Zeitgeist (parte 3) problemática Venus Project

1- Segundo o desenho inteligente das cidades não há opção de escolha do local onde queremos morar, nem sequer a opção de morar fora de uma cidade. Isto coloca em causa uma liberdade fundamental humana, a liberdade de escolha/vontade. Isto agravado pela não existência de propriedade privada.



3- É preciso trabalho humano na supervisão da central de detecção, recolha e distribuição de recursos que iria depender de trabalho voluntário. Acredito como os autores do filme que haverá sempre quem seja voluntário. Mas... e as supostas bibliotecas de artigos? Aquele local onde vamos buscar o que precisamos? Quem trabalharia lá? Uma máquina programada não conseguiria servir uma pessoa que mesmo sem necessidade justificada sentisse o desejo de usar um artigo. Um computador só consegue seguir um raciocínio lógico e não o iria permitir o uso de recursos com base em emoções ou vontades e por isso seria sempre necessário o factor humano estar presente em todos os processos automatizados.
A necessidade de recursos, por exemplo, com fins artísticos seria impossível de ser analisada por um computador como uma necessidade.

(O sistema informático Venus Project lembra o sistema Skynet do filme Exterminador... e lá está uma pirâmide...)


4- O filme Zeitgeist ou o Venus Project referem que não há trabalho pois tudo estaria automatizado, por outro lado referem que começando hoje, em 10 anos teríamos as cidades do futuro construídas. Como? É a esta pergunta que eles não respondem pois a resposta passa por ter toda a população mundial a trabalhar nesse sentido num mundo pós-sistema monetário. É aqui que reside o problema, pois não acho que seja possível depois do fim do sistema monetário, colocar todas as pessoas do mundo a fazer trabalho físico sem que retirem qualquer tipo de vantagem que não seja o saber que estão a construir um novo mundo.
É claro que haveria milhões de voluntários, mas construir um novo mundo e toda a tecnologia para automatizar o trabalho pressupõe muitos anos de duro trabalho físico e não de alguns milhões mas sim de toda a população mundial.

5- Mesmo após uma década de trabalho físico e termos chegado ao ponto da automatização total, há trabalhos que continuariam a precisar de humanos:
a) Tal como as crianças precisam ser tocadas, os idosos precisam ser acompanhados e existindo ou não dinheiro eles continuariam a ser ignorados e abandonados. Quem trataria deles voluntariamente? Estou certo que haveria voluntários para manter instituições, para passar um bocado com eles. Mas quantos voluntários haveria para garantir as suas necessidades higiénicas? Seriam suficientes? E se não fossem suficientes?

b) O mesmo do ponto anterior, se passaria com as crianças. Sendo a morte algo impossível de evitar haveria sempre órfãos e nem sempre o abandono tem uma relação directa com o dinheiro.

c) Os deficientes iriam sempre existir e nem sempre seriam aceites pelas suas famílias e tal como hoje, nem sempre o factor monetário estaria envolvido.

d) As zonas de lazer, como restaurantes poderiam ser 100% mecanizadas, tal como cinemas. Mas quem faria os filmes? Há quem faça teatro por amor à arte, mas seriam essas pessoas suficientes para servir 7 biliões de pessoas com mais tempo livre, que não sendo todas cientistas ou artistas, teriam mais tempo para se multiplicarem?


6- Não haveria prisões sob o pressuposto de que a violência é um factor social e directamente relacionado com o sistema monetário. Eliminando esse sistema doente deixaria de haver pessoas doentes. Não consigo encontrar qualquer ligação lógica entre o sistema monetário ou estrutura social actual que consiga explicar a pedofilia, violação, violência (incluindo domestica) gratuita.
No documentário é dito que a violência como factor genético é mito, e que são raras as doenças ou mutações genéticas. Dito isto, será também mito a homossexualidade como factor genético e desta forma sem palavras estão a dizer-nos que a homossexualidade é um desvio/factor social, (como a lógica sugere) e no entanto existem homossexuais vindos de todos os escalões sociais, desde famílias severas às famílias com mais amor, desde os mais ricos aos mais pobres. Da mesma forma que continuariam a existir homossexuais independentemente do tipo de sociedade criada, iria existir violência devido à necessidade humana de dominar e/ou de atacar o que não aceitam/compreendem. Nem toda a violência está relacionada com dinheiro, muita dela está relacionada com poder ou o sentimento momentâneo de poder e domínio de um elemento sobre outro, não é factor social nem educacional pois somos animais e em todos os animais existe competição directa por domínio numa comunidade. Como animal existiriam sempre elementos alfa que teriam a necessidade de dominar seja com violência física ou psicológica. Existiria frustração sexual que continuaria a gerar violência, violações e pedófila. Existiria preconceito racial.
Todo o tipo de crimes continuaria a existir, excepto burlas, furtos e crimes ligados ao dinheiro.

