Os senhores da guerra (Parte 5)

Os lideres mundiais são loucos, não só são perfeitamente capazes de iniciar a terceira guerra mundial, como não vão pensar duas vezes em usar armas nucleares. Pensem bem, eles não morrem nas guerras e não existe melhor estimulo económico do que uma guerra, e acima de tudo só uma guerra gigantesca pode acabar com uma crise mundial. Temos duas guerras mundiais para o justificar de onde destaco a segunda em que um país na miséria total e uma divida, imposta devido a uma primeira guerra, impossível de pagar destruiu a Europa e se auto-destruiu, criando uma nova idade de ouro económica de onde emergiu como a maior potencia económica e militar da Europa (se contarmos a Turquia, como ela deve ser contada, na Ásia Menor).


Mas se a guerra estava perto, nem consigo imaginar o quanto os EUA se devem estar a espumar de raiva após o Irão e a Rússia cancelarem todas as trocas comerciais em dólares. O Irão foi mais longe e não aceita dólares em troca de petróleo nas suas vendas a países como: China, Rússia, Índia e Japão. Isto significa uma desvalorização tremenda no petro-dólar e dois países que seguem a Venezuela na sua recusa em negociar em dólares. A Turquia e Índia já tinham feito esta proposta em conjunto com Rússia num acordo trilateral e a China que não usava dólares em trocas com a Rússia aliaram-se, largando o dólar como moeda de trocas e juntando esforços na defesa do Irão tendo já por duas vezes, em Outubro e Fevereiro, vetado as resoluções das Nações Unidas em fazer embargos ao governo Sírio, que fingem não ver que há também rebeldes armados a gerar o caos e que estão armados com equipamento ocidental. Com este ataque ao dólar os Americanos, se isto for seguido pois mais países, vão deixar de ter a capacidade de imprimir dólares a seu gosto, pois o que os permite imprimir dinheiro do nada é que o dólar é aceite em todo o mundo por ser a moeda de troca do petróleo e por conseguinte a moeda de reserva mundial. Deixando de ter o poder que ainda tem, o dólar cai, ou começam uma guerra para impor uma tão falada e desejada nova ordem mundial ou entram oficialmente em colapso e numa consequente guerra civil.
Só uma guerra pode acabar com uma crise e com os massivos protestos populares um pouco por todo o mundo mas sem o poder do dólar os EUA não vão conseguir suportar um guerra durante muito tempo mas uma guerra internacional, nunca uma segunda guerra civil Americana, pois isso seria a destruição do corrupto  sistema manipulativo Americano.



O ocidente tem uma visão romântica dos EUA, devido a décadas de filmes, series de televisão, livros, jogos de computador em que são sempre os bons da fita e os comunistas os maus, sendo considerados comunistas todos aqueles que falassem Russo ou uma língua parecida e também os Chineses ou qualquer outro como olhos em bico que não fosse Japonês. Mas na verdade, neste momento a nossa esperança reside nesses eternos maus da fita. Se Rússia e China conseguirem com sucesso fazer frente aos Americanos não teremos novos conflitos no médio oriente. Mas mesmo que os Americanos recuem, outra guerra será encontrada, quer seja com a Coreia do Norte ou com a pedra no sapato do Tio Sam, a Venezuela. Mas até que os Americanos recuem, se recuarem, iremos ver mais contos de fadas, não se admirem ao verem novos ataques “terroristas” em circunstancias suspeitas a serem atribuídos a movimento islâmicos e imediatamente ligados ao Irão e Síria, tudo para justificar um ataque com ou sem o consentimento das Nações Unidas, que com veto Russo e Chinês, não possui autoridade para sanções ou ataques... mas... os EUA podem sempre recorrer a uma NATO que não passa de um grupo pro-Americano que não lhes recusa nada.



Como se lembram, um drone Americano foi "abatido" no Irão. Os Americanos dizem que se despenhou ou pode ter aterrado (falar em aterragem nem faz sentido). Na verdade veio a saber-se que foi usada tecnologia Russa para detetar e apreender o drone intacto, o que prova que a tecnologia stealth Americana é detetável (os chineses provaram isso ao emergir vários submarinos bem no meio de uns exercícios militares Americanos no pacifico em 2010). Mas não tem sido noticia o que esse drone possuía. O drone possuía tanques para disseminação aerossol, algo essencial para espalhar químicos e vírus. Algo bem na nossa memoria depois de anos de sucessivos novos vírus mortais e propaganda de terror que não passam de programação do povo para aceitar um futuro vírus verdadeiramente mortal como sendo uma mutação de vírus anteriores, tal como os projetos da gripe asiática, gripe das aves e gripe suína. E isto aliado a uma noticiada construção de uma base de drones Americana, com capacidade de agir em qualquer ponto do planeta.

