Desiludir a ilusão


Perguntei a alguém que se dizia desiludida o motivo da desilusão. Após a sua resposta. constatei que é uma resposta típica, "Porque X ou Y me desiludiu e blá, blá, blá".

É claro que também me desiludo, não sou perfeito, mas pelo menos não sou hipócrita a colocar as culpas nas imperfeições dos outros.
A razão pela qual nos desiludimos com as pessoas de quem gostamos, não é só porque elas nos desiludem, o principal motivo é culpa nossa, nós iludimo-nos. Sem ilusão não há desilusão.

Eu por principio e, pouca gente concorda comigo, luto para não me iludir, principalmente com pessoas. Se esperar o pior e o pior não acontecer, acaba por ser positivo, mas se esperar o melhor e a pessoa não está à altura, a desilusão é uma consequência.
No fundo a culpa é nossa, pelo menos mais nossa por nos iludirmos, do que da pessoa que nos desiludiu por falhar ou nem por isso, pois por vezes somos desiludidos simplesmente pelas escolhas de vida de outras pessoas, escolhas essas que podem ser o melhor para as suas vidas..

Eu sou um homem rigoroso comigo próprio, acho que a minha palavra é a única coisa que uma pessoa tem com valor e gosto que vejam a minha palavra como um contraco assinado, pois custe o que custar eu cumpro o que digo e não prometo nada que me seja impossível. Por mais que custe, cumpro os prazos, os horários e as acções prometidas. Mas há quem não seja assim. Há que fale, quem diga o que lhe parece bem dizer e o que acha que o outro quer ouvir, mas depois não tem a forca, o interesse ou preocupação de cumprir o que disse.
Um falhanço não é motivo de grandes desilusões, a grande desilusão acontece quando encontramos um padrão nessas desilusões, uma situação, um motivo. Devemos analisar esse motivo e pensar se vale a pena falar nisso. Quem falha raramente assume a falha, normalmente se chamamos alguém à atenção, eles comportam-se como se tivéssemos proferido uma ofensa grave, passando de responsáveis a vitimas. Só devemos dialogar, quando compreendemos que há solução. Caso contrário é uma grande perda de tempo.

Quem se ilude não se deve iludir, isto é fácil de dizer mas impossível de fazer, por isso quando ouvirem tal barbaridade, não liguem!
Quem desilude uma vez, por ter errado, não deve ser estigmatizado por isso, pois errar é humano, mas quando aparece o tal padrão, bem aí temos de decidir se vale a pena nos submetermos a algo assim.

As desilusões que nos são mais difíceis de lidar, são aquelas em que o envolvimento é sentimental, ou seja, com a família, amigos, em namoros, pois é aí que é praticamente impossível não nos iludirmos, mas podemos por um fim às desilusões.

Eu acho piada a quem fala, fala, fala e quando há problemas se cala. Acho uma piada fantástica e típica de quem falha e na verdade não tem argumentos para se justificar. Nestes casos as pessoas sabem que falharam e recorrem ao silencio. Eu odeio silêncios. Odeio assuntos mal explicados. Odeio duvidas. E arrefeço, ao arrefecer, recorro ao silêncio...

O que é que acontece? Desiludo alguém.

(Ora isto que acabei de escrever, é o que me faz amar a "escrita desprotegida" que é como o sexo sem preservativo, pois não sei o que vai sair daqui e é sempre um risco em que vou escrevendo sem rumo nem ideias).

Cheguei à conclusão que a ilusão e desilusão, são um ciclo vicioso:

Ilusão de A causada por B, desilusão de B causada a A, falta de dialogo entre A e B, silencio entre A e B, desilusão de A causada por B, afastamento, nova ilusão por C e por aí em diante.

Concluo que é tudo uma grande ironia. Falhamos quando nos iludimos, falham quando nos desiludem, falhamos e falham quando não há diálogo, o silencio é incontestável pela falta de diálogo e por fim desiludimos quem nos desiludiu. É de facto irónico, ainda mais, tendo em conta que é um processo repetido milhentas vezes.

Quer queiramos ou não, a vida é feita de ilusões e as desilusões são uma consequência natural da qual devemos retirar o máximo de ensinamentos. As ilusões nascem no nosso intelecto e são belas, perfeitas, por vezes, eu daria tudo para fechar os olhos e viver nelas para sempre.

76 Comentários:

  Anónimo

segunda-feira, janeiro 12, 2009 8:50:00 da manhã

É por estas e por outras que eu espero sempre o pior. E como espero o pior também não me calo e digo as coisas sempre preto no branco, sou sincero demais, e por isso sou um gajo com um mau feitio do caraças... E as pessoas desiludem-se comigo. Realmente é irónico, ou então as pessoas gostam de hipocrisias.
Abraço.

  M

segunda-feira, janeiro 12, 2009 10:20:00 da manhã

Bem, eu sou uma iludida, não tenho dúvidas. Espero sempre o lado bom das pessoas, espero sempre mais do que elas são capazes e claro, umas vezes desiludo-me, outras encolho os ombros pois já esperava que a pessoa não estivesse à altura. No entanto, prefiro assim. Acreditar nas pessoas e nas suas capacidades. Porque ao fazê-lo, quem sabe, posso ser agradavelmente surpreendida.

  Pax

segunda-feira, janeiro 12, 2009 11:01:00 da manhã

"A razão pela qual nos desiludimos com as pessoas de quem gostamos, não é só porque elas nos desiludem, o principal motivo é culpa nossa, nós iludimo-nos. Sem ilusão não há desilusão.
(...)
No fundo a culpa é nossa, pelo menos mais nossa por nos iludirmos, do que da pessoa que nos desiludiu por falhar ou nem por isso (...)"

Eu devo ser mais velha que tu, pois já tinha chegado há muito tempo a essas conclusões.
No entanto, iludir e desiludir fazem parte do processo da vida. Ninguém consegue passar pela Vida sem Amar, Iludir e Desiludir-se. Se o fizer é porque não Viveu.

"O que é que acontece? Desiludo alguém."

Eu acho bem mais dificil iludir alguém... portanto, se conseguiste o mais dificil, com o tal do "diálogo" tudo o resto se resolve :)

Só nos magoa ou desilude quem nós demos previamente o poder para tal mas é tão bom ter (ou ter tido), dar (ou ter dado) esse poder!