7- Mesmo que todos os processos na vida humana e na constituição de uma nova sociedade sejam automatizados, concordo que isso não nos levará a nos tornar-mo-nos apáticos e que continuaremos a estudar, evoluir, inventar com vista ao auto-melhoramento. A ciência tal como a arte irá sempre ser um prazer e não havendo trabalho, a nossa criatividade será desbloqueada e portanto viveremos numa idade de ouro criativa. No entanto viveremos numa dependência total de máquinas que como tal irão impor a lógica às nossas vontades pois não serão nunca capazes de entender a emoção que nos leva a sentir certas necessidades ilógicas. No entanto tal como haverá um aumento de pessoas criativas, haverá um aumento de pessoas destrutivas e nem todas as destrutivas se contentam em ser críticos literários ou de arte.



Estes não são os pontos fulcrais, são meramente exemplos. Uma constante nos sentimentos humanos é a necessidade de liberdade. Qualquer dependência nos faz sentir presos e a resposta humana será sempre a tentativa de nos libertarmos. Nós somos assim nas nossas funções e desejos mais simples, procuramos o amor sabendo que ele em maior ou menor escala nos prende e assim que o encontramos queremos liberdade sem que isso signifique fugir ao objecto amado. É a constante insatisfação humana que nos irá sempre impedir de sermos dependentes do que quer que seja. 

A minha opinião não tem como objectivo derrotar ideias, e nelas incluo o Venus Project, tem sim como objectivo salientar que mostrando o lado bom de uma ideia não faz dela boa e muito menos, perfeita. Espero sim, que este projecto seja o exemplo do qual possam nascer dezenas de novas ideias e projectos onde um deles será não perfeito mas o mais lógico e humano.

24 Comentários:

  The one you know

quarta-feira, fevereiro 02, 2011 1:18:00 da tarde

Viva Nuno

Tenho tal como tu ultimamente e com muita desconfiança, vindo a conhecer o movimento zeitgeist.

Concordo com algumas das tuas afirmações. Já com outras nem tanto, uma vez que me parecem baseadas em opiniões ou em palpites e sedimentadas no desconhecimento do que é o movimento e do que acontece no mesmo.

Não concordo com tudo o que o movimento advoga, mas até aos dias de hoje, parece-me a alternativa mais viavel e tal como tu disseste e muito bem no fim, enquento não aparecer uma alternativa melhorada, esta terá o meu apoio, pois pior do que o que temos agora, é dificil...

O movimento peca quanto a mim no facto de ser demasiado idealista, saltando 1000 passos, e falando no objectivo final sem abordar minimamente o como se chegará lá. O unico plano que existe de momento, é a consciencialização em massa para a realidade que existe agora. Por isso nem gosto de falar muito sobre o projecto venus nem as suas cidades, pois parece-me um tanto ou quanto inutil... existem passos mais importantes de se dar do que estar a discutir se aqueles modelos futuristas de cidade que (infelizmente na minha opinião) têm uma estrategia de marketing bem vincada são ou não viaveis.

Mas para responder ao teu primeiro paragrafo, acontece que no projecto se advoga exactamente o contrario. Podemos morar onde quiseremos. não unicamente dentro da cidade, como tambem podemos escolher a cidade e ou se quisermos viver fora delas. Uma vez que não há propriedade privada, nem temos de estar sempre no mesmo local. podemos viajar pelo mundo de livre vontade, escolher uma casa qualquer que esteja vaga e limitarmo-nos a viver lá... É romantica sem duvida esta perspectiva, e dificil de encarar... Acho que não faz sentido sequer discutirmos se é viavel ou não. Apenas mencionei porque a tua ideia estava errada.

