O Aborto!


Como é lógico e, por respeito à sensibilidade dos leitores, não vou colocar qualquer imagem, referente ao tema. Também não vou colocar qualquer outra foto, por respeito ao que vai ser debatido.

No primeiro referendo votei, "Não" ao aborto. Apesar de achar que a mulher tem o direito ao seu corpo, votei "Não". O primeiro referendo dava total liberdade de aborto à mulher. O homem era como se não existisse, como se a mulher se reproduzisse por geração espontânea.

Votei não, porque o homem era ignorado, os nossos desejos não tinham valor, a decisão era dela. Ou seja, a mulher precisou de mim para foder, engravidou, essa gravidez é fruto de um momento de prazer mutuo e eu não tenho voto na matéria? É justo?
A mulher, tal como esse referendo, parte do principio que todos os homens fogem e abandonam a mulher, levando-a a abortar. Tretas! Desculpas!




Votei "Não". Imaginei uma namorada grávida de mim, mas que não queria a criança. Ela queria abortar, eu assumia a criança. Não importa o que eu quero, ela aborta, a lei defende-a. Ah e tal, uma estudante, ou alguém a iniciar uma carreira, não vai querer uma criança. Egoístas! Tudo o que eu pedia a uma mulher é, "perdes 9 meses da tua vida, atrasas a tua vida 9 míseros meses e eu responsabilizo-me pelo resto da vida da criança". Não, ela decide.


Votei "Não" apesar de concordar que a mulher é dona do seu corpo. Mas o que está dentro dela não é ela é, uma combinação de genes de duas pessoas, é um pedaço de ambos, que não pode ser tratado como propriedade. Citando o paneleiro do JPP, "ninguém é de ninguém". Uma criança não precisa de ser desejada por duas pessoas, precisa de ser desejada, ponto final.
Legalmente, a mulher não tem direito ao seu corpo, tal como o homem não o tem. Se tivéssemos direito ao nosso corpo, o suicídio e a eutanásia seriam legais e não são! A mulher ganhar direito ao seu corpo, para abortar é ter uma lei contraditória.


Se ejaculo para a barriga de uma mulher, não estou a matar um filho. Só seria uma criança após um espermatozóide, fecundar um óvulo. Aí sim, vai dar origem a uma criança. Digam o que disserem!
Agora e como argumento, as feminista irritantes e alguns idiotas que compram iates à custa do aborto, usam pretextos idóticos, como, "um feto ainda não é um ser humano". Então é o quê? Um golfinho?
O que faz o ser humano ser um ser humano?
Os nossos genes! Tenha ou não a forma humana, o feto é humano, é um feto humano, desenvolve-se, sim. Está vivo é um ser vivo, esperem 9 meses e vejam, se sai um ser humano ou um batráquio! É um ser humano!


Votei "Não", pois mantendo o aborto ilegal, as mulheres pensam duas vezes. Não tendo dinheiro para abortar em Espanha, teriam de falar com o possível pai.
Concordo com o aborto em caso de deficiência. Concordo com o aborto de comum acordo, pai/mãe. Concordo com o aborto quando o gajo deixa a gaja sozinha. Não concordo com o aborto, "porque eu quero e o corpo é meu".


A lei nem sequer me permitia, colocar uma restrição legal, um provisão cautelar, ela decidiria sobre o material genéticos de ambos.


Votei Não!


Se a lei, responsabiliza o homem que abandona uma mulher grávida, poderia também responsabilizá-lo, fazendo-o responder sobre se queria a criança abortada ou não. Os abortos, seriam de consensuais. Pai e mãe decidiriam. Em caso de um querer o aborto e o outro não. Ganharia a vida. A vida em primeiro lugar.
Não sou religioso, sou agnóstico, discordo com a visão da Igreja sobre o aborto, mas também discordo com a desculpas esfarrapadas de quem é a favor do aborto. Havia maneiras de fazer uma lei justa. Querendo, havendo vontade, a lei poderia ser justa. Poderíamos ter o aborto legal, mas de uma forma humana e justa para ambos os sexos.


No segundo referendo, não votei. Foi um referendo ridículo e uma vergonha nacional! Numa democracia ao fazer um referendo, o povo vota e decide. Esta merda, não é por tentativas. Vota-se Não e vão-se fazendo referendos até aparecer o Sim? Mais nenhum país faz referendos, sobre o que já foi referendado, sem fazer alterações significativas. Se o governo queria esta merda aprovada, deveria ter tido os tomates de aprovar a lei do aborto, sem referendar o referendado. Fazer um segundo referendo, alterando unicamente a data do projecto de lei, é gozar com o povo, com os milhões que já votaram. Ah e tal, eu ainda não era nascida... Ah e tal, eu ainda não tinha 18 anos... E então? Nascesses mais cedo!
Eu também não estava cá no 25 de Abril, por isso tenho que me contentar com o que foi decidido!


Hoje em dia, nenhuma criança, pode ser registada sem pai, por isso o pai é sempre responsabilizado, mesmo que deixe a rapariga grávida, será forçado a dar pensão à criança, se a mulher a optar por a ter. A mulher, já não fica totalmente desamparada com uma criança nos braços. Agora o homem? O homem pode querer o filho feito por acidente, que ela se quiser aborta e ele nem chega a saber!


É bom mesmo eu não saber, se alguma vez acontecer, pois a lei é complexa e apesar do aborto ser legal, há maneiras de castigar a mulher. Honestamente se acontecesse comigo e eu não a consegui-se impedir de abortar, essa senhora iria passar um mau bocado, iria arrastá-la em tribunais, enquanto imaginasse o sexo do meu filho/a, enquanto imaginasse a pessoa que ele/ela se tornaria. Arrastava-a em tribunal, por tudo e por nada. Vingativo? Talvez, qualquer pai ou mãe, protegem, defendem, lutam pelos seus filhos até ao custo da própria vida!


A irresponsabilidade foi de um casal, portanto devem ser responsabilizados por isso. Dizer que um feto não um ser humano, serve unicamente para lhe retirar um dos direitos humanos universais, que é o direito à vida!


Apesar de não ser uma pessoa influenciável, as imagens de abortos chocaram-me. Se são susceptíveis, não vejam, são imagens chocantes e revoltantes, mas se são da opinião que um feto não é um ser humano, mas unicamente um ser vivo como uma lesma, vejam:
http://www.vidahumana.org/vidafam/aborto/fotos.html

Não quero saber que o corpo seja vosso, o que está lá dentro é unicamente parte de vós, não vos pertence e é parte de um homem, um homem cujos direitos existem e tem o direito a decidir sobre a parte dele que está dentro de vós!


82 Comentários:

  Bruno Fehr

sexta-feira, novembro 09, 2007 3:25:00 da tarde

Quero ter o primeiro comentário.

Sei que 80% dos leitores deste blogue são mulheres e que me vão cair em cima, pelos seus supostos direitos sobre o seu corpo.

Mas quero que fique claro desde já, que esta minha opinião foi racionalizada nos últimos 13 anos e está complectamente sólida e é irreversível?

  Anónimo

sexta-feira, novembro 09, 2007 4:10:00 da tarde

Bem... Nunca tentei ver ou pesquisar imagens destas porque sei que me chocariam, mas sim, fui ver agora e fiquei chocada...:(

Eu também sou contra e sempre serei. Não pelas possíveis razões opostas entre o homem e a mulher, mas pelo ser que está a ser gerado de alguém que o despreza.

"Sei que 80% dos leitores deste blogue são mulheres e que me vão cair em cima, pelos seus supostos direitos sobre o seu corpo."

- E os direitos do ser vivo inocente?

Este assunto choca-me... Enoja-me.