Beijos :)

  Anónimo

segunda-feira, janeiro 12, 2009 11:04:00 da manhã

as vezes tambem esperamos muito dos outros e talvez por isso haja desilusões...

eu não sou perfeita, nem sequer procuro a perfeição, vivo cada dia sendo como sou, tentando apenas não magoar aqueles que amo...mas dizendo sempre o que me vai na "mona"..:)

  Jane Doe

segunda-feira, janeiro 12, 2009 12:23:00 da tarde

É... realmente é quase impossível não nos iludirmos. E acho que a ilusão, pelo menos no que diz respeito às pessoas, prende-se muito com o facto da necessidade de previsão na nossa vida. Precisamosde prever o comportamento das outras pessoas numa situação, e precisamos saber com o que contamos de antemão. Daí nasce a ilusão. Do facto de as pessoas às vezes tomarem um rumo diferente do esperado, nasce a desilusão. Sentar, e conversar, compreender o outro e fazer-se compreender, é importante para lidar com a ilusão/desilusão.

Mas sim, há os silêncios. Há as pessoas que escolhem ficar na sua ilusão a compreender o motivo de desilusão, para depois dizerem... "eu tinha razão... Ele/a não era quem eu pensava". São formas de nos proteger...(não sei bem do que...)

A ilusão é inevitável. Somos seres previsiveis, precisamos de constância para viver. O que depende da nossa escolha, é a forma como encaramos a desilusão. E a forma como agimos perante ela.

Sim, porque a escolha, em tudo, cabe-nos sempre a nós.

Um ciclo vicioso? Sim, para quem se prefere esconder, para quem não tem tomates para perguntar porquê, quer ao outro, quer a si mesmo.
Eu já desiludi muitas vezes. Já fui muitas vezes desiludida. Mas sempre perguntei porquê, e sempre me expliquei quando necessário.

Eu gosto do silêncio mas... de outros silêncios....

Destes não. Geram mal entendidos, geram ódios, geram afastamentos. E eu tenho-os nas minhas relações. Porque outros nao querem falar e muitas vezes não me querem aceitar como Eu Sou. O resultado? O afastamento. Que fazer? Eu não posso obrigar ninguém a falar!

  Afrodite

segunda-feira, janeiro 12, 2009 12:41:00 da tarde

A minha avózinha já dizia que para haver uma discussão têm de existir duas pessoas...um teimoso não o é sozinho...
Seja como for e não me querendo desviar do teu assundo, ilusão vs desilusão, concordo plenamente, só se desilude quem se iludiu e a culpa é de quem se ilude mas também pode ser de quem iludiu :). Sim porque não há nunca apenas um culpado. Ao fim e ao cabo, ninguém é culpado ou vitíma, chamam-se relações humanas e pensar demasiado nelas leva a desentendimentos. O afastamento leva a mais desilusão, as pessoas gostam de magoar quem os magoa, é um facto. Bonito não é...mas é uma reacção puramente humana. Claro que tu como Alien não és afectado por estes problemas terrenos...digo eu digo eu ;)!
Manter a palavra evita a desilusão, à partida se a palavra é verdadeira é uma realidade e não uma ilusão, logo não pode desiludir porque se pode contar com isso. Serás sempre assim? Are you sure? Palavras levam-nas o vento, já dizia o outro e com razão. As atitudes, como dizes, essas sim importam. Agora...quando uma pessoa está tão lá em cima, no plano superior...dificilmente se põe cá em baixo e repara que somos humanos e que todos erramos. Digo eu digo eu...que só sei que nada sei! ;)...posso ter sido confusa na explicação mas este é um assunto que faz nós no cérebro, quer queiramos quer não! :)

Abreijinhos sem desilusões ;)

  cipereira

segunda-feira, janeiro 12, 2009 1:51:00 da tarde

Eu sou, como o meu irmão me chama, inocente, pois acredito sempre, mas sempre que as pessoas vão corresponder ao que eu delas espero. Parto do princípio (errado, eu sei) que todas as pessoas têm o chamado "bom fundo".

E tal como tu dizes e é verdade (e eu admito sem problemas, nem complexos): o problema está em mim e só em mim!

E se me puser a reflectir, para além de inocente, sou burra, pois depois da desilusão, ainda me dou ao desplante de dar a 2ª oportunidade (dependendo da desilusão, pois também há coisas que eu não consigo mesmo perdoar).

  Sininho

segunda-feira, janeiro 12, 2009 2:18:00 da tarde

Concordo contigo...muitas vezes acabamos desiludidos com alguém porque nos iludimos..muitas vezes somos responsáveis pelo que os outros nos fazem...com desilusões e ilusões vamos caminhando na vida..jinhos

  MoonDreamer

segunda-feira, janeiro 12, 2009 2:33:00 da tarde

Embora concorde com a tua opinião de que somos nós os principais responsáveis pela desilusão, não acho que as coisas devam ser vistas nesses prisma.
Acho que devemos aceitar as pessoas como elas são. Sem pensar, sem sonhar, apenas a ver com os olhos da alma.
Aceitar a humanidade e a complexidade de cada um é um passo gigantesco para a compreensão e a compreensão é fundamental para evitar as discussões.

Afinal de contas todos somos humanos, embora alguns vivam iludidos que são superiores, mas até esses merecem a nossa compreensão.

  Catwoman

segunda-feira, janeiro 12, 2009 2:43:00 da tarde

Às vezes criamos expectativas demasiado altas e daí vem a desilusão, faz parte da vida. Outras vezes tambem nos surpreendemos pela positiva e isso é muito bom
Beijinhos :)

  Demian

segunda-feira, janeiro 12, 2009 2:57:00 da tarde

"A razão pela qual nos desiludimos com as pessoas de quem gostamos, não é só porque elas nos desiludem, o principal motivo é culpa nossa, nós iludimo-nos."
Concordo até um certo ponto. Mas por outro lado, é quase impossível deixarmos de nos iludir, nem que seja um pouco, principalmente no que ao amor diz respeito.
E depois há aqueles casos (tipo o meu) de "gato escaldado com medo de água fria". Quando a pessoa, antes de se envolver, explica à outra, tintim por tintim, o que passou, a razão porque não se quer envolver demasiado, etc. E mesmo assim, essa outra pessoa, corre contra isso, amorna a água novamente, e quando estamos quase a acreditar que é mesmo a sério, quando atingimos o pico pouca ilusão que tínhamos à partida, POF. There she goes again!
A partir daí, acabam-se as ilusões em definitivo, ou pelo menos, durante um longo, longo período de tempo.

