Abismo


Tudo o que ela é e representa arrasta-me para memórias passadas de tudo o que não gosto. O olhar, o sorriso, o olá, iguais aos gravados na minha mente que despertam a besta que matei.
O cheiro, o toque, a voz, que me chega a um local que há muito achava morto. Esquecido.
Se odeio tudo isto, como é que me senti atraído. Perdido. Perdido por me encontrar em pensamentos passados. Perdido num labirinto que já conheço de cor e salteado. Percorro-o de olhos fechado para não ver a saída.

Deverá ser a infinita atracção pelo abismo que rege a minha vida. A atracção que dia a dia combato e mais um dia é uma vitória. O abismo vencerá, eu sei, mas não será assim com tanta facilidade.

A destruição voluntária negando a queda. O fim é a contradição detectada em alguém sem sentido, pois faz sentido. Talvez só para mim e é isso que importa, que faça sentido.

Se ela representa tudo o que odeio, por que me atraí?

64 Comentários:

  Jane Doe

quinta-feira, maio 07, 2009 12:25:00 a.m.

Porque ela não representa tudo o que tu odeias mas sim tudo o que tu não queres lembrar. Porquê? Porque foi tudo o que já amaste, e foi tudo o que te fez sofrer.

Ora eu fujo de coisas que me lembrem dor.

Digo eu que não faço a mínima ideia do que estou a falar.

Hmmm Isto sim é psicologia de bolso de qualidade!

Ahahahah

  Abobrinha

quinta-feira, maio 07, 2009 12:34:00 a.m.

Pois... e tem mamas grandes? ISso é que é importante!



Desculpa lá estar a descambar, mas hoje tem que ser mesmo! Noutro dia pode ser que consiga dizer algo mais sério!

  LBJ

quinta-feira, maio 07, 2009 12:48:00 a.m.

Olha não te posso ajudar, tenho dado muito para esse peditório… Mas talvez te consiga fazer rir, tens um desafio no meu antro, que eu sei que gostas de desafios :)

Abraço solidário

  Demian

quinta-feira, maio 07, 2009 1:03:00 a.m.

Bem, este poderia ter sido escrito por mim, há uns dois anos atrás.

A linha que separa o amor do ódio é muito ténue, parece cliché, mas quem passa por elas sabe que é mais do que isso.

Suponho que dependa das personalidades. Encaro o facto de nos sentirmos atraídos pelos opostos (ou por traços de personalidade que teoricamente não são aqueles que à partida pretendíamos identificar na pessoa com quem queremos estar) como um desafio, e aqui falo por mim.
Sentirmo-nos constantemente desafiados, o choque de personalidades, quando consumido com moderação, é bastante benéfico para qualquer relação.
É essencial sabermos que do outro lado está alguém que pensa pela sua cabeça, que seja capaz de nos confrontar e fazer-nos aceitar os seus pontos de vista, ainda que não concordemos com eles.
Não sei se me faço entender, mas sem entrar em pormenores pessoais que não interessam para nada, é basicamente isto.

  Fada

quinta-feira, maio 07, 2009 1:06:00 a.m.

Porque entre o Amor e o Ódio a fronteira é ténue e frágil.
Porque talvez ames, mas tens apenas medo e preferes odiar.

Porque...

Whatever happens, you'll learn something.

O abismo não vence. A menos que permitas.

Kisses

  caditonuno

quinta-feira, maio 07, 2009 2:08:00 a.m.

hoje estamos nostálgicos, é?

vinha a ouvir o oceano pacífico e o homem lá falou que por vezes recordamos pessoas que passaram pela nossa vida e que nos vêm à memória frequentemente. pedia para as contactarmos ou mesmo visitarmos novamente. dei comigo a verificar no telemóvel se ainda lá tinha o número de uma minha antiga namorada e lá estava ele.

nao sei porque é que ainda nao o apaguei... alguma coisa ficou guardada dentro de mim, nao é verdade?

  Anónimo

quinta-feira, maio 07, 2009 5:22:00 a.m.

nossa que triste.

bjosss...

  Teté

quinta-feira, maio 07, 2009 8:55:00 a.m.

Porque a atracção dos pólos opostos é "velha" como a humanidade?! :D

  Helena santana

quinta-feira, maio 07, 2009 9:49:00 a.m.