Noticia nos EUA sobre o drone em posse dos iranianos.


Sendo a Alemanha o maior parceiro comercial Chinês, Angela Merkel viajou recentemente para a China e as noticias eram interessantes. Nos EUA e Europa dizia-se que a delegação alemã iria pedir para China não aumentar e se possível reduzir a importação de petróleo do Irão. Ironicamente na Alemanha as noticias eram sobre os chorudos acordos comerciais que a gigantesca delegação alemã tinha conseguido.
Logicamente que a Alemanha não iria dar um tiro no pé, tanto que a China manteve a sua posição pro-Irão.



2012 vai ser um ano marcante por toda a fantasia que estamos a viver na política internacional, economia mundial e imprensa, aliadas a contos de fadas como o fim do calendário Maia e a perigos reais com a Nova Ordem Mundial já iniciada na Europa, com a eleição não democrática de um Presidente Europeu, as leis anti-terroristas com vista a convencer a população a abdicar das suas liberdades em troca de segurança, impondo documentação digital, vigilância nas vias publicas dia e noite, recolha de dados DNA, um aumento da repressão policial e as frequentes tentativas de controlo da Internet onde para alem de Facebook temos agora os loucos e inaceitáveis termos de privacidade do Goolge que entram em vigor dia 1 de Março e que todos vão aceitar só por usarem uma ferramenta Google. E ainda as novas leis SOPA que depois de ter sido rejeitada vai novamente a votação nos EUA pois eles precisam dessa lei aliada a uma outra que passou chamada ACTA para impedir que eu e todos vocês tenham o direito de se expressarem e terem acesso a noticias vinda de fontes livres, sem que passem pela censura estatal. Eles querem que toda a informação disponível seja aquela que eles nos querem dar.



Quando se fala de uma terceira guerra mundial, estamos a falar de conflito armado entre militares. Mas a terceira guerra mundial começou. A guerra contas as elites, a repressão do povo que protesta um pouco por todo o mundo. Novas leis Americanas como o Acto de defesa nacional, recentemente assinado pelo Presidente Obama e que permite que os militares possam deter civis indiscriminadamente, por tempo indefinido e sem direito a julgamento se forem rotulados como inimigos do estado. Todos o que falam abertamente são inimigos do Estado e portanto em risco de verem os seus direitos violados. A constituição Americana impede o usos das forças militares em território Americano, excepto em defesa nacional, exatamente o que esta lei acaba de autorizar. Ao declarar um cidadão Americano como inimigo do Estado, os militares passam a poder agir, passam a poder patrulhar as ruas, e só precisamos de esperar para ver quantos vão respeitar o seu juramento. Um militar defende em primeiro lugar a constituição, em segundo lugar o povo, território nacional e bandeira e só depois vem o Estado, desde que o Estado não seja o inimigo do povo.



Ao mesmo tempo que isto acontece nos EUA, em Inglaterra o governo está a tentar passar uma lei que legaliza o uso de armas químicas banidas dos cenários de guerra desde há décadas, para controlo populacional em território nacional. Armas consideradas desumanas em guerra passam desta forma a ser aceitáveis para uso em manifestações após ficar provado a incapacidade das forças de segurança (do Estado), em controlar a população, que seria suposto protegerem, quando ela se insurge contra o seu funcionário, o Estado que cada vez mais se quer fazer passar por patrão.

Com isto não quero dizer que vai começar uma guerra militar a nível mundial, pois na verdade já estamos em guerra. Estado contra o povo, pilhando a cada dia que passa toda a nossa economia. Piorando o nosso nível de vida. Obrigando o povo a revoltar-se para que possa ser controlado, dominado e se tudo correr bem, ligeiramente reduzido.



Podem dizer que isto são só palavras e palavras nada fazem. Mas historicamente as palavras são mais fortes do que qualquer arma. Com palavras nasceram nações, mudaram-se opiniões, criaram-se religiões. moveram-se multidões. Pois a arma mais poderosa é a informação, o conhecimento a base de toda e qualquer mudança.

(Final de série) Irei criar mais um texto como Adenda a esta serie.