"Eu sou um homem rigoroso comigo próprio, acho que a minha palavra é a única coisa que uma pessoa tem com valor e gosto que vejam a minha palavra como um contracto assinado..."
Concordo plenamente. A palavra de um homem é o seu maior tesouro, no entanto, e infelizmente, é cada vez mais difícil encontrar homens e mulheres capazes de mantê-la em qualquer situação. É a tal questão da confiança, hoje em dia não acreditamos nas pessoas, logo, não confiamos na sua palavra.

"Quem falha raramente assume a falha, normalmente se chamamos alguém à atenção, eles comportam-se como se tivéssemos proferido uma ofensa grave, passando de responsáveis a vitimas."
É a diferença entre homens com "h" grande ou pequeno. Assumir o que fazemos é a única forma de conseguirmos viver de consciência tranquila, por mais penosa que seja a nossa situação.

  I.D.Pena

segunda-feira, janeiro 12, 2009 2:57:00 da tarde

Olá, se o comentário parecer longo a culpa é tua.

Quando estou com alguém desiludido que decide desabafar comigo, penso que nenhum mal há de advir daí, e oiço, compreendo e normalmente dou a minha opinião. Tenho a fama dentro do meu circulo pessoal de pessoas de dar bons conselhos mas tb controversos.

E controversos porque em vez de só pedir uma versão dos acontecimentos busco tb a 2ª versão, há sempre 2 razões, mesmo quando os 2 estão a ser sinceros.

Acho que a desilusão parte da ilusão que temos do que passa à nossa volta, isso toda a gente já sabe, mas depois questiono : Se quero iludir-me mesmo sabendo que posso vir a desiludir-me, ou esqueci-me do sabor da ultima desilusão, ou o motivo pela ilusão é bem maior que o da desilusão.

E aqui também concordo ctg quando disseste :" a grande desilusão acontece quando encontramos um padrão nessas desilusões, uma situação, um motivo".

Existe imensos padrões , padrões saudáveis, ambiciosos, mas existe sempre aqueles que nem sabemos como começaram, padrões de relacionamentos, padrões de sentimentos, imensos padrões ainda por conhecer e outros ainda para tentar, seja o que for tudo serve para o auto-conhecimento.

Dizem que as mulheres são mais dificeis de entender, mas não tenho visto disso, o que eu tenho visto é que nem sequer querem ser entendidas, e o mesmo se passa com os homens.

Pessoalmente, não espero nada, espectativas baixas do mais baixo possivel, para tudo ser positivo.

Não espero o pior, não espero nada.

Sou muito criticada por ser assim, até já me disseram que esse desapego significa que não tenho sentimentos. Mas na minha opininião, uma vez que a razão pela qual ajo assim é lógica, não tenho motivos para considerar opiniões ilógicas, nem que viessem de Deus.

Disseste ...

"Eu acho piada a quem fala, fala, fala e quando há problemas se cala. Acho uma piada fantástica e típica de quem falha e na verdade não tem argumentos para se justificar. Nestes casos as pessoas sabem que falharam e recorrem ao silencio. Eu odeio silêncios. Odeio assuntos mal explicados. Odeio duvidas. E arrefeço, ao arrefecer, recorro ao silêncio..."

Pois é aí que "a porca torce o rabo", não acho piada nenhuma quando isso acontece, das vezes que o fiz paguei bem caro, e tento identificar ao máximo quando alguém mesmo que não conheca bem, age dessa forma.

Tento identificar porque parecem contagiar os outros com a sua hipocrisia, andam e são deprimidos ou deprimidas, normalmente com amigos até fingem "alegria", e depois andam a tomar xanax às escondidas. É para mim a forma de viver mais covarde.

Um padrão que advém da falta de crença em si próprio. Auto-estima psicológica também existe. Se bem que a entendam como se fosse um credo.

Disseste por fim...

"Quer queiramos ou não, a vida é feita de ilusões e as desilusões são uma consequência natural da qual devemos retirar o máximo de ensinamentos. As ilusões nascem no nosso intelecto e são belas, perfeitas, por vezes, eu daria tudo para fechar os olhos e viver nelas para sempre."

Concordo em pleno.

A doce Ironia da vida é percebermos cada sentimento cada pedaço, cada vivência cada stress ou cada corrida que fizemos, ao mesmo tempo que a entendemos.

É irónico que mesmo cientes dos dissabores da vida continuamos porque no fundo sentimos que evoluimos, e isso para mim não é uma mera ilusão, é mesmo crença em "moi même".

Obrigada pela partilha Bruno Fehr.

  I.D.Pena

segunda-feira, janeiro 12, 2009 2:59:00 da tarde

Ena Gravepisser Sincronização perfeita !

  Mafal∂a

segunda-feira, janeiro 12, 2009 3:31:00 da tarde

Eu concordo com quase tudo, realmente a maior parte das pessoas desilude-se porque cria uma fantasia, idealiza algo ou alguém. Cria no seu imaginário a história do príncipe encantado, do viverem felizes para sempre. Isso está errado, não nos podemos apaixonar por alguém que está dentro da nossa cabeça apenas, isso não é amar a pessoa em si, é amar SIM alguém que nós próprios inventamos “iludimo-nos com uma imagem que queremos que exista” e depois há as desilusões. Não há encontro entre a realidade e a fantasia. A maior parte das mulheres sonha com o casamento, esperou por um momento assim desde criança, desde que ouvia a história da bela adormecida. Mas depois casa e é infeliz…muitas vezes com este discurso “ele não é nada do que eu julgava” e vice versa… pois claro, não houve disponibilidade mental para tentar perceber a outra pessoa, em como ela é na verdade e GOSTAR dela assim, aceitar.
Eu já me desiludi, é verdade, mas não foi com ele, foi comigo quando dei conta do erro fui eu que bati com a cabeça na parede ele não teve culpa de afinal ser um parvalhão e eu ter errado e ter imaginado que era um príncipe. Haha Para príncipes só mesmo o meu afilhado de sete meses, e só até ter os seus doze aninhos.
Prefiro amar alguém reconhecendo-lhe os podres, do que me iludir, é a tal história da princesa que encontra o sapinho e lhe dá um beijo. No meu caso se ele virar príncipe fico desiludida., porque era o sapo que queria beijar, não um disfarçado. O que me leva a pensar que as pessoas mudam, é inevitável e dificilmente podemos controlar, acontece naturalmente, por isso também me ser difícil acreditar no amor para sempre. Julgo que um amor aos 20 não pode ser nunca igual aos 50.
Isto soa confuso não, é? Mas é do mais simples que há. As coisas devem ser vistas como elas são na realidade ou pelo menos devemos tentar procurar que assim seja.
Quanto aos silêncios….arg…odeio silêncios quando são tudo menos isso, quando são silêncios impostos, quando são silêncios com ruídos, silêncios que nos ensurdecem cá dentro. Prefiro o GRITO civilizado. Lol, ao menos que ensurdeça quem merece.