  Anónimo

sexta-feira, novembro 09, 2007 4:15:00 da tarde

1º- nao ,nao te vou cair em cima. tens o direito a tua opiniao e antes de mais o blog é teu! tu dizes e falas sobre o que tu queres.

nunca conheci nenhum homem com esta opinião. talvez porque ate agora so tenho conhecido rapazes que postos frente a uma escolha destas se descartam de responsabilidades, e fogem da miuda/mulher como o diabo da cruz!

eu neste referendo votei sim,mas naõ tenciono dar "uso" ao meu voto. o aborto nunca é a soluçao,há preservativos ,ha pilulas,DIU e mais uma parafrenalia imensa de metodo contraceptivos!
votei sim porque acho "preferivel" (mas escolha de palavra) uma mulher abortar do que posteriormente abandonar o inocente numa casa de banho,o afogar,ou fazer coisas que não lembram a ninguem!
é verdade que um bebe quando se tem 18 ou 20 anos nos lixa a vidinha toda,mas se ele veio por alguma razao foi e se se tiver um PAI (não uma merda de homem) do nosso lado a coisa vai!
nunca fiz nenhum pois nunca me vi nesta situaçao,mas tambem nao sei se algum dia o farei! so por uma razao muito forte.

vi o link com as fotos.....no comments!

****

  Bruno Fehr

sexta-feira, novembro 09, 2007 4:16:00 da tarde

deusaminervae:

A declaração Universal dos direitos humanos tem como primeiro direito, O direito à vida. Mas a declaração chama-se direitos Humanos, ao dizer que o feto ainda não é humano é retirar-lhe o direito à vida e é isso que torna o aborto legal!


Qunato às fotos, para ser sincero, só vi o link com os cartazes publicitários anti-aborto, pois fui direccionado para lá inadvertidamente.

  Anónimo

sexta-feira, novembro 09, 2007 4:20:00 da tarde

Crest, cada um tem a sua opinião e respeito!(ainda mais no teu cantinho)

Também sou filha de um descuido!

Já tive dois abortos naturais, um antes de ter cada um dos meus... muito desejados filhos!

Mesmo assim, votei sim no 1º e no 2º referendo!

Tal como tu, não vou mudar de opinião!
Bj

  Bruno Fehr

sexta-feira, novembro 09, 2007 4:22:00 da tarde

miss bradshaw:


"nunca conheci nenhum homem com esta opinião."

Eu vi imensos advogados na TV, exactamente com esta opinião, durante o primeiro referendo. Há-os e são muitos. Um amigo meu, imediu a namorada de abortar, nunca casou com ela, mas a menina é linda, é minha afilhada e tem pai e mãe.

Nós não temos de ficar com a mãe, temos só de estar com a criança.

Atenção, eu sou filho de um dos primeiros homens em Portugal a ganhar a custódia de um filho de 3 anos em tribunal. Isso é possivel que altere a minha visão.

Quando dizem, "uma criança precisa de uma mãe, acima de tudo". Aí eu pergunto, qual é o meu problema, visto que fui educado por um homem.

Uma criança só precisa de ser amada, quer seja pelo, pai, mãe, pais adptivos, quem quer que seja.

  Bruno Fehr

sexta-feira, novembro 09, 2007 4:27:00 da tarde

mamie2:

Nem eu quero mudar a opinião de ninguém. Este texto serve para discutir o assunto.

Eu argumentei os motivos que me levam a ver o aborto como um crime contra um ser humano, como legalizado através de um inconstitucionalidade e de gerar interpretações multiplas dos direito sobre o corpo e da própria lei.

Mas ainda não percebi, o porquê do votar Sim, quando não vejo motivos que justifiquem um aborto, excepto os que referi. Comum acordo, deformação, ou irresponsabilidade paternal.

Este texto é curiosidade.

A Deusaminervae, votou sim apresentou os seus argumentos e respeito a opinião dela.

  Anónimo

sexta-feira, novembro 09, 2007 4:39:00 da tarde

Se queres os meus argumentos, deixo-os aqui.

Considero que o aborto não deve ser nunca uma forma de contracepção.

Penso que as duas partes devem falar sobre a situação.

Concordo contigo que desde que uma das partes esteja consciente, motivada e capaz devem os dois investir nesse Ser.

Penso, no entanto, que quando tudo falha não deve ser necessário que os mais endinheirados se desloquem a Espanha ou UK e que os outros que não podem alarguem as desgraças deste país!

Quem me conhece sabe que eu adoro crianças (as minhas e as dos outros). Mas fico doente quando vejo crianças maltratadas ou a serem criadas em condições insuficientes à dignidade humana!

O meu Sim vai para só para os momentos em que tudo falha!

(e olha que infelizmente eu sei muito bem o que significa abortar)

mamie2.blogs.sapo.pt

  André

sexta-feira, novembro 09, 2007 4:41:00 da tarde

"Hoje em dia, nenhuma criança, pode ser registada sem pai, por isso o pai é sempre responsabilizado, mesmo que deixe a rapariga grávida, será forçado a dar pensão à criança, se a mulher a optar por a ter."

E ai quem escolhe novamente é ela, ela é que quer ter a criança, por isso se fosse o pai a querer ter e ela a abortar também iria dar a pensão ao gajo que queria o filho! Quem tem sempre o poder de escolha é a mulher, quando de facto são precisos 2 para dançar o tango, o bebé não é arte do divino e do espírito santo.

A questão principal é mesmo a de que a mulher deve de ter
escolha sobre o seu corpo e possa decidir se quer ou não ter o bebé, mas o homem também tem que ter a sua opinião no assunto, não foi só para tar a foder a gaja e a engravidá-la que serviu. Mas também para acabar (como é hábito se não sempre) por a mulher ter que criar sozinha um filho que o pai não quis tem o direito de abortar, de fazer a escolha, por que se em primeiro lugar está o bebé será ele a sofrer mais quando não tiver quem o ame e lhe dê tudo aquilo que necessita, ainda que uma mãe ame muito um filho.

  Anónimo

sexta-feira, novembro 09, 2007 4:43:00 da tarde

"A Deusaminervae, votou sim apresentou os seus argumentos e respeito a opinião dela."

Eu não votei sim. Votei não e voltaria a votar!

"Uma criança só precisa de ser amada, quer seja pelo, pai, mãe, pais adptivos, quem quer que seja."

Concordo em pleno:)

  Foi Bom

sexta-feira, novembro 09, 2007 5:00:00 da tarde

Não te vou cair em cima, porque se a tua mãe é assim tão fértil, é provavél que tu também o sejas, e eu ainda tenho 2 cães para criar antes de mandar vir o rebento.

Concordo com quase tudo.
Tens que admitir que entre 75 a 90% dos casos de aborto, as mulheres o fazem porque estão completamente sós, porque os homens viram costas. E acredito que mais de metade se acabem por arrepender um dia mais tarde.

Dúvido que tivesse coragem para fazer um aborto, para além do meu relógio biológico (maternal) estar no auje, para mim pensar sequer em matar uma criança é horrivel.

Votei sim no 2º referendo ao aborto, porque tinha esperanças que assim os carniceiros deixassem de ganhar tanto dinheiro à custa de uma lei hipócrita.

Mas continuo a ver médicos obstretas a recusarem-se a fazer abortos nos hospitais distritais, mas a fazerem-no nas suas clinicas privadas.

Grande mudança, sim senhora!

  Patrícia Manhão

sexta-feira, novembro 09, 2007 7:12:00 da tarde

Em primeiro lugar quero dizer-te que respeito a tua opinião.
O que não quer dizer, claro, que a minha seja igual.

Ninguém aborta "porque eu quero e o corpo é meu".
Eu tenho 3 filhos (não planeados mas muito desejados)e votei SIM à despenalização do aborto até às 10 semanas.

Inclusivamente pensei abortar a 3ª gravidez.
Não o fiz porque tenho condições (psicológicas, financeiras, emocionais etc.)para os ter, mas se não tivesse, podes ter a certeza que o teria feito.

  Patrícia Manhão

sexta-feira, novembro 09, 2007 7:13:00 da tarde

Mas concordo com o que dizes sobre os direitos dos pais(homens).

  Teté

sexta-feira, novembro 09, 2007 7:25:00 da tarde

Votei "Sim" no 1º e 2º segundo referendo. A minha opinião também é sólida e irreversível!!! (pontos de exclamação e não de interrogação, ah, ah, ah!)

Democracia significa respeitar as opiniões alheias, mesmo que diferentes das nossas. E também significa que à medida que a sociedade vai evoluindo, novas leis mais consentâneas com a realidade vão surgindo. Daí não estar de acordo com essa de já se tinha feito um referendo, nunca mais se fazia nenhum...

