Para além da minha dor encontrando o Paraíso.
Corro para além da montanha, para além do horizonte,
Para além da memória onde nada me amedronte.
Voo sobre a floresta vencida, sobre a cidade ardente,
Sobre a água adormecida, sobre o deserto indiferente.
Navego por um lago selvagem, por um oceano esquecido,
Por um rio quebrado num sentimento adormecido.
Lutando contra razão desafiando o destino.
Como arma o coração enfrentando o divino,
E vencida a coorte sem que isso me conforte
Pinto o mundo em tons de morte colorido à minha sorte.
Descansando somente junto a meu túmulo de amor
Somando letras em langor num enigma sem valor.
E choro em murmúrio, por tudo aquilo que não vivi
Sentindo um vazio na alma que era ocupado por ti.
Recordo histórias esquecidas que só nós as sabemos,
Choro em frases sentidas tudo aquilo que perdemos.
E tocando a pedra fria que me separa da felicidade
Verto a agonia para um cálice de saudade
E bebo um trago de vida
Com sabor a despedida.
5 Comentários:
quinta-feira, janeiro 07, 2010 1:28:00 da manhã
Excelente.
quinta-feira, janeiro 07, 2010 10:44:00 da manhã
Gostei muito.
Cumps.
quinta-feira, janeiro 07, 2010 10:46:00 da manhã
Uau.
Adorei, impressionante que não perdes a capacidade de surpreender .
:)
quinta-feira, janeiro 07, 2010 12:08:00 da tarde
Poema sentido.
Beijo.
segunda-feira, janeiro 11, 2010 4:26:00 da tarde
Acompanho sempre as tuas palavras tão lógicas e não pude deixar de me surpreender com a força dos sentimentos expressados aqui. Parabéns!Porque além de um ótimo observador da realidade que te cerca, não deixas de ser um homem cheio de sentimentos.
Um abraço
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