O ensino lá fora!


Há dias lia num jornal Português em Hamburgo "Portugueses no estrangeiro exigem mais professores para o ensino da língua Portuguesa".

Ao ler esta notícia eu gritei "Não, mais não!".

Quem me conhece sabe, que ainda estou para conhecer um professor de Português que saiba falar Português. Acho incrível a quantidade de "professores" de Português que vão para outros países ensinar, quando nem falar sabem.
Eu não digo que não existam professores de Português que saibam falar a nossa língua, ou que falem melhor que eu, o problema é que ainda não conheci nenhum. O que para mim é preocupante.
Em Hamburgo estão registados 50.000 Portugueses, mas na cidade vivem por volta dos 15.000, aqui conheço 8 professores de Português e deve de haver mais uns quantos com quem nunca contactei. Destes 12 nenhum sabe falar. Noto que se esforçam ou por falar de uma forma mais eloquente para se distinguirem do português comum, ou por falar com o tique gay de tia de Cascais, mas cometem erros daqueles que me fazem encolher, como se tivesse acabado de levar um pontapé nos tomates. Ser-se eloquente, seria se fossem expressivos, convincentes, persuasivos. Mas de que vale ser-se expressivo em erro, não convincente e o seu efeito persuasivo ser mais do tipo enjoativo?

Mais de 50% dos Professores de Português, são Brasileiros. Há 2 dias, conheci uma Brasileira que ensina Português em Hamburgo há mais de 20 anos. Esta Brasileira, acredita que fala Português sem sotaque. Na verdade ela esforça-se por pronunciar as palavras sem sotaque, acabando por soar ainda pior. Porque motivo o faz?

Crest: Então você dá aulas de Português onde?
Prof: Numa iscola privada, você podji não notar mas eu sou Brasileira.
Crest: A sério?
Prof: Sim, si quizé posso falá com sotaque Brasileiro também!
Crest: Fantástico!

Outros dizem barbaridades como "eu vou ir".
Os Portugueses que ensinam Português, são ainda piores, pois teem a mania que um canudo os torna eruditos, adoram usar derivacoes acabadas em "mente" e algumas palavras, que parecem ter sido retiradas das palavras cruzadas de um qualquer jornal, das quais muitas vezes desconhecem ou não teem a certeza de como, quando e onde as devem utilizar. Depois ouço um professor Português de Português a dizer "eu comi foi, uma imperial e um...". Nestas alturas eu penso que o melhor é não aprender Português, por isso imploro ao Estado Português para por amor à língua Portuguesa, não mandarem mais professores de Português para fora de Portugal, pois para ofender a nossa língua já nos bastam os imigrantes de segunda geração, que aprendem mau Português, com os pais que falam mal.
Uma coisa é certa, o mau Português passado de pais para filhos é bem mais tolerável que aquele que é passado de um diplomado na língua para um aluno!

Por vezes penso: "Se eu tivesse filhos..." É que tenho a certeza que iria fazer a vida negras a estes professores, ao ponto de eles voltarem para a terrinha de onde vieram e ensinar os seus vizinhos a falar como idiotas.

Um professor de uma língua, antes de ensinar, deve no mínimo saber falar. Um professor não deve somente preparar as aulas, devem também preparar-se para as dar, mas acima de tudo deve falar correctamente no seu dia-a-dia. Claro que eu não sou perfeito, tenho a certeza que haverá gente a apanhar-me em erro quando falo, mas eu sou suficientemente responsável para não dar aulas. Uma licenciatura em letras para mim não basta, nem em conversa eu atiro o meu diploma para cima da mesa como argumento justificativo para dar aulas. Já dei aulas de Português em Londres, em substituição temporária de um professor doente e posso vos dizer, que nunca estudei tanto, como naquelas 3 semanas.

Um licenciado em Letras, não preparado e sem cuidado com a maneira como fala, é o mesmo que colocar o Egas Moniz a dar aulas de medicina. Sim, ele foi prémio Nobel da medicina, não estaria preparado para leccionar hoje em dia. O facto de terem recebido um diploma, não significa que saibam tudo, o estudo é para toda a vida. Só quem estuda, se pode auto-intitular, professor.