Votei SIM, pelas seguintes razões:

1º O aborto sempre se fez em Portugal: as endinheiradas em clínicas de luxo no estrangeiro, as restantes entregues nas mãos de carniceiras curiosas;

2º Muito "boa" gente viveu à custa desses abortos clandestinos, pagos a peso de ouro, se efectuados por uma médica e em condições. Há prái a mulher de um médico famoso que só vivia disso e ganhava bem mais que o marido - vida de luxo, note-se!

3º Mesmo que o aborto fosse decidido em consenso pelo casal (casados, namorados, em união de facto, não interessa para o caso), ela podia ir presa se fosse apanhada e se se provasse, ele nunca.

Isto é um país de gente hipócrita, mas tem de se acabar com isso!

Essas tuas ilações sobre o suicídio e a eutanásia, para mim não colhem, uma vez que acho que cada um deve ter o seu livre arbítrio de acabar com a própria vida. Sabias que um antigo Código Penal previa pena de prisão para os que tentassem o suicídio?

Quanto ao caso que tu apontas, o teu caso, convenhamos que está numa pequena franja, porque a maior parte das histórias não se passam nada assim. Acontece mais elas aproveitarem um macho cobridor esfomeado, para partirem para a produção independente (não me digas que nunca ouviste falar?), sem que ele nunca desconfie que foi usado como homem-objecto, ih, ih, ih!

Last but not least, nunca fiz um aborto (tive um natural, que me causou um enorme desgosto, embora na eco parecesse apenas um feijãozinho), porque sempre tive possibilidade de usar e conhecimento de métodos anti-concepcionais, que convenhamos, não era o que se passava (e passa ainda) com muitas mulheres portuguesas.

Bom fim de semana para ti e bom magusto (não sei se por aí haverá, mas a intenção é boa!)

  Ana

sexta-feira, novembro 09, 2007 7:40:00 da tarde

Bem, resolvi comentar-te antes de ler os restantes comentários, para não me deixar influenciar.
Concordo com praticamente tudo o que disseste. Votar sim porque o corpo é meu não é votar em consciencia.
Apesar de ter a mesma opinião que tu, votei sim. Não por o meu corpo ser meu. Mas por saber o que passam muitas miúdas idiotas que decidem, juntamente com o namorado idiota, abortar clandestinamente. Por já ter tido em mãos uma miúda idiota que resolveu abortar na minha casa sem o meu consentimento. Se as cenas tivessem dado para o torto, iamos todos presos...
Por achar que ilegal ou legal, vai dar tudo ao mesmo. Vão continuar a fazer-se abortos, ao menos que sejam em condições.
Por achar que a nova lei é um passo em frente e não um passo atrás. Não é perfeita, é uma merda, mas a alternativa era pior.
Por ter achado desprezível a campanha encetada pelos defensores do não, que basicamente chamaram assassinas a todas as mulheres que decidem abortar por não terem condições para criar uma criança. Apesar de tb me ter passado com a campanha do sim e de quase ter ido à cara de uma miuda de 20 anos que disse "até que enfim século 21", no q respeita à vitória do sim.
Volto a dizer, concordo com tudo o q dizes. Aborto sim, mas decidido pelos dois, não por um só.
Sei muito bem o que custa a primazia das mulheres sobre aquele q acham ser sua propriedade, o bebe ou filho.
Conheço uma peça feminina que abandonou a filha nos braços do pai, que a criou até aos 3 anos. De repente a peça aparece e decide que a filha a dela. O pai, querendo que tudo corresse bem para os dois lados, omitiu o abandono. Resultado, a criança ficou com a mae. E apesar da criança detestar estar com a mãe e com o namorado desta (que passa a vida a dizer à menina que vai ás fuças do pai) e de chorar que quer viver com o pai, a juíza tirou-lhe a criança que ELE criou de bébé...em Portugal, a mulher é quem tem razão, dê por onde der.
Agora sim, vou ler os comentários. :)

  Ana

sexta-feira, novembro 09, 2007 7:54:00 da tarde

Chiça, Crest, conta lá melhor como e que o teu pai conseguiu vencer essa luta...o meu amigo não consegue...a coisa tá negra. E o facto da juíza ser homem-fóbica e ultra-feminista tb não ajuda.
Concordo inteiramente: uma criança precisa é de ser amada.
E sim, tb acho preferivel o aborto a uma vida de abandono, rua e dor. Pessoalmente seria incapaz de recorrer ao aborto, até mesmo se a minha vida estivesse em risco. No caso de haver deficiencias, não sei. Tb conheço muito boa gente que olha para o aborto como forma de contracepção, e tb já quase andei à lambada com um ex-namorado que dizia que "se ela engravidar, aborta e pronto, o sexo sem protecção foi consensual" (pelamordedeus...). Mas isso não me impediu de votar sim. Votei sim porque, além do que já disse, não acho justo que só as endinheiradas possam ir até espanha fazer os seus desmanchos. Não acho justo que existam crianças abandonadas e em sofrimento, não desejadas e já condenadas.
Agora que acho que cada aborto deverá ser acompanhado de uma autorização judicial, acho. Mas, claro, qd a autorização saísse, já a criança era um velho de 80 anos...pois. As utopias não existem e a nova lei foi o melhor que se arranjou; pode não ser perfeita, "pode ser só uma gota no oceano, mas sem essa gota o oceano era mais pequeno" (madre teresa).
Por fim, os meus argumentos tb coincidem com os da tete.

No fundo, penso o mesmo que tu. Mas tb penso que por pensar assim só poderia votar sim (não estou a dizer que tu deverias te-lo feito, atenção) para estar em paz comigo mesma.

E conta lá como é que o teu pai conseguiu "ganhar-te". o meu amigo anda numa batalha sem fim.

  Ana

sexta-feira, novembro 09, 2007 7:58:00 da tarde

Ps - a gaja de que o tal ex-namorado falava não era eu!! deusmelivre!!! Já era ex na altura...precisamente por causa de cenas desse género (toma que daqui não levou nada... ;-p)

  Ana

sexta-feira, novembro 09, 2007 7:59:00 da tarde

Ps2 - tb já ouvi "o sangue se irá derramar levará tudo à sua passagem" !!!!!!!!??????? (tb não levou nada, só um par de patins logo a seguir)

Ps3 - sim, eu tb tenho algumas historias pa contar hehehehe!

  The one you know

sexta-feira, novembro 09, 2007 8:02:00 da tarde

O tema é interessantissimo, e sinceramente abordáste-o duma perspectiva pela qual nunca tinha olhado... a do homem. Mas tens de concordar que muitos poucos homens gostariam de ficar com uma criança sozinhos. E tambem sou da opinião que muitos dos abortos que ocorrem são de mulheres que não podem ter filhos! Não de mulheres que não querem ter...

Bem mas se tiveres pachorra e quiseres perder algum tempo, tens aqui uns links porque tambem já perdi algum tempo a escrever sobre isso.

Abraço


http://contra-tudo-e-contra-todos.blogspot.com/2006/12/aborto.html

http://contra-tudo-e-contra-todos.blogspot.com/2007/02/abrunhos.html

  Anónimo

sexta-feira, novembro 09, 2007 8:08:00 da tarde

Só te digo uma coisa... fazer um FILHO é muito mais que 'ejacular para dentro da barriga de uma mulher'... pensa nisso!

francisca

  Ana

sexta-feira, novembro 09, 2007 8:34:00 da tarde

Anónima (desculpa meter-me), mas ele não disse ejacular para dentro da barriga da mulher! Ele disse "para a barriga", no sentido de para cima da barriga: coito interrompido?

  Anónimo

sexta-feira, novembro 09, 2007 8:54:00 da tarde

e cada x gosto mais de te ouvir! =)

eu não me lembro seker do primeiro referendo lol foi em k ano?

e cada x mais tmb sou da opiniao k ha por ai pais k sao mais maes k muita parideira! e tu es o ex de um filho de um desses Homens.

mas infelizmente homens assim sao excepçoes a regra. como ja te dixe nao sei se algum dia faria algum ,nao sei mesmo,mas continuo a axar o meu voto certo. ***

  AmSilva®

sexta-feira, novembro 09, 2007 9:17:00 da tarde

sem mais coisas

cada caso é um caso

não votei, alias é raro votar, como estou por fora...

ou seja, em situaçoes que sou a favor mas em outras sou contra

por isso cada caso é um caso apenas acho que deiva de ser analisado um a um, alias o planeamento familiar existe para algo, usem-no

  M

sexta-feira, novembro 09, 2007 11:18:00 da tarde

Sou a favor. Mas, antes de mais, sou a favor desde que bem pensado e de preferência depois de falar com o pai.