Porque te sentes atraído por aquilo que detestas? Simplesmente porque para aquela pessoa tu exististe, tu não foste ignorado por ela e esse sentimento de existência, de representares algo para alguém (positivo ou não), faz-te sentir vivo. E isso a ti basta-te.Porque a tua auto-estima está de rastos. Porque quando verdadeiramente reparares que por ti passam de facto centenas de pessoas com as quais te cruzas diariamente e integrares, aperceberes-te que elas também têm a capacidade de te fazer sentir vivo, aí, meu velho, vais ver que essa pessoa que detestas, nada mais representa para ti. E finalmente serás livre. Olha à tua volta com olhos de "VER". Vê, nâo olhes apenas. Não tenhas medo, Bruno. Não há motivo para isso.

  I.D.Pena

quinta-feira, maio 07, 2009 10:04:00 a.m.

Eu não sei o porquê, mas acho que pode vir da tua própria natureza e tendência natural . Ou então gostas de desastres naturais, ou se calhar gostas de por algum caos na tua vida.

Ao odiares alguma parte do passado estás a empregar muita carga emocional , ou seja ainda dás muita importância, seja em ódio ou nalgo bom, ainda dás importancia , é por isso que te atrai. É algo que precisas de resolver. Mas não percebo o abismo e nem o que representa.

Quanto aos polos que se atraem. Nesta interação o importante mesmo é que não choquem para não magoar nem um nem outro.

p.s: Estou a gostar imenso de ler as cenas antigas, parto-me a rir com as questões; E as curiosidades linguisticas também são muito bem vistas!

  iTec(A)

quinta-feira, maio 07, 2009 10:58:00 a.m.

adrenalina...
quanto mais atraido pelo que odeias maior é a emoção, e mais vivo te sentes?!

ou então nunca foi ódio...


não sei,não faço a miníma, não sou de cá, só ca vim ver a bola! :P

  Susy

quinta-feira, maio 07, 2009 12:11:00 p.m.

Talvez porque represente um desafio!

Talvez porque haja alguma necessidade escondida em ti, de te superares mais uma vez, de te colocares de novo à prova!

  anatcat

quinta-feira, maio 07, 2009 1:17:00 p.m.

Lá estás tu a chamar-me de abismo, que raio de mania :D

Bjs

  VCosta

quinta-feira, maio 07, 2009 4:12:00 p.m.

Simplesmente porque os opostos atraem-se!!! Abraço!

  S

quinta-feira, maio 07, 2009 7:00:00 p.m.

É agora que vais "assentar". Algum dia havia de te tocar.

  Unknown

sexta-feira, maio 08, 2009 3:44:00 a.m.

Se te faz relembrar o passado é porque o passado ainda está muito vivo dentro de ti. Precisas de encerrar esse capítulo de "tudo o que não gostas" antes de avançar para o que quer que seja pois inevitavelmente o passado virá ao de cima e será sempre alvo de comparação e condenado ao fracasso.

São 60€ da consulta (desconto incluido)

  São

sexta-feira, maio 08, 2009 3:59:00 a.m.

Há pouco tempo escrevias “Desarmado mas não perdido” mas por mais muralhas que se ergam os sentimentos acabam sempre por atravessa-las, é a razão a dizer não, não e o coração a fazer ouvidos de mercador.

Agora escreves “Perdido num labirinto que já conheço” deves então conhecer as respostas, agora é só apalpar a parede e acender a luz, ver bem o que faz mais sentido nesse labirinto de sentimentos lutar ou sucumbir ter medo ou ter esperança de que esse alguém sem sentido faça sentido, e que essa contradição que esperas detectar não exista.

“Se ela representa tudo o que odeio porque me atrai?”
Esta resposta ninguém te pode dar só tu podes dá-la.

  Bruno Fehr

sexta-feira, maio 08, 2009 6:34:00 a.m.

Jane Doe:

Será? Ou será simplesmente tão diferente que me irrita e um pólo oposto que me atrai?

  Bruno Fehr

sexta-feira, maio 08, 2009 6:34:00 a.m.

Abobrinha:

Ahahaha, depende, eu não sou fixado em mamas, tudo o que não consigo agarrar é desperdício.

  Bruno Fehr

sexta-feira, maio 08, 2009 6:34:00 a.m.