Quanto às bibliotecas de artigos, como lhe chamaste... A ideia não é estar lá um computador a inspeccionar o que tiramos ou deixamos de tirar. Os artigos, simplesmente estariam lá para utilização de quem quiser... O papel dos computadores seria unicamente a reposição de stocks...
Uma especie de supermercado sem caixas e onde não temos de pagar para levar o que quer que fosse.

Haveria abusos? Acho dificil... se tudo está acessivel a todos, de que me serve a mim levar 50 items da mesma coisa, se esta estiver sempre lá disponivel para mim ou qualquer um... seria apenas um peso a mais que levaria comigo. Grande parte das coisas, quando me fartasse delas... devolveria para que outros utilizassem ou punha a reciclar...

Quanto à automatização total do mercado de trabalho, concordo contigo, e vejo com alguma dificuldade isso a acontecer... terão de existir sempre muitas das profissões que temos agora regidas por humanos... Contudo, cerca de 75 por cento das profissões que existem não precisam de humanos para funcionar ou então são motivadas pela existencia de dinheiro...

se não existisse dinheiro, muitas mas muitas profissões deixariam de existir ou não precisariam de tanta gente para funcionar... desde bancos, seguros, advogados, etc... é só pensar...

Mas existem outros sistemas que não o monetário e que não este advogado pelo movimento zeitgeist que melhorariam e muito a coisa... sistemas de creditos, etc... existem muitas paginas na net sobre isso... basta procurar.

O que me agrada acima de tudo no movimento, são as pessoas que o constituem, e não tanto o movimento em si... Muitas das quais já tive oportunidade de privar ou somente trocar ideias. parecem-me pessoas inteligentes, e que se preocupam genuinamente com o bem estar de todos. Baseam geralmente as suas opiniões em dados cientificos e não em crenças... e isso qto a mim, já é positivo. é certo que o movimento assenta em muitas crenças... mas acho que muita coisa ainda pode mudar e como dsseste muita coisa pode surgir. E este é um movimento até ver feito por pessoas... e na sua grande maioria parecem-me pessoas bem intencionadas pois tal como eu, nada têm a ganhar com isto...

O sistema que temos é que simplesmente não é a solução...

abraço

  Bruno Fehr

quarta-feira, fevereiro 02, 2011 3:28:00 da tarde

The one you know:

O que não posso concordar é que após 3000 anos de sistema monetário aceitemos a primeira e única alternativa que na verdade nem o é. O que entendo pelas tuas palavras é que te contentas com um remendo enquanto esperas a alternativa? Mas e se o remendo te inviabilizar alternativas?

Concordo que este sistema é insustentável, mas não concordo em adoptar um novo e desconhecido mundo enquanto se esperar por uma verdadeira solução. Pelo menos este sistema já o conhecemos e sabemos que irá invariavelmente ruir e sabemos até como o fazer.

Quem esperou até agora, espera mais umas décadas. Adoptar um novo sistema como remendo poderá ser o que nos atrasará mais 3000 anos.

"Podemos morar onde quiseremos. não unicamente dentro da cidade, como tambem podemos escolher a cidade e ou se quisermos viver fora delas."

Dentro da cidade há locais específicos de residência. Se ponderam construção fora da cidade, certamente não terá os benefícios da cidade, por exemplo recolha de lixo.

"Os artigos, simplesmente estariam lá para utilização de quem quiser... O papel dos computadores seria unicamente a reposição de stocks..."

Já tentaste encontrar algo no IKEA sem ajuda? Não me parece que seja assim tão simples, pois se vamos construir produtos com a melhor qualidade possível durante mais de 100 anos não haverá a fartura que advogam, haverá de facto limitações devido ao estado actual no planeta.

"Haveria abusos? Acho dificil... se tudo está acessivel a todos, de que me serve a mim levar 50 items da mesma coisa"

Imagina esse sistema instaurado amanha numa sociedade viciada em consumismo.

"O sistema que temos é que simplesmente não é a solução..."

Mas com as falhas do Venus Project, ele também não é solução, de que nos vale sair de uma mau casamento para entrar noutro? Quem esperou 3000 anos não espera mais uma décadas por uma solução em vez de partir com a primeira ideia que aparece? Ainda por cima com algo como o Zeitgeist movement que nasceu já gigantesco e muito bem financiado.

