Nuno Markl, Nuno Lopes e o chato

Nuno Markl é um nome já conhecido por todos. Ganhou protagonismo na rádio com o seu programa O Homem que mordeu o cão, que deu origem a dois (ou mais, mas só conheço dois), livros. Eu tenho esses dois livros e gostei do primeiro proporcionalmente ao que desgostei do segundo, no entanto numa análise geral acho que tem desenvolvido um bom trabalho e fez por merecer o protagonismo de que goza actualmente.

Dito isto, para que não se pense que estou a falar mal do rapaz. Há algo que não percebo que é a personagem por ele criada, O Chato. Ora bem, O Chato é uma criação de Nuno Markl tornada conhecida do grande público no programa humorístico Os Contemporâneos. Como eu não percebo qual o objectivo e qual a piada desta personagem, uso da limitada visibilidade deste meu blogue para tentar obter uma resposta.


O Chato, criado por Nuno Markl era unicamente um chato, mas Nuno Lopes, o actor que representa a personagem, achou que ficaria mais convincente fazer dele um deficiente, pois era a única maneira das pessoas não lhe darem um murro. Mas em que mundo é que este gajo vive, que acha que se pode dar murros a chatos, excepto se eles forem deficientes?
O chato, como um portador de uma deficiência não deverá trabalhar, e se não trabalha vive de apoio social, e por não ter nada que fazer todo o dia anda pelas ruas a chatear as pessoas mandando-as trabalhar. OK, consigo ver a nuance irónica de alguém que não trabalha mandar os outros trabalhar, é giro. O que me preocupa é do real motivo pelo qual os Portugueses riem. Será que todos entendem a ironia de alguém não trabalhar mandar os outros trabalhar? Ou será que o facto deste personagem sofrer de uma deficiência causa de alguma forma o riso?

Pessoalmente e talvez por ter alguma dificuldade em rir com os actuais programas humorísticos em Portugal, e achar que os Monty Pithon são o supra sumo tanto do humor non-sense bem como do humor inteligente, não consigo rir com O Chato, e o que me faz não rir é exactamente a deficiência com que esta personagem foi caracterizada. Da mesma maneira que não consigo rir com humor em que gozam com gagos e muito menos com os que o Bruno Nogueira faz com pessoas humildes, sem estudos em que lhes faz perguntas de forma a eles usarem do seu vocabulário e conhecimentos limitados.
Eu não acho que o humor tenha limites, acho que podemos fazer humor com todos os assuntos desde a queda das torres gémeas, ao 25 de Abril, passando por todo e qualquer assunto que possamos imaginar, pois o humor é libertador e afasta os medos.

Não percebo O Chato, mas gostava de perceber. Será que em vez de ser um deficiente, se fosse um toxicodependente teria menos piada? Na minha opinião faria toda a diferença, pois um deficiente regra geral nasce assim e um toxicodependente torna-se. Não vejo onde é que isso poderia afectar a qualidade (ou falta dela), dos textos. É que se deixasse de ter piada a resposta seria na verdade o que imagino, que os Portugueses acham piada ao ver alguém que nasceu com a infelicidade de uma deficiência.

Acho isso mais do que grave, triste.

28 Comentários:

  Mel

quinta-feira, junho 11, 2009 12:23:00 da manhã

Não creio que o objectivo seja esse, mas também não te consigo dar uma resposta concreta.
Acho que o "Chato" é uma mistura de várias personagens do quotidiano e não se centra numa só, neste caso, num deficiente.

  Bruno Fehr

quinta-feira, junho 11, 2009 12:40:00 da manhã

Mel:

"Acho que o "Chato" é uma mistura de várias personagens do quotidiano e não se centra numa só, neste caso, num deficiente."