LBJ:

Vou passar lá.

  Bruno Fehr

sexta-feira, maio 08, 2009 6:34:00 a.m.

Gravepisser:

"A linha que separa o amor do ódio é muito ténue, parece cliché, mas quem passa por elas sabe que é mais do que isso."

Posso dizer que tive uma relação de três anos com alguém que antes não suportava a presença na mesma sala e depois não voltei a suportar mais uma vez.

  Bruno Fehr

sexta-feira, maio 08, 2009 6:34:00 a.m.

Fada:

A fronteiro é ténue, sim, mas eu não odeio por amar.

  Bruno Fehr

sexta-feira, maio 08, 2009 6:35:00 a.m.

caditonuno:

Pois, eu não posso fazer isso não tenho qualquer numero telefónico da minha vida passada :)

  Bruno Fehr

sexta-feira, maio 08, 2009 6:35:00 a.m.

Nanda Assis:

Nem por isso.

  Bruno Fehr

sexta-feira, maio 08, 2009 6:35:00 a.m.

Teté:

Isso também é verdade, é irritante mas verdadeiro.

  Bruno Fehr

sexta-feira, maio 08, 2009 6:35:00 a.m.

HCS:

A minha auto-estima nunca está de rastos nem a opinião dos outros me basta. O que me irrita é a atracção para o abismo, pessoas erradas, caminhos errados e o pior é que adoro essas pessoas e esses caminhos. Isso sim irrita-me. Adoro meter-me em problemas e isso irrita-me. Irrita-me sair desses problemas, mas ao sair adoro pois posso meter-me em novas alhadas.

  Bruno Fehr

sexta-feira, maio 08, 2009 6:35:00 a.m.

I.D.Pena:

É isso mesmo, adoro tudo isso, adoro criar o caos e só para limpar tudo novamente e voltar a espalhar o caos.

"Mas não percebo o abismo e nem o que representa."

O abismo é o que nos atraí, como chegar à berma do edifício alto e sentir uma vontade incontrolável de saltar. Faco paraquedismo e vejo o abismo como os riscos, os saltos no desconhecido que adoro dar, sem medos. Mas na verdade existe uma probabilidade de um dia o paraquedas não abrir e podes não ter tempo de usar o de reserva.

  Bruno Fehr

sexta-feira, maio 08, 2009 6:35:00 a.m.

ceptic:

"quanto mais atraido pelo que odeias maior é a emoção, e mais vivo te sentes?!"

É isso. Mas a busca de adrenalina exige cada vez mais riscos, pois é uma droga e odeio sentir-me viciado no que quer que seja. Amor é ódio parece que andam de mãos dadas e eu odeio amar isso.

  Bruno Fehr

sexta-feira, maio 08, 2009 6:35:00 a.m.

Susy:

A necessidade de me superar não está escondida e esse é problema, por saber que ela existe estou sempre a saltar no desconhecido sem medos. Isso é bom por vezes, mas quem abusa ainda aterra de cabeça.

  Bruno Fehr

sexta-feira, maio 08, 2009 6:36:00 a.m.

anatcat disse...

"Lá estás tu a chamar-me de abismo, que raio de mania :D"

Ahahahahahahahaha

  Bruno Fehr

sexta-feira, maio 08, 2009 6:36:00 a.m.

VCosta:

É verdade.

  Bruno Fehr

sexta-feira, maio 08, 2009 6:36:00 a.m.

Samurai:

"É agora que vais "assentar". Algum dia havia de te tocar."

Ahahahaha, ainda não, ainda não. Apetece-me é dar mais saltos no desconhecido e esperar que exista uma rede de segurança para poder saltar no próximo desconhecido.

  iTec(A)

sexta-feira, maio 08, 2009 10:52:00 a.m.

Blogger Bruno Fehr disse...
"... exige cada vez mais riscos, pois é uma droga e odeio sentir-me viciado no que quer que seja.

És demasiado independente por isso é normal não quereres ficar viciado/dependente em alguém, é o problema de baixar as defesas e medo que as coisas coisa corra mal. Mas não considero isso um abismo. Acho que já passaste por pior...

"Amor é ódio parece que andam de mãos dadas e eu odeio amar isso."