34 Comentários:

  Anónimo

quinta-feira, julho 10, 2008 11:53:00 da manhã

O problema é que em Portugal também já não se fala, nem aprende português!

  Francisco Norega

quinta-feira, julho 10, 2008 2:02:00 da tarde

Ora agora a ondinhas disse tudo. Eu acabei agora o 9º ano e de vez em quando vou à Faculdade de Letras de UC (a minha mãe está lá) e fico embasbacado com as barbariedades que oiço. E os apontamentos então não se fala.

  André

quinta-feira, julho 10, 2008 2:11:00 da tarde

É uma aprendizagem constante, que vai sendo aprimorada com a experiência ao longo da vida, mas não é só os de Português, os professores de muitas outras disciplinas também não estão preparados para ensinar, dão erros gravíssimos em toda a linha de aprendizagem, mas será a culpa deles? Os que se encostam ao diploma sim, mas e os outros que ainda estudiosos passam sempre por o ensino que se tem em Portugal. Basta ver este ano como foi como foi com o exame de Matemática, agora é ver muitos destes alunos a seguírem uma vida vocacionada à área da matemática e depois a irem dar aulas, isto quando conseguírem acabar o curso.

  Anónimo

quinta-feira, julho 10, 2008 3:47:00 da tarde

Crest

:) e :(

tudo em simultâneo

mas eu continuo contigo quanto ao do saber... que sei pouco... mas do falar português... que sei que sei, e tu sabes que eu sei...

  Pax

quinta-feira, julho 10, 2008 4:38:00 da tarde

Em qualquer profissão (seja ou não a de professor), o estudo nunca acaba para quem quer evoluir. Nunca mesmo. Há sempre algo a aprender para se poder transmitir também.
Não sou professora mas é raro o dia em que não estudo algo e, assim de repente, nem me consigo lembrar de nenhuma profissão em que, mais ou menos intensamente, o não tenham que fazer se querem desempenha-la bem.

(Por acaso gostava de ver um brasileiro a dar uma aula de português, eheh, mas isso é o meu espirito humoristico a falar ;).

  Ana

quinta-feira, julho 10, 2008 7:53:00 da tarde

Quando se têm alunos que, ao ouvir, "vamos lá falar da diferença entre o verbo haver e o "à sem agá" ou "vou-vos mostrar um truque para perceberem logo quando è que o "a leva agá" respondem, "mas isto não é uma aula de Português!!", perde-se logo a vontade de ensinar seja o que for...(lógico que a resposta foi, "não é, passou a ser!! Todas a conjugar o verbo "haver" e é já!" Lol).
Pelo menos aqui, cada vez se fala pior, cada vez se escreve pior e, para cúmulo, não há vontade de aprender. Seja o que for. Enfim. Não ligues muito...isto sou eu a ficar pelos cabelos com coordenadores incompetentes e com alunas fúteis e parvas...

  Maria Manuela

sábado, julho 12, 2008 1:35:00 da tarde

Nunca vi uma língua tão rica ser tão vilipendiada...


Abençoada Romi, minha querida professora da primária, que fazia ditados em barda.

Já vi que continuas sempre do best.

  Afrodite

domingo, julho 13, 2008 1:57:00 da tarde

O problema passa novamente por quem dá os diplomas a estas santas alminnhas. Fico parva de todo quando vejo que os vão passando em cadeiras como português se são árvore que não dá fruto. Vou dar um exemplo bem perto de mim, tenho 3 primos professores, 1 delas é professora primária e escreve, ensina - o gato "alambeu" o menino" - contra isto só posso dizer FODA-SE! Mas é a senhora liicenciada. Agora pergunto-me eu, quem foi o cabrão do professor que a passou? Que não reparou nos exames que corrigiu que esta minha prima de português não sabe um cú...que sendo a primária a base para o resto de todo o ensino, está ali a criar um ensino que peca no mais importante. Em todas as disciplinas o português está presente.
Claro que a professora brasileira e os outros que conheces pensam que falam correctamente o português, têm um diploma a comprová-lo, convencem-se disso. Quem dá legitimidade a um professor universitário para isto? Será que eles também sabem o que é o português? Hmmm já apanhei alguns que AIIII JESUUUSSS!!!
Ainda mais preocupante é a nova escrita sms que por aqui impera, os miudos escrevem em testes como escrevem no telm.

