Zeitgeist (Parte 4) Moving Zeitgeist Forward

O novo filme documentário lançado a 15 de Janeiro de 2011 do qual temos estado a falar, chama-se: Moving Zeitgeist Forward, ele no site é, tal com já referi nos dois anteriores, também ilustrado por um olho:

Se o primeiro logótipo era hipnotizante e o segundo hipnotizado, este apesar de brilhante parece adormecido, ausente, um olhar perdido no passado e não com o brilho e força de alguém que olha o futuro com esperança. Não minimizem a poder das imagens e mensagens nelas contidas.

Zeitgeist: Moving Zeitgeist Forward (2011)
Com este terceiro filme fica completa a mensagem deixada incompleta nos outros 2:
1 - Acabar com a religião 
2 - Aacabar com o sistema monetário
3- Acabar com o sistema politico.

O final deste filme é uma forma de nos dar esperança ou uma ilusão dela, como se o poder instalado fosse largar o poder de forma pacifica. Não acredito na mudança sem revolta e isso está provado ser realidade, mas está também provado que o protesto é combatido com violência e essa violência gera violência de quem protesta. Sim, eles irão largar o poder devido aos protestos, não os de  um milhar de pessoas mas sim quando os milhões que ficam em casa saírem às ruas e demonstrarem o seu apoio para com esses primeiros.



O dia seguinte:

O que o filme ignora o dia seguinte, saltando da queda do sistema monetário para um futuro utópico.
Mas e o dia após a revolução? Não havendo estruturas, líder, nada, como se iria processar a distribuição de alimentos? A resposta é simples, tumultos, pilhagens de lojas, o mais forte irá recolher os recursos necessários, o mais fraco iria morrer à fome até que apareça um líder. Alguém para nos liderar durante esta fase negra, alguém que terá a confiança total do povo e com ela o poder total. Mas como se sabe, o poder corrompe ao ponto de depois de todas as estruturas estarem estabelecidas, dificilmente essas pessoas irão largar esse poder.

A história da humanidade é feita de revoluções. Uma revolução que cause a queda do sistema monetário e a criação de um novo sistema será o primeiro passo para daqui a uns tempos haver outra revolução e um novo sistema e assim sucessivamente, não até encontrarmos o melhor sistema mas até nós próprios sermos melhores. Pois se nós humanos evoluirmos até ao ponto de sermos exactamente como nos descrevemos quando falamos de direitos humanos e o sentido de humanidade com base em amor e compreensão, não importa o sistema que temos e até pode ser o sistema monetário actual pois iremos respeitar o próximo, ajudar o próximo, sem o querer governar, dominar, reprimir.

Este é o problema, a minha critica ao Venus Project e os pontos de discórdia entre mim a alguns comentadores é este mesmo: Eu penso que nós vamos querer sempre algo que marque a nossa individualidade, algo que nos destaque e o Venus Project é assente numa ideia falsa em que o ser humano ao acabar com o dinheiro, deixa de ter ambição!
O povo está estupidificado e sem liderança é inerte e passivo e nunca iremos conseguir que todas as pessoas se vejam como iguais, há e haverá sempre uma necessidade de nos destacarmos quer seja, artisticamente, desportivamente, intelectualmente a até fisicamente.

Irão todas as pessoas, militares e civis entregar as suas armas como, no filme, entregaram o dinheiro?
Irão as pessoas deixar de dar valor a objectos que possuem o valor que lhes damos, como ouro, prata, diamantes e outras pedras preciosas?
Irá a vontade de ter algo de único, algo que mais ninguém tem, desaparecer? Neste caso posso referir o coleccionismo algo inofensivo e um passatempo saudável que consiste em ter o que mais ninguém tem ou que poucos possuem devido à sua raridade. Mesmo que o valor do artigo deixe de ter valor monetário, nunca deixaria de ter valor e nunca deixaria de ser raro e arranjariam sempre a forma de lhe rotular um valor seja em que tipo de economia for, monetária ou não.

