A crise no horizonte 2

Pegando onde parei no último texto dizendo: Que Portugal vai enfrentar uma crise enorme com uma subida acentuada do desemprego, isso é mais do que claro e na verdade a culpa não é do IVA 23% mas sim da corrupção se esconde neste aumento. Passo a explicar:

O IVA a 23% irá afastar ainda mais empresas de Portugal e será o factor principal para agravar a o desemprego e acentuar a crise. Isto vem na sequência de todo o pânico causado quando a Islândia e a Grécia faliram em que se falava da possível falência de Portugal e Espanha. Esta conversa de falência só existia em Portugal pois analistas Suíços colocavam a Espanha e Irlanda em risco de falência mas não Portugal. No entanto toda esta conversa e estas medidas parecem estar a ser tomadas para que o país entre realmente em ruptura. E claro, pouco ou nada se fala em Portugal sobre a Islândia após o novo governo Islandês ter provado que a falência foi propositada quando o antigo governo cedeu à chantagem de bancos internacionais, em particular do grupo Rothschild: JP Morgan Chase e Banco de Inglaterra.

Não interessa dizer ao povo que há razões para que governos deixem e até contribuam para a falência de um país. Não esqueçam a única frase verdadeira que Sócrates disse, que foi, parafraseando, "Queremos um país mais pobre", que depois passou por gafe, nunca tendo ele dito uma verdade tão grande.

Como se coloca Portugal em risco de falência não estando ele em risco? É simples, aumenta-se o IVA à toa. Como é que isto funciona? Ora, se o governo português desce os impostos que as empresas pagam como por exemplo à segurança social com a desculpa de quererem atrair mais empresas e compensam essa descida com um aumento do IVA, a economia é enfraquecida por o dinheiro em Portugal desvalorizar com o aumento de TUDO excepto ordenados. Descer esses impostos reduz os custos das empresas exportadoras que não pagam IVA e assim exportar é mais barato. Mas por outro lado, as importações pagam IVA e por isso fica mais caro importar. No final teremos produtos nacionais mais caros devido ao aumento do IVA, preço esse que deveria ser compensado pelo menor custo de produção devido à redução de impostos das empresas. Os produtos nacionais deveriam ter ficado ao mesmo preço com o IVA a 23% . Ficaram? Não! Quando os supermercados e lojas os vendem não ligam ao facto de os estarem a comprar mais baratos, continuam a ter em conta os preços a que os vendiam antes do aumento do IVA e adicionam o actual valor de IVA. No final o que está mais barato na produção nacional e ao mesmo preço quando chega às lojas fica mais caro para o consumidor.

Esta seria uma excelente medida num país que exportasse mais do que importasse mas não é o caso Português que tem uma divida externa descontrolada e que importa até fruta, peixe, leite, carnes, etc dando subsídios aos produtores para não ultrapassarem certas quotas... Não podemos ser auto-suficientes em nada do que poderíamos ser, pois isso não interessa aos interesses governamentais em empresas privadas.

 (Fonte: Bloomberg)

Pior do que a actual situação só mesmo se a taxa de juros da nossa dívida externa aumentasse. E não é que aumentou mesmo? Que sequência fantástica de coincidências... Hoje dia 4 de Novembro os juros da dívida publica conseguiram bater o incrível recorde do passado dia 28 de Setembro, quando atingiu uns loucos 6,51%. E se essa era uma taxa insana, o que podemos dizer do novo recorde batido hoje? Estamos neste momento com juros a 6,57%. 6% pode não parecer muito, mas é imenso pois são 6% de 344 mil milhões de Euros. Portugal não está só no top 5 das melhores selecções de futebol da Europa, está também no top 5 numa relação entre dívida externa e PIB, em esta dívida representa já 225% deste.

Tendo em conta que a maior parte da dívida é dos bancos, seguros e empresa privadas, podem contar com aumentos de taxas bancárias, prémios de seguro, telefones, etc, etc, etc, aumentos que serão adicionados ao aumento do IVA. Pois mesmo que a maior parte da dívida "publica" seja privada, quem irá pagar é o cidadão, pois paga a sua e paga a dívida dos outros através de aumentos.