Os senhores da guerra (Parte 4)

No meio de tudo isto não podemos esquecer a Turquia que chegou a estar recentemente em alerta de guerra contra Israel tendo afirmado que qualquer barco Israelita em águas territoriais Turcas seria afundado, qualquer avião Israelita no seu espaço aéreo seria abatido. Isto aconteceu depois do ataque Israelita a um barco civil Turco acusado de transportar armas, que nunca ninguém viu para o povo palestiniano. As armas eram tantas que as imagens existentes mostram os civis nesse barco a lutar contra os soldados Israelitas armados com paus e ferros.



E claro, todos os ataques políticos ao Irão sob o pretexto de que o programa nuclear Iraniano poderá, quem sabe, num futuro longínquo permitir que o Irão produza armas nucleares. O Irão diz que o programa é civil. A Rússia diz que o programa é civil. A China diz que o programa é civil. As organizações Europeias e Americanas afirmam que não existem armas nucleares no Irão e que o atual programa não tem capacidade de as produzir mas no entanto a imprensa não se cala com as armas nucleares, possíveis, mesmo que inexistentes. Protestos vindos de governos que possuem armas nucleares. Até os hipócritas dos Israelitas que são um pais com armas nucleares e que se recusa a assinar o tratado de não proliferação dessas armas e que não permite que entidades internacionais verifiquem a sua capacidade nuclear, estão a cantar de galo dizendo que o programa iraniano é inaceitável. No entanto Israel não faz ao Irão o que fez a Síria pois sabe que o Irão tem capacidade militar para limpar Israel do mapa mesmo sem armas nucleares. 
A grande diferença entre estes dois países, e algo que peritos militares Americanos e Russos estão de acordo, é que mesmo que os Israelitas usem armas nucleares contra o Irão, o pais é tão grande que pode suportar um ataque nuclear, mas basta que o Irão centre os seus misseis não nucleares em Telavive que caindo essa cidade cai Israel no seu todo.



Cientistas Iranianos andam a aparecer mortos e ninguém sabe de nada, a imprensa nem sequer fala muito nisso. Mas são assassinatos.

Agora vem a parte engraçada. A Europa decidiu fazer um embargo parvo, a maior estupidez política deste século ao decidir em 6 meses deixar de importar petróleo do irão. Ora bem, a Europa não importa quase nada, e os países que mais importam do Irão são: Grécia, Espanha e Itália. A Itália não é obrigada a parar de importar pois não paga o petróleo ao Irão, o petróleo que recebe é pagamento de divida externa. 
Com este embargo a Grécia que já está em crise vai ficar completamente de rastos e poderá agravar a guerra civil que já existe, apesar de não ser muito divulgada pela imprensa. A Espanha entrará em colapso financeiro se não encontrar alternativas para esse petróleo. Portugal tem sorte pois tendo indo contra os conselhos Americanos, assinou tratados comerciais com a Venezuela de quem recebe petróleo que de outra forma teria de vir do Irão.
O embargo foi tão parvo que Irão afirmou estar a ponderar não vender mais petróleo antes da data marcada pela Europa para parar de importar e que isso não iria afetar em nada a economia do pais. Por outro lado a China e Índia afirmaram comprar todo o petróleo que a Europa não quer.


Unilateralmente a China, anunciou recentemente a defesa incondicional da soberania Iraniana e Siria salientando que um ataque quer ao Irão ou Síria, ira colocar a China em guerra mesmo que isso signifique o inicio da terceira guerra mundial. A China sabe perfeitamente que se a Europa e EUA invadirem o Irão a China não mais conseguirá o petróleo de que necessita para alimentar a sua economia em franca expansão.
De uma forma similar ao que acontece na Rússia, a China anunciou a transferência de 3.000 misseis nucleares para bases subterrâneas e colocou em Fevereiro de 2012 a sua marinha de guerra em alerta máximo.

Noticias chinesas legendadas em Inglês

O Paquistão anunciou que não será possível ficarem indiferentes a um ataque ao Irão, considerando o Irão como irmão. Neste momento a Índia ergue a sua voz contra o estado de pré-guerra, sem que tenha ainda tomado uma posição nesse cenário. Afirma que se opõe a qualquer ataque das nações Unidas a este país, pois tal como a China, a economia Indiana depende do petróleo e gás natural Iraniano.