Abreijos

  mjf

domingo, julho 13, 2008 6:24:00 da tarde

Olá!
Inteiramente de acordo...
Tenho uma filha a estudar em Estocolmo, e tem uma professora de português, que é Brasileira...
Nem imaginas o que eu oiço...e o que vejo...
Mas também na aula de português, a minha filhota é a unica Portuguesa...por isto ninguem dá pelas gralhas ;=)

Beijocas
Boa semana

  Anónimo

segunda-feira, julho 14, 2008 7:38:00 da manhã

Eu concordo com o teor geral do teu post.
Não que me queira meter no que diz respeito à bela lingua portuguesa, pelas razões óbvias, mas pelo que se refer ao ensino (pobre) de qualquer lingua.
Já não posso deixar de discordar com a questão de que um brasileiro, ao teu critério, não deva leccionar português.
Desde que seja uma pessoa formada na lingua, com capacidades de ensino provadas, e com correcção na mesma, não estou a ver o problema.
Porque, senão, lá no Brasil teriam que importar os docentes de aqui, e não me parece lá muito viável.
Pessoalmente, se fôr correctamente ensinada, não me faria qualquer diferença os meus filhos aprenderem com um mexicano ou um vizinho de Sevilha.
Mas isto sou eu...
Abraços e desculpa a intromissão. E os erros! ;)

  White_Fox

segunda-feira, julho 14, 2008 5:41:00 da tarde

Deveria haver algum critério de selecção extra.
Eu acho que mesmo em Portugal ha muitos professores de línguas que nem a língua sabem falar.
Eu tive uma professora de inglês que dava tantos erros a falar que nós os apanhavamos a todos Se calhar era este o método dela: descubram os erros. Eheh
abraço

  Jennifer

segunda-feira, julho 14, 2008 6:37:00 da tarde

Concordo plenamente!! Ao longo do secundário tive professoras de Português que deixam muito a desejar. As do 10º e 11º anos eram fracas. A primeira era completamente desorientada, a segunda tinha imensas dificuldades em dar aulas, e o mais giro de tudo, ficou doente a meio do ano. Por isso, as obras que devia ter estudado foram muito mal dadas. A do 12º foi a melhor de todas. Ela sim sabia dar aulas, se bem que tão depressa estava bem humorada, como a seguir tinha cara de quem a todos devem e ninguém lhe paga. É assim, Portugal...

  Bruno Fehr

quarta-feira, julho 16, 2008 7:25:00 da manhã

ONDINHAS:

"O problema é que em Portugal também já não se fala, nem aprende português!"

Só nao aprende quem nao quer.

  Bruno Fehr

quarta-feira, julho 16, 2008 7:27:00 da manhã

Francisco Norega:

"E os apontamentos então não se fala."

Bem, no que toca à UC, os apontamentos de 1745 ainda podem ser usados, visto que muitos dos professores sao os mesmos.

  Bruno Fehr

quarta-feira, julho 16, 2008 7:28:00 da manhã

PsYcHo_MiNd:

"mas será a culpa deles? Os que se encostam ao diploma sim, mas e os outros que ainda estudiosos passam sempre por o ensino que se tem em Portugal."

Claro que nós temos culpa. Porque regra geral ao acabar o curso é como se já soubessemos tudo, uma confirmacao de dever cumprido e sabedoria eterna.

  Bruno Fehr

quarta-feira, julho 16, 2008 7:30:00 da manhã

anatcat:

"que sei que sei, e tu sabes que eu sei..."

Sei que sabes que sei que tu sabes que eu sei.

  Bruno Fehr

quarta-feira, julho 16, 2008 7:35:00 da manhã

Pax:

"Não sou professora mas é raro o dia em que não estudo algo"

Por isso aqui vens estudar a ave rar que é o Crest :)

"e, assim de repente, nem me consigo lembrar de nenhuma profissão em que, mais ou menos intensamente, o não tenham que fazer se querem desempenha-la bem."

E que tal... Ministro?

"(Por acaso gostava de ver um brasileiro a dar uma aula de português, eheh, mas isso é o meu espirito humoristico a falar ;)."