Segundo o actor: "A personagem do chato não foi criada para ser deficiente, foi uma invenção minha. Ao interpretar os Sketches, cheguei à conclusão de que, se ele fosse uma pessoa normal, não seria credível o facto de a deixarem falar sem ninguém lhe dar um murro. Esta falta de reacção só se explicaria se ele fosse maluco - porque ele é mais maluco do que propriamente deficiente"

Pelos vistos a intenção é ser mesmo deficiente e maluco, o que me parece saído de uma mentalidade primitiva. No Séc passado é que se viam os deficientes como malucos, mas parece que este século ainda há quem ache piada a algo tão primitivo.

Eu acho que as razoes da personagem ser assim, retiram qualquer possibilidade de ser engraçada.

  Miss Me

quinta-feira, junho 11, 2009 1:13:00 da manhã

Pensemos no Chato como o famoso emplastro que acompanha o FCP...
Indo além do politicamente correcto, o português, quiçá não apenas o português, tem tendência para rir da parvoíce, da estupidez, e infelizmente, é esse o paralelo feito com a deficiência. Não é maldade ou pequenez de espírito, é assim. Exige demasiado esforço cognitivo compreender a ligação do estereótipo ao humor estupidificante. Não é humor inteligente, é rir. São coisas diferentes. E rir da desgraça alheia é tão inato que até as crianças o fazem, quando não compreendem a reciprocidade da desgraça...
Por isso a tua pergunta é de um nível diferente, pelo que só consigo responder descendo a este nível de elementaridade.

  Fada

quinta-feira, junho 11, 2009 1:19:00 da manhã

Confesso que só vi alguns sketches d'Os Contemporâneos, não acho assim "tããããooo" cómicos quanto isso.

Já convivi, durante muitos anos, com pessoas deficientes, e mesmo rindo com algumas situações e caracterizações, ou anedotas, não ficando "ofendida" com tal, não revejo essa personagem do Chato em nenhum dos que conheci pessoalmente (e foram muitos, dei aulas a 2 turmas e a minha mãe esteve mais de 20 anos a dar aulas a miúdos com imensos tipos de deficiências).

Sim, é triste se as pessoas só vêm humor na caracterização da personagem, e não nos textos propriamente ditos.

Assim como o gozo com a simplicidade das pessoas, como no caso do Bruno Nogueira que referes.

Podemos rir de tudo, sim, e nós, portugueses, temos uma facilidade incrível de o fazer. Mas a personagem teria piada uma vez ou duas, a partir daí... népias.

Enfim. Mais um texto em que concordo contigo, só para chatear... :p

Beijitos

  acatar

quinta-feira, junho 11, 2009 2:44:00 da manhã

concordo

a ideia até pode não ser má, mas arranjar um chato para o fazer foi a solução mais fácil e institucional.

ao contrário do Jel, por exemplo, em que há situações em que uma pessoa fica constrangida de ver aquilo.

O chato vÊ-se bem pq tudo se perdoa aos deficientes.

enfim...

  iTec(A)

quinta-feira, junho 11, 2009 4:14:00 da manhã

acho que o chato é uma mistura emplastro com sabedoria saloia...não sei porquê conseguia visualiza-lo na aldeiola, acho que se ia enquadrar lindamente.
(atençao que isto não e nenhum ataque ao pessoal de aldeias porque eu venho de uma que curto milhões!)


E mesmo os "deficientes", pelo menos alguns, conseguem inserir se na sociedade e tornarem-se mais produtivos que muitos NORMAIS... não acho que estejam a gozar com as pessoas que têm deficiencias, mas com aquelas que nao as têm, mas que se comportam como tal...

de qualquer forma não acho piada ai programa em si...por nenhuma razão em particular, mas porque simplesmente não consigo, sou mais "Gatos F.".
E os Monty Python são um caso á parte acho que não há quem se equipare a eles.

  papoila

quinta-feira, junho 11, 2009 5:10:00 da manhã

Olá Bruninho nós também não percebemos bem estes programas da piadinha porque gostamos mais dos da kuekinha.
tudo isto já mete nojo primeiro os gato e depois estes já nada dá vontade de rir...
Preferimos de longe o teu blog.
beijinho bruno

  Tite

quinta-feira, junho 11, 2009 7:31:00 da tarde

Bruno,

Estou contigo e não abro.
Concordo com o teu post na íntegra.
Que faz o Nuno Markl tornar-se tão chato criando um personagem assim tãããããão chato????

