contacto com pessoas de ambos os sexos, como avós tios)tias, primos/primas, etc... Uma criança deve ter, isso sim, direito a crescer numa família que a ame e a respeite, independentemente da sua orientação sexual. Ou será preferível deixar uma criança a crescer numa instituição, desprovida de um contacto humano mais pessoal, mais carinhoso e mais dedicado? Antes crescer sem pai nem mãe do que com dois mães ou dois pais?!
Não há como concordar com isso...

  Bruno Fehr

quinta-feira, julho 16, 2009 10:06:00 da manhã

p *:

"alguém te ensinou a gostares de raparigas?"

Claro que sim, todos somos ensinados desde de pequenos em tudo sem excepções. Tomamos o que vemos como exemplo. Algures no tempo podemos passar a ouvir os nossos instintos e seguir um outro caminho. Uns seguem esse caminho de cabeça erguida outros em vergonha e muitos ficam em negação.

"achas que alguém ensinou um homossexual a gostar de pessoas do mesmo sexo?"

Uma pessoas descobre ser gay, acha ser gay, ou decide experimentar ser gay. Isso é uma escolha que tem como base uma educação heterossexual. Num universo de 100, 10 seguem a homossexualidade, são estas as estatísticas. Não será viável que numa educação de exemplo homossexual o mesmo aconteça? Em 100, 10 decidam ser hetero.

"é claro que não existe uma educação homossexual e uma educação heterossexual... a homossexualidade foi, inclusivamente, considerada uma doença durante muito tempo.."

É claro? Então explica, pois é isso mesmo que eu quero para concordar com adopção homossexual, pois todos os estudos que encontrei são inconclusivos ou referem que a construção da personalidade de uma criança é por imitação.

Não, isso não é claro pois não foi devidamente estudado. Um criança quer ser como o seu pai, ou sua mãe. Quer ter um cabelo igual, quer ser aquela pessoas quando crescer. Uma criança não tem a capacidade de entender o que é um casal hetero ou homo, se em vez de pai e mãe ele tem dois pais, não é a família dele que é diferente, são as outras que estão erradas.

"isso não é algo controlado pela educação sequer... é a natureza da pessoa."

Não senhor, estamos a falar de crianças e não de adultos. Todas as bases da personalidade de uma pessoas são construídas em crianças e a origem dessas bases é educativa.Não existe capacidade intelectual numa criança de criação de valor pessoais, distinção de certo ou errado, clarificação da sua sexualidade. NADA. Todas essas bases são educativas e/ou por imitação tomando como molde a pessoa que admiramos.

"tantos machões por aí que afinal..."

Não sei em que ponto é que este texto é machão. Eu quero estudos sobre este facto, se ainda não sabem exactamente como a homossexualidade aparece, não devem agora fazer testes em crianças e esperar 18 anos para ver como evoluem.
Não me podes dizer que uma criança educada por gays, será hetero, simplesmente nao podes afirmar isso, tal como eu não posso afirmar que será gay. Tudo isto é um incógnita e enquanto temos incógnitas precisamos de estudos e enquanto não há estudos, a questão que se coloca é: Devemos ou não fazer experiências com crianças?

A resposta é clara. Não!


(continua)

  Bruno Fehr

quinta-feira, julho 16, 2009 10:06:00 da manhã

"também referiste as descargas pessoais mas de seguida disseste que tiveste que criar defesas contra todos os preconceitos de ser um homem a educar-te... então isto é o quê?
se não é o preconceito da sociedade que nome é que tem? e como tu sabes, dentro do teu núcleo familiar isso provavelmente não era um problema... o problema estava cá fora..."

Claro que o problema era externo, no seio familiar não se colocava. Mas por que é que uma criança tem de ser obrigada a criar defesas contra o preconceito social? É um facto que nem todas as conseguem criar, muitas cedem e ficam farrapos emocionais. Mas no meu caso o conflito era externo, eu tinha de lidar com preconceito social e não com preconceito, duvidas pessoais, e ambiente familiar.