E a dualidade do amor-odio faz parte, é o que dá emoção á coisa. Tanto apetece beijar como estrangular até ficar roxo e os olhos saltarem fora!! :P
é por causa desta dualidade que há crimes passionais :P

  Jane Doe

sexta-feira, maio 08, 2009 11:39:00 a.m.

Bruno Fehr disse...

"Será? Ou será simplesmente tão diferente que me irrita e um pólo oposto que me atrai?"

Sei lá! Psicologia de bolso é sempre e apenas isso mesmo!

Tu e só tu deves saber o porque de tudo. Eu não sei de nada. Sei. Os meus porquês, e já é muito bom.

  Unknown

sexta-feira, maio 08, 2009 7:16:00 p.m.

Ó Bruno, estou chateada! Então eu suo as estopas com comentários brilhantes e não aparecem??
Quer dizer ando eu com teorias divinas, alugo o meu ilustre parecer e nada?
A moderação anda muito moderada, não escrevi nem disse um palavrão....mmm pensando melhor... a ver se este aparece:

FODA-SE!

  Soraia Silva

sexta-feira, maio 08, 2009 8:49:00 p.m.

porque provavelmente em tudo o que falas nao existe totalmente odio.

existe sim coisas que nao queres lembrar, talvez porque sao passadas e magoam lembrar, mas nao quer dizer que se use o termo "ODIO"!!!

quanto ao abismo, so vencerá se o passo que dermos for o errado, se o permitirmos e se formos tao fracos ao ponto de nos deixarem vencer..

um beijo

  Helena santana

sexta-feira, maio 08, 2009 11:30:00 p.m.

"A minha auto-estima nunca está de rastos nem a opinião dos outros me basta. O que me irrita é a atracção para o abismo, pessoas erradas, caminhos errados e o pior é que adoro essas pessoas e esses caminhos. Isso sim irrita-me. "

-ah ok, compreendo. A excitação única que a adrenalina descarregada nas veias proporciona, o cérebro inundado de dopamina como de se de um permanente se tratasse. E que só se consegue com emoções novas e neste caso com pessoas sempre diferentes. A menos que estejas apaixonado e aí podes sentir sempre a excitação com a mesma pessoa, desde que esta te dê "luta", que seja uma surpresa constante que te vire os sentidos do avesso. Estou a ver. Aqui há tempos escrevi ao Homem da minha vida (também ele um cabrão como tu) sobre o Efeito Coolidge, aquela coisa extraordinária que se dá quando se anda sempre em busca de emoções fortes. Isto é, as emoções fortes-Conseguidas geralmente e somente com parceiros novos- dopam o cérebro de dopamina e outras hormonas , que agem como uma droga. Por isso é que se fala que o sexo, ou a busca sempre de parceiros(as) diferentes, é como uma droga. Porque depois o corpo fica viciado naquela descarga de hormonas, que só se consegue através de emoções novas. Até aqui tudo bem. Mas sabes qual é a porra? É que como uma outra droga, depois vem a "ressaca", a saturação, a instabilidade, o nervosismo. E nesta fase a pessoa só fica bem, quando volta a "drogar-se" de dopamina, através novamente de emoções novas. Ora isto é extremamente stressante para o organismo, para o teu equilíbrio psíquico, etc.É por isso é que pessoas como tu nunca ou raramente são felizes. O que é uma pena...

  Bruno Fehr

sábado, maio 09, 2009 3:28:00 a.m.

ceptic:

Sim sou independente, mas não acho que exista "demasiado" no que toca a ser independente. A independência ou é total ou é dependência.

Adoro a dualidade, mas prefiro virar costas do que cometer um crime. Acho que os crimes passionais nascem de problemas mentais.

  Bruno Fehr

sábado, maio 09, 2009 3:29:00 a.m.

Jane Doe:

Eu sei os porquês de tudo, não sei é as respostas :)

  Bruno Fehr

sábado, maio 09, 2009 3:29:00 a.m.

Silvia F.:

"Ó Bruno, estou chateada! Então eu suo as estopas com comentários brilhantes e não aparecem??"

Minha querida, eu não censurei comentários.

"A moderação anda muito moderada, não escrevi nem disse um palavrão....mmm pensando melhor... a ver se este aparece:

FODA-SE!"

Todos os comentários que são feitos com sucesso, são publicados, excepto os do deficiente mental da maluca menopáusica e da nova frita jardineira.
Deves verificar a mensagem de topo após cada comentário, lá diz se o comentário passou ou se falhou.