Só se for para chamar a atenção pelo enjoo. Se assim for conseguiu.

  Catsone

quinta-feira, junho 11, 2009 10:18:00 da tarde

Só para dizer que ainda bem que há comediantes que não se contentam com a piada fácil e instantânea como um tal de Guilherme Leite e afins.
Quanto a personagem em si, não vejo o problema por ser um "deficiente". Para mim poderia ser cego, surdo, mudo, tetraplégico. Já pensaram que, talvez, esta personagem dê mais visibilidade à realidade da deficiência física ou mental do que as campanhas de solidariedade que por aí se fazem? Não devemos levar tudo a peito, por favor. Vide o António feio a fazer piadas sobre o seu cancro (gravíssimo, por sinal).
Trabalho com pessoas com deficiência física e mental e não me melindro com esta personagem só porquê a principal piada está no facto de ele não trabalhar e dizer aos outros para o fazerem. Neste país, infelizmente, havia de haver mais pessoas que o fizessem...
É a minha opinião e compreendo a tua perfeitamente.
Fica bem.

  forteifeio

quinta-feira, junho 11, 2009 10:55:00 da tarde

Da minha parte acho que o Nuno Markl é um individuo fraco tanto a nivel de escrita como a nivel de rádio. Os livros são situações parvas todas compiladas à pressa, uma espécie de Guiness de parvoices compiladas num livro. Os sketchs que produz a maior parte são bárbaramente estúpidos, e , se ainda se atrever a protagonizá-los para mim serão pouco mais que um vómito. Na rádio e do pouco que ouvi a falta de tempo quando chegava a vez de falar era notória.
Quanto à figura do chato e de gozar com os deficientes é sempre algo tristemente asqueroso e revelador de incapacidade para fazer textos que valham por si mesmo.

Esta é a minha opinião, haverá outras, certamente...

  Teté

sexta-feira, junho 12, 2009 3:57:00 da manhã

Não me parece que "o chato" seja propriamente um deficiente, só um gajo "mal cozido", que além de não fazer népias é opinioso e passa a vida mandar os outros fazer aquilo que ele não faz: trabalhar!

Pessoalmente acho piada, até porque já conheci várias pessoas assim (embora não com estes contornos caricaturais): nunca fizeram nada na vida, mas acham que os outros deviam trabalhar muito mais, protestam pela "incompetência" dos que trabalham (que obviamente também existe), achando sempre que elas próprias são excepção! O que considero ter ironia q.b. :)

  Femme Fatale

sexta-feira, junho 12, 2009 11:55:00 da manhã

Apenas concordo ctg na medida em que as pessoas têm tendência a rir da parvoíce, no entanto não acho isso assim tão ofensivo como descreves-te nem muito menos falta de inteligência... a vida já é demasiado séria, porquê não rir do ridículo ou de coisas parvas? Se calhar se as pessoas não se preocupassem tanto com isso riam mais vezes.

Quanto à personagem do chato... eu gosto e não considero nenhuma ofensa à deficiência, até porque trabalho com deficiências físicas e mentais bem mais graves e acredita... isso sim não tem piada nenhuma. Considero essa personagem como a personificação de alguém (como tantos, infelizmente no nosso país) que se torna estúpido pela preguiça de não trabalhar. É como o caso de várias falsas baixas e pré reformas a pessoas que simplesmente não querem fazer nenhum. Isso não será uma forma de falta de inteligência também?... E depois a ironia de alguém que não trabalha e que é meio apanhado do juizo (acho que é mais isso do que propriamente deficiência) criticar o trabalho dos outros. É como os portugueses sempre a queixarem-se do pais blábláblá mas depois quando analisamos bem a coisa... ninguém quer é fazer nada.

É apenas a minha opinião.

