Esdrúxulas!


Na sequência dos 2 textos anteriores, este será o texto que irá encerrarar a "trilogia".

A palavra esdrúxula é esdrúxula. Só o Português tem palavras esdrúxulas. Rica merda que inventámos!



Digam o que disserem o Latim influenciou todas as línguas, em todos os países que estiveram sobre domínio Romano. Quando me dizem, que as línguas que derivam directamente da Latim é o Português, o Espanhol, Italiano, Francês e Romeno. Apetece bater-lhes na cabeça com um gato em chamas.

O Português foi a língua que mais se distanciou do Latim, das que referi. A nossa língua deriva do Latim, mas foi ao Grego buscar a sua complexidade. O Italiano apesar da sua musicalidade e beleza sonora. é a língua que menos evoluiu, seguido do Espanhol. Duas línguas que são uma simplificação do Latim e não uma evolução com o Português e o Francês.



Quanto a outras línguas como o Alemão e o Inglês, não derivam directamente do Latim, mas sim das línguas bárbaras Normandas ou Saxónicas com uma forte influência do Latim. Em Português, demos novos sons às letras, acentuamos palavras para melhor as distinguir. Demos mais do que um som à mesma letra. Inventámos tempos verbais, que ninguém usa e inventámos regras que ninguém segue. Mas, mesmo assim, ninguém tem os tomates de propor uma actualização gramatical. Atiram-nos para cima, com ridículos acordos ortográficos, que só ofendem a nossa riqueza gramatical.



Complicámos esta língua tanto, só para agora, aparecem uns parolos a querer salvar a pureza da língua Portuguesa das influencias sofridas do Francês (como por exemplo, o inexistente verbo "meter" que não passa de uma versão do Francês "metre") e agora do Inglês (como por exemplo, "stress", "e-mail", "internet", "modem", etc). Mas, salvar que pureza? O que é que há de puro em algo que não é original? O Português vem do Latim, que por sua vez foi roubar muito ao Grego. O Português tem profundas influências Árabes, que têm centenas de anos. Influências do Francês nos últimos 100 anos. Actualmente influências Inglesas. O Português não é uma língua, é sim uma sopa de línguas, onde optámos por complicar em vez de simplificar. Não é só o Português, são todas as línguas modernas. Todas são uma mistura de muitas línguas.



A língua que tem menos influência externa, que ainda hoje se mantém pura e por isso é considerada a mais difícil de aprender em todo o mundo é o Basco. Além de ser a língua mais antiga da Europa. Mesmo aqui ao lado temos uma língua pura. Até a nossa segunda língua, quase extinta. A língua que se pensa ser a original do povo Lusitano, o Mirandês, é mais pura que o Português. Por que é que é uma língua em desaparecimento? Porque é pura, porque foi fechada e não evoluiu. Fechem a língua Portuguesa e iremos ter o mesmo destino. As línguas são para estarem abertas ao mundo. A influenciarem e serem influênciadas. Mas sujeitas a uma evolução natural e não imposta pelo estado.



O governo Francês está a criar leis, para combater o influência do Inglês. Em França, Suíça e Bélgica, foram encontradas palavras Inglesas em documentos, oficiais e até em leis. A Alemanha, está a seguir o mesmo exemplo para barrar o Inglês. Nós estamos a falar de países, onde incluo Espanha, que traduzem tudo, que dobram todos os filmes e séries. Tudo na TV é na língua oficial desse país e no entanto, são os que se sentem mais ameaçados. E Portugal? Os filmes são legendados, o Inglês faz parte do nosso dia-a-dia e ainda falamos Português. O que é que estraga a língua? Deveremos estar abertos a influências, ou ter a língua fechada à chave?



Todos os anos desaparecem no mundo 600 línguas ou dialectos. O que é que mantém uma língua viva? É a sua cultura. O Grego e o Latim, sobreviveram até aos nossos dias não devido à sua riqueza gramatical, mas si à sua riqueza literária.



Quando um Alemão diz "make-up", "pipeline" ou "chips" eu penso, "se eles dizem e são alemães, eu também digo". Porque não tem lógica, estar meia hora a dizer as alternativas em Alemão:



Make-up = aufgetragene Schminke

Pipeline = Leitung für Rohstoffe

Chips = gesalzene Kartoffelscheiben



Por favor, quando eu acabo de dizer, "gesalzene Kartoffelscheiben", perco a vontade de comer. Porque não usar "chips", é uma palavra curta, simples e dá jeito. É que "gesalzene Kartoffelscheiben" significa "tiras de batatas salgadas".

É suposto as línguas evoluírem e nessa evolução recebem novas palavras.

Agora, uma coisa é aceitar palavras para as quais não temos alternativa, outra coisa é aceitar palavras desnecessárias.

Exemplos:



"Stress", entrou no nosso vocabulário e está no nosso dicionário. Aceito, pois não havia alternativa em Português. Esta palavra ainda não tinha entrado no dicionário e os Portugueses já faziam dela um verbo. Eu stresso, tu stressas, etc.



"Bué", entrou no nosso vocabulário e está no nosso dicionário. Não aceito, pois temos palavras com o mesmo significado. "Muito", não serve? A palavra entrou no vocabulário e no dicionário, por estar largamente difundida. Então e as palavras "foda-se, caralho, foder, pissa, picha, pichota, cona, punheta, esporra" entre outras, são palavras em Português, largamente difundidas e ainda não ganharam o mérito, de ver as suas definições no dicionário. Aliás a palavra "bué" era mais usada no sul e centro do país, no norte usava-se a alternativa, que também não é palavra, "tótil". Então e agora, vamos adoptar o "tótil" também? Com "tótil" e "bué", podemos cagar na palavra que parece que queremos matar, ou seja a palavra "muito"!