Nunca conseguirei apoiar um remendo como alternativa. Só podes combater um inimigo depois de o conheceres e este inimigo já o conhecemos e podemos até apontar-lhe o dedo. No Venus Project iríamos precisar de um tempo idêntico para identificar o inimigo, consciencializar as pessoas e atacar o problema. No fundo iríamos começar de inicio.

Outra coisa que acho giro nas cidades é a forma com a circular é apresentada, estando rodeada por um fosso e as entradas e saídas idênticas a portões.

  The one you know

quinta-feira, fevereiro 03, 2011 2:33:00 da tarde

Talvez me tenha expresso mal... Para mim não é um remendo! é uma ideia incompleta e com defeitos como outra qualquer. Mas é sem sombra de duvidas aquela que mais se adequa com aquilo que penso que deveria ser a sociedade. É um movimento cuja maioria das ideias vão de encontro às minhas. mesmo aquelas que eu pensava que eram só minhas!

A questão Nuno, é que já não temos decadas para esperar. Este sistema está em declinio evidente e muito provavelmente irá colapsar, com prejuizo de muito boa gente. E creio que deves concordar com esta ideia. Não é uma questão de decadas, mas sim de alguns anos...

"Dentro da cidade há locais específicos de residência. Se ponderam construção fora da cidade, certamente não terá os benefícios da cidade, por exemplo recolha de lixo."

Logicamente... e parece-me que isso ocorre tambem nos dias de hoje...não podes ir viver para um terreno de uma fabrica... ou para um campo agricola... mas podes sempre escolher ir viver para uma casa num monte alentejano, onde certamente não terás comodidades como recolha do lixo...

"já tentaste encontrar algo no IKEA sem ajuda? Não me parece que seja assim tão simples, pois se vamos construir produtos com a melhor qualidade possível durante mais de 100 anos não haverá a fartura que advogam, haverá de facto limitações devido ao estado actual no planeta. "

Baseias esta afirmação em quê? Acho que estás a inverter os factos. o desperdicio existe agora. porque as coisas são construidas com vista a reduzir os custos de produção e a garantir que o consumo ciclico se mantenha. Basta pensar numa loja do chines... a quantidade de desperdicio que existe... a fragilidade dos produtos... etc... A questão não é construir produtos durante 100 anos, mas sim construir produtos que durem mais de 100 anos...

A verdade é que existem recursos mais do que suficientes para todos... mas não neste sistema onde uma pequena percentagem da população detem quase toda a riqueza mundial.

"Imagina esse sistema instaurado amanha numa sociedade viciada em consumismo."

Não será amanhã, nem perto disso. alem do mais sou da opinião que a mudança tem de partir de cada um. O consumismo é uma herança cultural e por isso mesmo é dificil de alterar, mas não é impossivel.

"Nunca conseguirei apoiar um remendo como alternativa. Só podes combater um inimigo depois de o conheceres e este inimigo já o conhecemos e podemos até apontar-lhe o dedo. No Venus Project iríamos precisar de um tempo idêntico para identificar o inimigo, consciencializar as pessoas e atacar o problema. No fundo iríamos começar de inicio."

Não existem inimigos... Existem sim problemas. E esses têm de ser resolvidos pela base e não a remediar como faz a nossa sociedade actual.


abraço

  lunatiK

quinta-feira, fevereiro 03, 2011 8:55:00 da tarde

Viva Bruno

"Outra coisa que acho giro nas cidades é a forma com a circular é apresentada, estando rodeada por um fosso e as entradas e saídas idênticas a portões."

Afinal se calhar não teríamos assim tanta liberdade... de certeza que há algo que não estão a contar.

Quanto á propriedade, sabes que acho até que com esta crise conseguiram apoderar-se de bastante propriedade privada, hipotecas, etc. E ainda não vão ficar por aqui de certeza.

Cumps.

  Bruno Fehr

sexta-feira, fevereiro 04, 2011 12:37:00 da manhã

The one you know:

"A questão Nuno, é que já não temos decadas para esperar. Este sistema está em declinio evidente e muito provavelmente irá colapsar, com prejuizo de muito boa gente. E creio que deves concordar com esta ideia. Não é uma questão de decadas, mas sim de alguns anos..."