Já vi, já critiquei e tempos depois foi despedido, após uma razia do estado de Hamburgo a diplomas falsos. Foram despedido 75 professores da nossa língua com dilomas falsos, 80% deles brasileiros, os restantes Portugueses.

  Bruno Fehr

quarta-feira, julho 16, 2008 7:38:00 da manhã

A Grafonola:

"Pelo menos aqui, cada vez se fala pior, cada vez se escreve pior e, para cúmulo, não há vontade de aprender. Seja o que for. Enfim. Não ligues muito...isto sou eu a ficar pelos cabelos com coordenadores incompetentes e com alunas fúteis e parvas..."

A literatura nao ajuda, quando os best sellers sao escritos, por ex-polícias, jogadores e treinadores de futebol, por malucas que falam com Jesus, ex-mulheres vingativas e o Zézé Camarinha!!! Volta Bocage e manda todos p´ro caralho!

  Bruno Fehr

quarta-feira, julho 16, 2008 7:43:00 da manhã

Maria Manuela:

"Abençoada Romi, minha querida professora da primária, que fazia ditados em barda."

Ahhh, no meu caso a bruxa da Elvira, que me odiava a tal ponto de ser o único aluno que ficava fechado na sala durante o intervalo a escrever os meus erros no quadro 100 vezes, mesmo que fosse só um erro e que fosse o que tenha dado menos erros... foi assim, até ao dia que o meu pai soube que eu nao comia o lanche, nem tinha intervalo. Aí, o meu pai mostrou a essa professora como ele com um braco, fazia o corpo dela desafiar a lei da gravidade e flutuar como uma pena.

  Bruno Fehr

quarta-feira, julho 16, 2008 7:47:00 da manhã

Afrodite:

"O problema passa novamente por quem dá os diplomas a estas santas alminnhas. Fico parva de todo quando vejo que os vão passando em cadeiras como português se são árvore que não dá fruto."

É verdade que uns sao despachados. Mas o nosso sistema educativo ainda é baseado em testes e nao no dia-a-dia na sala de aula. Quem é marrao safa-se mesmo sem saber um cu daquilo.

"Vou dar um exemplo bem perto de mim, tenho 3 primos professores, 1 delas é professora primária e escreve, ensina - o gato "alambeu" o menino" - contra isto só posso dizer FODA-SE! Mas é a senhora licenciada."

Poderia dizer "delambeu" :P

"Agora pergunto-me eu, quem foi o cabrão do professor que a passou?"

Um que foi "alambido" :S

"Será que eles também sabem o que é o português? Hmmm já apanhei alguns que AIIII JESUUUSSS!!!
Ainda mais preocupante é a nova escrita sms que por aqui impera, os miudos escrevem em testes como escrevem no telm."

Já desenvolvi uma teoria sobre isso, escreverei em breve.

  Bruno Fehr

quarta-feira, julho 16, 2008 7:49:00 da manhã

mjf:

"Mas também na aula de português, a minha filhota é a unica Portuguesa...por isto ninguem dá pelas gralhas ;=)"

É o que se passa por aqui. As aulas de Portugues sao identificadas como:

-Portugues
-Brasileiro (Portugues)

Por incrivel que pareca os Alemaes enchem as aulas de Brasileiro e só os ultimos vao para as de Portugues... acho que pensam que lá aprendem a sambar em vez de rancho.

  Bruno Fehr

quarta-feira, julho 16, 2008 7:54:00 da manhã

Cris...:

"Já não posso deixar de discordar com a questão de que um brasileiro, ao teu critério, não deva leccionar português."

Desculpa?
Mas eu nao disse tal coisa. O que disse foi o quanto é ridículo uma professora de Portugues brasileira, fazer um esforco ridiculo por falar sem sotaque brasileiro e achar que nao tem sotaque algum.
O ridiculo de ela pensar que passa por portuguesa e que ensina, tal e qual se ensina em Portugal. Ela nem repara que nós nao usamos o gerúndio de uma forma tao continuada.

"Pessoalmente, se fôr correctamente ensinada, não me faria qualquer diferença os meus filhos aprenderem com um mexicano ou um vizinho de Sevilha."

Mas faria diferenca se ele aprendesse com um Mexicano ou com um Galego. Pois os galegos nao falam castelhano.