O que estamos a assistir é a uma América que precisa de guerras para impedir o colapso da sua economia. Neste momento os EUA são os maiores produtores de armas do mundo. A produção de armas cria empregos e quando mais bombas forem lançadas, mais precisam de ser fabricadas, mais empregos são criados. Empresas Americanas fabricam armas nos EUA, com recursos dos EUA. O governo compra essas armas no seu próprio país, injetando dinheiro na economia nacional, estimulando-a. Como bónus, o povo Americano tendencialmente junta-se em torno da bandeira sempre que há guerra, reduzindo as protestos anti-governamentais. A Europa vai atrás pois desde a queda do regime nazi e a consequente criação da Nato, somos como putas dos Americanos e adoramos dar tiros nos nossos próprios pés, como isso fosse a cura para micose que a tesão de mijo de guerra dos Americanos, nos dá.



O Irão nunca foi e nunca será conquistado. Este povo é teimoso demais para se submeter. Se os paus e pedras dos Palestinianos dão tanto trabalho aos Israelitas mesmo tendo eles misseis e drones, imaginem um Irão que é uma potencia militar de respeito.
A Rússia tem de se meter, pois da mesma forma que os EUA cercaram a Síria e Irão nos últimos 10 anos, a Rússia esta também cercada neste momento, desde as bases americanas anti-míssil da Polónia, Republica Checa, Turquia e pelo médio oriente ate ao Kazaquistão, sul da Ásia com Coreia do Sul, Vietname, Filipinas e Japão e ainda Alasca. Depois do Irão cair é a Rússia quem tem mais petróleo no mundo e que não é aliado Americano e são historicamente o lobo mau nas historias de encantar nos EUA em que a América é ao mesmo tempo o capuchinho vermelho e o justiceiro.



Este caso que estamos a assistir, acaba por ser uma completa loucura pois conseguiram que países historicamente inimigos, se tornassem aliados contra as Nações Unidas. China e Rússia sempre viveram em clima de guerra fria. China e Índia também. Índia e Paquistão ainda hoje possuem divergências. Mas num ataque ao Irão eles vão estar do mesmo lado, unidos, 4 potencias nucleares e ainda a maior força militar no quintal da Europa, a Turquia.
Seria de pensar que isto bastaria para mudar o rumo dos ataques políticos e ameaças e no entanto as Nações Unidas estão a ignorar este imponente e economicamente superior, adversário. Nem a Europa nem os EUA possuem economia para alimentar uma guerra, ao passo que China tem um exercito feminino maior do que a totalidade do exercito Americano. Por outro lado os Americanos possuem uma media 1.500 armas nucleares a mais do que qualquer outro país e é o único pais que arrogantemente não hesita em as usar em nome da "paz".

(Continua)

Os senhores da guerra (Parte 3)

O Iraque foi impedido de largar o dólar após ter sido invadido e Saddam morto. Quer no Afeganistão, quer no Iraque os primeiros tratados assinados por esses novos governantes foram acordos comerciais com os EUA e Reino Unido, dando aos ocupadores controlo total sobre os recursos naturais destes países.
Após o 11 de Setembro tanto o Afeganistão como o Iraque foram atacados sobre pretextos falsos. O primeiro sob o argumento de que Osama Bin Laden; antigo agente treinado pela CIA, identificado como Tim Osman e colocado pela CIA no controlo da Al-Qaeda, se escondia nesse país. Mentira. O segundo foi invadido, acusado de ter armas de destruição massiva e por patrocinar grupos terroristas como a Al-Qaeda. Como se sabe hoje, não havia arma nenhuma nem sequer houve guerra. Uma guerra para ser guerra tem de ter dois exércitos e nunca se viu um único soldado Iraquiano em combate. O que havia era a resistência Afegã, a resistência Iraquiana, chamados de insurgentes pois se lhes chamassem resistência iriam justificar a sua causa como sendo justa e honrada. Um resistente é um insurgente, tal como eu e qualquer pessoa que leia este texto seria insurgente, insugindo-se contra uma invasão estrangeira do seu pais, da sua casa, protegendo o que é vosso e acima de tudo a vossa família. Dependendo de que lado estivesse a imprensa vocês seriam chamados de resistentes ou insurgentes, que apesar de serem sinónimos, de alguma forma os governos e imprensa conseguem levar a maioria das pessoas a pensar que são antónimos.