  Anónimo

segunda-feira, janeiro 12, 2009 3:36:00 da tarde

Não somos imunes à desilusão, por muito que não nos queiramos iludir, acaba sempre por acontecer.

Sempre achei que da discussão e da troca de ideias e pensamentos nasce a luz, é assim que funciono.

Se o silêncio se instala, já pouco importa se desiludo, porque nessa altura já desisti.

bjs

  Anónimo

segunda-feira, janeiro 12, 2009 4:09:00 da tarde

Exactamente o que eu digo quando alguém me chama atenção a alguma falha de um amigo meu.
Eu sei que ele é assim e não espero mais do que aquilo que eu sei que ele me pode dar.
Mas normalmente não impede que eu dê sempre tudo.
Agora em relação ao amorrr, é muito mais dificil.
Iludo-me porque na fase da conquista as pessoas vestem a sua melhor capa, estão sempre lá, há vontade para tudo, há ânsia de estar connosco... E depois, o tempo nunca perdoa, e quem somos aparece. Assim como aparece a falta de paciência, o desprendimento.
Afinal quem é esta pessoa que está ao meu lado?
Leio-te sempre, gosto de passar aqui.
Beijo

  Vício

segunda-feira, janeiro 12, 2009 4:19:00 da tarde

pobres dos optimistas que desconhecem que para haver equilíbrio, ao haver algo bom tem que haver algo mau...

  Rosie

segunda-feira, janeiro 12, 2009 6:11:00 da tarde

uau, grande texto

gostei imenso do blog

  Anónimo

segunda-feira, janeiro 12, 2009 7:21:00 da tarde

eu espero sempre o pior. alguma coisa se ha-de aprender com as prévias desilusoes!

se a pessoa se "portar bem", ainda bem. se não...nada que nao tivesse á espera

  Pan

segunda-feira, janeiro 12, 2009 8:52:00 da tarde

Bem... as vezes dizem-m...
"nao sejas tao pessimista"
ao k eu respondo...
"prefiro ser pessimista e ter uma surpresa do k ser optimista e ter uma desilusao"...

sim, e um proverbio antigo... e da resultado para responder a algumas mentes curiosas por vezes xD

  Mulheka

segunda-feira, janeiro 12, 2009 8:54:00 da tarde

Se é verdade que já não me iludo tanto como antes, também não é menos verdade que ainda não consigo escapar à desilusão.

Por vezes ainda me iludo e sei que vai continuar a acontecer. Por mais que não queiramos, é inevitável.

E sim, concordo que a culpa de nos iludirmos é nossa, no entanto também existe quem saiba iludir muito bem! Profissionais na coisa... mesmo!

Bem, de qualquer forma, se não pudermos tirar nada melhor da desilusão, é sempre um processo de aprendizagem...

Ui, que optimista que tou!

  Heidi

segunda-feira, janeiro 12, 2009 10:42:00 da tarde

E pronto! Li, gostei e acho que tens toda a razão!

Eu tb sou assim: gosto de assuntos bem resolvidos, não levo amuos pra casa e comigo não há "conversas mais tarde"!

Só nos desiludimos se tivermos ilusões; e só temos ilusões se esperarmos demasiado das pessoas!

É mt fácil culpar sempre "os outros", o mundo, as circunstancias, etc etc etc!

Se todos assumissemos o que somos e o que esperamos de quem nos rodeia, sem mentiras, hiprocrisias e afins, o mundo seria um sitio mt mais agradavel e fácil de se viver!

Não devemos esquecer que as pessoas e as situações só têm a importância que lhes damos!

Obrigada pelo teu coment!

Bjs de prazer,
Heidi

  Ana

segunda-feira, janeiro 12, 2009 11:26:00 da tarde

Acho que, cada vez mais, travo essa luta para não me iludir. E como? Exactamente como tu dizes... esperando sempre o pior. Da mesma forma que tudo tenho feito para não iludir ninguém, mostrando o meu pior... o que me tem custado a "fama" de distante, fria, agressiva, etc.
Não o sou, tenho a certeza. A verdade é que, depois de tantos trambolhões dados e alguns causados, é inevitável criarmos certas defesas, mesmos que elas se manifestem inconscientemente.
No entanto, e por mais lições de vida que possamos ter, a ilusão e a desilusão vão voltar sempre a acontecer, porque vai haver sempre alguém a quem não iludindo, desiludimos... e alguém que nos desilude para não nos iludir.

Acho que compliquei...não?

bjs

  Mãe, só a 7

segunda-feira, janeiro 12, 2009 11:28:00 da tarde

O pior é quando alguem nos ilude e nos leva a criar ilusões... e depois nos desilude e nos faz desiludir... Não tenho por princípio criar ilusões, mas tenho uma tendência inata para estar com pessoas que iludem (um dia dizem isto e no dia seguinte já não o fazem...)

  Anónimo

terça-feira, janeiro 13, 2009 12:10:00 da manhã

brilhante



adj. 2 gén.,
que brilha;


fig.,
pomposo, sumptuoso;

notável;

próspero;


s. m.,
diamante que tem plana a parte superior, facetados os lados e a parte inferior.

  Anónimo

terça-feira, janeiro 13, 2009 12:11:00 da manhã

errata:
contrato


do Lat. contractu


s. m.,
acto ou efeito de contratar;

acordo feito entre duas ou mais pessoas que transferem entre si algum direito ou se sujeitam a alguma obrigação;

convenção;

pacto;

ajuste;

convénio.

  Eu Mesma!

terça-feira, janeiro 13, 2009 12:13:00 da manhã

Sabes qual é o nosso grande problema Bruno?