  Peach

sexta-feira, novembro 09, 2007 11:22:00 da tarde

Eu votei Sim.

sim, somos donas do nosso corpo, somos nós que aguentamos os 9 meses, o feto gera-se dentro de nós, vive de nós...

ao dizeres Não, estás a fazer o mesmo.... é como se a opinião dela, que tem o feto lá dentro... não tivesse o direito de decidir.

depois, quantos e quantos homens, quando as mulheres querem ter os filhos... desaparecem, ou negam-se a assumi-lo (mm que tenha que lhe dar o nome)

disse SIM, porque quantas crianças indesejadas, são depois vitimas de maus tratos, chegando a ser assassinadas pelos proprios pais.

disse sim, porque um feto, não é ainda uma criança, digam o que disserem... e a ciencia explica isso.

enfim... diria sim, por mais uma serie de rzões... mas...
respeito a tua opinião. :)

beijo

  Schlumpy

sexta-feira, novembro 09, 2007 11:25:00 da tarde

Eu não votei pois não respondo a perguntas parvas...

  Mulheka

sábado, novembro 10, 2007 12:10:00 da manhã

Eu sou pelo SIM!
Assim como a tua, a minha opinião também é irreversível. Ainda bem que não tás aqui para tentar mudar a opinião de ninguém porque acho que também ninguem ta aqui para mudar a tua ;)

Acho que a teté disse tudo, subscrevo o que ela disse.
Sou pelo sim, pelo sim bem pensado e ponderado. Óbvio que ninguém é a favor do aborto ser usado como método contraceptivo (claro que há excepções, raras...)

Quanto às fotos... náo, não me chocam nada! Porquê? Simplesmente porque muitas delas são completamente irreais! Achas mesmo quem um bebé de 3 meses tem aquele aspecto?

  Anónimo

sábado, novembro 10, 2007 1:32:00 da manhã

Votei Sim.

Aceito opiniões diferentes e percebi os teus argumentos. Mas não pude deixar de reparar quando dizes "mantendo o aborto ilegal, as mulheres pensam duas vezes". Não pensam não... Como mulher digo-te que não acredito que haja UMA mulher que seja que deixe de fazer um aborto que queira mesmo fazer por este ser ilegal. Repara... se elas estão dispostas a arriscar a própria vida e saúde, a sujeitar-se a condições horríveis e a preços obscenos... não será o "pormenor" de ser ilegal que dissuadirá nenhuma mulher.

  ipsis verbis

sábado, novembro 10, 2007 2:27:00 da manhã

Votei "Sim" no segundo referendo porque o que estava em causa era a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, quando realizada, por opção da mulher nas primeiras 10 semanas, em ESTABELECIMENTO DE SAÚDE LEGALMENTE AUTORIZADO.

Tendo em conta isto, se o SIM ganhasse significaria que desapareceria do Código Penal a pena de prisão até 3 anos para as mulheres que recorressem ao aborto, sendo feito com higiene e segurança médicas.
Já o Não significaria que a pena de prisão se manteria e que as mulheres continuariam a ser empurradas para o aborto clandestino, em condições de insegurança e de grande risco para a sua saúde.

O meu Sim, não foi a favor do aborto porque quanto a isso, a minha opinião varia dependendo dos casos em que é feito.

  Anónimo

sábado, novembro 10, 2007 3:51:00 da manhã

Aqui está um tema bastante complexo. É um assunto que me incomoda por variadíssimas razões, sendo uma delas o ter sido chamada a votar (por duas vezes...).
Ora bem, da primeira vez não fui votar. Não fui capaz, estava divida entre o que eu achava e a realidade de muitas mulheres que não tem nada a ver com a minha (realidade).
Da segunda vez, e bastante furiosa, votei sim.
Eu sou contra o aborto e acho que há muita confusão nos argumentos que se utilizam.
O argumento "do corpo é meu" acho inadmissível pela sua futilidade.
Quanto ao argumento a favor da vida também tem muito que se lhe diga. Quando se é contra o aborto por ser a favor da vida é-se contra e ponto final, não há mas nem meio mas. Não há o "se for deficiente", "se for fruto de uma violação". Serão vidas diferentes nestes casos?
O aborto é horrivel sim. Muitas daquelas fotografias são reais sim (embora haja algumas manipuladas).
Apesar de tudo isto votei sim por uma única razão: quem decide fazer um aborto faz e não há nada que a demova, sou incapaz de julgar, por essa razão acho que devem existir condições para essas mulheres abortarem com o mínimo de segurança e higiene, para além de deixarem de poder ser presas por abortarem. Foi a única razão!
Agora discutir quem é que tem direito de decidir?!?!?
Li aqui outro argumento muito utilizado também, que é o das crianças maltratadas. Se perguntarem a opinião aos pais dessas crianças maltradas a resposta deles será NUNCA, esses pais nunca serão a favor do aborto. Não tenham ilusões. Assim como é verdade que existem mulheres que recorrem ao aborto com uma leveza/frieza impressionantes, mas sei que não são todas.
Eu tenho a minha opinião e não consigo julgar as mulheres que abortam (não as pessoas que têm opinião contrária porque isso seriia ridículo).
Quem sou eu afinal?

  Anónimo

sábado, novembro 10, 2007 8:12:00 da manhã

sempre fui a favor do não, embora acredite que há mulheres que não têm capacidades para criar de um criança. Por isso não votei em nenhum. Nao e a melhor coisa a fazer, mas achei que não devia votar. Quando engravidei tinha 16 e houve pessoas que me proposeram abortar e mesmo que eu ficasse na miseria e os meus pais, que nao sabiam, não aceitassem e escolhi criar a minha filha! Nunca me arrependi!

  Bruno Fehr

sábado, novembro 10, 2007 9:50:00 da manhã

Psycho-mind:

Se ele não quer a criança, sim, a opção de abortar é dela, mas se ele quer e ela abortar é um acto supremo de egoísmo.

Onde moro, a mulher tem de dar pensão tal como um homem para o sustento da criança.

  Bruno Fehr

sábado, novembro 10, 2007 9:51:00 da manhã

Deusaminervae:

Sorry fiz confusão!

  Bruno Fehr

sábado, novembro 10, 2007 9:51:00 da manhã

Deusaminervae:

Sorry fiz confusão!

  Bruno Fehr

sábado, novembro 10, 2007 9:54:00 da manhã

Foi bom:

Isso porque em Portugal se fazem leis de merda, não são pensadas. São escritas em cima do joelho.

Em países civilizados qualquer médico tem de trabalhar em serviço público antes de ganhar o direito de ter um consultório privado.

Se a segurança social fosse privatizada seria como aqui, todos os médicos seriam privados e toda a gente tinha o direito ao mesmo tratamento, grátis.

A lei ignora o homem, como participante na crianção desse novo ser humano e permite aos médicos pagar o leasing do seu barco!

  Bruno Fehr

sábado, novembro 10, 2007 9:56:00 da manhã

Patrícia:

Para mim o não, tem a ver com a minha maneira de pensar. Eu sei que eu não posso abortar, mas ao saber que um filho meu tinha sido abortado, isso me iria assombrar por toda a vida.

Eu sei que na maioria dos casos é o homem que leva uma mulher a abortar, mas nem toda a gente é igual.

  Bruno Fehr

sábado, novembro 10, 2007 10:05:00 da manhã

Tété:

Tem a ver com o direito num estado democrático, de maneira a referendar o que já foi referendado, têm de ser feitas alterações na lei, ou no projecto lei, isso não aconteceu. O referendo foi igual, só mudaram a data, isso é anti-democrático.

Seria como eu candidatar-me a presidente, perder e obrigar a novas eleições pela força até ganhar.

Ao referendar uma segunda vez, o mesmo assunto sem altera um parágrafo, significa que o governo queria aprovar a lei, mas não tinha tomates para o fazer, desta maneira, "o povo escolheu", ou pensa que escolheu.