Tal como ilegalmente os EUA bombardearam a ex-Jugoslávia, sem que a Europa tivesse voto na matéria (assunto ao qual dediquei uma serie de textos neste blogue), com a simples intenção, muito na moda na política Americana, de dividir as nações em grupos étnicos ou religiosos, enfraquecendo-os.

Por ironia ou humor negro, as novas bases militares Americanas no médio oriente estavam a ser construidas pela mesma empresa que as vinha a construir desde os anos 80, uma família Saudita com uma longa historia de amizade com a família Bush, a família Bin Laden. Osama por seu lado, foi tratado pelos seus problemas de rins em 2001 num hospital no Dubai, ironicamente um hospital Americano enquanto era procurado pelos Americanos...



Neste momento, além das bases Americanas em Israel (2), Arábia Saudita (22), Kuwait (16), Emirados árabes unidos (6), Bahrain (4), Oman (7), Qatar (8), Iraque (33), Afeganistão (48), Turquia (2), Uzebequistão (2), Paquistão (3), que cercam completamente Síria e Irão, estão 4 porta aviões no golfo Pérsico que servem de bases navais. Neste momento voltam os contos de fadas para apanhar o que sobra de riqueza no médio oriente.

Uma revolta aparentemente por vontade do povo nasceu na Tunísia. Fica provado que a vontade é do povo tendo em conta que o regime mudou e o país voltou a ficar estável. De seguida uma estranha revolta no Egipto que tem todos os indícios de ter sido orquestrada, pois mesmo após a mudança de regime o povo ainda esta revoltado. O motivo tem fácil explicação, a revolta inicial não passou de uma tentativa ocidental de se aproveitarem da revolta Tunisina, tentando criar uma epidemia de revoltas por todo o médio oriente. Na revolta Egípcia os EUA marcaram a sua presença vendendo o gás lacrimogéneo usado pela policia contra o povo. Neste momento sim, parece que no Egipto, agora é o povo que quer mudança. 



Essa tentativa de epidemia revolucionaria aparentemente alastrou-se a Líbia onde rebeldes com armamento Americano e Francês deram inicio a uma teórica guerra civil embelezada pela imprensa internacional mas em que relatos de muitos cidadãos internacionais, se resumiam a „eu não vi nada“. Nesta crise e não tendo o Presidente Americano o apoio do Congresso e do Senado para invadir a Líbia, usaram as Nações Unidas que impuseram sanções e uma „No fly zone“, logo de seguida, essa resolução foi abusada pelos EUA, Inglaterra, França entre outros para o bombardeamento da Líbia indo contra a resolução do conselho de segurança ao manipular o resultado de acordo com os seus interesses individuais. Quando isto aconteceu a Rússia protestou a ilegalidade do ataque. A Alemanha não se opôs aos seus aliados mas mandou recuar a sua frota no mar mediterrâneo e suspendeu todos os treinos militares conjuntos com as Nações Unidas. Esta atitude alemã deixava antecipar uma possível aliança política com o governo Russo mas os criminosos invasores acabaram por "comprar" a Alemanha logo após a queda do governo Líbio dando aos alemães, controlo de uma boa parte da exploração petrolífera, ficando o restante em poder dos Americanos, Ingleses, Franceses, Italianos e uma quotas menores para outros participantes.
 Neste momento é essencial que EUA e Europa, masturbem regulamente a Alemanha como forma de evitar o afastamento deste país dos atuais aliados. O afastamento da Alemanha da Europa e EUA é uma realidade a nível económico onde a única ligação é que todos devem dinheiro e todos importam da Alemanha, ao passo que a Alemanha tem como principais mercados de trocas a China e Rússia. Sabemos que a política se molda aos interesses económicos e estes interesses são as raízes de alianças militares.



O que vemos agora é a Síria a ser ameaçada pelos Americanos, acusada de estar a construir uma central nuclear. Imediatamente e cheios de tesão de mijo, os criminosos Israelitas lançam um ataque bombardeando aquilo que diziam ser a central nuclear em construção em que os "perigosíssimos" Sírios não responderam sequer a esta declaração de guerra, limitando-se a protestar politicamente.
No limiar do inicio de uma guerra contra a Síria, vemos mais uma daquelas revoltas populares onde todos estranhamente possuem armas de guerra e de acordo com dados recentes os rebeldes possuem agora tanques, que como todos nos sabemos, aparecem por magia nas mãos de supostos camponeses revoltados. 
A imagem de marca que ao longo de décadas tem sido usada para justificar um ataque militar Americano sob o lema „vamos defender o povo daquele país“ fazendo chover bombas sobre as casas das pessoas usadas como argumento para o ataque.