Achamos e acreditamos que as pessoas que nos rodeiam são um pouco semelhantes a nós.... eu pessoalmente falo por mim mas tb pareces ser assim... que não omitem, que quando dizem sim significa sim e vice-versa, que investimos nas pessoas como investimos em nós e damos sempre um pouco de nós proprias ás pessoas mas sim...

tens razão...
acabamos por nos iludir e no meu caso... desiludir porque realmente as pessoas não têm capacidade de se darem aos outros, são demasiado egoistas....

eu além de me iludir muito... desiludo-me muito com a incapacidade das pessoas de serem verdadeiramente elas próprias...

  Teté

terça-feira, janeiro 13, 2009 1:25:00 da manhã

Embora essa desilusão de que falas tenha um pouco essa componente da ilusão que alguém criou em torno de algo ou alguém, a verdade é que não podemos escapar a ela. Ou então passaremos a vida sempre pessimistas e desconfiados em relação a tudo e a todos...

Por outro lado, se nós próprios erramos e esperamos que aqueles que são importantes nas nossas vidas nos desculpem, eles também assim o esperam de nós!

Concordo com a Pax (ou, pelo menos, pelo que entendi das suas palavras): se nunca nos desiludimos com algo ou alguém, é porque não vivemos a vida como ela é! E a desilusão faz parte dela, desde a mais tenra infância... ;)

  me

terça-feira, janeiro 13, 2009 11:46:00 da manhã

Desiludimo-nos porque queremos mais e mais do outro e queremos que ele se molde àquilo que esperamos dele. O que nem sempre acontece e muitas vezes não deverá acontecer. Deixaria de existir equilibrio.

Desiludirmo-nos com o outro serve para também nós crescermos!

  caditonuno

terça-feira, janeiro 13, 2009 2:25:00 da tarde

esperar e temer sempre o pior. quando estamos preparados o que acontece passa a ser pouco comparado com o que viria aí.

  Sara

terça-feira, janeiro 13, 2009 5:10:00 da tarde

ainda à uns dias atrás disse que às vezes apetece-me fechar os olhos e ser toda feliz da vida..
quanto mais velha fico mais os olhos abram. é a vida!

não podemos é matar a criança que há em nós, porque eu acho que é ela que nos faz rir com tudo e com nada :)

  Abobrinha

terça-feira, janeiro 13, 2009 6:31:00 da tarde

Bruno

Tens alguma razão, mas... mas... muita coisa. Já agora, gostei da tua escrita "sem preservativo" ;)

Ora bem, a ilusão é necessária. OK, se quiseres substitui por expectativa. Contudo, num post da "Eu mesma" concluía-se que uma coisa é termos expectativas, outra era fazermos tudo girar em torno delas. Isso é que não é saudável.

Outra coisa que não é saudável nem honesta é justificar com a ilusão de alguém atitudes de desilusão. Confuso (sim, acho que não me fiz entender). Ou seja, magoas alguém, esse alguém diz-te isso e tu dizes: a culpa é tua que criaste expectativas por promessas que não fiz. Há mais que uma maneira de criar expectativas, mas nada justifica certas atitudes. Particularmente traições. Sinceramente não estou certa de ter sido clara, mas é porque estou com uma situação em particular em mente.

Silêncios... pois... não sei se já reparaste, mas eu sou assim para o palavrosa. Gosto de comunicar, sou expansiva e sofro com o silêncio e porquês a dançar no ar. Quando as coisas não têm lógica, ficava meia perdida. Agora aprendi que de facto há coisas que não têm lógica e é mesmo assim. É melhor aceitar. E não tenho ilusões que vou encontrar mais uma série destas situações ao longo da vida. Lá está: estou a ser realista. Irrealista seira esperar lógica de tudo, quando ele só deve ser procurada na minha cabeça.

Finalmente, disse uma vez a alguém que o dia em que me deixar de iludir será um dia muito mau. Já quase pensei chegar a esse ponto. Mas aí ergui-me e sorri. Sem motivos para isso. Ou com eles, não sei! Talvez por todas as outras pessoas e não por me enterrar num só problema. Mas com fé. Posso chegar a outro buraco de falta de fé e de falta de capacidade de me iludir, mas acho que é da minha natureza procurar o bom e não só o mau.

E há gente boa por aí... mas muita má! E há que saber a diferença! E a diferença entre um erro e um padrão de comportamento, como bem referes.

E ficas a saber que nem vou ler o que escrevi para trás: fica assim mesmo, sem protecção. Sem edição. Assumidamente imperfeito.

  Abobrinha

terça-feira, janeiro 13, 2009 6:36:00 da tarde

Ah, só queria dizer que a escrita sem preservativo pode resultar num nascimento (de ideias, no caso) não planeado mas muito feliz.

E que os teus dois últimos parágrafos estão excelentes.

  Anónimo

quarta-feira, janeiro 14, 2009 2:00:00 da manhã

só devemos dialogar quando compreendemos que há solução”
“Odeio assuntos mal explicados. Odeio dúvidas.”

O diálogo é importantíssimo, muitos conflitos se poderiam evitar se as pessoas dialogassem mais.
Mas um diálogo franco, aberto, em que as pessoas se respeitassem, pensassem pela cabeça delas, falassem o que pensavam, ouvissem as outras e se assegurassem de que tinham entendido o que as outras tinham querido disser, porque às vezes umas estão a falar em alhos, e as outras percebem bugalhos, tirando conclusões precipitadas e erradas.

“Eu odeio silêncios”
Todos os silêncios mesmo o “Silêncios” do Eduardo Gageiro? :)

  Ana

quarta-feira, janeiro 14, 2009 3:31:00 da manhã

oh pah...duas e muito da matina...muito sono...dor de cabeça...gripe a ameaçar sair (mas não tem conseguido, muahahahaha)...muitas confusões com ilusoes e desilusoes no entretanto...enfim, só pra dizer que isto tá muito filosófico e que o meu QI abaixou vários pontos...
Mas, eu agora sou assim (nem sempre o fui): sei o que esperar deste, daquele, daquela...logo, mesmo que haja uma pontada de tristeza, não há propriamente desilusao.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 14, 2009 3:42:00 da manhã

AP disse...

“É por estas e por outras que eu espero sempre o pior. E como espero o pior também não me calo e digo as coisas sempre preto no branco, sou sincero demais, e por isso sou um gajo com um mau feitio do caraças... E as pessoas desiludem-se comigo. Realmente é irónico, ou então as pessoas gostam de hipocrisias.”

Quem nao consegue desiludir, desilude-se por isso.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 14, 2009 3:43:00 da manhã

Allie disse...

“Acreditar nas pessoas e nas suas capacidades. Porque ao fazê-lo, quem sabe, posso ser agradavelmente surpreendida.”