O sistema não irá ruir dentro de alguns anos, poderá ser derrubado mas não irá ruir e posso explicar como este sistema será arrastado por décadas onde pelo menos até 2030 não haverá grandes problemas em controlar o povo.
Estamos neste momento a atravessar uma crise que não reflecte o declínio do poder monetário, mas sim uma crise criada, tal como o dinheiro, do nada. Esta crise serve para solidificar poderes, passar leis e pilhar a população de riqueza. Durante 2012 veremos os bancos que estão a comprar todo o ouro (Alemães, Suíços e Chineses), a vender (pois não é neste momento o que mais potencial de valorização tem, é sim a prata 999), essas vendas irão baixar o valor do ouro e desta forma pilhar mais um pouco o povo. Ao mesmo tempo o banco central Europeu e outros irão voltar a imprimir dinheiro injectando-o no mercado e isto irá gerar uma artificial mas convincente recuperação económica.

Depois desta recuperação haverá nova queda e nova recuperação e isto acontecerá até 2030 onde aparecerá um problema real.

Em 2030 os países ricos como a Alemanha terão 1/5 da mão de obra qualificada que possuem hoje e terão quase 3 centenas de milhares de vagas abertas em áreas chave, como: novas tecnologias e engenharias, sem pessoal para as preencher.

Em 2050 a maioria da população Europeia será muçulmana onde certamente a maioria dessa não será qualificada. Nesta altura a economia entrará em colapso real e irreversível não por falha do sistema monetário só por si mas de tudo a ele ligado.

Até haver falha a nível social o sistema económico pode ser mantido artificialmente.

Reparaste naquela analogia de duas empresas trocarem guardanapos com 20 milhões de dólares lá escritos? Essa é a mais pura das verdades, todos os dias vejo guardanapos desses e até já escrevi valores em alguns deles. A maior economia da Europa (Alemã) é assim sustentada. Uma economia fortíssima e em crescimento toda ela assente em guardanapos de dinheiro que não existe.

"A questão não é construir produtos durante 100 anos, mas sim construir produtos que durem mais de 100 anos..."

Não foi isso que disse. O que disse é que durante 100 os próximos 100 anos o planeta não terá abundância para construir produtos duráveis, como alegam no filme. Imagina 7 biliões de pessoas a trocar de um dia para o outro mobílias descartáveis IKEA por mobílias de madeira real...

A abundância existiria talvez um século depois de instaurarmos o Venus Project. Há água a limpar, terrenos inférteis a recuperar e milhões de hectares de floresta a plantar entre outros.

Dizer que haveria fartura de um dia para o outro, como o filme deixa entender, é pura ilusão.


"Não será amanhã, nem perto disso. alem do mais sou da opinião que a mudança tem de partir de cada um."

Mas eu estou a falar do filme, onde hoje se derruba o sistema monetário e amanha está tudo bem. Não, amanha haverá motins, crimes, fomes por a revolução ter sido baseado no hoje. Além disso nem sequer foi calculada a pilhagem de recursos para mudar a face do planeta em 10 anos. 10 anos a reconstruir tudo com um planeta pilhado como temos, é impraticável.

"Não existem inimigos..."

Discordo. A politica é a inimiga, todos os que nos querem dominar e manipular são inimigos e precisam ser vistos como tal.

  Bruno Fehr

sexta-feira, fevereiro 04, 2011 12:37:00 da manhã

lunatiK:

Mesmo hoje a noção de propriedade privada é ilusão, pois que precisarem de um terreno teu, ficam com ele e pronto.
No entanto o ser humano sempre teve propriedade, desde os tempos mais remotos. Até os animais deixam o seu odor para marcar o seu território. O ser humano sem propriedade seria levado a toma-la e voltaríamos ao zero com a imposição de novos riscos no chão chamados de fronteiras.

  Streetwarrior

sexta-feira, fevereiro 04, 2011 1:27:00 da manhã

Bem Bruno, eu percebo perfeitamente o pensamento do " The one that..." e concordo com ele em alguns pontos de vista.
Apesar de teres muita razão na tua analise, os pontos que mencionas nem constituem qualquer barreira perante a evolução pretendida no VP( Venus project)

E penso que vocês os 2 estão um pouco a passar ao lado do que o projecto pretende.
Eles pretendem economias sustentáveis,logo, esses exemplos de matérias como madeira e outros não podem fazer parte desse projecto,pois são finitos e logo insustentáveis do ponto de vista de fabrico em larga escala.
Eu penso que o conceito por detrás do VP é uma boa ideia, é claro que iríamos todos ter que nos adaptar e reprogramar acerca de conceitos que neste momento não são adoptados...isso não é possível num piscar de olhos, são muitos milhares de anos de evolução e pré-programação do cérebro.
Quem disse que o que actualmente é feito de madeira,tal como mobília, não pode ser feito de outra matéria prima que seja auto-sustentável?...È tudo uma questão de inovação e de novas concepções de modernidade.