  Bruno Fehr

quarta-feira, julho 16, 2008 7:57:00 da manhã

White_Fox:

"Eu tive uma professora de inglês que dava tantos erros a falar que nós os apanhavamos a todos Se calhar era este o método dela: descubram os erros. Eheh"

Também as tive. A minha professora do 10° ano, nem era licenciada tinha nascido na Africa do Sul, filha de imigrantes. Nesse tempo o estado colocava nao licenciados a leccionar no caso de haver falta de professores. 3 anos mais tarde encontrei-a no natal a fazer embrulhos no continente.

Tive também um professor de educacao fisica, que nao sabia as regas de basquet, vollei, andebol, etc. Como era da turma de desporto, perguntei-lhe o que ele lá estava a fazer e ele respondeu que era professor de informática, estava só a preencher uma vaga.


Felizmente hoje isso nao é permitido.

  Bruno Fehr

quarta-feira, julho 16, 2008 8:01:00 da manhã

Jennifer:

Só na faculadade tive excelentes professores, um deles um purista fanático e exagerado. A certa altura mandou escolher em casa um excerto de um texto de um autor de eleicao e ler na aula.
Ao fim de 3 leituras, ele gritou "Meus Deus, digam-me que sao alunos estrangeiros em erásmos!"

  Pax

quarta-feira, julho 16, 2008 11:39:00 da manhã

"Por isso aqui vens estudar a ave rar que é o Crest"

Acho que darias uma tese muito interessante e quase impossivel defender ;)

Ministro?! Até acho que são os que mais estudam! Estudam dia e noite novas formas de nos lixarem e novas formas de mentalização para acreditarem que nós nem damos por isso.

Não me surpreende que haja gente a dar aulas com diplomas falsos.
Surpreende-me é a facilidade com que se consegue um.

  Anónimo

quarta-feira, julho 16, 2008 4:21:00 da tarde

Vamos lá ver, que eu saiba, os galegos falam castelhano além do galego.
E não, não me incomodava em absoluto que fosse um galego que me ensinasse castelhano, ou um peruano ou um equatoriano.
Desde que bem ensinado, e sem andar a disfarçar sotaques.
É como se eu não tivesse direito a corrigir um português que tenha um erro evidente de ortografia, e olha que conheço muitos que escrevem muitissimo pior que eu, acredita...

  Bruno Fehr

quarta-feira, julho 16, 2008 4:57:00 da tarde

Pax:

"Acho que darias uma tese muito interessante e quase impossivel defender ;)"

Ahaha, nada é impossível de defender :)

"Ministro?! Até acho que são os que mais estudam! Estudam dia e noite novas formas de nos lixarem"

Isso é um acto natural, é como cagar. Uns cagam outros teem diarreias mentais.

"Surpreende-me é a facilidade com que se consegue um."

Já fiz investigacao sobre isso. Pode-se ter um lindo diploma de uma Universidade fictícia por 250 Euros, ou de uma Universidade existente por 2000 Euros.

As empresas pedem cópias dos diplomas, nunca exigem que um gajo ande com o original, e esse diplomas comprados, depois de copiados passam por originais.

  Bruno Fehr

quarta-feira, julho 16, 2008 5:01:00 da tarde

Cris...:

"Vamos lá ver, que eu saiba, os galegos falam castelhano além do galego."

Conhecendo os Galegos como conheco, só em casos extremos é que recorrem ao Castelhano e se fazem, fazem-no por necessidade, caso contrário o outro Espanhol que se desemerde, que eles nao cedem a sua língua.

Eu ficaria sériamente incomodado, se fosse aprender Espanhol e desse de caras com um Galego que fala quase Portugues. Tal como me perturbaria aprender Portugues com Angolano que por mais formacao que tenha fala acriolado e conheco Angolanos formados a trabalhar por estes lados.

Nao me perturba que um Brasileiro ensine Portugues, pois é a língua deles, perturba-me que coloquem uma professora Brasileira a ensinar Portugues sem sotaque do Brasil quando ela o tem.

  Anónimo

quarta-feira, julho 16, 2008 9:12:00 da tarde

Pronto, obrigada pela explicação.
Eu continuo a preferir colocar menos limites à minha forma de pensar, mas compreendo o teu ponto de vista.
Ou então compreendo-o precisamente por isso.
Cumprimentos.