  Bruno Fehr

sábado, maio 09, 2009 3:29:00 a.m.

Soraia Silva:

Ódio é um termo forte, mas de facto há pessoas que me atraem com pensamentos e atitudes que me dão náuseas.

"quanto ao abismo, so vencerá se o passo que dermos for o errado, se o permitirmos e se formos tao fracos ao ponto de nos deixarem vencer.."

Ou tão fortes, corajosos ou convencidos que não tomamos cuidado, não pensamos nas consequências. Saltar de um avião sem paraquedas não é ser fraco é ser estupidamente corajoso.

No texto eu não falo de cair por acidente, ou de me deixar cair por fraqueza... falo sim de saltar sem medos e sem pensar nas consequências, na eterna busca por novos desafios, adrenalina, etc.

  Bruno Fehr

sábado, maio 09, 2009 3:29:00 a.m.

HCS:

"a adrenalina descarregada nas veias proporciona, o cérebro inundado de dopamina como de se de um permanente se tratasse. E que só se consegue com emoções novas e neste caso com pessoas sempre diferentes."

Pessoas sempre diferentes de mim, não pessoas diferentes todos os dias. Regra geral as minha relações são de anos. Se namoro é sempre sem limites de tempo e todos os meus namoros duraram anos.

"A menos que estejas apaixonado e aí podes sentir sempre a excitação com a mesma pessoa, desde que esta te dê "luta", que seja uma surpresa constante que te vire os sentidos do avesso."

Sim, e isso vejo sempre nas pessoas erradas, nas que nao combinam comigo. Nas, a quem posso mostrar um novo mundo e elas um novo mundo a mim. As mesmas com quem passo momentos fantásticos mas em que as incompatibilidades nos separarão certamente.

"É por isso é que pessoas como tu nunca ou raramente são felizes. O que é uma pena..."

Mas eu sou feliz, sempre fui. Posso não ser totalmente feliz mas sou mais feliz que a maioria. Porque me conheço. Porque gosto de mim. Porque não me importo com o que os outros pensam. Porque quero mais e melhor para mim e para me provar que não desisto e que consigo sempre ser melhor.

Repito, sinto-me abismalmente atraído por relações sem futuro, por pessoas diferentes de mim e não uma busca constante por pessoas diferentes.
Diferentes de mim e não diferentes entre si.

  Bruno Fehr

sábado, maio 09, 2009 4:38:00 a.m.

Cara anónima,

eu copiei o seu comentário e publiquei com o meu nome, pois você referia o nome próprio e de família de uma bloguer que é conhecida por um nick, foi por isso que não publiquei o seu comentário original.

Quando escrevi o texto a que se refere, eu já sabia do que diz, até sabia as datas por isso já vem tarde :)

Não percebo porque é que comentou aqui e não no texto de que fala!

  Bruno Fehr

sábado, maio 09, 2009 4:39:00 a.m.

Hmmm, agora não percebo onde está o comentário da anónima... ao ter copiado devo de o ter publicado noutro texto. Que se lixe, a resposta está aqui, se tiver perguntas terei todo o prazer em responder :)

  Bruno Fehr

sábado, maio 09, 2009 4:45:00 a.m.

Hmmm, agora dois comentários misteriosos que aparecem do nada...
Bem vou responder pois ou não os vi, ou não estavam lá:

  Bruno Fehr

sábado, maio 09, 2009 4:47:00 a.m.

Silvia F. disse...

Acho que é quem sou. Se não gostar de vestir amarelo, e não gosto, nunca irei gostar. Posso é ser um bocado masoquista em acabar por gostar de alguém que sei que só me vai foder a cabeça...

"São 60€ da consulta (desconto incluído)"

Uau, com desconto e tudo? Mas eu não marquei consulta...

  Bruno Fehr

sábado, maio 09, 2009 4:54:00 a.m.

São disse...

"Há pouco tempo escrevias “Desarmado mas não perdido” mas por mais muralhas que se ergam os sentimentos acabam sempre por atravessa-las, é a razão a dizer não, não e o coração a fazer ouvidos de mercador."

Sim, é verdade... por momentos fiquei desarmado mas não perdido, sabendo exactamente para onde vou e o que quero, mas simplesmente sem armas para me defender se "ataques".