Temos de deixar entrar palavras que simplifiquem a língua, onde "Internet", "E-mail", "modem", "online", são palavras aceitáveis. Mas já não é aceitável as palavras, "Net", pois temos "Rede", "Web" que é "Teia", "Laptop" que simplificamos para "PC Portátil", entre outras.



Precisamos de palavras que não temos. Temos de aceitar novas palavras e não inventar palavras como fizemos nos caso de: "Futebol" que não significa nada, mas deriva da palavra Inglesa "Football".




104 Comentários:

  ZumZumMataMoscas

terça-feira, janeiro 22, 2008 1:23:00 da manhã

Já não me lembro da definição exacta de esdrúxula e nem sequer me lembro se alguma vez soube exactamente qual era essa definição
Pensando bem, é preferivel não saber, pois até agora não me fez falta nenhuma saber isso.

http://zumzummatamoscas.blogspot.com/

  Bruno Fehr

terça-feira, janeiro 22, 2008 1:31:00 da manhã

ZumZumMataMoscas:

"Já não me lembro da definição exacta de esdrúxula e nem sequer me lembro se alguma vez soube exactamente qual era essa definição"

Uma palavra proparoxítona (Brasil) ou Esdrúxula (Portugal) é um vocábulo cuja antepenúltima sílaba é a sílaba tónica. Exemplos:

esdrúxula - es-drú-xu-la
informática - in-for-má-ti-ca
relâmpago - re-lâm-pa-go
gramática - gra má ti ca

  Anónimo

terça-feira, janeiro 22, 2008 1:39:00 da manhã

Já não se escreve stress: escreve-se stresse.No meio académico dedicado ao tema, por ex, oxidative stress, escreve-se stresse oxidativo. Eu ainda contestei, mas punham-me um risco em cima.

  Mãe Happy

terça-feira, janeiro 22, 2008 1:41:00 da manhã

Este comentário foi removido pelo autor.
  Castronauta

terça-feira, janeiro 22, 2008 1:41:00 da manhã

Neste texto (senao me enganei) usaste a palavra 'lingua' (singular e plurar) 29 vezes!!!! Como num texto anterior falaste sobre "engolir ou não, eis a questão" tens de escrever alguma coisa sobre minetes!!! :))

Quanto ao texto, cona, caralho, piça, entre outras existem mesmo no dicionario (http://www.infopedia.pt/pesquisa?qsFiltro=14), pelo menos no on-line.

Quanto ao resto, olha aprendi umas coisas, e concordo que a nossa lingua é complicada, mas que se foda: não tenho de a aprender, só evitar alguns erros!!!!

  Anónimo

terça-feira, janeiro 22, 2008 1:41:00 da manhã

Já cá faltava o bué ter honras de dicionário...é calão! Tal como merda e tal! Há que ser coerente: ou são só algumas ou são todas!

  Mãe Happy

terça-feira, janeiro 22, 2008 1:42:00 da manhã

Agora sem erros, espero eu!

A minha palavra esdrúxula favorita é o prepúcio! :D

  Anónimo

terça-feira, janeiro 22, 2008 1:42:00 da manhã

Apoiado: agora é a vez dos minetes. Na quero saber de sexo entre anões. Minetes. Vá. Começa a trabalhar.

  Bruno Fehr

terça-feira, janeiro 22, 2008 1:43:00 da manhã

vanadis:

"Já não se escreve stress: escreve-se stresse."

Eu vi logo que tinham de fazer merda! Em breve teremos Internete, E-maile e como ficará Online? Como já acaba em "e", terão de recorrer à originalidade, talvéz "Onlini".

"oxidative stress"

Dass, então as reacções químicas agora também são afectadas por stress? O oxigénio stressa o ferro?

  Afrika

terça-feira, janeiro 22, 2008 1:44:00 da manhã

Excelente post o anterior, excelente este... não pela forma em que tens que tar sempre no contra :P mas pela carga de informação útil que (pelo menos a mim) fizeste chegar! Aqui entre nos que ninguém nos ouve, as vezes apetece dar-te umas boas palmadas... LOL

  Bruno Fehr

terça-feira, janeiro 22, 2008 1:45:00 da manhã

Zaka:

"Agora sem erros, espero eu!"

Mas eu vi, eu vi!!!

"A minha palavra esdrúxula favorita é o prepúcio!"

Parto do principio que o teu homem não é circuncizado... caso contrário o prepúcio estará num frasquinho :)

  Anónimo

terça-feira, janeiro 22, 2008 1:49:00 da manhã

LOOOL! diz-se que uma célula está em stress oxidativo quando a balança entre as espécies oxidantes e anti-oxidantes pende para o das oxidantes, como as espécies reactivas de oxigénio (ROS) ou de nitrogénio. Vulgo, radicais livres.
O stress oxidativo está envolvido na neurodegeneração e no envelhecimento celular. Daí que ingerir anti-oxidantes atrase o envelhecimento. Pouco, mas se tivermos em conta que há milhares de anos a esperança média de vida não passava os 40 e agora pode chegar aos 100...
Um dos segredos para a eterna juventude está em saber evitar o stress oxidativo, ou seja, os danos causados pelo excesso de radicais livres.
O que se passa é que os radicais livres oxidam e destroem as nossas biomoléculas essenciais, entre elas o DNA. Os antioxidantes têm este nome porque são tão reactivos que são os primeiros a reagir com os radicais livres, que assim deixam as nossas moléculas em paz. E viveram felizes e novos para sempre. :-p

  Bruno Fehr

terça-feira, janeiro 22, 2008 1:50:00 da manhã

Castronauta:

"tens de escrever alguma coisa sobre minetes!!!"