  Pax

quinta-feira, julho 17, 2008 12:20:00 da tarde

"Ahaha, nada é impossível de defender :)"

Por isso eu disse "quase". Mas que deve ser dificil, isso deve! :)

"Isso é um acto natural, é como cagar."

Então deve ser um dos critérios deles para escolherem a carreira: se cagarem muito no 12º ano - vão para ministros!

Acho que vou comprar um desses diplomas bonitinhos e fazer o mesmo. Ainda assim devo saber ensinar melhor que muitos que por aí andam.

:)

  Bruno Fehr

segunda-feira, julho 21, 2008 6:41:00 da tarde

Cris...:

"Eu continuo a preferir colocar menos limites à minha forma de pensar, mas compreendo o teu ponto de vista."

É que o que acontece, nao é o mesmo que um Portugues aprender uma língua estrangeira em Portugal. Onde tem possibilidade de ligar a TV e ver como se fala.
Estamos a falar de Alemaes, Polacos, Suécos a aprender uma língua que nao teem maneira de saber se estao a aprender bem ou mal, pois ligam a tv e está tudo em Alemao. Depois veem ter comigo e dao erros assustadores, eu vejo os apontamentos deles e teem erros assustadores, encontro-me com esse professores e fica a saber de quem é o problema.

  Bruno Fehr

segunda-feira, julho 21, 2008 6:45:00 da tarde

Pax:

"Por isso eu disse "quase". Mas que deve ser dificil, isso deve!"

Já defendi aqui causas perdidas. Defendi a China, o direito à enrgia nuclear do Irao. No meu antigo blogue, referi aspectos positivos do Partido Nazi. Tudo pode ser defendido, desde que se saiba o que se diz e se argumente correctamente.

"Então deve ser um dos critérios deles para escolherem a carreira: se cagarem muito no 12º ano - vão para ministros!"

Normalmente quando escolhem a carreira, estao a cagar e depois dizem merda, como : "quero se ministro"

"Acho que vou comprar um desses diplomas bonitinhos e fazer o mesmo. Ainda assim devo saber ensinar melhor que muitos que por aí andam."

Bem... anda aí um senhor a trabalhar com um "diploma" de Alemao assinado por mim...

  Anónimo

terça-feira, julho 22, 2008 10:40:00 da tarde

Sou professora de Língua Portuguesa e de Inglês e fiquei um pouco desiludida com este post! A verdade é que acabaste por generalizar algo que é pontual... Admito que existem docentes que comentem alguns erros, por vezes imperdoáveis, mas a frase "errar é humano" fica aqui muito bem... Posso não saber tudo sobre a Língua Inglesa porque não sou nativa. Posso não saber tudo sobre a Língua Portuguesa porque, pelos vistos, está sempre em fase de transição! Mas uma coisa é certa... Orgulho-me do que sei e não preciso de usar palavras "caras" para parecer professora... ou será que usei??

Cumprimentos,
Joana

  Bruno Fehr

segunda-feira, julho 28, 2008 5:37:00 da manhã

Joana:

"Sou professora de Língua Portuguesa e de Inglês e fiquei um pouco desiludida com este post! A verdade é que acabaste por generalizar algo que é pontual..."

Refiro-me ao ensino fora de Portugal, que por experiencia de ter estado colocado em Inglaterra e Alemana, generalizo pois nao encontrei até agora excepcoes à regra, nestes 2 países.

Nao estou a generalizar.

"Admito que existem docentes que comentem alguns erros, por vezes imperdoáveis, mas a frase "errar é humano" fica aqui muito bem..."

Errar é humano, mas o erro nao deve ser constante, caso contrário passa a ser vicio, ou crime linguístico de quem tem a responsabilidade de servir de exemplo.

"Posso não saber tudo sobre a Língua Inglesa porque não sou nativa. Posso não saber tudo sobre a Língua Portuguesa porque, pelos vistos, está sempre em fase de transição! Mas uma coisa é certa... Orgulho-me do que sei e não preciso de usar palavras "caras" para parecer professora... ou será que usei??"

Exacto, esta última parte do comentário, acaba por concordar com o que escrevi.