Eu penso que os grandes problemas não virão dai mas sim, logo que a propriedade privada seja abolida, isso irá abrir caminho para que muitos de nós,pretendamos o mesmo que outros,logo, alguém irá ter que estabelecer ordem e alguém terá que organizar essa ordem de direitos a...e isso abrirá sim, situações de competição onde os mesmos problemas actuais surgirão,pois embora o $$ desapareça, a ambição e o o gene de liderança não.

Hoje ao ir brincar com 1 dos meus filhos para o parque, reparei que num ambiente onde quase todos tinham a mesma idade e sem se conhecerem, ao fim de 5 minutos houve logo 3 deles que se tentaram sobrepor no grupo para escolher a brincadeira e como iria ser " brincada ", portanto esta questão é algo que nada tem a ver com o $$ mas sim, com a natural lei do universo onde a ordem social das coisas é naturalmente estabelecida.
É claro que no VP, toda uma aristocracia e elite, iria ter o natural desejo de liderar as massas nem que fosse por sistemas que se criam automaticamente e que são naturais em nós como espécie.
Na pré-história como nos ensinaram, o sistema monetário não tinha sido criado e não havia noções de propriedade privada e ambas as tribos lutavam pelos melhores territórios.
Neste projecto haverá sempre locais de eleição, melhores que outros e só isso abre caminho á competição para não falar em situações impossíveis de serem feitas por maquinas...alguém teria que as fazer.

A ideia tem muitas coisas boas, a sua prática é quase impossível.

  Bruno Fehr

sexta-feira, fevereiro 04, 2011 1:49:00 da manhã

Streetwarrior:

"Eles pretendem economias sustentáveis,logo, esses exemplos de matérias como madeira e outros não podem fazer parte desse projecto,pois são finitos e logo insustentáveis do ponto de vista de fabrico em larga escala."

Eles consideram o petróleo finito, pois não o podemos repor. A madeira pode ser reposta e eles falam em utilização tendo em conta a sua reposição.
Se podes repor, não é finito mas também não haverá abundância.

É um pouco como dizer que a energia solar é inesgotável só porque não a conseguimos gastar toda, no entanto o sol é esgotável e portanto essa energia esgotar-se-ia com ele.

"Quem disse que o que actualmente é feito de madeira,tal como mobília, não pode ser feito de outra matéria prima que seja auto-sustentável?...È tudo uma questão de inovação e de novas concepções de modernidade."

Claro que pode. Eles dão o exemplo do RepRap que é uma excelente invenção se ignorarmos o facto que faz tudo em plástico.

Mas como poderemos ponderar mudar o sistema quando não há sistema para mudar? Existe um apelo explicito à revolução contra o sistema monetário, sem haver a mínima ideia de como fazer, organizar a transição. Eles possuem uma ideia que representa uma lacuna de décadas desde a revolução até ao Venus Project. Este projecto nem sequer aborda essa lacuna temporal que na minha opinião será uma idade média que poderemos arrastar indefinidamente.

"Na pré-história como nos ensinaram, o sistema monetário não tinha sido criado e não havia noções de propriedade privada e ambas as tribos lutavam pelos melhores territórios."

Ora aí está. Substituo o termo que usei no parágrafo anterior: "idade média" para "pré-história".

  lunatiK

domingo, fevereiro 06, 2011 11:40:00 da manhã

Será que vamos viver a "pré-história" de uma nova civilização?
Será que vai haver um corte radical ao que nos habitámos, ou que a "evolução" vai ser gradual, demorando assim muitos anos?
Cumps.