Eu sou sempre agradavelmente surpreendido, pois as pessoas nunca são tão más como acho que podem ser.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 14, 2009 3:43:00 da manhã

Pax disse...

"Só nos magoa ou desilude quem nós demos previamente o poder para tal”

Nao. Primeiro temos de nos iludir. Podemos dar a alguém o poder de nos desiludir mas se nunca nos iludi-mos, ela irá falhar!

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 14, 2009 3:43:00 da manhã

Ondinhas disse...

“eu não sou perfeita, nem sequer procuro a perfeição, vivo cada dia sendo como sou, tentando apenas não magoar aqueles que amo...mas dizendo sempre o que me vai na "mona"..:)”

E é assim que deve ser.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 14, 2009 3:44:00 da manhã

Jane Doe disse...

“Precisamosde prever o comportamento das outras pessoas numa situação”

Mesmo prevendo é dificil combater a desilusao.

“Um ciclo vicioso? Sim, para quem se prefere esconder, para quem não tem tomates para perguntar porquê, quer ao outro, quer a si mesmo.”

Sim vicioso pois acontece com pessoa após pessoa. Tu aprendes mas e os outros?

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 14, 2009 3:44:00 da manhã

Afrodite disse...

“Seja como for e não me querendo desviar do teu assundo, ilusão vs desilusão, concordo plenamente, só se desilude quem se iludiu e a culpa é de quem se ilude mas também pode ser de quem iludiu :).”

Quem iludiu, iludiu porque o alvo se iludiu. Ou seja lá por eu tentar iludir, nao quer dizer que o alvo se iluda, se o alvo nao se iludir eu nem iludo nem desiludo.

“Manter a palavra evita a desilusão, à partida se a palavra é verdadeira é uma realidade e não uma ilusão, logo não pode desiludir porque se pode contar com isso. Serás sempre assim? Are you sure? Palavras levam-nas o vento, já dizia o outro e com razão.”

Sim, quando me refiro a mim, sim, tenho a certeza, por isso nao digo quando faco isto ou aquilo se nao tenho a certeza, por exemplo.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 14, 2009 3:44:00 da manhã

cipereira disse...

“Eu sou, como o meu irmão me chama, inocente, pois acredito sempre, mas sempre que as pessoas vão corresponder ao que eu delas espero. Parto do princípio (errado, eu sei) que todas as pessoas têm o chamado "bom fundo".”

O fundo pode ser bom em toda a gente, mas a porcaria à superfície faz com que esse bom fica lá quietinho com medo de se sujar.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 14, 2009 3:45:00 da manhã

Sininho disse...

“Concordo contigo...muitas vezes acabamos desiludidos com alguém porque nos iludimos..muitas vezes somos responsáveis pelo que os outros nos fazem...com desilusões e ilusões vamos caminhando na vida.”

Muitas vezes nao, todas. Sempre que te iludes abres as portas a uma possível desilusão. A ilusão nao pode ser imposta.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 14, 2009 3:46:00 da manhã

poeta_poente disse...

“Acho que devemos aceitar as pessoas como elas são. Sem pensar, sem sonhar, apenas a ver com os olhos da alma.”

Ora se usas os olhos da alma iludes-te, pois a alma é sonhadora e não vê a realidade.

“Aceitar a humanidade e a complexidade de cada um é um passo gigantesco para a compreensão e a compreensão é fundamental para evitar as discussões.”

Mas a desilusão não vem de discussões, pode vir de um beijo, de um toque, de uma palavra.

“Afinal de contas todos somos humanos, embora alguns vivam iludidos que são superiores, mas até esses merecem a nossa compreensão.”

Esses ao viverem iludidos, são os mais abertos à desilusão.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 14, 2009 3:46:00 da manhã

Catwoman disse...

“Às vezes criamos expectativas demasiado altas e daí vem a desilusão, faz parte da vida.”

A isso chama-se ilusão.

“Outras vezes também nos surpreendemos pela positiva e isso é muito bom”

Sim, mas podes ficar surpreendida sem te iludires.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 14, 2009 3:47:00 da manhã

Gravepisser disse...

“Mas por outro lado, é quase impossível deixarmos de nos iludir, nem que seja um pouco, principalmente no que ao amor diz respeito.”

No amor sim, mas em todas as outras situações é uma questão de treino e vontade.

“Quando a pessoa, antes de se envolver, explica à outra, tintim por tintim, o que passou, a razão porque não se quer envolver demasiado, etc. E mesmo assim, essa outra pessoa, corre contra isso, amorna a água novamente, e quando estamos quase a acreditar que é mesmo a sério, quando atingimos o pico pouca ilusão que tínhamos à partida, POF. There she goes again!”

Sim, é verdade, “there goes another wrong bitch”.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 14, 2009 3:47:00 da manhã

I.D.Pena disse...

“Se quero iludir-me mesmo sabendo que posso vir a desiludir-me, ou esqueci-me do sabor da ultima desilusão, ou o motivo pela ilusão é bem maior que o da desilusão.”

Correcto, também acontece.

“É irónico que mesmo cientes dos dissabores da vida continuamos porque no fundo sentimos que evoluimos, e isso para mim não é uma mera ilusão, é mesmo crença em "moi même".”

Os acontecimentos demoram tempo a dissecar, mas se aprendemos deles, a desilusão que pareceu tão negativa, pode tornar-se numa boa escola.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 14, 2009 3:48:00 da manhã

lontra=) disse...

“Isso está errado, não nos podemos apaixonar por alguém que está dentro da nossa cabeça”

Já ouvi imensas mulheres a falar assim, mas ainda nao vi nenhuma a colocar em prática.

“muitas vezes com este discurso “ele não é nada do que eu julgava” e vice versa…”

Pois passam mais tempo a imaginar, do que a conhecer o parceiro.

“Haha Para príncipes só mesmo o meu afilhado de sete meses, e só até ter os seus doze aninhos.”

Sim ele agora é um príncipe encantado, por volta dos 6 anos quando for para a escola muda, passa a ser terrível ou seja, um príncipe das trevas, mas depois normaliza.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 14, 2009 3:48:00 da manhã

korrosiva disse...

“Não somos imunes à desilusão, por muito que não nos queiramos iludir, acaba sempre por acontecer.”

Sim, mas nao tem de ser sempre.

“Sempre achei que da discussão e da troca de ideias e pensamentos nasce a luz, é assim que funciono.”