Eu sei dos abortos clandestinos. Para ser sincero, se uma mulher quisesse abortar um filho meu, contra a minha vontade, deveria ser submitida a um carniceiro e sofrer com isso, sofrer tal como eu iria sofrer o resto da minha vida a pensar no assunto. Justiça poética!

Eu não quero saber o que a maoria dos homens fazem, como homem e como cidadão, não posso perder os meus direitos, porque a maioria dos membros do meu sexo fazem merda.

O que disse é verdade, se esta lei, dá o direito sobre o corpo à mulher entra em contráste com a falta de direito que se tem sobre o corpo no caso da eutanásia.

O suicidio ainda é um crime e espero que sempre o seja. Mais do que um crime contra o próprio é um crime contra terceiros, como a familia que fica a sofrer sem perceber o que se passou.

Teria muito mais lógica legalizar a Eutanásia. Uma pessoa deve ter o direito de morrer de uma forma humana, mas não tem o direito de condenar à pena de morte um ser humano que está vivo e não pediu para viver. Foi feito pela irresponsabilidade de dois adultos, que escolhem a maneira mais fácil de sair do problema, ou seja a pena de morte!

... e eu a pensar que tinhamos sido o primeiro país do mundo a banir a pena de morte. Enganei-me!

  Bruno Fehr

sábado, novembro 10, 2007 10:08:00 da manhã

Vanadis:

O defensores do não chamavam criminosas a todas as mulheres, mas esses eram os defensores do não, escondidos atrás de crenças religiosas, havia defensores do não moderados.

E os defensores do sim, que se achavam no direito de dizer que antes das 10 semanas, o feto não é um ser humano. Não é um ser humano, então é o quê? Um E.T.?

  Bruno Fehr

sábado, novembro 10, 2007 10:13:00 da manhã

Vanadis:

O meu pai, perdeu a minha costódia no momento do divórcio. Recorreu e arranstou a minha mãe para o tribunal novamente, ganhou custódia provisória por insistência e esperou que ela fizesse um erro.

O processo durou 5 anos. lembro-me perfeitamente de com 4 estar sentado no colo da juiza a conversar.

Nos processos longos, os juizes começam a perder a sua tendência em relação às mulheres e começam a prestar atenção aos recursos financeiros, à personalidade de cada um, ao empenho colocado na luta. E por fim aos interesses financeiros.

Enquanto a minha mãe tendo-me, recebia uma pequena fortuna mensal, o meu pai não queria um centavo, dela.

  Bruno Fehr

sábado, novembro 10, 2007 10:15:00 da manhã

The one you know:

Tal como disse, não acho justo todos os homens serem rotulados e perderem os direitos pelas acções da maioria.

Possivelmente tem a ver com o facto de ser filho de um homem, que me educou sozinho.

  Bruno Fehr

sábado, novembro 10, 2007 10:16:00 da manhã

Francisca:

Fazer um filho é muito mais do ejacular para dentro da mulher. Por outro lado decidir sobre a vida desse filho é muito mais do que o gerar durante 9 meses!

  Bruno Fehr

sábado, novembro 10, 2007 10:18:00 da manhã

Vanadis:

Exactamente, ao praticar coito interrompido não estou a matar uma criança.

Uma gaja a favor do aborto, justificou o facto de ela matar o feto, com o facto dos homens matarem milhões de possíveis filhos cada vez que masturbam. Eu nunca me masturbei para dentro de um óvulo, portanto nunca matei um possível filho!

  Bruno Fehr

sábado, novembro 10, 2007 10:19:00 da manhã

Miss Bradshaw:

Não tenho a certeza, mas acho que foi em 1996.

  Bruno Fehr

sábado, novembro 10, 2007 10:20:00 da manhã

Amsilva:

Mas a lei permite o aborto e não incentiva ao planeamento familiar. Isso é o que eu digo que deveria ter sido incluido na lei. Analisar cada caso como um caso. Com esta lei a mulher faz de Deus e decide se a criança vive ou morre.

  Bruno Fehr

sábado, novembro 10, 2007 10:22:00 da manhã

Allie:

Infelizmente a lei não contempla a participação do pai.

A única maneira que um homem tem de recorrer é instaurar uma provisão cautelar no tribunal Europeu, mas o tempo que demora é mais do que suficiente para ela aborta legalmente.

  Bruno Fehr

sábado, novembro 10, 2007 10:25:00 da manhã

Peach:

Cada homem é um homem, são diferentes.

Eu não acho que uma mulher abdicar de 9 meses tendo um pai que quer o filho, lhe dê o direito de matar a criança. A uma mulher com um filho meu, só lhe peço que abdique de 9 meses da vida dela e eu abdico do resto da minha vida, para cuidar desse ser humano.

O que são 9 meses? Será que 9 meses é motivo para matar alguém sem lhe dar a oportunidade de ser amado?

Esta lei do aborto, deixa um homem como eu sem direitos. E quanto a mulher ter o direito sobre o seu corpo, isso é mentira. O estado tem o direito sobre o corpo de todos os cidadãos, por isso a eutanásia e o suicidio ainda são crimes!

  Bruno Fehr

sábado, novembro 10, 2007 10:27:00 da manhã

Peach:

A questão não é um feto ser uma criança ou não é o facto de já ser um ser humano e como ser humano tem o direito à vida constante na declaração universal dos direitos humanos!

  Bruno Fehr

sábado, novembro 10, 2007 10:27:00 da manhã

Schlumpy:

Ora aí está um excelente motivo.

  Bruno Fehr

sábado, novembro 10, 2007 10:29:00 da manhã

Mulheka:

Acho que uma criança de 3 meses tem aquele aspecto, acompanhei de perto a gravidez de risco da minha mãe. Em gravidez de risco foram feitos todos e mais alguns testes.

  Bruno Fehr

sábado, novembro 10, 2007 10:31:00 da manhã

Marla singer:

Conheço duas que não abortaram enquanto o aborto era ilegal, por medo. Por temerem pela sua saude. Hoje agradecem esse medo.

Eu sou padrinho de uma menina que nasceu graças a esse medo. Quando a vejo e me lembro do que quase aconteceu, sinto um aperto no estomago. É uma menina linda e super feliz.

  Bruno Fehr

sábado, novembro 10, 2007 10:32:00 da manhã

Ipsis Verbis:

Eu não condeno a interrupção voluntária da gravidez, condeno sim a maneira ridicula como a lei foi escrita.

  Bruno Fehr

sábado, novembro 10, 2007 10:34:00 da manhã

Ines:

O aborto por violação já era legal, por isso esta lei nada vem alterar.

No caso da violação os danos mentais da mulher são em muitos casos irreversíveis, verá a criança como fruto de uma relação não desejada e muitas vezes culpa a criança.

  Bruno Fehr

sábado, novembro 10, 2007 10:35:00 da manhã

Su:

Acredito, acho que o arrependimento vem a quem aborta. Assim que uma criança nasce algo muda nos pais, ou melhor tudo muda.

  Mulheka

sábado, novembro 10, 2007 11:44:00 da manhã

A gravidez da minha mãe também foi de risco e ela teve que fazer todos os testes possiveis, e, aos 3 meses, o puto não tinha nem de longe nem de perto aquela imagem. Vimos coisas diferentes então...

De qualquer forma, para mim, muitas daquelas fotos são irreais. As campanhas pelo Não foram autênticas palhaçadas, cheias de falta de respeito! Mas pronto, isso já é outro assunto!

(Sim, o gajo tem uma grande cabeleira, sai aqui à irmã! lol)

  Bruno Fehr

sábado, novembro 10, 2007 12:19:00 da tarde

Mulheka:

Não podemos confundir as campanhas pelo não dos católicos, com as campanhas pelo não dos não católicos.

Eu sei que foram ridiculas, tão ridiculas como a campanha radical pelo sim feita pelas feministas.