"Agora escreves “Perdido num labirinto que já conheço”"

Sim, neste caso se já conheço o labirinto, eu não estou perdido, fechei os olhos só para não encontrar a saída. Não há contradição, há é maneiras diferentes de dizer o mesmo.

"deves então conhecer as respostas, agora é só apalpar a parede e acender a luz"

Conheço o caminho para sair desse labirinto mas de pessoas para pessoas as respostas são diferentes e só poderei acender a luz quando encontrar as respostas neste caso.

"ou ter esperança de que esse alguém sem sentido faça sentido, e que essa contradição que esperas detectar não exista."

Se a pessoa representa o que não gosto mas numa pessoa que gosto, acho que não faz sentido. É como adorares coco e não gostares de chocolate, ou adorares chocolate e não gostares de coco, e em casa só teres Bounty que é chocolate com recheio de coco. É certo que em casa podes separar o coco do chocolate, mas numa pessoa não podes separar o que gostas do que não gostas.

  Jane Doe

sábado, maio 09, 2009 2:42:00 p.m.

Este comentário foi removido pelo autor.
  Nana

sábado, maio 09, 2009 4:53:00 p.m.

O que o que senhor Bruno odeia, é não a odiar.

Tenho dito!

  Helena santana

domingo, maio 10, 2009 12:15:00 a.m.

"Mas eu sou feliz, sempre fui. Posso não ser totalmente feliz mas sou mais feliz que a maioria"

-Porque é que és mais feliz que a maioria? Porque consegues ser várias pessoas ao mesmo tempo, viver várias vidas, todas diferentes? E como é que sabes que os outros são menos felizes que tu? Se eles tb.passam por situações parecidas com as tuas e a sua reacção às mesmas tb. é similar à tua?

"Porque me conheço. Porque gosto de mim. Porque não me importo com o que os outros pensam. Porque quero mais e melhor para mim e para me provar que não desisto e que consigo sempre ser melhor."

-Como é que podes gostar de ti se te irrita tanto a tua reacção ao facto de reagires de maneira oposta à que gostarias, relativamente às pessoas com as quais lidas? Não percebo. Mas tenho a certeza que encontrarás uma resposta para me dar.

"Repito, sinto-me abismalmente atraído por relações sem futuro, por pessoas diferentes de mim e não uma busca constante por pessoas diferentes.
Diferentes de mim e não diferentes entre si."

-Não acredito, Bruno. O semelhante atrai o semelhante e o ser humano gosta de encontrar a sua "alma gémea" ou pelo menos um denominador comum.Pelo menos, quando gosta de si próprio. E como já confirmaste que gostas muito de ti, sinceramente não entendo.Mas hoje tb. estou cansada e pensar sobre estas questões é difícil.

De qualquer forma, aqui vai o que penso-

1- Estás a enganar-te a ti próprio, como meio subconsciente de auto-defesa.Para não sofreres.

2-Não tens que fazer e apetece-te divagar, o que acho legítimo, só que às páginas tantas as contradições são inevitáveis.

3-Falas por falar, porque sentes que tens que comunicar e depois as coisas vão tomando forma e fazes uma história, que pode ser ou não a tua.

4-És um tipo inteligente, com a perfeita noção disso e gostas de escrever ao sabor do vento e divertes-te imenso com os comentários de quem te responde. No fundo, pensas que somos todos uns palermas e que nunca havemos de saber o que te vai na alma. E tu, sabes mesmo? Ou isso nem sequer é preocupação?

Tinha outras hipóteses,mas não me apetece escrever mais. Dorme bem.

  Abobrinha

domingo, maio 10, 2009 2:22:00 a.m.

Bruno

Bem, ainda bem que não estás fixado em mamas: é bom ter vários interesses. Mas vinha a propósito do que se passava no meu blogue.

Ao interessares-te por algo que tens dentro de ti mas repeliste, podes estar a tentar voltar para o que eras e conscientemente decidiste não ser. Ou podes estar a tentar "curar" quem tem as características que sabes que não levam a lado nenhum.

Como disseste, conheces-te. Por isso és feliz. E conhecendo-te, sabes deste teu lado negro, que não desaparece só porque sabes que não é bom para ti. Ele faz parte de ti.