"o problema nisto tudo também está cá fora, na sociedade, no preconceito, na crueldade entre os miúdos e muitas vezes incentivados pelos pais desses mesmos miúdos..."

Concordo.

"olha eu quando brincava às barbies também não tinha Ken e n é por isso que confundi aquilo que sinto em relação a homens e mulheres.."

Eu referi um exemplo real de duas pessoas que adoptaram e que estão a atravessar um processo complicado devido a isto que falo, à formação de personalidade por imitação.
Em nenhum ponto eu as censuro por adoptarem e amo aquelas duas mulheres e elas sabem a minha opinião, nem concordam nem discordam, exactamente pelo que digo, não há estudos, não há dados e o caminho delas é seguido às escuras.

"isto das atracções é uma coisa biológica! já vem definido, depois há factores externos que influenciam... mas é por isso que tem que existir acompanhamento em todas as situações de adopção tanto homo como heterossexual.."

Mas eu falo em acompanhamento, eu falo em estudos sobre o assunto, quero dados psicológicos, quero que se prove cientificamente por a+b que as crianças não constroem a sua personalidade por imitação, pois os estudos até pelo menos 1999 diziam isso mesmo, mas não iam mais longe.

"nos restantes parágrafos estamos de acordo: criar um sistema adoptivo decente para todos e os homossexuais podem esperar mais um bocadinho (não 1950 anos obviamente!)e eles próprios não estão a fazer dessas exigências uma emergência... mas é bom que se vá falando nisso e que se vá preparando a sociedade."

Com isso concordo. Concordo que eles esperem mais um pouco mas que se estude esse impacto numa criança. Pois o que vejo, são manobras politicas de aprovação da lei sem mais nem menos só para cativar o voto gay. Temos de ter consciência que 10% da população é gay e esse numero chamou a atenção dos políticos capazes de tudo e mais alguma coisa para garantirem 10% dos votos.

Agora, nem eu nem tu, sabemos o que acontece realmente, tu tens a tua opinião e eu tenho a minha mas não há estudos científicos e é esse o problema. Por isso em caso de dúvida eu digo não. Não admito a ideia de se usarem crianças como cobaias e daqui a 18 anos vemos o que acontece.

  Bruno Fehr

quinta-feira, julho 16, 2009 10:28:00 da manhã

Ana:.

"Então e as famílias monoparentais, também não devem poder adoptar?"

Devem sim e nao minha opiniao teria mais lógica deixar um homem adoptar do que dois homens. Eu como homem e como solteiro nao posso adoptar em vários países no mundo, mas se estiver com outro homem já posso. Isto tem lógica?

Estamos num processo ainda primitivo em que não temos dados científicos sobre a criança, a ciência nomeadamente a psicologia infantil tem de realizar estudos, coisa que não fez. É sabido que as bases da personalidade são por imitação mas não sabemos até que ponto uma criança é capaz de ver o seu ambiente familiar como excepção sendo o que é externo ao seu lar a regra.
Nao existe esta capacidade infantil.

"Com essa linha de raciocínio é o que parece... Uma criança pode ser criada por um casal homosexual, havendo apenas o cuidado de que tenha contacto com pessoas de ambos os sexos, como avós tios)tias, primos/primas, etc..."

Que influencia isso tem numa criança de uma casal hetero? Nenhuma! Por que é que haveria de influencia o filho de uma casal gay? Isso não basta e prova disso é a filha das minhas amigas, é notório que apesar de ser uma menina super inteligente há ali uma silenciosa confusão. Vamos ter de esperar até que ela comece a fazer perguntas e demos responder sem medos.
Mas este caso em particular é um teste, e o único teste com o qual eu tenho contacto. E é um exemplo de como é um processo complicado que merece estudos aprofundados.

Por que motivo se estuda tudo e mais alguma coisa e as pessoas querem legalizar isto baseado em crenças pessoais? Eu admito poder estar errado, mas se falamos de crianças não devemos seguir para o "sim" sem factos.