Desta vez os Russos resolveram impor-se. Vetaram já por duas vezes as resoluções das Nações Unidas usando como argumento que a resolução só terá o apoio Russo se for escrita de forma a não poder ser contornada através de interpretação errada, justificando um ataque semelhante ao realizado contra a Líbia. As Nações Unidas usam sempre a mesma estratégia, embargos aos governos locais para os enfraquecer financeira e militarmente, sem que imponham qualquer embargo aos rebeldes e desta forma em pouco tempo colocaram o país suficientemente fragilizado para poder ser invadido. 



De forma a que a Europa e EUA perceba que Rússia pretende manter esta posição a todo o custo, uma frota naval Russa liderada por um porta-aviões foi enviada para a Síria, sob o pretexto de que quem quiser atacar militarmente a Síria terá de passar por cima da frota Russa que não poderá ser ignorada. Os Russos disseram também que essa frota é a linha que não poderá ser ultrapassada e se o for será uma declaração de guerra. Recentemente o Primeiro Ministro Russo anunciou as medidas que os Russos estão a tomar para em caso de guerra destruírem as defesas Americanas Anti-Míssil na Europa, o alerta e movimentação militar e de sistemas nucleares por todo o pais, afirmando que a prioridade Russa vai para a defesa do seu pais e aliados onde incluem o Irão, os quais estão a equipar com modernas baterias anti-míssil.
Desta forma a Rússia diz que se provocada não vai hesitar em tornar este conflito numa guerra contra as Nações Unidas e num anuncio publico o Presidente Russo informou o seu país e o mundo que as forças militares russas estão em estado de alerta:


As declarações de Presidente Russo, começam ao minuto 1:05 e estão legendadas em Inglês.


(Continua)

Os senhores da guerra (Parte 2)

Nesta altura, continuando o texto anterior, o Presidente Americano Carter enviou um general da NATO para instigar um golpe militar de forma a impedir que Khomeini se torna-se o líder supremo do país e criasse uma Republica Islâmica, usando como base de operações, a Embaixada Americana na capital iraniana que servia de sede da CIA no país e que foi a base de operações do golpe de 1953. Na altura existia um tratado extradição entre os EUA e o Irão, tratado que o Irão usou para exigir que os Americanos extraditassem o Shah para o Irão de forma a ele poder ser julgado. Os Americanos recusaram e foi então que um grupo de estudantes invadiu a Embaixada Americana tendo não só, impedido o golpe militar que estava a ser planeado mas também fazendo reféns que libertariam sob determinadas condições: 

1- Os Americanos entregavam o Shah para que fosse julgado pelos tribunais Iranianos. 
2- A devolução ao Irão da fortuna do Shah roubada dos cofres do estado.
3- A promessa Americana de que não mais interfeririam na política iraniana. 
4- Um pedido de desculpas pelo golpe de 1953.

Nos primeiro meses como sinal de boa fé, os estudantes libertaram todas as mulheres e negros, mantendo 52 prisioneiros que só libertaram em 1981.

Após esta crise e antes das forças armadas iranianas, desmanteladas durante a revolução, terem sido totalmente refeitas/reorganizadas o Presidente fantoche pro-Americano no poder no Iraque, Sadam Hussein, invadiu o Irão sem provocação tomando controlo de uma larga parte dos poços de petróleo e vias marítimas de comercio. A guerra Irão-Iraque durou 8 anos e foi não só foi uma das mais longas guerras do século XX mas também uma das mais mortais com mais meio milhão de civis iranianos mortos (perto de um milhão de mortos no total) por um governo Iraquiano com apoio dos EUA e Inglaterra. O apoio militar Americano foi dado sob uma mascara de de um apoio agrícola  no valor de 1 bilião de dólares onde na verdade em vez de equipamento agricola os iraquianos recebiam equipamentos militares. 


Anos mais tarde o governo Americano desculpou-se dizendo que os Iraquianos tinham transformado as maquinas agrícolas recebidas em equipamentos militares.
Os países vizinhos do Iraque foram também pressionados pelos Americanos e Ingleses a dar créditos ao Iraque para que pudessem comprar equipamentos militares, sendo os maiores fornecedores a Europa, Rússia e China. Mesmo após ser de conhecimento internacional que os Iraquianos estavam a usar armas químicas de fabrico Americano sobre a população iraniana, o apoio euro-americano a Saddam Hussein  manteve-se. Mesmo tendo Saddam Hussein usado essas mesmas armas contra o seu próprio povo no norte (Kurdos) que iniciaram uma revolta. Esse ataque só se tornou relevante muitos anos mais tarde onde essas noticias foram "recicladas" para justificação extra da invasão Americana do Iraque, numa altura em que Saddam Hussein se estava a afastar dos Americanos, tomando controlo do seu pais com mão de ferro.