Mas eu tenho fé em ti: a atracção que tens pelo abismo é contrabalançada pelo teu bom senso e prazer pela vida.

Um dia pode ser que tenhas uma relação que vai a algum sítio. Porque essa é outra parte de ti. E sinto que a procuras. E se procuras, por persistência... ela há-de aparecer. Tens tempo. Dá-te tempo.

Para ti, como para mim (que também conheço e tento dominar os meus vários lados negros)... boa sorte! Porque também é preciso!

  Jane Doe

domingo, maio 10, 2009 2:04:00 p.m.

Este comentário foi removido pelo autor.
  Bruno Fehr

segunda-feira, maio 11, 2009 1:32:00 a.m.

Nana:

Não a odeio, mas não gosto de como ela é.

  Bruno Fehr

segunda-feira, maio 11, 2009 1:33:00 a.m.

HCS:

"Porque é que és mais feliz que a maioria? Porque consegues ser várias pessoas ao mesmo tempo, viver várias vidas, todas diferentes?"

Porque me conheço e enfrento os meus problemas, enquanto a maioria procura refúgios e se esconde da busca interior para a sua resolução. Parte da felicidade é saber quem somos e a maioria não sabe quem é.

"Como é que podes gostar de ti se te irrita tanto a tua reacção ao facto de reagires de maneira oposta à que gostarias, relativamente às pessoas com as quais lidas? Não percebo. Mas tenho a certeza que encontrarás uma resposta para me dar."

Porque gostar de mim é gostar de qualidades e defeitos. O meu maior defeito é julgar à partida pessoas que não conheço, só pelo primeiro contacto, no entanto ainda não me enganei em análises negativas.

"Não acredito, Bruno. O semelhante atrai o semelhante e o ser humano gosta de encontrar a sua "alma gémea" ou pelo menos um denominador comum."

A tua alma gémea é o teu oposto. O bem e o mal, o certo e o errado, o equilíbrio universal. A nossa alma gémea será sempre alguém que é o nosso oposto, pois não precisamos nem queremos um igual a nós, pois isso seria um aborrecimento de morte, seria como namorar comigo mesmo.

1- Discordo, obviamente. Estás a enganar-te a ti próprio, como meio subconsciente de auto-defesa.Para não sofreres.

2- Divagar sim, mas as contradições em jogos de palavras serão sempre interpretações.

3- Nunca falo por falar, mas também nunca disse o que é realidade ou ficção.

4- Não acho que ninguém seja palerma, mas é verdade que acho piada à forma como me tentam analisar psicologicamente por um texto em que não sabem exactamente do que trata, pois eu não sou claro, não tenciono ser e não tenho de o ser. Gosto de esconder palavras no meio de textos, palavras essas que alguns vão encontrar e a maioria não. Até já dei um exemplo de como os meus textos podem ter duplo significado.

As pessoas procuram interpretar-me e não interpretar o texto, o texto é um momento, eu sou sempre o mesmo.

  Bruno Fehr

segunda-feira, maio 11, 2009 1:33:00 a.m.

Abobrinha:

"Como disseste, conheces-te. Por isso és feliz. E conhecendo-te, sabes deste teu lado negro, que não desaparece só porque sabes que não é bom para ti. Ele faz parte de ti."

Ora aqui fica a minha nota 10 (0-10), chegaste lá. Na verdade é isso, o meu lado negro que já repeli na sua maioria é atraente, chama-me e eu fico entre o querer ir e o não dever ir.

  Bruno Fehr

segunda-feira, maio 11, 2009 1:33:00 a.m.

Óh tu!

Podias parar de eliminar comentários? É que tenho resposta pronta e depois Vupppppptttt lá se vai o comentário :(
Comentário eliminado

  Helena santana

segunda-feira, maio 11, 2009 2:01:00 a.m.

No teu artigo "A Primeira" dizes "éramos iguais". Como gostaste dela, é engraçado reparar que afinal gostas de alguém que é semelhante a ti. diz-me, és bipolar?

  Helena santana

segunda-feira, maio 11, 2009 2:17:00 a.m.