Ambas as campanhas tiveram aspectos muito negativos, mas o pior foi mesmo a porcaria de lei mal formulada!

  turbolenta

sábado, novembro 10, 2007 12:48:00 da tarde

Concordo que o 2º referendo não deveria ter sido feito. Isto só prova que o governo quer mudar as leis mas não quer ficar responsável por elas, por isso usa estes estratagemas.
Podem chamar-me retrógrada, estúpida ou lá o que quiserem. Sou mulher. Sou "cota" ,mas não posso deixar de dizer, aqui e onde me quiserem ouvir, aquilo que realmente penso.
O facto de ser jovem, não ter condição económica para criar um filho, de não saber quem é o pai, de não querer responsabilidades e muitas outras questões que são apontadas como motivo para fazer um aborto, eu não as posso aceitar.
Quando, em tempos muito remotos, não havia pílula, se desconheciam os métodos contraceptivos, quando era vergonha falar de sexo, quando o homem não era obrigado a dar o nome ao filho(porque a estúpida lei favorecia os homens), ainda eu poderia, embora com muito pouca receptividade, aceitar um aborto.
Mas.....nestes tempos modernos, em que todos(até um miúdo de 12 anos), sabe tudo sobre sexo e métodos para evitar as crianças, em que os pais têm abertura para falar com os filhos, abertamente sobre sexo e em que eles estão devidamente informados, eu não percebo como, quem os não quer, não toma as devidas providências para os evitar.
Alegam que foi num momento de "distração" e que não havia , por exemplo,o preservativo à mão.
Ora bolas!...eles minúsculo objecto deveria acompanhar quem não quer criancinhas...e as mulheres...muitas ao sairem de casa não sabem o que pode acontecer naquelas horas mais próximas...ora....se sabem o que costumam fazer, que tomem a pílula. Assim...deixam de se preocupar e evitar danos para a sua saúde.
Mas sou 100% a favor do aborto em casos de crianças deficientes, de mulheres sujeitas a violação ou que, por outro qualquer motivo de saúde, não seja aconselhável a procriarem.
O corpo realmente é da mulher mas ela não deveria ser a única a ser ouvida em caso de querer abortar.
Se fosse obrigatório ouvir as 2 partes, talvez muitos fosem evitados, pois, certamente, ambos os parceiros teriam precauções redobradas.
E porquê um prazo tão grande para a interrupção da gravidez?
Não me venham para cá com histórias que o feto não sofre, que ainda não é gente.
Eu acho que desde o primeiro momento numa é uma coisa, mas uma pessoa.
Agora não venham daí os outros comentadores a "bater-me" forte e feio.
bom fim de semana

  turbolenta

sábado, novembro 10, 2007 12:57:00 da tarde

REctifico uma das frases finais.

Eu acho que desde o primeiro momento nunca é uma coisa, mas uma pessoa.
bom fim de semana

  Bruno Fehr

sábado, novembro 10, 2007 12:58:00 da tarde

Turbolenta:

"Mas sou 100% a favor do aborto em casos de crianças deficientes, de mulheres sujeitas a violação ou que, por outro qualquer motivo de saúde, não seja aconselhável a procriarem."

A questão é que, quando o aborto era proíbido, era permitido nestes casos (até às 10 semanas).

Mas concordo com o teu ponto de vista. A legalização do aborto vem dar uma saída legal e fácil à irresponsabilidade. Mesmo quem é contra o aborto irá participar neles, pois eles são realizados com os impostos de todos nós!

  Bruno Fehr

sábado, novembro 10, 2007 1:02:00 da tarde

turbolenta:

É isso que tenho tentado dizer. Ao ser uma pessoa, está coberta pela declaração universal dos direitos humanos, artigo primeiro e terceiro este último diz:

Artigo 3°
Todo indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

O dizer que o feto não é um ser humano é aúnica maneira de lhe negar este direito e tornar o aborto legal!

  o segredo da lua

sábado, novembro 10, 2007 1:26:00 da tarde

Eu votei sim nao por achar que um feto nao é uma criança mas sim porque mantendo a proibiçao os abortos nao iam deixar de ser feitos clandestinamente, nao iam deixar de morrer mulheres, e nao ia deixar de "se estragar 3 vidas em vez de uma só", porque na maior parte dos casos os abortos fazem-se porque ambos querem.
Os teus raciocineos fazem muito sentido num mundo perfeito, que nunca chegaremos a ter.
Os homens cuja quequa engravidar e queiram ficar com a criança, nao devem ter muita dificuldade em "convencer" a mulher a atrasar a vida so 9 meses.
90% das mulheres que abortam nao o fazem por hegoismo profissional ou algo do genero, mas sim porque estao sozinhas na decisao de terem a criança.

Este ha-de ser sempre um tema polemico e nada consensual, por muito que seja discutido.

  Bruno Fehr

sábado, novembro 10, 2007 1:54:00 da tarde

o segredo da lua:

"Os teus raciocineos fazem muito sentido num mundo perfeito, que nunca chegaremos a ter."

Nunca chegaremos a ter, pois a pessoas regra geral acomodam-se e aceitam as situações. Eu recuso-me a conformar-me, com o que me é atirado á cara.


"Os homens cuja quequa engravidar e queiram ficar com a criança, nao devem ter muita dificuldade em "convencer" a mulher a atrasar a vida so 9 meses."

Será mesmo? É que as senhoras que falam neste assunto, nem sequer poderam o caso, pois no fundo elas sabem, que se por acaso gerassem a criança, já não a entregariam ao pai.

É esta a verdade. Ao gerar a criança a mãe fica ligada a ela, passando a amá-la!

Podem dizer que há poucos homens a pensar como eu. Eu digo, que mesmo que eu seja o único, não há uma mulher que queira abortar que pondere sequer, gerar a criança e entregá-la ao pai. Pois sabe que não o faria.

"90% das mulheres que abortam nao o fazem por hegoismo profissional"

O problema é que 10%, são demais!

  Anónimo

sábado, novembro 10, 2007 2:12:00 da tarde

"No caso da violação os danos mentais da mulher são em muitos casos irreversíveis, verá a criança como fruto de uma relação não desejada e muitas vezes culpa a criança."
E, para os que são pela vida, essa criança não tem o direito à vida porquê?
Há psicólogos, há a adopção, há (pode haver) tantas soluções...
Tem é de ser tudo bem pensado e fundamentado e não fazer como tudo é feito neste país, em cima do joelho. Pega-se num assunto tenta-se resolvê-lo superficialmente e ficam todos contentes.
A minha posição não tem nada a ver com a igreja, essa mete-me nojo.
Acho que este assunto não devia ter ido a referendo. Isto é sério demais para ser debatido com argumentos como "o corpo é meu" ou "o melhor é a abstinência sexual".

Quanto a estas fotografias e a alguns comentários sobre elas digo o seguinte: nas ecografias nunca se vai ver isto, com este tempo de gravidez, nestas fotografias são utilizadas lentes fortíssimas que aumentam as vezes necessárias para conseguirmos ver estes pormenores.

  Foi Bom

sábado, novembro 10, 2007 2:36:00 da tarde

O problema da adopção em Portugal, é que há milhares de crianças para adopção, mas apenas umas 600 em condições de serem adoptadas (normalmente crianças com os papéis já regularizados).

Burocracia, burocracia e mais burocracia!

  Bruno Fehr

sábado, novembro 10, 2007 4:00:00 da tarde

Inês:

Eu não disse que a criança não tem o direito à vida. Eu digo que percebo o aborto nesses casos. Tal como percebo o aborto no caso da criança não ser desejada por AMBOS os pais.

A criança tem sempre o direito à vida.

Aceito como sempre aceitei o aborto, no caso das violações deve ser terrivel para a mãe e terrivel para a criança quando descobre, que foi feita não numa noite de amor mas numa noite de violência.

Acho que ao perceber isso, essa criança nunca mais iria bater bem da cabeça.

"o melhor é a abstinência sexual".

Isso não, bolas!!! É preciso ter cabeça e é preciso assumir as suas responsabilidades!

"com este tempo de gravidez, nestas fotografias são utilizadas lentes fortíssimas que aumentam as vezes necessárias para conseguirmos ver estes pormenores."

Exactamente, com 10 meses, o feto já tem a forma humana, até os dedos já se diferenciam!

  Bruno Fehr

sábado, novembro 10, 2007 4:27:00 da tarde

Foi Bom:

A adopção em Portugal é uma anedota.

O meu pai anda há 3 anos em tribunais para adpotar umas gémeas.

O juiz continua a dar oportunidades aos pais das meninas de se curarem, estão pela sexta vez num centro de recuperação e nunca acabam o programa.