Isso seria repetir-me:

http://so-me-apetece-cobrir.blogspot.com/2007/08/usem-lngua.html

http://so-me-apetece-cobrir.blogspot.com/2007/10/ms-lnguas.html

  Bruno Fehr

terça-feira, janeiro 22, 2008 1:51:00 da manhã

vanadis:

"Já cá faltava o bué ter honras de dicionário...é calão!"

A palavra Bué foi introduzida ao mesmo tempo da palavra Stress.

  Bruno Fehr

terça-feira, janeiro 22, 2008 1:52:00 da manhã

Afrika:

"não pela forma em que tens que tar sempre no contra :P"

Estou do contra porque está tudo mal :)

"Aqui entre nos que ninguém nos ouve, as vezes apetece dar-te umas boas palmadas..."

Olha que eu posso gostar e depois começam os problemas!

  Bruno Fehr

terça-feira, janeiro 22, 2008 1:58:00 da manhã

Vanadis:

"diz-se que uma célula está em stress oxidativo quando a balança entre as espécies oxidantes"

E como é que vocês se safavam antes de existir essa palavra?

"Daí que ingerir anti-oxidantes atrase o envelhecimento."

Então achas boa ideia, sempre que coloque anti-oxidante na àgua do carro, beba um litrito?

"Os antioxidantes têm este nome porque são tão reactivos que são os primeiros a reagir com os radicais livres, que assim deixam as nossas moléculas em paz. E viveram felizes e novos para sempre. :-p"

Já pensaste em escrever livros infantis? Eu acho uma óptima ideia, pegas em estórias de encantar e fábulas e substituis os personagens por termos químicos. Uma espécie de "Era uma vez a vida" (que eu adorava ver em puto).

Se ficares rica com esta ideia, lembra-te de mim!

  Bruno Fehr

terça-feira, janeiro 22, 2008 2:00:00 da manhã

vanadis:

"Apoiado: agora é a vez dos minetes."

Tal como disse ao Castronauta. Isso seria repetir-me:

http://so-me-apetece-cobrir.blogspot.com/2007/08/usem-lngua.html

http://so-me-apetece-cobrir.blogspot.com/2007/10/ms-lnguas.html

  Anónimo

terça-feira, janeiro 22, 2008 2:00:00 da manhã

Mas stress não é calão. É um termo técnico. Médico ou científico. Há muitas palavras no meio cientifico que usamos em ingles, ou adoptamos como estrangeirismo, por serem ou impossiveis ou secantes de usar em portugues.

Por exemplo:

Ca-ATPase - calcium Adenosinetriphosphatase em portugues seria algo como adenosina trifosfatase do cálcio. E teriamos de escrever a sigla como ATFCa. Que lindo. E depois ninguem se entendia no meio cientifico...

Outra: ion-motive ATPases. Nunca soube como raio havioa de traduzir isto, porque pura e simplesmente não tem tradução. Ficaria algo do genero "Atpase com motivos de iões", o que é incorrecto. O termo refere-se a proteínas transportadoras (enzimas chamadas ATPases, porque usam ATP pa isso) que bombeiam ou transportam iões de um lado pó outro. Não como passar isso pa portugues, a modos que -eu pelo menos- usamos o termo ingles e mainada, se até foram eles a descobrir e dar o nome à coisa...

Stress é um termo cientifico e médico utilizado para designar desequilibrios. Não tem uma tradução imediata, apenas um significado paralelo: desequilibrio num sistema.

  Anónimo

terça-feira, janeiro 22, 2008 2:05:00 da manhã

O termo stress foi logo adoptado, assim que apareceu e foi divulgado. Nunca houve outro. No meio cientifico portugues utiliza-se muito os termos ingleses.

Escrever livros infantis, lol!! para já contento-me em usar essas tiradas na formação. Tb gostava muito do era umavez a vida. POdia inventar o era uma vez a célula! :-)

Quanto aos minetes, ok, não sabia que não andava por aqui nessa altura. Mas podes sempre repetir-te, lol.

Há muitos tipos de anti-oxidantes! Os que nos fazem bem são, por ex, vitamina C, vitamina E... os do carro não me parece que te ajudassem. E não será que o que se mete na água do carro é anti-congelante??

  Bruno Fehr

terça-feira, janeiro 22, 2008 2:16:00 da manhã

Vanadis:

"Mas stress não é calão. É um termo técnico. Médico ou científico."

Não é calão nem nunca foi e hoje como palavra contante do nosso vocabulário nunca o será. Bué, também não era nem nunca foi calão era sim um estrangeirismo que foi oficialmente adoptado ao mesmo tempo que stress.