"Uma criança deve ter, isso sim, direito a crescer numa família que a ame e a respeite, independentemente da sua orientação sexual."

Uma criança tem o direito a ser amada, mas a desculpa do amor não é factor neste caso. Sem haver dados sobre os efeitos não se pode criar a causa. Eu não digo não à adopção homossexual até porque tenho exemplos de todo esse amor, mas tenho exemplos de toda essa confusão.

Se a mulher esperou tantos anos para ter direitos iguais, será que é pedir muito que os homossexuais esperem por estudos? EU acho que não, pois se amam as crianças e se querem o melhor para elas, o impacto educativo precisa de estudo.

"Ou será preferível deixar uma criança a crescer numa instituição, desprovida de um contacto humano mais pessoal, mais carinhoso e mais dedicado?"

Isso são instituições incompetentes. Eu tenho hoje duas irmãs, que são minhas irmãs por adopção vindas de um local assim. Há já uma grande maioria de instituições que aceita famílias voluntárias para dar um lar aos fins-de-semana, feriados, férias a uma criança e o que não falta são casais voluntários, falta sim que todas as instituições adiram ao programa. O resultado deste programa foi uma luta de anos travada pelo meu pai e a sua actual esposa em adoptar estas gémeas.

Há milhentas coisas que podem ser feitas e não podemos olhar para uma adopção homossexual como uma solução milagrosa porque nao o é.

"Antes crescer sem pai nem mãe do que com dois mães ou dois pais?!"

Se não há estudos sobre o impacto e em caso de dúvida sim! Pois já temos milhões de exemplos sobre o desenvolvimento de uma personalidade numa instituição, mas não há dados sobre esse mesmo desenvolvimento no seio homossexual. É quem se sabe de onde aparece a homossexualidade. Já foi doença e sabe-se agora que não é, já foi cromossomática e sabe-se agora que nem sempre o é, e certamente não será genética. Se não sabemos de onde vem a homossexualidade como podemos afirmar que não terá influencia na personalidade?

Eu não digo que homossexualidade TEM influencia, mas tu dizes que NÃO tem. Eu tenho dúvidas, tu tens certezas.
Eu quero ter certezas e se tiveres estudos com o objecto das tuas certezas, teria todo o prazer em analisar.

Seja no que for, em tudo na vida, em caso de dúvida a resposta deverá ser não.

  algodaoealfazema

quarta-feira, novembro 18, 2009 5:54:00 da tarde

Bruno,

Concordo em muito contigo. No entanto, a tua opinião é tão subjectiva como qualquer outra. É certo que os pais são os modelos, os exemplos a seguir. Mas não há fundamentação para que um dia a personalidade dos filhos seja moldada conforme as dos pais. E dou-te um exemplo muito claro disso. Não posso dizer que cresci num seio familiar completamente infeliz, mas o meu pai não é exemplo para ninguém. Fez-me sofrer muito, assim como ao meu irmão e à minha mãe. Ainda hoje faz, ao ponto de tanto eu como o meu irmão, à primeira oportunidade de voar para fora do ninho, fomos embora sem vontade de voltar. O exemplo dele faz-me querer ser uma melhor pessoa todos os dias, faz-me querer ser uma boa mãe um dia. Faz-me querer dar tudo de mim para que nada falte aos meus filhos. Seria mais fácil ter crescido sob aqueles parâmetros e ser igual a ele, e não sou, felizmente.

Por isso, nada nos garante que o filho de um casal de homossexuais venha a ser homossexual. Pode até ser mais amado, mais querido, mais respeitado, mais educado, mais formado, que muitos outros filhos de casais heterossexuais. Mas reconheço que é subjectivo. E concordo contigo, acredita. No entanto, recuso-me a aceitar que seja tudo assim tão linear.