Com tudo isto, podemos finalmente acreditar que Portugal irá falir. Em Janeiro de 2010 não estávamos em risco, algo sublinhado por analistas internacionais, mas em 10 meses o governo Português conseguiu falir Portugal e é esperado que durante 2011 Portugal entre em falência e tenha receber fundos de emergência:



O mais verdadeiro de todos é o senhor asiático que diz: "Portugal não tem crescimento há anos e é mais rápido a aumentar impostos do que a reduzir a despesa pública". É tipicamente tuga, continuar a gastar muito em merdas que não interessam a ninguém e aumentar os impostos de maneira a continuarem a gastar sem controlo: Carros novos, aumentos para deputados, TGV, Aeroporto novo, Remodelação do velho, vender comboios à América do sul por 30 milhões e alugar comboios Espanhóis por 32 milhões, etc, etc, etc.

6 Comentários:

  jonas

quinta-feira, novembro 04, 2010 11:40:00 da tarde

Entretanto alguem lucra imenso com os juros altíssimos... ja viste o documentario esoteric agenda? http://www.youtube.com/watch?v=FJiCU6Jw0Co
fala de muitas coisas que tu falas aqui no teu blog, o que é que tu achas da agenda 21 e do codex alimentarius?

  Eleutério Cabral de Ó

sexta-feira, novembro 05, 2010 10:49:00 da tarde

Também, como se quer revitalizar a economia de um pais, que se baseia no consumo, castrando precisamente o poder de compra do povo que a sustenta? Parece-me que o país está a ser saqueado como nunca... Apenas os grandes grupos económicos ficam a ganhar, pois quando a crise for levantada (e será, pois apenas a guerra pretende ser eterna), o seu poder estará ainda mais consolidado, e as leis laborais e constituições ajustadas a "tempos difíceis" permanecerão inalteradas.

Neste momento, o futuro de Portugal parece ser o das "energias renováveis", turismo e algumas áreas de investigação científica. Na Federação Europeia cada país cumpre uma função, ou seja, fornece tais serviços ou bens. Não pode haver autonomia... Apenas o todo é autónomo.

  pocahontas

domingo, novembro 07, 2010 3:21:00 da manhã

"A crise é uma oportunidade para implementar 1 Moeda Mundial e 1 Banco Central Mundial"
Dominique Strauss-Kahn, director general do FMI

É só mais uma manobra para impor 1 Nova Ordem Mundial, para não falar de 1 só Religião Mundial.

Isto vai deixar de estar tão "grey".
Pois há um facto que não nos podemos esquecer...é que a luz vence sempre na escuridão e a escuridão simplesmente não se manifesta na luz.

  pocahontas

domingo, novembro 07, 2010 3:29:00 da manhã

Acho que o link directo para os Bastidores da Música não está disponível, consegues disponibilizar novamente? Obrigado!

  I.D.Pena

segunda-feira, novembro 08, 2010 11:40:00 da tarde

enfim vai ser como domesticar peixes para não respirarem dentro de água.
Só espero é que o povo acorde e deixe de ser tão manso com estes parolos vendidos engravatados que nos governam à demasiado tempo.
mas nem isso aposto k vão continuar a balir até morrer antes de se lembrarem o k realmente são

  Eleutério Cabral de Ó

sábado, novembro 27, 2010 3:15:00 da tarde

"Aprovado o Orçamento de austeridade, o Governo vai pôr em prática a segunda fase do plano anticrise.
(...)
A primeira reunião deverá ter lugar já na quarta-feira e sentará à mesma mesa os responsáveis das dez maiores empresas exportadoras e o primeiro-ministro. O Governo reconhece que o apertar do cinto vai travar a procura no mercado interno e conta com as exportações para evitar a recessão."

http://dn.sapo.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1721702

De louvar neste aritgo, é seu o tom crítico e imparcial...