  Bruno Fehr

terça-feira, janeiro 22, 2008 2:21:00 da manhã

Vanadis:

E o que me dizes a um coxktail de:

Vitamina C - 1050mg
Vitamina E - 399mg
N-acetil-cisteína - 210mg
Ácido alfa lipóico - 105mg
Fosfatidilserina - 99mg
Zinco - 30mg
Co Q-10 - 30mg
Beta-caroteno - 15mg
Selénio - 240mcg

Indicações:
- Fortalecer o sistema imunitário;
- Prevenir o envelhecimento celular e o aparecimento de lesões em atletas;
- Acelerar a recuperação muscular após esforço.

É droga boa ou droga má?

  Maria Manuela

terça-feira, janeiro 22, 2008 2:22:00 da manhã

Um talento robusto, uma inteligência brilhante...



bjo

  Ana

terça-feira, janeiro 22, 2008 2:28:00 da manhã

Isso é tipo Centrum. Mas versão anti-oxidantes. Por acaso ainda não tomei o meu...no ultimo ano, LOL.

Contudo, não se deve exagerar na quantidade de anti-oxidantes. Não esquecer que são hiper-reactivos, se forem em demasia, já não há radicais livres pa eles e começam a reagir com outras cenas. Existe um eq entre radicais livres e anti-oxidantes.

No caso de atletas isso faz sentido, porque devido ao exercicio teem um metabolismo muito elevado, logo, produzem muito mais radicais livres e envelhecem mais rapido.

Mas os complexos multivitaminicos são suplementos, apenas servem para complementar a alimentação. Se passasses a vida a beber sumos e a comer muita fruta e tal, não precisavas disso.

  Ana

terça-feira, janeiro 22, 2008 2:30:00 da manhã

Mas, nota, eu sou bioquimica, não nutricionista. A minha área de trabalho não se prende com os antioxidantes.

  Bruno Fehr

terça-feira, janeiro 22, 2008 2:32:00 da manhã

Maria Manuela (M&M):

"Um talento robusto, uma inteligência brilhante..."

E depois não querem que seja convencido :)

  Bruno Fehr

terça-feira, janeiro 22, 2008 2:37:00 da manhã

Vanadis:

"Não esquecer que são hiper-reactivos, se forem em demasia, já não há radicais livres pa eles e começam a reagir com outras cenas."

Os meus radicais morrem todos de stress e eu ainda aqui ando :)

"porque devido ao exercicio teem um metabolismo muito elevado"

Tenho fome de 5 em 5 minutos e sou magro, poderá dizer-se que tenho um metabolismo elevado. A minha nutricionista gostaria de saber o que faço ao que como... mas acho que ela sabe por onde essa comida sai!

"Se passasses a vida a beber sumos e a comer muita fruta e tal, não precisavas disso."

Sumo de uva ou de cevada, serve?

"Mas, nota, eu sou bioquimica, não nutricionista."

Mas como bioquimicas, sabes me dizer se me posso transformar numa tartaruga ninja, por tomar isto!

  luafeiticeira

terça-feira, janeiro 22, 2008 3:12:00 da manhã

Atenção que foda-se já entrou no Dicionário já há alguns anos e bué tem origem angolana.
jocas

  Bruno Fehr

terça-feira, janeiro 22, 2008 3:32:00 da manhã

luafeiticeira:

"Atenção que foda-se já entrou no Dicionário já há alguns anos e bué tem origem angolana."

O bué, eu sei, mas o foda-se não consta de todos os dicionários, pelo menos naqueles "estupidificados" da Porto Editora.

  Ana

terça-feira, janeiro 22, 2008 3:47:00 da manhã

LOl, não, como bioquimica garanto-te que não te vais transformar numa mutant turtle. Eh páh, então és dos sortudos que comem o que querem e não engordam...eu já fui assim...há dez anos atrás... :-p

O que eu queria dizer é q a minha area não são as vitaminas...eu trabalho com proteinas. Nomeadamente, com a Ca-ATpase (é a enzima que permite que consigas relaxar os musculos). E com glicogenio fosforilase (é a que quebra o glicogenio e o transforma em açucar pronto a usar). Tudo da área da contracção muscular, que é uma área enorme, na qual só olho para uma caganita que já me anda a irritar.
A área do stress oxidativo é uma das áreas mais emergentes, com aplicações importantes em tratamentos de Alzeimer e atraso de envelhecimento. Mas agora vai dizer isto aos sacanas que dão as bolsas em função de tachos e cunhas.

  Bruno Fehr

terça-feira, janeiro 22, 2008 3:55:00 da manhã

Vanadis:

"Eh páh, então és dos sortudos que comem o que querem e não engordam..."

Após 10 anos rodeado por nutricionistas e alimentações impostas para controlo de peso por motivos desportivos, quando me retirei fiquei como que bloqueado a nível de peso. No entanto mantenho-me activo desportivamente mas sem controlo alimentar.

"e atraso de envelhecimento."

Precisas de cobaias? A mim dizem-me que não envelheço e só o meu BI esclarece a minha idade. Talvéz por isso só me saem pitas fritas!

  tavguinu

terça-feira, janeiro 22, 2008 10:07:00 da manhã

"O Português não é uma língua, é sim uma sopa de línguas"

sopa de letras tás visto :-)

e gaja vem de onde ?

  me

terça-feira, janeiro 22, 2008 10:59:00 da manhã

Não é só a língua ou dialecto Mirandês que está a desaparecer, tens também o dialecto Mindrico (Minde) em vias de extinção, que caso não saibas foi desenvolvido pelos feirantes da terra com o objectivo de que os restantes feirantes e pessoas que frequentavam as feiras, não entendessem o que falavam.