  Bruno Fehr

quarta-feira, novembro 18, 2009 11:46:00 da tarde

L.:

Exacto. Tu tiveste um mau exemplo e tentaste ser melhor. Mas e se o exemplo fosse bom? Irias querer ser igual. O meu pai sempre mostrou um respeito tremendo pelo sexo oposto e para mim esse foi um exemplo a seguir.
No entanto não vejo ligação com este caso, pois eu não digo que homossexualidade é um mau exemplo, eu digo que será para uma criança o ambiente normal, a sua noção de normalidade. Essa criança logicamente poderá não ser homossexual mas como quem é que ela achará que deve brincar aos médicos? Com quem é que ela irá tentar brincar aos pais e às mães? Essas nossas primeiras brincadeiras são por imitação do que os nossos pais fazem.

Filhos de homossexuais não serão necessariamente homossexuais, tal como os filhos de heteros não serão necessariamente hetero, no entanto existem imensas dúvidas em como a personalidade da criança é moldada e em caso de dúvida não se passam leis, primeiro estuda-se e não há estudos sobre estes casos, há sim uma pressa impressionante em passar uma lei.

As mulheres esperaram séculos pelos seus direitos, os homossexuais querem os mesmos direitos já!

Eu não estou a tentar ser linear, eu estou a tentar demonstrar que amar uma criança não basta, é preciso saber que efeitos ter dois pais ou duas mães pode ter na criança, e digo isto pois acompanho de perto o caso de duas mães com uma filha, que são minhas amigas e a situação é sem sombra de dúvidas difícil agora que a criança tem 8 anos.

Se eu tenho dúvidas, busco respostas ou busco informação ou pergunto, quem toma decisões quando tudo é uma grande incógnita está a arriscar e não acho que se deva arriscar com crianças fazendo delas cobaias.

  Paulo Coutinho

sexta-feira, julho 09, 2010 12:06:00 da manhã

acho que é um tema muito complexo, relativo e controverso, mas também um tema que as pessoas complicam demais. falando no meu exemplo... eu sou homosexual, e fui criado, digamos, para gostar de mulheres. sempre fui impulsionado para esse tipo de orientação homosexual desde pequeno... logo, não sei até que ponto a homosexualidade seja uma mera uma questão de influências. atrevo-me a dizer que é uma questão genética (e não, não considerando a homosexualidade como uma doença ou mutação, whatever). não vejo mal algum em um casal homosexual adoptar uma criança. acho que é dever de qualquer casal com posses de adoptar uma criança. por uma questão de amor e humanismo.

  Paulo Sócrates

quarta-feira, dezembro 29, 2010 9:00:00 da tarde

A condição homossexual assim como outras carectersticas humanas não definem o perfil educador de qualquer ser partindo do pressuposto do seu texto chegaria a conclusão que pais heterosexuais teriam apenas filhos heteros como eles, e sabemos que o modelo familiar geral é de familias heterossexuais em contra partida a quantidade de homossexuais só vem crescendo dai chegaríamos a conclusão que filhos de pais alcoólatras também o seriam filhos de pais criminosos também o seriam e etc a concepção de educar é de tal maneira diversa quanto é diversa a personalidade humana vemos exemplos de filhos de lares desfeitos com renome e caracter ilibado assim como vemos filhos da classe média matar roubar pelo simples fato de achar que podem .A minha pergunta é onde está a contradição na minha cabeça ou no seu texto aposto que seus tem teus valores mas não a sua personalidae

  Paulo Sócrates

quarta-feira, dezembro 29, 2010 9:34:00 da tarde

A condição homossexual assim como outras carectersticas humanas não definem o perfil educador de qualquer ser partindo do pressuposto do seu texto chegaria a conclusão que pais heterosexuais teriam apenas filhos heteros como eles, e sabemos que o modelo familiar geral é de familias heterossexuais em contra partida a quantidade de homossexuais só vem crescendo dai chegaríamos a conclusão que filhos de pais alcoólatras também o seriam filhos de pais criminosos também o seriam e etc a concepção de educar é de tal maneira diversa quanto é diversa a personalidade humana vemos exemplos de filhos de lares desfeitos com renome e caracter ilibado assim como vemos filhos da classe média matar roubar pelo simples fato de achar que podem .A minha pergunta é onde está a contradição na minha cabeça ou no seu texto aposto que seus tem teus valores mas não a sua personalidae

  Bruno Fehr

quinta-feira, dezembro 30, 2010 5:48:00 da manhã

Paulo Coutinho:

"eu sou homosexual, e fui criado, digamos, para gostar de mulheres. sempre fui impulsionado para esse tipo de orientação homosexual desde pequeno... logo, não sei até que ponto a homosexualidade seja uma mera uma questão de influências."