  Diesel

domingo, fevereiro 06, 2011 6:01:00 da tarde

Aposto que pertences à Maçonaria e tentas desviar as atenções com estes textos. Isto por que há um plano C e tu, dando informações acerca deste plano B, não tocas no plano C, o designado Final Plan - Massive Attack. Caso contrário, este blog já não existiria. Como sei que não vais colocar este comentário porque te descobri a careca, só peço a Deus que não enganes mais gente. Adios, Illuminati!

  mike shinoda

segunda-feira, fevereiro 07, 2011 5:24:00 da tarde

Bruno,

Este Venus Project embora teoricamente confortável para as mentes mais ingénuas, está carregado efectivamente de incongruências e tem pilares muito pouco sólidos. Alheio ao sistema em si, temos o próprio ser humano que ainda está demasiado longe, intelectual e psicologicamente, daquilo que é necessário para que uma sociedade deste tipo pudesse funcionar.

Já agora, tens lido coisas novas sobre o Amero, a queda do Dólar, etc?
Ou agora teremos a queda do EURO?

  Bruno Fehr

segunda-feira, fevereiro 07, 2011 5:45:00 da tarde

lunatiK:

"Será que vamos viver a "pré-história" de uma nova civilização?"

Tendo em conta que a previsão é uma mudança de sistema após colapso ou por revolução, sim haverá uma pré-história.

"Será que vai haver um corte radical ao que nos habitámos, ou que a "evolução" vai ser gradual, demorando assim muitos anos?"

Terá de ser um processo lento, as pessoas estão habituadas a trabalhar em troca de algo e sem haver algo a receber irá demorar imenso até que percebam que precisam trabalhar.

  Bruno Fehr

segunda-feira, fevereiro 07, 2011 5:45:00 da tarde

Diesel:

Claro que publico o teu comentário, foi o que mais me fez rir desde há muito, muito tempo. gostei tanto que lhe irei dedicar um texto onde até irei convidar alguém para escrever esse texto :)

  Bruno Fehr

segunda-feira, fevereiro 07, 2011 5:45:00 da tarde

mike shinoda:

"Já agora, tens lido coisas novas sobre o Amero, a queda do Dólar, etc?"

Já li há muito tempo e escrevi sobre isso na altura. O Amero foi um projecto privado que teve a oportunidade de ser implementado e não foi. Nesta altura a oportunidade passou e o dólar terá de se manter imprimindo dinheiro sem limites. Na verdade nada impede os EUA de continuarem a imprimir dinheiro mantendo o valor irreal do dólar que agora não deverá passar de 1/10 do valor a que está falsamente cotado.

Outro projecto privado é o da moeda mundial que o Presidente Russo mostrou na TV, mas neste momento é impraticável.

O Euro não irá ruir pois não estamos a imprimir dinheiro como os americanos Nós estamos a fazer o oposto, ao não imprimir mais dinheiro estamos a acentuar a crise em muitos países mas pelo menos isso não irá destruir o poder do Euro.

As únicas moedas que vale a pena ter em mão é o Euro e o Franco Suíço, tudo o resto está a ser contado artificialmente. Mas o melhor mesmo é ter na mão esse dinheiro em ouro 999 ou prata 999 (prefiro prata pois é um investimento bem mais seguro).

  Diesel

segunda-feira, fevereiro 07, 2011 6:12:00 da tarde

Pois claro que escreve, dado que é produto dos conspiradores maçónicos. Eu sei por que motivo este blog não vai para o lixo. Você pertence a essa máfia anglo-saxónica. Deus queira que seja apanhado pela seita Magdine, os designados Anti-Maçonaria (como deve saber, devido aos ataques que o seu grupo fez). Espero que seja expulso da comunidade Blogger, só que é impossível, já que esses sujeitos também pertencem à Maçonaria tal como o Assange. Espero que arda no Inferno, apesar do Diabo pertencer à Maçonaria!

  Bruno Fehr

segunda-feira, fevereiro 07, 2011 6:30:00 da tarde

Diesel:

Seita Magdine? Lol, foram eles que atacaram e apagaram o meu blogue em 2008, 2009 e atacaram novamente em 2010?
Terão eles alguma coisa a ver com isto: http://www.google.com/support/forum/p/blogger/thread?tid=6109fcba76ae42f4&hl=pt-BR

"Espero que arda no Inferno, apesar do Diabo pertencer à Maçonaria!"

É para o inferno que irei com toda a certeza, mas irei na devida altura. Para que saiba, este blogue pode ser atacado mas nunca cairá, pois a cada ataque em coloco em minutos todos os textos online em quantas plataformas forem precisas.