Para impedir que as meninas sejam adoptadas, cumprem a lei. A lei diz que desde que 1 dos elementos do casal visite o/a filho/a uma vezs de 6 em 6 meses, a criança não poderá ser adoptda!

6 em 6 meses, 5 minutos, basta para manter os filhos num centro e negar-lhes um futuro!

  Foi Bom

sábado, novembro 10, 2007 5:06:00 da tarde

Eu vou querer adoptar um dia, mas se nessa altura não tiver parceiro, vou para o fim da lista. Parece que preferem que uma criança não tenha nem pai nem mãe, do que só tenha uma mãe!

  Anónimo

sábado, novembro 10, 2007 10:49:00 da tarde

Eu votei sim...pk acho que por uma criança no mundo e depois...bater-lhe ate á morte so pk entornou o leite...ou partir-lhe as pernas so porque n parava quieta...ou entao o cabrao que vive com a mae..acha que violar uma criança que nao é dele nao é problema...
Votei sim...porque desgraças e miseria ja temos que chegue...eu tenho dois ninos que amo loucamente...se um dia um 3º aparecer!!!olha será bem vindo... desde que haja AMOR, tudo se resolve...pk eu adorei a sensaçao dos 1ºs pontapes...a barriga a crescer...o cheiro a bebe...o choro mimado que nos diz se é fome, frio, sono, ou simplesmente birra...
Ah e parabens...duvido que haja muitos HOMENS como TU...

  Anónimo

domingo, novembro 11, 2007 1:23:00 da manhã

Espero que tenha percebio que eu estava a tentar como era ridícula a maior parte dos argumentos que surgiam em alguns debates sobre o tema.
O maior problema é que se trata de um assunto muito delicado que envolve a vida humana, com todo o peso que acarreta. Acho que é um problema de consciências mas também acho que a maioria das pessoas não está sensibilizada para um assunto destas dimensões.
É tudo muito complexo. A maior parte dos pais de hoje acha que não é preciso falar destes assuntos aos seus filhos porque eles já sabem tudo e têm acesso a todas as informações o que é uma enorme MENTIRA. É impossível uma "criança" de 12 anos ter maturidade para saber interpretar, por ela, as informações que circulam. Têm sempre de ter a ajuda de um adulto e o ideal seria o pai ou a mãe. E curiosamente ainda ontem vi uma miúda com idade de brincar ainda com a barbie só que tinha um bébé no colo. É claro que ela estava contente com o seu bebé, mas acho estas situações inaceitáveis. Fico com o meu coração pequenino e com uma angústia do tamanho do mundo...

  Margaret

domingo, novembro 11, 2007 6:37:00 da tarde

tens toda a razão crest. se a desculpa for essa, 'o pai abandonou-me' então uma lei que responsabilize o pai. mas que legalizar o aborto torna mais 'baratas' as coisas e mais controladas, já isso é um ganho... apesar de todos os possíveis maus princípios que estejam por trás.

  Ana

domingo, novembro 11, 2007 10:45:00 da tarde

Bem, esta foi por pouco. Por pouco era outra vez um 69...fico-me com um 70 que tb na é mau!! LOL...
Voltando ao tema...a marla singer tem razão, não é por ser ilegal que as gaijas pensam duas vezes. Vão pensar e fazê-lo sempre.
Não concordo com a peach. Um embrião ainda vá que não vá (e mesmo assim ninguém, nem a ciência, e eu sou cinetista, tem moral para decidir se um embrião é ou não um ser humano...mas um FETO É já uma criança, indubitavelmente. Por alguma razão a lei contempla somente até as dez semanas.
Ipsis Verbis, nem mais. O que muitos esqueceram, aquando do referendo, foi que a pergunta não era "é a favor do aborto?". Eu suponho que nunca abortaria, mas votei sim, pelas mesmas razões que já foram expostas por muitas comadres de blog.
No caso de suicidio e eutanásia, já temos pano para muitas mangas. Não acho que nenhum deva ser um crime. Há quem se mate porque não escolhe viver. Tal como é um crime para a familia, que sofre com esse suicidio, tb é um crime para uma pessoa que não quer viver. Cobarde, seja, mas não deixa de ser uma maneira de ver as coisas. Tal como o corpo pode estar doente, sendo contemplada a eutanásia, tb a mente pode está-lo, contemplando-se o suicidio.
No caso de mentes instáveis, digo-te uma coisa: antes que se matem a eles mesmos do que andem para aí a matar outros...tipo aquele tipo na america que matou as filhas gémeas porque há 11 anos que umas vozes lho diziam para fazer...??? Mais valia ter-se morto a si mesmo. E depois, por acaso há uma cena que não entendo, como é que todos os médicos e psicólogos e afins gritam "se alguma vez tiver pensamentos suicidas, não hesite em contar a alguém!" e a sociedade em geral diz "só quer é chamar a atenção!!" e despreza a pessoa que só está a pedir ajuda (de uma maneira estranha e com suprema vontade de enfiar uma murraça nas fuças da pessoa, mas não deixa de ser um pedido de ajuda). Bem, eu disse que isto dava pano para mangas.
Antes das dez semanas, não é um feto. É um embrião. =) Claro que é um ser humano! Não temos moral para decidir qd começa e qd acaba a vida, acho eu. Apartir do momento é q é uma célula e se replica...é vida. Mas nas primeiras semanas, é semelhante a qq outro animal...só tempo depois começa a adquirir o formato humano. Mas a questão é que sabemos que aquele embrião que não se parece com um ser humano, está programado para vir a ser um ser humano.
Repito, eu não abortaria. Mas tb não sei o que é passar por dificuldades extremas, nem ter tanto medo de contar aos pais que prefiro matar a criança qd ela nasce...o que será pior então?...venha o diabo e escolha.

Pois, no caso do meu amigo, a criança nunca foi sentada no colo da juiza e a psicóloga que acompanhou a criança, e que era da opinião que o pai é que devia ficar com a guarda, nunca foi ouvida - a juiza não quis.

  Bruno Fehr

domingo, novembro 11, 2007 11:00:00 da tarde

Foi Bom:

Existe a opção de adopção internacional, é mais rápida, não e exigem que seja um casal. Só exigem a deslocação ao país e provas de redimentos.

  Bruno Fehr

domingo, novembro 11, 2007 11:04:00 da tarde

"Ondas de Aquário":

"Eu votei sim...pk acho que por uma criança no mundo e depois...bater-lhe ate á morte so pk entornou o leite...ou partir-lhe as pernas so porque n parava quieta..."

Muitos destes casos, acontecem com pais que eram contra o aborto. Há pessoas que desejaram ter um filho e o mal tratam.

"ou entao o cabrao que vive com a mae..acha que violar uma criança que nao é dele nao é problema..."

O aborto neste caso, não resolve nada, pois a mulher ao juntar-se como um monte de merda assim, já tinha a filha.

"Ah e parabens...duvido que haja muitos HOMENS como TU..."

Acho que não mereço os parabéns, por pensar como todos os homens deviam pensar :P

  Bruno Fehr

domingo, novembro 11, 2007 11:08:00 da tarde

Inês:

"uma miúda com idade de brincar ainda com a barbie só que tinha um bébé no colo."

Aqui na Alemanha, no final do passado ano, uma menina de 11 deu à luz. O pai é o rapaz de 16. A rapariga ia para casa dele estudar, os pais pensavam que ele a ajudava com os trabalhos de casa.

11 anos, é incrível, mas eu não culpo nem a menina, nem o rapaz de 16. A culpa é dos pais de ambos.

Os pais esperam tempo demais para falar de sexo e contracepção aos filhos. O meu pai teve a primeira conversa sobre sexo comigo, já eu era sexualmente activo, tive de interromper a conversa e dizer, "pai, já vens tarde".

  Bruno Fehr

domingo, novembro 11, 2007 11:11:00 da tarde

alguém+ neste mar de gente:


Haveria maneiras de legalizar o aborto com último recurso, após um processo de sensibilização e responsabilização.

Eu até poderia ser mais radical. Conheço uma rapariga que já fez 6 abortos. É estupida! Acham justo os nossos impostos serem usados para ela abortar? Ao fim do segundo era "fechar-lhe a loja" e não havia mais putos para ninguém...