P.S. Sempre que escreves em alemão pões-me agoniada! Lembro-me do desnortei que foi a minha visita a Munique em que pela primeira vez na minha vida me perdi, com um mapa na mão. :S

  Sónia Miranda

terça-feira, janeiro 22, 2008 11:55:00 da manhã

Crest??
ShOOt Me!!!!!

  China Girl

terça-feira, janeiro 22, 2008 12:39:00 da tarde

Olá olá!!!!
Crest,não achas maravilhoso que a nossa lingua seja uma mistura das duas linguas mais influentes em todo o Mundo?O que te preocupa na complexidade da nossa lingua se a falas e escreves tão bem???
Que tipo de actualização gramatical sugeririas?Eu discordo,tal como já referi anteriormente,com os acordos ortográficos da treta que nos tentam impor,mas discordo também que se deixem de dividir as palavras por silabas tónicas,significados,fonemas ou grafias!!!A nossa lingua é tão rica,para quê perdermos também isso????
Sou totalmente a favor da evolução e inclusão de novas palavras no nosso dicionário,acho ridículo tentar "aportuguesar" palavras como internet ou streess!São palavras que,não sendo portuguesas,valem o que valem,são universalmente utilizadas,pois apesar de sermos países independentes estamos cada vez mais ligados entre nós na tal "aldeia global" de que tanto falam.Estas palavras serão o dialecto dessa mesma aldeia global,palavras escritas e ditas da mesma forma e com o mesmo significado quase all over the world...
Quanto ás medidas que estão a ser tomadas em França,Suiça e Bélgica permite-me dizer que acho um bocado radicais!É natural que as linguas se fundam cada vez mais umas nas outras devido a globalização,mas não acredito que ao se fundirem acabem por se perder as raízes da sua história linguística,acredito sim que evoluam e se acrescentem novas palavras,novos fonemas,novos significados globais.
Ainda bem que no nosso país não temos o hábito de dobrar todos os programas!Pessoalmente devo confessar que não gosto mesmo nada de programas dobrados,talvez porque não esteja habituada!Sei que em Espanha isso é totalmente natural,e que os epanhois conhecem a voz Samuel L. Jackson ou do Al Pacino sempre da mesma forma...Mas será realmente possível dobrar essas
vozes e as entoações que conseguem dar a tudo o que dizem???
Quanto ao calão como bué,tótil e afins não me parece útil a sua entrada no dicionário,a não ser que seja um dicionário exclusivamente de calão.Não são palavras "universais",existem outras palavras possiveis na lingua portuguesa que as substituem ,por isso não concordo.Sempre existiu calão e nem por isso tinha honras de dicionário.
Não me parece que a lingua Portuguesa corra o risco de vir a ser
extinta...É demasiado rica ,culturalmente,gramaticalmente,fonéticamente...
Se assim fosse como poderíamos nós escrever saudade?...
Beijos e Keijos :)

  Anónimo

terça-feira, janeiro 22, 2008 1:06:00 da tarde

Depois de portugueses, espanhóis e afins, supostamente católicos, andarem há 1300 anos a dar graças a Alá sem o terem ainda percebido ou banido da língua, eu digo-te:

-Oxalá* o gato escape às chamas!

(* deriva do arabe -Incha'allah - irónicamente, graças a Alá, o Deus muçulmano).
Queres melhor que isso?

  AmSilva®

terça-feira, janeiro 22, 2008 2:59:00 da tarde

sinceramente nunca tinha notado como o Português chega a ser tão complicado, como se não bastasse todas as palavras novas que o pessoal mais jovem inventa a diário, mas do pessoal estrangeiro que conheço todos me dizem que o Português é dificil, já me disseram mesmo que mais fácil ainda é o chinês, não sei se o mandarim ou outro...
tens razão quando referencias o Basco como a língua mais antiga da Europa, neste momento o que se fala e escreve é o Euskera), uma junção do Nafarroa (Navarra), Guipozkoano (Guipozcoa) e do Vizkaíno (Vizkaia), mesmo assim tem cerca de 3000 anos segundo rezam as publicações a respeito, além de que para não se tornam uma língua "morta" está de novo ao poder, sendo falada escrita a 98% em relação ao Castelhano (vulgarmente conhecido como espanhol), e ensinada nas escolas e faculdades e ou universidades, o governo autónomo Basco paga os cursos aos estrangeiros interessados em aprender o idioma.

Num aparte, ainda bem que na Alemanha adaptaram algumas formas do inglês, eu agradeço e assim torna-se mais fácil comer o que quero e não o que querem...

  Bruno Fehr

terça-feira, janeiro 22, 2008 3:02:00 da tarde

tavguinu:

"e gaja vem de onde ?"

Boa pergunta, as minhas são de todo o lado, não sou esquisito, mas evito Espanholas, principalmente com gatos Iranianos!

  Bruno Fehr

terça-feira, janeiro 22, 2008 3:04:00 da tarde

Mamie2:

"o dialecto Mindrico (Minde) em vias de extinção"

Devido à maneira como apareceu, não vejo razões para a existência dele.

"Lembro-me do desnortei que foi a minha visita a Munique em que pela primeira vez na minha vida me perdi, com um mapa na mão."