A natureza é regida pela lei do mais forte e queiramos ou não, somos parte dela e a questão do mais forte é inerente ao ser humano pois não passamos de uma espécie de macaco, mais bonito e com ideias melhores e muitas mais parvas, e portanto um animal.
Deixaria de haver arte? Deixaria de haver desporto? Deixaria de haver jogos de tabuleiro? Jogos de computador? Deixaria de haver flirt, engate? Não! E portanto nunca deixaria de haver competição, Nunca deixaria de haver frustração, nunca deixaria de haver batoteiros, mentirosos e por conseguinte, violência e domínio sobre terceiros.

O Venus Project e este filme do movimento Zeitgeist mostram-nos um mundo perfeito mas não há nem haverá um mundo perfeito pois o ser humano é imperfeito e a nossa imperfeição não se deve a factores sociais ou monetários. Somos imperfeitos pois estamos nos primórdios da nossa evolução comparativamente ao universo, e a perfeição é algo inatingível onde mesmo sabendo que o é, não iremos deixar de buscar a perfeição fazendo as maiores burradas pelo caminho.

O movimento Zeitgeist tal como o Venus Project, devem ser vistos como ideias e não projectos. No máximo dos máximo o Venus Project daria um livro contrário ao 1984 de George Orwell, ou seja algo que daria uma bela obra de ficção distópica.
Tal como temos de lembrar à politica maçónico-illuminati que 1984 é ficção e não um manual de instruções. Temos de lembrar o povo que o Venus Project é também ficção.

Se o ser humano não se auto-destruir haverá não uma mas centenas de revoluções nos milénios vindouros, revoluções essas seguidas por novos modelos de sociedade mas estará sempre, SEMPRE presente a necessidade de identificação pessoal que nos levará a um desejo de destaque que é independente de valores materiais e isso será sempre um factor ligado à competição que por sua vez está ligado ao facto de sermos humanos e por conseguinte animais.
A raiz do problema não é a politica, não é o sistema monetário, não é nada senão a nossa natureza primitiva. Mesmo com o sistema que temos actualmente poderia não haver fome, guerra, miséria e só há pois deixamos que ela exista. O dinheiro que gastámos e gastamos em guerras não desaparece ele fica cá, pois alguém o recebe e esse dinheiro é mais do que o suficiente para alimentar todo o mundo, explorar o espaço para além do nosso imaginário e erradicar todo o mal da Terra incluindo o desafiar da própria morte.

O problema é a nossa natureza e com esta sociedade ou qualquer outra, o problema será o mesmo.


(Fim da série)

11 Comentários:

  Anónimo

terça-feira, fevereiro 08, 2011 1:11:00 da manhã

eish, ke fdp de estouro nos maçons! :rox:

  Anónimo

terça-feira, fevereiro 08, 2011 6:55:00 da tarde

ola bruno,

Escrevo apenas para fazer um pequeno reparo ao teu texto.
O livro 1984 não foi escrito por George Orwell ( pseudónimo de Eric Arthur Blair)?

George Orson Welles acho que estava ligado ao cinema...

(desculpa se estiver a fazer confusão... bem sei que não simpatizas muito com anónimos.. )
Cumprimentos

  Bruno Fehr

terça-feira, fevereiro 08, 2011 11:45:00 da tarde

Anónimo:

LOL, tem razão nem sei de onde tirei isso. Obrigado pelo reparo

  Anónimo

quarta-feira, fevereiro 09, 2011 12:09:00 da manhã

Bruno tas a falhar, para quando os comentários sobre o desligar ou controlo da internet em casos de "emergência" nos EUA?

  Bruno Fehr

quarta-feira, fevereiro 09, 2011 12:33:00 da manhã

Anónimo:

"Bruno tas a falhar, para quando os comentários sobre o desligar ou controlo da internet em casos de "emergência" nos EUA?"

Isso não é nada de especial, qualquer governo o pode fazer. Os EUA simplesmente aprovaram uma lei que permite ao presidente decidir as circunstancias em que isso pode ser feito.
O Egipto já o fez. O Irão ameaçou faze-lo. A Coreia do Norte tem unicamente uma rede interna de net. A Arábia Saudita tem milhões de sites bloqueados (já usei um proxy Saudita e vi que podem navegar pouco ou nada).

Se em Portugal o povo se insurgir a Internet pode ser cortada num piscar de olhos.