  Bruno Fehr

domingo, novembro 11, 2007 11:27:00 da tarde

Vanadis:

"não é por ser ilegal que as gaijas pensam duas vezes."

Calma, o fazer pensar duas vezes, não é pela ilegalidade do aborto, mas sim pelo medo de perder a vida na cave de uma parteira/carniceira!

"Um embrião ainda vá que não vá (e mesmo assim ninguém, nem a ciência, e eu sou cinetista, tem moral para decidir se um embrião é ou não um ser humano...mas um FETO É já uma criança, indubitavelmente."

Eu acho que se o embrião está no utero de um ser humano é um embrião humano, logo é um ser humano. Ao dizer "ser" humano, fica claro que não digo que é uma criança é ser humano. Acho que no feto, nem vale a pena discutir isso, pois até forma humana já tem.

"No caso de suicidio e eutanásia, já temos pano para muitas mangas."

A questão é o "direito ao corpo dado à mulher para abortar e é retirado no caso de ela desejar uma eutanásia. Leis que contradizem esse direito. Por outro lado o obrigar uma pessoa em sofrimento a viver, viola os direitos humanos, pois todo o ser humana tem o DIREITO à vida, ao recusarem-lhes a morte, estão a afirmar que viver não é um direito, mas sim um dever!

"Há quem se mate porque não escolhe viver."

Acho bem que o suicidio seja crime, pois é um crime cometido, não contra o próprio, mas contra terceiros. Um jovem de 18 que se suicida, está a cometer um crime contra os pais ou qualquer outra pessoa que os ama. Nenhum pai deve de viver para enterrar um filho. É a nossa obrigação sofrer pela morte deles e não vice-versa.

"Cobarde, seja, mas não deixa de ser uma maneira de ver as coisas."

Já considerei o suicidio cobarde, pois considerava a maneira mais fácil de fugir. Hoje acho o suicidio o maior acto de coragem, pois acho que é preciso muita coragem para por termo à vida. É pena que não saibam canalizar essa coragem para lutar.

"se alguma vez tiver pensamentos suicidas, não hesite em contar a alguém!"

E como se diz a alguém, quero-me matar? Os suicidas dão sinais as pessoas ignoram-nos. Está a fazer um ano que um amigo meu, que representava a minha antiga empresa no EUA, deu um tiro na cabeça, deixando a namorada grávida, ninguém sabe porquê.

"Pois, no caso do meu amigo, a criança nunca foi sentada no colo da juiza e a psicóloga que acompanhou a criança, e que era da opinião que o pai é que devia ficar com a guarda, nunca foi ouvida - a juiza não quis."

O teu amigo que não desista. Ele que use a imprensa. Se que a filha, tem de fazer barulho. O meu pai usou a imprensa local e enfrentou uma sociedade dos anos 80 que achava um homem incapaz de criar um filho sozinho. Pois eu aqui estou e sou a prova.

Gostaria que uma psicóloga estudasse o meu caso e o do meu irmão (que foi criado pela minha mãe), tenho a certeza que ela não iria saber quem educou quem!

  Ana

segunda-feira, novembro 12, 2007 1:20:00 da manhã

Pois, Crest, o meu amigo já anda a considerar meter a imprensa ao barulho...não poderá ser a local, porque o Pai tá num lado e a Mãe noutro. Para já ainda não houve tribunal...amanhã de manhã vai haver reunião de emergência entre juiza, mae, pai... o namorado da mãe tb vai, "para dar umas nas fuças do teu pai"... a familia inteira do pai (mae, pai, irmão) tb estará lá em peso, qual ciganada a proteger os seus. A mãe, essa, nem fala com a própria mãe! Proibiu a criança de ver a avó materna! :-0 Não entendo como é que nos dias que correm uma juiza pode ser ainda tão retrógrada, chiça.

Quanto ao aborto, suicidio, eutanásia, eh páh, já muito foi dito, né. Cada um com a sua opinião.
No caso do teu amigo, chiça...pois, eu tenho dois que ameaçaram a coisa, e tive de andar atrás deles e a contactar familia, amigos e o catano, mas que tinha vontade de lhes partir a cara, tinha, e que ia dando em doida, ia...as pessoas nesse estado sugam-nas a energia vital.
Toda a gente já encarou o suicidio uma vez na vida. E, não, desculopa mas não concordo: viver é que é o acto de coragem, não morrer. Aquilo que achamos ser medo de morrer é simplesmente o institinto de auto-preservação em acção. Quem se tenta matar ou se mata tem medo de viver, não de morrer...Morrer é que é o acto de cobardia, pois é fugir a tudo.
Simplesmente muitas vezes as pessoas não conseguem fazer face à vida sozinhas, precisam de orientação e ninguém parece prestar-lhes atenção. Ou algo se desequilibra, e a tristeza e o sofrimento irracionais instalam-se e não há como os mandar à vida a não ser mandando a própia vida à vida...

  Bruno Fehr

segunda-feira, novembro 12, 2007 2:31:00 da manhã

Vanadis:

Quanto ao teu amigo, pessoalmente e por experiência, ele tem armas fortes, pois a mãe está a cometer imensos erros que a podem levar a perder a razão. Ele precisa de 3 coisas muito importantes:

- Não desistir
- Recursos financeiros
- Um excelente advogado

Quanto ao excelente advogado, ele não tem de ser caro nem bom, tem de ser um advogado que acredite que um pai, poder ser tão boa mãe, como uma mãe pode ser pai.

O quadro perfeito seria encontrar uma advogada mulher, que acredite nisso!

  2 idiotas super hiper ri fixes

segunda-feira, novembro 12, 2007 11:50:00 da manhã

Nem vou ler os outros comentários, concordo contigo. Não é direito uma mulher abortar se o futuro pai está interessado em ter esse filho/a. Concordo com o aborto em caso de deficiência, em caso de violação ou em caso de acordo do casal.

Só quero acrescentar que não lanças os espermatozoides para dentro da barriga da mulher, tá bem que podes até ser potente, mas eles não passam da zona pélvica e alguns até morrem pelo caminho... lol

Bjs
Borboleta Azul

  Ana

segunda-feira, novembro 12, 2007 5:07:00 da tarde

Bigada, Crest, tenho estado a passar os teus conselhos ao rapaz. O problema é ele não ter mesmo recursos financeiros. E penso que a reunião deve ter corrido mal como sei lá o que, porque hoje não consegui que me contasse nada...coisa boa não foi...
Advogada mulher, arranjei-lhe um encontro com uma prima minha, que acredita nele e que conhece as estupidas das juizas, mas agora vai parir...
O problema aqui é mesmo a juíza, a estupida da gaja parece que tem falta mas é de tu sabes o que, porque não está a dar nenhuma hipotese ao rapaz...ele nem consegue expor os argumentos dele.

  Bruno Fehr

segunda-feira, novembro 12, 2007 11:55:00 da tarde

2 idiotas super hiper ri fixes:

Quando falei em lançar os meus espermatozóides para a barriga, estava falar em ejacular fora da vagina, directamente para a barriga dele. Neste caso não estou a matar uma criança, apenas uns milhões espermatozóides.

  Bruno Fehr

terça-feira, novembro 13, 2007 12:02:00 da manhã

Vanadis:

Pois, a questão financeira é complicada, pois em Portugal quem não tem dinheiro não tem hipótese.

Vejo uma saída. Existe aqui na Alemanha um seguro, chamado "seguro jurídico" é como qualquer outro seguro em que caso tenhamos necessidade em ir a tribunal a seguradora assume as despesas.

Eu tenho um e a única coisa que me foi exigido, foram provas de um registo criminal limpo e não ter processos pendentes ou a decorrer.

Visto que ele ainda nãodeve ter apresentado recurso e se este seguro existir em Portugal, é uma opção!

  Maya

quarta-feira, novembro 25, 2009 3:57:00 da tarde

Pá, venho atrasada, mas não faz mal.

Apenas não concordo contigo numa coisa. Desde quando é que um deficiente não é pessoa suficiente?
Eu sou contra o aborto seja em que circunstância for. A mulher é apenas o hospedeiro de outro potencial ser humano. Só isso.

Espermatozóide e óvulo juntaram-se? Tá feito. Nada a fazer, senão esperar os 9 meses ...