Eu nunca disse que era uma questão de influencias. A homossexualidade existe tal como a heterossexualidade. O que coloco em causa é que o ambiente familiar definem as nossas primeiras experiências e é nisso que assenta o meu raciocínio. Tive pai e mãe e bem cedo tive a tendência para brincar aos papás e às mamas, a tendência para experimentar a sensação de imitar os meus pais e dar um beijo na boca a uma menina. Mas e se tivesse tido dois pais homens? Será que as minhas primeiras experiências me levariam a experimentar explorar o sexo oposto ou o próprio sexo?

"não vejo mal algum em um casal homosexual adoptar uma criança. acho que é dever de qualquer casal com posses de adoptar uma criança. por uma questão de amor e humanismo."

Eu não digo que não, digo não há adopção homossexual sem que existam os mais básicos estudos sobre a influencia do meio familiar nos primeiros contactos com o sexo. Digo não há adopção homossexual enquanto as barreiras estão tão altas para a adopção de casais solteiros e até de solteiros.

Se os homossexuais também concordam que o direito a adoptar deve estar em primeira instância ligado às possibilidades financeiras e ao amor, então deveriam ser os primeiros a lutar não pelos direitos dos homossexuais em adoptar mas sim por direitos de toda a gente em adoptar.

  Bruno Fehr

quinta-feira, dezembro 30, 2010 5:48:00 da manhã

Paulo Sócrates:

"A condição homossexual assim como outras carectersticas humanas não definem o perfil educador de qualquer ser partindo do pressuposto do seu texto chegaria a conclusão que pais heterosexuais teriam apenas filhos heteros como eles, e sabemos que o modelo familiar geral é de familias heterossexuais em contra partida a quantidade de homossexuais só vem crescendo"

O que diz é uma deturpação total do meu texto, deturpação essa característica de 70% dos comentários de homossexuais. O que digo é que o ambiente familiar influencia as primeiras experiências sexuais. Uma das mais conhecidas brincadeiras secretas das crianças é brincar aos papás e às mamas. A maioria dos lares são hetero e a maioria dos filhos que saem desses lares são hetero. Os gay são cada vez mais, mas ainda excepção há regra e certamente todos os eles brincaram aos papás e às mamas, aos médicos, ao bate-pé brincaram a imitar os adultos, brincadeiras heterosexuais que geraram uma maioria de adultos heterossexuais.

Agora é só virar o caso ao contrário. Um filho de dois homens terá a tendência de brincar aos adultos imitando os pais. Eu não digo que vão existir mais homossexuais mas certamente isso é uma possibilidade pois o numero de experiências homossexuais nessas crianças será facto.

Existe um estudo nos EUA que prova que meninos que foram expostos a violência doméstica onde o pai batia na mãe, possuem maior probabilidade de se tornarem adultos que batam em mulheres. O estudo sobre os gays não é feito, pois basta ver estudos semelhantes e teorizar os resultados. No entanto eu sou justo e aceitaria um grupo teste de alguns milhares até se poder obter resultados convincentes.

"chegaríamos a conclusão que filhos de pais alcoólatras também o seriam filhos de pais criminosos"

Não, pois um alcoólatra não é um criminoso é sim um doente que pode cometer um crime tal como qualquer pessoa. Filhos de alcoólatras acabam por se dividir em dois grupos: Os que irão experimentar álcool em tenra idade e os que o irão rejeitar completamente, regra geral este resultado está relacionado com o facto do pai/mae alcoolatra ser ou não violento.