  I.D.Pena

quarta-feira, fevereiro 09, 2011 5:52:00 da tarde

entendo o teu ponto de vista , mas esse grande problema é o que chamo de natureza egocentrista edeve ser resolvido interiormente pk tudo nos diz que precisamos de tudo não é de admirar que haja tanto enfase no ego. mmas só de pensar que o dinheiro duma unica familia das 13 mais ricas daria para que todos vivessem com dignidade, seria pelo menos mais justo ,.

  Anónimo

quarta-feira, fevereiro 09, 2011 6:24:00 da tarde

"Se em Portugal o povo se insurgir a Internet pode ser cortada num piscar de olhos."
Em Portugal basta ser cliente da PT para ficares sem internet sem qualquer explicacao :)

  I.D.Pena

quinta-feira, fevereiro 10, 2011 8:12:00 da manhã

ao mesmo tempo quase da telenovela assange ,o governo portugues autorizou e assinou a liberalização dos dados de todos os portugueses aos estados unidos saiu no jornal e por isso organizações como o cia espiam as pessoas com propósitos sinistros , se essa internet acabar não será também o fim do mundo, mas tudo o que ainda é lucrativo demora a acabar.
se é que acaba, por acaso tenho andado a pensar na ganância e sei que as vezes nao se deve pensar numa coisa demais, mas queria realmente perceber porque somos tão suicidas e comodistas ao mesmo tempo . Ganância vem de ganas , e é bom ter gana , mas andar sempre com ganas já é uma psicose qualquer se certas pessoas como presidentes de corporações multinacionais podem ser bipolares pk é que os Napoleões que estão nos asilos estão desocupados ?

  Gustavo

sábado, junho 25, 2011 6:31:00 da manhã

Parabéns pelo blog está 5*
Já sou "curioso pela verdade" já faz algum tempo. Tenho conhecimento há já vários anos e ainda acompanho a maioria dos temas aqui falados.
aproveito para deixar aqui o meu primeiro contributo para o pessoal :)

Este video expõe o Zeitgeist e mais propriamente o Jaques Fresco e Peter Joseph o realizador.
Eles são nem mais nem menos do que mais uns eugenistas e este video prova:
http://www.youtube.com/watch?v=ndmNrlLiTss

há mais por ai, mas este é o melhor.

Off topic:
Gostava de perguntar ao Bruno se conhece ou acompanha o Alex Jones. Não é dos meus preferidos mas sabe e diz muitas verdades, ele é jornalista e host da sua própria radio e tem um canal no YT.
Outros senhores que gosto muito são David Ike e Alan Watt, recomendo a todos.
ah lembrei-me de outra coisa importante, não sei se o Bruno conhece...Jesse Ventura, antigo governador tem um programa de TV simplesmente espectacular, que eu nem sei como passa na tv dos EUA.. ou se calhar sei... ele sofre de um "filto" á americana no que toca á espectacularidade de um tipico show americano...divulga a informação que os episodios do Conspiracy Theory with Jesse Ventura.

Espero ter contribuído quanto desejava ;)

  Anónimo

sexta-feira, agosto 17, 2012 9:13:00 da tarde

vocês são uns burros do caraças.
tudo tem que ter uma transição, e essa transição leva tempo e é por si só transitória, e no fim... Zeitgeist
cabeça a funcionar por favor, foi para isso que ela foi concebida.
angeloblogdot

  Bruno Fehr

sábado, outubro 13, 2012 11:37:00 da manhã

Anónimo disse:

"vocês são uns burros do caraças.
tudo tem que ter uma transição, e essa transição leva tempo e é por si só transitória, e no fim... Zeitgeist
cabeça a funcionar por favor, foi para isso que ela foi concebida."

Excelente exemplo do movimento Zeitgeist, obrigado. É isso mesmo que quero expor, a arrogância com que uma ideia parva e impraticável é propagandeada sem argumentos válidos e por isso a única opção é recorrer ao velho "se não vês as coisas como eu, és burro".

É exactamente por ter um cérebro que vejo a idiotice desta ideia onde os asnos que comem este vídeos virais às colheradas, estão dispostos a colocar todos os recursos naturais nas mãos de uma elite. No final temos uma sociedade pior do que a de hoje. Hoje a elite é 1% da população mundial. Com Zeitgeist seriam algumas centenas.