A ironia de tudo isto foi quando um escândalo rebentou e que foi chamado „Iran contra scandal“ em que se veio a descobrir que unilateralmente os Americanos estavam também a vender armas ao Irão, na tentativa de manter a guerra equilibrada, enfraquecendo ambos as países e boicotando possíveis alianças com países vizinhos.


Ronald Regan, agora no poder nos EUA, tinha visto o seu pedido de financiamento para uma guerra na Nicarágua a ser negado pelo congresso e por isso, o lucro da venda de armas no médio oriente, que estava a ser feito através de Israel (os Americanos mandam o armamento para Israel que por seu lado as vendia ao Irão e Iraque) estava a ser usado para financiar os rebeldes nesse país mesmo sabendo da onda de terror, matando e violando mulheres por todo o pais. Mas foi essa onda de terror que deu o poder a Ronald Regan para contornar o Congresso Americano e invadir a Nicarágua, destituído o governo existente e criando um outro pro-Americano. Isto tanto  é verdade, que o governo Americano foi condenado pelo tribunal mundial por uso ilegal de força e por patrocinar um grupo terrorista, no entanto os Americanos ignoraram o tribunal mundial e tudo caiu no esquecimento.

(Ali Khamenei)

Depois do fim da guerra Irão-Iraque, Khomeini morreu. O homem que prometeu um democracia nunca a deu. A Khomeini seguiu-se Khamenei que ainda hoje é o lider supremo do Irão.

O que seguiu foi a invasão por parte de Rússia do Afeganistão que acabou por perder a guerra contra os Mujahedin, equipados e apoiados pelos Americanos. Após a retirada Russa, os Americanos através de CIA treinaram os Mujahedin para serem um grupo de guerrilha de elite, equipado e financiado de modo de poderem defender o Afeganistão de futuras invasões Russas, esse grupo passou a ser chamado de Al-Qaeda.
No Iraque Saddam Hussein afastava-se cada vez mais dos Americanos e resolveu invadir o Kuwait, o que gerou a primeira invasão Americana do Iraque e quando o Iraque estava de rastos e só era preciso as tropas Americanas marcharem pela capital Iraquiana e deter Saddam Hussein, os Americanos terminaram a guerra e deixaram Saddam no poder.

Anos depois Saddam Hussein voltou em força dizendo que estava disposto a vender petróleo em Euros e não em dólares e assim começou a campanha política e mediática de demonização do fantoche que se cansou de ter uma mão Americana no rabo. Para manterem o dólar como moeda de reserva mundial, os EUA precisam que o petróleo seja negociado em dólares e precisam de impedir que um produtor de petróleo como o Iraque largue o dólar.


(Continua)

Os senhores da guerra (Parte 1)

Podem pensar que crise entre os EUA e o Irão é recente. Que se resume aos últimos 10/20 anos. Outros podem dizer que tudo começou em 1979 durante a revolução iraniana e a crise de reféns, quando um grupo de Iranianos invadiu a Embaixada Americana e manteve os seus funcionários prisioneiros até 1981. Na verdade temos de regressar ainda mais no tempo para perceber o que se passa hoje.

(Os reféns Americanos)
 
Em 1953 os Americanos usando a CIA e com apoio do MI6, foram responsáveis pelo derrube do governo democrático iraniano. Apesar disto ter sido negado por mais de 40 anos, Obama numa declaração durante a sua campanha de charme, no seu primeiro ano de presidência, pediu desculpa pelos actos de 1953 no seu famoso discurso no Egipto. Na verdade a interferência Americana tinha já sido assumida em 1999 pela então Secretaria de Estado Americana mas nunca tinha sido emitido um pedido de desculpas. 