Mas todos temos aquelas que sao dispensáveis, pois no fundo sabiamos que iria acontecer.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 14, 2009 3:48:00 da manhã

Andreia disse...

“Eu sei que ele é assim e não espero mais do que aquilo que eu sei que ele me pode dar.
Mas normalmente não impede que eu dê sempre tudo.
Agora em relação ao amorrr, é muito mais dificil.”

Sim, ages bem e bem sei que no amor a ilusao é um facto que nao dá para evitar.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 14, 2009 3:49:00 da manhã

vício disse...

“pobres dos optimistas que desconhecem que para haver equilíbrio, ao haver algo bom tem que haver algo mau...”

Exacto.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 14, 2009 3:49:00 da manhã

Patricia Daniela ♥ disse...

“uau, grande texto”

Obrigado.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 14, 2009 3:49:00 da manhã

Calíope disse...

“eu espero sempre o pior. alguma coisa se ha-de aprender com as prévias desilusoes!

se a pessoa se "portar bem", ainda bem. se não...nada que nao tivesse á espera”

Exactamente.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 14, 2009 3:49:00 da manhã

PaulaPan disse...

“Bem... as vezes dizem-m...
"nao sejas tao pessimista"
ao k eu respondo...
"prefiro ser pessimista e ter uma surpresa do k ser optimista e ter uma desilusao"...”

Concordo 100%

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 14, 2009 3:50:00 da manhã

Mulheka disse...

“Se é verdade que já não me iludo tanto como antes, também não é menos verdade que ainda não consigo escapar à desilusão.”

Porque a ilusao ainda existe.


“E sim, concordo que a culpa de nos iludirmos é nossa, no entanto também existe quem saiba iludir muito bem! Profissionais na coisa... mesmo!”

Nao. Por melhor que eles sejam a iludir és tu que te iludes, eles criam a ilusao e tu aceitas. Eles podem iludir dia e noite, que se nao te iludires nao te desiludes. A ilusao é sempre nossa, sempre.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 14, 2009 3:50:00 da manhã

Heidi disse...

“Eu tb sou assim: gosto de assuntos bem resolvidos, não levo amuos pra casa e comigo não há "conversas mais tarde"!”

Tudo preto no branco.

“Só nos desiludimos se tivermos ilusões; e só temos ilusões se esperarmos demasiado das pessoas!”

Ora aí está a frase que me faltou.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 14, 2009 3:50:00 da manhã

Ana disse...

“Acho que, cada vez mais, travo essa luta para não me iludir. E como? Exactamente como tu dizes... esperando sempre o pior. Da mesma forma que tudo tenho feito para não iludir ninguém, mostrando o meu pior... o que me tem custado a "fama" de distante, fria, agressiva, etc.”

Essa fama nao importa, pois se nos tentarem conhecer mudam de opiniao. Os outros pensam duas vezes.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 14, 2009 3:50:00 da manhã

quase Eu disse...

“O pior é quando alguem nos ilude e nos leva a criar ilusões...”

Ninguém te pode iludir, só tu te podes iludir. No máximos os outros podem tentar, mas a ilusao depende de ti.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 14, 2009 3:51:00 da manhã

Anónimo disse...

“brilhante

adj. 2 gén.,
que brilha;
fig.,
pomposo, sumptuoso;
notável;
próspero;
s. m.,
diamante que tem plana a parte superior, facetados os lados e a parte inferior.”

Brilhante o idiótico, não necessito da definição, mas se gosta de copy/paste continue.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 14, 2009 3:54:00 da manhã

Anónimo disse...

“errata:
contrato

do Lat. contractu
s. m.,
acto ou efeito de contratar;
acordo feito entre duas ou mais pessoas que transferem entre si algum direito ou se sujeitam a alguma obrigação;
convenção;
pacto;
ajuste;
convénio.”

A sua errata, está correcta e a palavra corrigida. No entanto contracto existe.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 14, 2009 3:54:00 da manhã

Eu mesma! disse...

“Achamos e acreditamos que as pessoas que nos rodeiam são um pouco semelhantes a nós...”

Sim é verdade.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 14, 2009 3:55:00 da manhã

Teté disse...

“Concordo com a Pax (ou, pelo menos, pelo que entendi das suas palavras): se nunca nos desiludimos com algo ou alguém, é porque não vivemos a vida como ela é! E a desilusão faz parte dela, desde a mais tenra infância... ;)”

Sim, mas isso nao significa uma ilusao a cada virar de esquina.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 14, 2009 3:55:00 da manhã

mamie2 disse...

“Desiludimo-nos porque queremos mais e mais do outro e queremos que ele se molde àquilo que esperamos dele. O que nem sempre acontece e muitas vezes não deverá acontecer. Deixaria de existir equilibrio.”

Menos tempo dedicado a ilusoes e mais tempo dedicado a conhecermos a outra pessoa, é o segredo.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 14, 2009 3:55:00 da manhã

caditonuno disse...

“esperar e temer sempre o pior. quando estamos preparados o que acontece passa a ser pouco comparado com o que viria aí.”

Mai nada!

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 14, 2009 3:55:00 da manhã

Sara disse...

“não podemos é matar a criança que há em nós, porque eu acho que é ela que nos faz rir com tudo e com nada :)”

Mas nao podemos deixar que ela domine.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 14, 2009 3:56:00 da manhã

Abobrinha disse...

“ Já agora, gostei da tua escrita "sem preservativo" ;)”

Tenho as análises em dia.

“Ou seja, magoas alguém, esse alguém diz-te isso e tu dizes: a culpa é tua que criaste expectativas por promessas que não fiz.”

Pois, isso é infantilidade, o que é outro assunto.

“E há gente boa por aí... mas muita má! E há que saber a diferença! E a diferença entre um erro e um padrão de comportamento, como bem referes.”

Eu sou um deles, eu sou mau e muito mau, mas sou honesto tento evitar ao máximo que criem ilusoes em torno da minha pessoa. Sou mau mas aviso e deixo claro que o sou. Por outro lado quando chegam ao mau lado bom, apesar de nao deixar de ser mau, conseguem tudo.

”Ah, só queria dizer que a escrita sem preservativo pode resultar num nascimento (de ideias, no caso) não planeado mas muito feliz.”

Por isso lhe dou esse nome. Quando escrevo assim ou sai merda que é como se apanhasse herpes, ou sai mal explicado e é contestado o que é como se apanhasse gonorreia, ou chego a uma conclusao nao planeada que é o que procuro e aí sei que tenho um bom texto e os meus textos, sao meus filhos.