Quanto a você... bem, nem há palavras :) ahahahaha

  Diesel

segunda-feira, fevereiro 07, 2011 6:47:00 da tarde

Ria-se, mas vamos destruir toda essa máfia, bem como o Papa Ratzinger. Este blog terá o seu fim, porque as pessoas vão abrir os olhos e não dar sugestões a pessoas como você... já ouviu falar no Reth Over Project dos irmãos Schneider? Pois, pois... claro que já! A Maçonaria tentou aniquilar estes cérebros! Pena que não conseguiram, pois eles aliaram-se à Seita Magdine e ainda bem. Eles estão a desenvolver esse mesmo projecto para mostrar ao mundo toda a verdade. E como consequência, blogs maçónicos como este terão o seu fim! Não publique... pois o Reth Over vai destruir-lhe este prazer de enganar burritos!

  Bruno Fehr

segunda-feira, fevereiro 07, 2011 9:55:00 da tarde

Diesel:

Rio, rio, rio, rio p'ra não chorar, lalala la lala.

Então vai lá. Vai e vem que me agarras aqui.

  Diesel

segunda-feira, fevereiro 07, 2011 10:55:00 da tarde

Pode dar-se muito mal! Isto porque a Seita Magdine está a preparar um ataque massivo a blogs maçónicos. Espero que tenha medo... Deus queira que apague este blog a bem, pois irá acabar de forma trágica caso não o faça!

  Bruno Fehr

terça-feira, fevereiro 08, 2011 1:02:00 da manhã

Diesel:

Que venha essa seita. Este blog não cai, já sofreu imensos ataques e ainda aqui está. Quando cai só preciso de 5 minutos para colocar todos os textos online novamente.

Se se trata de uma seita, então estamos mal pois não curto seitas e se for uma seita de malta que saiba ler, eles vão manter-se muito afastados deste blogue. Sim, pois você não sabe ler!

Mas já estou cansado de o ler. Masturbe-se um pouco, relaxe e saia da caixa de comentários. Espero que saia a bem :)

  Diesel

terça-feira, fevereiro 08, 2011 1:11:00 da manhã

Não se estava a rir!? Agora está cansado!?

A Seita Magdine vai-lhe tratar da saúdinha. Tenha cuidado, não saia de casa nem para passear o cão, porque os nossos colaboradores de Castelo Branco vão lhe perfurar as amígdalas e os fémures.

Ah... e eu sei ler, sim senhora! Li os seus textos maçónico-líricos e bocejei. Isto porque são falsos e contraditórios, pois você pertence à Maçonaria como descobri. E sei ler porque li os livros do Tom & Jerry quando era criança. Já você deve-se ficar pela Pocahontas ou aquele livro da Rowling.

Quanto a masturbações... oh meu caro amigo! Acabei de bater uma pela Lady Gaga e pela Kesha também. 3 vezes à hora e é bom para a próstata... ou será que a Maçonaria também vai-me controlar a "tomataje"!?

Coma pipoquinhas e veja um filme, porque a Seita Magdine preparar-lhe-á uma surpresa.

(Sei que não vai publicar isto, mas lerá e ficará cheio de medo!)

  Bruno Fehr

terça-feira, fevereiro 08, 2011 1:33:00 da manhã

Diesel:

A seita é tuga? Medo, muito, muito medo ainda por cima de Castelo Branco, mais medo.

A seita que venha que cá me agarra!

Como não saiu a bem, sai a mal :)

Bye bye nutcase!

  Anónimo

terça-feira, fevereiro 08, 2011 8:10:00 da tarde

parece que estou a reler a agenda 21 das nações unidas. começando pelo fim não creio que seja possível a visão deste senhor, embora numa qualquer utopia conseguisse idealizar assim o mundo.
A primeira parte do doc. acho que está esplêndida, tudo para todos aboliria grande parte daquilo que está mal no mundo, isso é um facto.

  Anónimo

sexta-feira, abril 01, 2011 12:12:00 da manhã

Apesar das críticas que são apresentadas ao modelo de sociedade do Projecto Vénus, a alternativa presente é sempre bem pior que o cenário proposto.

Haverá sempre falhas, a grande e maior delas são os "defeitos" da natureza humana.