  Ana

sexta-feira, junho 12, 2009 1:05:00 da tarde

Bem...nunca achei muita piada ao nuno markl, pelo q raramente leio algo dele. Não vejo os contemporâneos. Não sigo o chato. E agora? Viva os monty pyton! Viva o daily show! :D Viva o terceiro calhau a contar da sol! :D Viva the 70´s show! Viva la plante mutante! :DDDD

  Bruno Fehr

sábado, junho 13, 2009 2:56:00 da manhã

Miss Me:

"Pensemos no Chato como o famoso emplastro que acompanha o FCP..."

É isso mesmo, vejo-o assim e não me consigo rir por isso mesmo.

"E rir da desgraça alheia é tão inato que até as crianças o fazem, quando não compreendem a reciprocidade da desgraça..."

Eu compreendo, o que não compreendo é a aceitação de mudar uma personagem de chato, para chato e deficiente, não vejo em que aspecto a personagem poderia melhorar.

  Bruno Fehr

sábado, junho 13, 2009 3:01:00 da manhã

Fada:

"Confesso que só vi alguns sketches d'Os Contemporâneos, não acho assim "tããããooo" cómicos quanto isso."

Não são nada, o máximo que consegui foi esboçar um pequeno sorriso numa rábula ao Live Aid, e mesmo assim foi só no fim quando deixaram um a cantar sozinho.

"não revejo essa personagem do Chato em nenhum dos que conheci pessoalmente"

Isto porque a deficiência com que o chato foi caracterizado não afecta o aspecto cognitivo, só afecta os movimentos. A estupidez da rábula é mais do que fazer dele deficiente, mas sim a ligação daquela deficiência a um atraso mental e até à loucura.

"Assim como o gozo com a simplicidade das pessoas, como no caso do Bruno Nogueira que referes."

E o Bruno Nogueira não tem argumentos para gozar, pois os alunos do técnico de Liboa, de engenharia civil não são conhecidos pelas suas capacidade intelectuais.

  Bruno Fehr

sábado, junho 13, 2009 3:09:00 da manhã

Intruso:

"a ideia até pode não ser má, mas arranjar um chato para o fazer foi a solução mais fácil e institucional."

Ser chato era a ideia de Markl, ser deficiente e louco foi uma ideia do Nuno Lopes que acho ridícula.

"ao contrário do Jel, por exemplo, em que há situações em que uma pessoa fica constrangida de ver aquilo."

O Jel, poderia ser um melhor profissional se não fizesse muitas das rábulas sob o efeito de coca. Isto lembra-me uma que fez a uma casal de turistas em que até os agrediu e onde estava visivelmente entupido com coca, aqui fica o link:

http://www.youtube.com/watch?v=b9NGrbXWA8s

Nota: ele usou uma faca real.

  Bruno Fehr

sábado, junho 13, 2009 3:10:00 da manhã

ceptic:

Acaba por ser gozo, pois aquela deficiência afecta os movimentos e não a forma de agir e de pensar. Não causa atraso mental.

  Bruno Fehr

sábado, junho 13, 2009 3:21:00 da manhã

Papoila e Tulipa disse...

"tudo isto já mete nojo primeiro os gato e depois estes já nada dá vontade de rir..."

O humor em Portugal está sem criativos.

  Bruno Fehr

sábado, junho 13, 2009 3:21:00 da manhã

Tite:

"Que faz o Nuno Markl tornar-se tão chato criando um personagem assim tãããããão chato????"

Ele está pior que a personagem, o seu blogue hoje em dia parece uma igreja ao Deus chato, ele está super orgulhoso da sua criação.

  Bruno Fehr

sábado, junho 13, 2009 3:21:00 da manhã

Catsone:

"Quanto a personagem em si, não vejo o problema por ser um "deficiente"."

Não é só por ser deficiente, é por ligarem a deficiência física a uma deficiência mental que não é verdade. O chato de fosse real não teria atraso mental.

  Bruno Fehr

sábado, junho 13, 2009 3:21:00 da manhã

forteifeio:

"Da minha parte acho que o Nuno Markl é um individuo fraco tanto a nivel de escrita como a nivel de rádio."