As mulheres não sabem ler mapas e os homens não sabem ir às compras :S

  Bruno Fehr

terça-feira, janeiro 22, 2008 3:05:00 da tarde

Sónia Miranda:

"Crest??
ShOOt Me!!!!!"

Pistola não tenho, mas posso dar-te um mocada!

  Sílvia

terça-feira, janeiro 22, 2008 3:14:00 da tarde

Bem, sempre houve estrangeirsmos e vão existir sempre...sinceramente não me faz especie e a gramatica, gosto dela assim peculiar e detesto que não saibam conjugar os verbos. Manias.lol.

Já o totil...sabes... não a conhecia como palavra comum no norte. Acho que raras foram as vezes que a ouvi.

Bjito

  Sílvia

terça-feira, janeiro 22, 2008 3:17:00 da tarde

Acabei de me lembrar que ainda hoje faço o mesmo exercicios mentais e às vezes até verbalizo para encontrar a silaba tónica ou distinguir a palavra esdruxula. Ganda escola primária.ehe.

  Bruno Fehr

terça-feira, janeiro 22, 2008 3:24:00 da tarde

Ana Reis:

"O que te preocupa na complexidade da nossa lingua se a falas e escreves tão bem???"

O facto de ter de falar com quem não sabe falar. O facto de me sentir envergonhado por certos representantes quando eles abrem a boca. Pelo facto de ter de ler, quem não sabe escrever.

"Que tipo de actualização gramatical sugeririas?"

Evolução gramatical a acompanhar a evolução natural da língua. Já ninguém diz "Traze-me um copo de água" as pessoas dizem "trás-me um copo de água", como não há maneira de corrigir este erro, vamos actualizar as gramáticas e deixa de ser erro.

Já ninguém diz "amanhã será Sábado", dizem amanhão é Sábado", misturando o verbo ser no presente com o "amanhã" que é futuro. É outro erro, mas impossível de reparar, então vamos criar uma regra na gramática, para que deixe de ser erro.

Não se admite que tenham sido preciso mais de 60 anos, para as gramáticas escreverem "quase" em vez de "quasi"

O Português falado não é gramaticalmente correcto, mas como burros velhos não têm ensino, acho que só nos resta actualizar as gramáticas!

Será isto alterar a nossa língua? Sim, é! Mas se já falamos mal, porque não?

Pelo menos deixo de ficar de boca aberta com as barbaridades ditas diáriamente na TV e jornais!

"e que os epanhois conhecem a voz Samuel L. Jackson ou do Al Pacino sempre da mesma forma...Mas será realmente possível dobrar essas
vozes e as entoações que conseguem dar a tudo o que dizem???"

Aqui na Alemanha também é assim, as dobragens são feitas com tal qualidade que chega a parecer que não é dobrado. Não tem nada a ver com as novelas Mexicanas dobradas em Brasileiro. A voz do Al Pacino é dobrada sempre pela mesma pessoa. A mim faz-me confusão pois conheço a voz do Al Pacino, mas o Alemão não a conhece.

"Quanto ao calão como bué,tótil e afins não me parece útil a sua entrada no dicionário a não ser que seja um dicionário exclusivamente de calão"

Atenção que "bué" não é calão nem nunca foi. Bué é uma palavra de origem Africana e que foi adoptada oficialmente como Português ao mesmo tempo que a palavra "Stress" (salvo erro em 1996). Sendo uma palavra de outra língua e agora sendo Portuguesa faz com que não seja, nem nunca tenha sido calão. Tótil sim, isso é calão.
Podes escrever num teste de Português "bué" que não serás penalizada por isso.

"Não me parece que a lingua Portuguesa corra o risco de vir a ser
extinta...É demasiado rica ,culturalmente,gramaticalmente,fonéticamente..."

Esse risco não existe devido à existência de 800 milhões de pessoas a falar a nossa língua na América e Africa, é por isso que querem fazer os acordos ortográficos. A revista Time, vê o Português Europeu como uma língua em risco de desaparecimento, seguida do Grego. A revista Time não sabia é que o Brasileiro é Português e corrigiu o artigo.

  Bruno Fehr

terça-feira, janeiro 22, 2008 3:26:00 da tarde

Pax:

"Depois de portugueses, espanhóis e afins, supostamente católicos, andarem há 1300 anos a dar graças a Alá sem o terem ainda percebido ou banido da língua, eu digo-te:

-Oxalá* o gato escape às chamas!"

É verdade :)

  Bruno Fehr

terça-feira, janeiro 22, 2008 3:29:00 da tarde

Amsilva:

"mas do pessoal estrangeiro que conheço todos me dizem que o Português é dificil, já me disseram mesmo que mais fácil ainda é o chinês, não sei se o mandarim ou outro..."

O Português é muito mais fácil do que o que dizem, o Mandarim tem 5 entoações para cada vogal em que podes dizer "cavalo" em vez de "mãe". O Português é a sétima língua mais dificil de aprender, mas insto inclui a gramática e a oralidade.

  Bruno Fehr

terça-feira, janeiro 22, 2008 3:31:00 da tarde

SílviA:

"Já o totil...sabes... não a conhecia como palavra comum no norte. Acho que raras foram as vezes que a ouvi."

Andava em voga nos anos 90, bastava ir a qualquer festival de verão e ter 30 nortenhos anti-mouros a corrigir todos os nossos bué! Principalmente a malta de Vila Real que chegavam a dizer que os tripeiros também são mouros!