Mas vamos recuar ainda mais no tempo, de forma a melhor perceber este ódio pelo Irão.
Em 1925 a dinastia Qajar no poder no Irão foi derrubada por Reza Khan que se tornou Shah e criou o parlamento Iraniano. Nesta altura foi inicializada a era industrial começando pelas vias de comunicação e sistema educacional nacional mantendo um equilíbrio, controlado, das influencias Russa e Inglesa na politica nacional. O principal aliado do Irão era a Alemanha e por isso em 1941 Rússia e Inglaterra invadiram este pais de forma a usarem as recém criadas vias de comunicação, em particular os caminhos de ferro, nos esforços de guerra contra o regime Nazi. O Shah foi obrigado pelos invasores a abdicar tendo sido substituído pelo seu filho, que permitiu que a forças invasoras tomassem controlo dos recursos naturais do pais, e em 1950 os ingleses controlavam quase todo o petróleo.
 
(O Shah: Mohammad Reza Shah Pahlavi)
 
Em 1951 após o assassinato do Primeiro Ministro Ali Razmara nomeado pelo Shah o Irão teve as primeiras eleições democráticas, ainda não por sufrágio universal mas sim, por voto parlamentar. O vencedor destas eleições foi Mohammad Mosaddeg que se tornou primeiro ministro após ratificação do Shah. Usando da sua enorme popularidade junto do povo, este Primeiro Ministro deu inicio a uma politica pro-Iraniana, passando a usar a riqueza do pais em nome do desenvolvimento da nação. Isto foi feito ao nacionalizar os poços de petróleo expulsando do pais a empresa, de seu nome Anglo-iranian oil company, hoje conhecida como BP, que há 50 anos explorava e furtava do Irão a maioria do petróleo produzido. Os Ingleses deram então inicio a uma serie de bloqueios económicos após perderem todos os direitos sobre o petróleo iraniano junto do tribunal mundial. Tendo tudo falhado, os Ingleses recorreram ao governo Americano para os ajudar. O Presidente Truman na altura recusou ajudar os Ingleses, mas em 1953 o Presidente Eisenhower foi convencido pelos Ingleses de que o primeiro ministro iraniano mantinha o seu poder com o apoio do partido comunista. Isto durante a guerra fria, que como sabem foi a altura em que era moda dizer que os comunistas comiam criancinhas ao pequeno almoço e qualquer politica centrada numa economia interna para desenvolvimento da nação era anti-globalização e portanto comunista e portando comiam bebés.

 (Mohammad Mosaddeg homem do ano 1951)
 
Foi então que os Americanos colocaram a CIA em ação na chamada operação Ajax, nome sugestivo tendo em conta que Ajax foi um guerreiro Grego que se infiltrou em Tróia escondendo-se dentro do cavalo de Tróia. Com o sucesso desta operação, os Americanos pseudo-defensores da democracia internacional, destruíram a democracia iraniana colocando o primeiro ministro na prisão e reforçando os poderes do Shah. Com o apoio Americano a política Iraniana mudou radicalmente com o Shah a tomar controlo da toda a politica nacional. Nos 25 anos que se seguiram ele governou pelo medo com a ajuda da policia secreta chamada Savak criada e treinada pela CIA e Mossad. No Irão deixou de haver oposição política, prisões, assassinatos, tortura de prisioneiros políticos e massacres da população em manifestações encheram jornais por todo o mundo. A gota de água, apesar de ter dado as mulheres o direito de votar, foi a tentativa de afastar o país do Islamismo sendo que 90% da população era Islâmica. Ao mesmo tempo o petróleo voltou para as mãos do Ingleses, com Franceses e Holandeses a terem também uma fatia do bolo. Nesta altura Ayatollah Khomeini era a voz mais crítica a toda a  politica do Shah mas foi preso por 18 meses e após ter sido libertado começou a expor a influencia Americana no regime Iraniano. Por pressão Americanas o Shah expulsou-o do pais tendo ficado em exílio durante 14 anos iniciando uma campanha anti-EUA e anti-Shah. 
 
(Ayatollah Khomeini)
 
Em 1978 deu-se inicio a um processo de mudança. A revolta iraniana também conhecida pela Revolução Islâmica. As consecutivas manifestaçoes levaram o Shah a declarar lei marcial proibindo demonstrações publicas o que gerou um protesto de 2 milhões de pessoas nas ruas da capital e uma greve que parou a economia iraniana. Esta revolta popular culminou com destituição do Shah e sua consequente fuga do pais. Logo de seguida Khomeini regressou ao pais.
A revolta iraniana e o seu sucesso apanhou o mundo de surpresa pois não foi causada por guerras ou crise economica mas sim por vontade popular.





(Continua)