Sim é verdade, mas tendo ficado famoso com material fraco poderia ter-se mantido na mediocridade lucrativa, sem ter entrado na estupidez sem limites.

  Bruno Fehr

sábado, junho 13, 2009 3:21:00 da manhã

Teté:

"Não me parece que "o chato" seja propriamente um deficiente, só um gajo "mal cozido", que além de não fazer népias é opinioso e passa a vida mandar os outros fazer aquilo que ele não faz: trabalhar!"

Correcto, o problema é a ligação mal informada daquela deficiência unicamente física e comum, a um atraso mental que não existe naqueles casos.

  Bruno Fehr

sábado, junho 13, 2009 3:22:00 da manhã

Femme Fatale:

"no entanto não acho isso assim tão ofensivo como descreves-te nem muito menos falta de inteligência..."

Tudo o que digo tem a ver com a forma mal informada com que a caracterização foi feita, conheço pessoas com aquela deficiência que com o tempo só afecta os movimentos. O maior génio do nosso século padece daquela doença, onde está o atraso mental de Hawkins? Se é atrasado mental não importava nada de ter o cérebro dele.

  Bruno Fehr

sábado, junho 13, 2009 3:22:00 da manhã

Vani:

"Viva os monty pyton! Viva o daily show! :D Viva o terceiro calhau a contar da sol! :D Viva the 70´s show! Viva la plante mutante!"

Bem, temos gostos idênticos em comédia, a essa lista troco a planta mutante pelo "Allo, Allo", e fica perfeita.

  Fada

sábado, junho 13, 2009 10:44:00 da manhã

Bruno, disseste:

"conheço pessoas com aquela deficiência que com o tempo só afecta os movimentos"

De facto, nem me apercebi que deficiência estava a ser caracterizada, tal foi a importância que dei àquilo. Pelo que disseste nos comentários, pressuponho que seja esclerose.

Já lidei com jovens e crianças com uma série de deficiências, desde Trissomia 21, aos meninos de cristal (osteogenese imperfeita), autistas, etc. E dei aulas a jovens com paralisia cerebral. Esta, pode ou não estar associada a deficiência mental, mas normalmente afecta a parte motora, de diferentes maneiras. Conheci jovens com Paralisia Cerebral que foram para a Universidade (e fizeram melhor figura que os ditos "normais"), conheci jovens com Paralisia Cerebral e mais de 30 anos, cujo desenvolvimento cerebral era igual ao de uma criança de 3 anos.

Muitas deficiências aparecem conjugadas. E tanto se pode encontrar só deficiência mental, só deficiência física como a conjugação de ambas, qualquer uma delas em maior ou menor grau.

Portanto, com isto tudo, o que quero dizer é que, independentemente da deficiência que esteja a ser caracterizada, isto revela outro tipo de deficiências: deficiência social, emocional e artística.

Beijitos

  Ana

sábado, junho 13, 2009 8:32:00 da tarde

Bruno, sim, Alô Alô, como me pude esquecer desse ahahahah. La plante mutante é um grupo musical :D, enfiei-a ao barulho pra avacalhar.

  Bruno Fehr

quarta-feira, junho 17, 2009 12:23:00 da manhã

Fada:

"Portanto, com isto tudo, o que quero dizer é que, independentemente da deficiência que esteja a ser caracterizada, isto revela outro tipo de deficiências: deficiência social, emocional e artística."

Por isso eu perguntei: Se fosse um toxicodependente arrumador de carros, será que perderia a piada?
Um deficiente nasce assim, um toxicodependente torna-se, por isso não vejo problemas em ridicularizar que tem um handicap voluntário.

  Bruno Fehr

quarta-feira, junho 17, 2009 12:23:00 da manhã

Vani:

"La plante mutante é um grupo musical :D, enfiei-a ao barulho pra avacalhar."

Grupo musical, gosto do humor de Flight of the Conchords.