  Anónimo

terça-feira, janeiro 22, 2008 4:21:00 da tarde

Adoro aprender :) gostei tótil do texto! A sério que gostei mesmo bué! Não sei porquê mas estas duas palavras são as palavras mais estúpidas que existem no nosso vocabulário :S continuo a preferir o "muito". Mas muito obrigado pela curta estória da história da nossa língua! :) Keep up the good work (sendo sincera acho que se pusesse isto em português não me soava tão bem...). Só um aparte porque só agora é que vi o comentário do vanadis...eu escrevi em todos os testes e exames de bioquímica "stress oxidativo", aliás ninguém na ESTM (nem docentes, nem discentes) colocava o "e" no final da palavra. Ainda agora na FCUL já li imensas vezes "stress oxidativo"...mas deve ser porque os professores são fiéis aos inglesismos (por mim: ainda bem!).

  Anónimo

terça-feira, janeiro 22, 2008 4:29:00 da tarde

continuámos a ter uma língua mt traiçoeira;)

  me

terça-feira, janeiro 22, 2008 4:31:00 da tarde

No entanto faz parte da história e não deixa de ser interessante manter o seu registo.

Quanto à parte das compras tenho de concordar, já quanto à parte dos mapas nem por isso. :P

  Ana

terça-feira, janeiro 22, 2008 4:40:00 da tarde

physalia, tb andas nas andanças da bioquimica ou afins? pois, eu tb sempre escrevi e li stress oxidativo, mas agora andam com a mania de escrever stresse...

Por mim, acho que é uma questão de coerencia! Se escreves stress no inicio da pagina, terás de o escrever no meio e no fim!

É a mesma coisa/guerra com a palavra mitocondria. Na verdade, mitocondria, que deriva de mitocondrium, deveria ter sido traduzido para mitocondrio. Mas usa-se as duas cenas, desde que com coerencia. O mesmo para enzima: há quem diga o enzima e há quem diga a enzima. Desde que se seja coerente.

E porque haveremos de escrever stresse se em todo o lado os portugueses escrevem DNA e não ADN e RNA e não ARN e dizem HIV e não VIH?...

Como já repeti, penso que é tudo uma questão de se ser coerente. Se se utiliza uma vez determinado termo, genero stress, mantém-se fiel a isso (a não ser que o chefe-orientador te de muito na cabeça, como o meu...mas a nossa relação é, ele diz isso está mal e eu replico, azarinho, eu acho que está bem).

  martagarcia

terça-feira, janeiro 22, 2008 4:41:00 da tarde

Como alguém já referiu, a palavra bué não é calão. Já se usa há muitos anos e faz parte de uma marca cultural. O bué foi introduzido em Portugal pelos retornados de África, mais precisamente de Angola. Generalizou-se com a chegada de angolanos, moçambicanos e cabo-verdeanos e entrou no português como a maior parte das palavras latinas o fizeram inicialmente, pela oralidade.

O facto de se incluirem essas palavras no dicionário é porque elas, quer queiramos quer não, fazem parte da utilização geral dos falantes de uma língua. O dicionário deve ser constantemente actualizado e deve reflectir a realidade linguística que se vive num país. Dizer que só se usa numa parte do país não é de modo nenhum justificação. Há muitas palavras no dicionário que eu desconhecia porque são regionalismos. Não é por não as usar que não as quero no dicionário.

Crestfallen: acho que grande parte das palavras que referiste já constam no dicionário. Picha, por exemplo, não se refere apenas ao pénis, também quer dizer camarão pequeno. Caso não estejam presentes nos dicionário da Porto Editora, deve-se ao facto da sua utilização ser feita por estudantes de tenra idade que não se "deveriam" cruzar com esse tipo de palavras. Estarei eu a fazer pouco do pensamento dos académicos que fazem os dicionários?

Quanto às esdrúxulas, elas não existem só no português. O espanhol também tem palavras esdrúxulas e o francês, creio que não lhes chamam assim, mas também tem. Não fossem eles os tipos que acentuam tudo e mais alguma coisa.

(Nota: reparei que tens sériamente escrito com acento, no teu texto a propósito dos comentários e do moçambicano. Já há uns anos que os advérbios de modo, aqueles terminados em "mente", deixaram de ser acentuados. Em português as palavras só são acentuadas até à antepenúltima sílaba, sendo por isso esdrúxulas.)

O português sofre influências do francês pelo menos desde o Renascimento. Muitos dos textos/livros que chegavam ao nosso país estavam escritos em francês. Que, depois da Itália, era o centro da cultura e o país para onde muitos estudiosos e cientistas portugueses se encontravam a estudar ou refugiados da Inquisição. Já mais tarde, Eça de Queirós foi um dos principais utilizadores e promotores de estrangeirismos, essencialmente do francês.

A língua portuguesa sempre foi muito permeável às influências estrangeiras e esse é um dos motivos da nossa riqueza vocabular. Contudo, nesse sentido sou purista e irrita-me solenemente que a nossa língua esteja a ser cada vez mais invadida e trocada pelos anglicismos. Os cientistas, sejam de que área forem, que me perdoem, mas grande parte da culpa é deles, uma vez que não se dão ao trabalho de procurar pessoas especializadas na área da tradução para os ajudarem a verter para a nossa língua os manuais e trabalhos científicos que produzem. Daí que nas Universidades portuguesas se encontrem muito poucos manuais/livros das várias áreas em português europeu. Depois... queixem-se dos brasileiros. Eles tem tudo/quase tudo traduzido para português (do Brasil) e têm dicionários técnicos muito melhores do que os nossos.