“E que os teus dois últimos parágrafos estão excelentes.”

Pois foram escritos após chegar a uma conclusao que procurava e aí o texto passou a ter rumo e um destino.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 14, 2009 3:56:00 da manhã

São disse...

“O diálogo é importantíssimo, muitos conflitos se poderiam evitar se as pessoas dialogassem mais.

Mas um diálogo franco, aberto, em que as pessoas se respeitassem, pensassem pela cabeça delas, falassem o que pensavam, ouvissem as outras e se assegurassem de que tinham entendido o que as outras tinham querido disser, porque às vezes umas estão a falar em alhos, e as outras percebem bugalhos, tirando conclusões precipitadas e erradas.”

E de preferência bem argumentado.

“Todos os silêncios mesmo o “Silêncios” do Eduardo Gageiro? :)”

Esses chamam-se silêncios, mas dizem-nos muito, contam-nos histórias, fazem-nos sentir.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 14, 2009 3:59:00 da manhã

Van disse...

"enfim, só pra dizer que isto tá muito filosófico e que o meu QI abaixou vários pontos..."

Ele também pode baixar?

  Jane Doe

quarta-feira, janeiro 14, 2009 1:56:00 da tarde

"Sim vicioso pois acontece com pessoa após pessoa. Tu aprendes mas e os outros?"

Pah, os outros... Não aprendem? É o que eu digo, aos outros não posso eu fazer nada.

Nem falar, nem aprender.

  Abobrinha

quarta-feira, janeiro 14, 2009 4:18:00 da tarde

Bruno

"eu sou mau e muito mau, mas sou honesto tento evitar ao máximo que criem ilusoes em torno da minha pessoa. Sou mau mas aviso e deixo claro que o sou. "

Isto pode confundir-se com o tal legitimar uma coisa má com o aviso de que se é mau. Há aqui quase deliberação (atenção que posso estar a projectar em ti o que acho que me fizeram). Já me fizeram isso e eu detestei. De uma das vezes vinguei-me! Mas lá está: não te conheço. Melhor é de cada vez tentar dar o melhor e não magoar ninguém.

Porque é que és mau? Naturalmente não precisas de responder, porque isto já pode entrar demais na tua intimidade.

  Pax

quarta-feira, janeiro 14, 2009 9:48:00 da tarde

"Podemos dar a alguém o poder de nos desiludir mas se nunca nos iludi-mos, ela irá falhar!"

Claro!
Foi ao iludirmos-nos que lhe demos o poder para nos desiludir :)

  S*

quinta-feira, janeiro 15, 2009 12:27:00 da manhã

Há sempre gente que nos desilude. E o pior é quando, mesmo com a desilusão, não somos capazes de seguir em frente.

  Bruno Fehr

quinta-feira, janeiro 15, 2009 12:55:00 da manhã

Sanxeri disse...

"Há sempre gente que nos desilude. E o pior é quando, mesmo com a desilusão, não somos capazes de seguir em frente."

Aí já estao a ser parvos :)

  FATifer

sábado, janeiro 17, 2009 2:07:00 da manhã

(em primeiro lugar as minhas desculpas, já queria e devia ter comentado este texto mas como te disse noutra ocasião, comentar aqui não se faz de ânimo leve)

“luto para não me iludir, principalmente com pessoas. Se esperar o pior e o pior não acontecer, acaba por ser positivo, mas se esperar o melhor e a pessoa não está à altura, a desilusão é uma consequência.”

Fizeste-me lembrar um primo (que infelizmente já não está fisicamente entre nós) que sempre me disse: “ para mim qualquer um é um fdp até prova em contrário” … pessoalmente gosto de dar o benefício da dúvida mas também tento não criar ilusões à partida (porque, como explicas, ilusões são inevitáveis).

“Eu sou um homem rigoroso comigo próprio, acho que a minha palavra é a única coisa que uma pessoa tem com valor e gosto que vejam a minha palavra como um contracto assinado, pois custe o que custar eu cumpro o que digo e não prometo nada que me seja impossível. Por mais que custe, cumpro os prazos, os horários e as acções prometidas.”

Também sou assim, só uma vez na vida falhei com a minha palavra e até hoje me sinto em dívida com essa amiga e ex colega de faculdade. Já lhe disse que me poderá sempre pedir o que quiser que, se estiver ao meu alcance, eu farei.

Lendo o resto, acabas por fazer o comentário ao teu próprio texto pelo que não vejo muito que possa acrescentar… apenas dizer que é doce a ilusão que conseguimos deixar do nos iludir e conseguir fugir ao sabor amargo das desilusões… (se estivesse a falar de bebidas diria que o amargo até pode ser bom e o doce nem sempre agrada).

Lendo a teu último paragrafo não posso deixar de me lembrar do filme The Matrix… (quando se diz que a primeira matrix era um mundo perfeito e que tal não tinha resultado…)

Abraço,
FATifer

  Bruno Fehr

domingo, janeiro 18, 2009 4:02:00 da manhã

FATifer disse...

“ para mim qualquer um é um fdp até prova em contrário” … pessoalmente gosto de dar o benefício da dúvida mas também tento não criar ilusões à partida (porque, como explicas, ilusões são inevitáveis)."

Eu acho que todos, são uns POTENCIAIS, filhos da puta antes de prova em contrário.
Nao coloco rótulos nas pessoas à partida, nem como filhos da puta, nem como boas pessoas. Mas se considerar as pessoas como potenciais desilusões, tenho uma menor margem de erro.

  Mauro

terça-feira, fevereiro 17, 2009 9:18:00 da tarde

A ilusão é para mim um distorcer da realidade que vem da ansiedade. Quando estamos bem não temos ilusões porque não precisámos delas..

Acontece que na maior parte do tempo ou estamos neutros ou estamos na mó de baixo e com a vontade de melhorar nosso estado de espírito, vem a ansiedade e com ela o pessimismo ou a ilusão.

Acho que o segredo é não deixar que a ansiedade tome conta de nós..ao fazermos isso estamos a garantir que somos nós próprios e que estamos a viver e a reagir em consciência.

Existe muita pressão para termos o que os outros têm, para termos aquilo que vemos aqui e ali..e muitas vezes acabamos nem sabendo o que realmente queremos ou porque o queremos..simplesmente limitamo-nos a querer..