BF"A tua alma gémea é o teu oposto. O bem e o mal, o certo e o errado, o equilíbrio universal. A nossa alma gémea será sempre alguém que é o nosso oposto, pois não precisamos nem queremos um igual a nós, pois isso seria um aborrecimento de morte, seria como namorar comigo mesmo"

HCS-Foi por isso que tu e a Filipa nâo deram certo? Porque eram demasiado iguais?Vou-te dizer uma coisa, aqui só para nós (Os outros que se lixem) - Um dia encontrei a minha alma gémea, "a pessoa que parecia eu, mas num corpo diferente".É engraçado que esta mesma frase que utilizas, escrevia-a eu a ele. Depois perdi-o. Ou se calhar nunca o tive. Um dia casei-me (Com outro) e fiquei sempre incompleta. Inacabada. Adiada. Sabes, quando temos a sorte de encontrar a nossa "alma gémea", devemos agarrá-la com todas as nossas forças. Porque a partir daí ficamos imprestáveis para tudo o que venha a seguir. Nada mais dá certo.

  Bruno Fehr

segunda-feira, maio 11, 2009 2:55:00 a.m.

HCS disse...

"No teu artigo "A Primeira" dizes "éramos iguais". Como gostaste dela, é engraçado reparar que afinal gostas de alguém que é semelhante a ti. diz-me, és bipolar?"

Ora fizeste uma leitura apressada. Pois na verdade éramos diferentes em tudo e tornámo-nos iguais e aí acabou.

  Bruno Fehr

segunda-feira, maio 11, 2009 3:01:00 a.m.

HCS disse...

"Foi por isso que tu e a Filipa nâo deram certo? Porque eram demasiado iguais?"

Nao, porque ela ficou igual a mim, deixando de ser ela. Ela tornou-se no que eu era pois pensava que era o que eu gostava e eu gostava de quem conheci, nunca a tentei mudar.

Eu já encontrei a minha alma gémea, não foi a Filipa, foi outra que perdi e fiz isso tudo agarrei-a e de certa forma está e sempre estará comigo. Quando vir outra certa irei saber, mas sei que não é nenhuma do meu passado. E certamente não é a Filipa.

  Simone G

segunda-feira, maio 11, 2009 2:16:00 p.m.

vim aqui tentar comentar, mas antes gosto de ler o que já foi dito. Os relatórios ali ao lado, mas eles esperam só um bocadinho.

Dou por mim metida nesta aventura que é andar aqui, eu e o scroll, e o avatar laranja sempre lá.

E agora eu pergunto, sem querer meter-me na sua vida pessoal, claro está! O menino não faz nada para além disto?

Voltando ao post, devo confessar que só me apaixonei por tipos que me deram muitos ataques de urticaria, camadas de nervos e muito jogo de cintura.

  Bruno Fehr

segunda-feira, maio 11, 2009 5:19:00 p.m.

A Outra!:

"Dou por mim metida nesta aventura que é andar aqui, eu e o scroll, e o avatar laranja sempre lá.

E agora eu pergunto, sem querer meter-me na sua vida pessoal, claro está! O menino não faz nada para além disto?"

Se reparares eu sempre respondi a todos os comentários, acho que se temos uma caixa de comentários aberta e se as pessoas comentam, participando, merecem feedback.
No entanto responder a 50 comentários leva-me menos de 20 minutos e a publicação das respostas é feita por um programa criado para o efeito, logo nem preciso de aqui estar.

Infelizmente faço mais do que isto e se não fizesse mais nada, acho que também não teria um blogue.

  Anónimo

segunda-feira, maio 18, 2009 2:24:00 a.m.

Só uma pergunta... quantas gajas já comeste à pala deste blog?

eheh

Ao ler este texto, entendi que não te referes apenas a uma pessoa mas também ao abismo em si.

Talvez a resposta seja simples: és auto-destrutivo e sentes-te atraído pelo mistério, pelo sombrio, pelo intenso... pelo que te causa dor.

  Bruno Fehr

segunda-feira, maio 18, 2009 3:01:00 a.m.

Anónimo:

Nenhuma, nao o fiz nem o farei. Nao é por isso que tenho um blogue.

Na verdade neste texto não me refiro a pessoa nenhuma me particular é uma metáfora generalizadora.

"Talvez a resposta seja simples: és auto-destrutivo e sentes-te atraído pelo mistério, pelo sombrio, pelo intenso... pelo que te causa dor."

Certo. Conheço-me suficientemente bem para saber tudo isso.