(Nota: ironicamente muitas das palavras inglesas que conhecemos, por exemplo as terminadas em -tion, são originárias do francês. cf. Guerra dos Cem Anos)

*

  Ana

terça-feira, janeiro 22, 2008 4:48:00 da tarde

Quanto ao resto, deixa-me que te diga Crest que as poucas coisas que me fazem ter um niquinho de orgulho em ser tuguesa é, precisamente, a lingua portuguesa. Já não me lembro quase népias da gramática, no sentido que já não a sei recitar. Mas sei utilizá-la e gosto de a utilizar. Só já não me lembro dos nomes a dar às regras.
Mas de qq maneira sempre fui muito intuitiva com a escrita e a fala (na verdade, falo como escrevo, daí que fique sempre admirada quando é usado calão aqui ou ali e eu nunca o tinha percepcionado - mas tu já sabes porque é que é assim), sabia exactamente como é que uma palavra podia ser utilizada, mas depois apercebia-me que não lhe conhecia o significado! LOL!

De qq maneira, adoro que a nossa Lingua seja complexa. Adoro que numa só palavra se possam encontrar tantos significados e significantes!! Adoro que seja tão plástica que se possam construir frases até nunca acabar e figuras de estilo (as minhas preferidas: a ironia e a antitese).

Concordo, no entanto, que se torna demasiado complexa em alguns casos. Por exemplo, detesto estudar em portugues...prefiro faze-lo em ingles. Porque? Porque é uma lingua mais simples e o que é uma só palavra em ingles, chega a ser uma expressão inteira em portugues. Torna-se mais pratico e rapido estudar em ingles. Especialmente em ciencia.

  Vício

terça-feira, janeiro 22, 2008 4:50:00 da tarde

vou apenas falar dos filmes!
já vi cenas de filmes dobrados (sem mencionar o canal 18) e sinceramente não gostei porque para além de perder qualidade dá a sensação de que os actores têm alguma deficiencia na boca quando falam!
quanto às legendas... acho bastante util e seria ainda mais se quem traduz fosse alguém que se preocupasse com a lingua portuguesa!
ler é uma forma de aprendizagem e nesse aspecto as legendas podiam ser uteis

  Ana

terça-feira, janeiro 22, 2008 4:53:00 da tarde

Martagarcia, o problema é não existirem muitos tradutores capazes de arranjar expressões em ciencia. Como já expliquei anteriormente, há expressões que são baptizadas em ingles e que, por uma questão de todos se entenderem no meio cientifico (o meio cientifico é ingles, agora atá já nos obrigam a fazer as defesas de mestrado e doutoramento e até estagio, em ingles!!!!!!), se mantêm assim. E, na verdade, há nomes que não há como encontrar correspondencia em portugues.
Pessoalmente, sempre tentei e fui incentivada a isso a, se quero escrever em portugues, adaptar isso ao portugues. Tirando alguns termos como stress. O termo é stress e pronto. Foi assim que foi introduzido, é esse o nome dele, stress, não interessa a origem.
Não concordo com não deixarmos entrar estrangeirismos. Se o fizermos, a lingua estagna.

  Ana

terça-feira, janeiro 22, 2008 4:54:00 da tarde

Vicio, eu ABOMINO filmes dobrados!!!!!!!!

  Ana

terça-feira, janeiro 22, 2008 4:55:00 da tarde

Ah, quanto a defender a tese em ingles: NUNCA JAMAIS EM TEMPO ALGUM!!!!!!!!!!!!

  martagarcia

terça-feira, janeiro 22, 2008 5:23:00 da tarde

Crestfallen:

"Precisamos de palavras que não temos. Temos de aceitar novas palavras e não inventar palavras como fizemos nos caso de: "Futebol" que não significa nada, mas deriva da palavra Inglesa "Football"."

A necessidade de criar as novas palavras fez-nos criar coisa como "futebol" ou "baquetebol" ou "andebol". É também uma questão de economia da língua e necessidade de ser compreendido. Falavas do facto do alemão ter expressões ou palavras enormes para determinadas situações e por isso recorrias ao inglês. Achas que um "bolapés", um "bolacesto" ou "bolamão" seriam melhores? (Nota: em espanhol estes desportos chamam-se: balompié, baloncesto e balonmano em alternativa à palavra derivada do inglês)

"Inventámos tempos verbais, que ninguém usa e inventámos regras que ninguém segue."

Em português não há nenhum tempo verbal que não haja em francês e que não tenha vindo directamente do latim. Quanto às regras que ninguém segue... so tenho uma palavra para isso: IGNORÂNCIA. E todos nós sabemos que vivemos num país de carneirinhos e, pelo facto do sr. dr. não sei quantos dizer mal, nós também podemos todos dizer como ele... É triste.



vanadis:

"É a mesma coisa/guerra com a palavra mitocondria. Na verdade, mitocondria, que deriva de mitocondrium, deveria ter sido traduzido para mitocondrio. Mas usa-se as duas cenas, desde que com coerencia. O mesmo para enzima: há quem diga o enzima e há quem diga a enzima. Desde que se seja coerente."

Não sou das ciências mas posso dizer-te que não é por mitocondrium (designação latina) ser masculino, que no português não o possa ser. Aconteceu com mais palavras, tal como há palavras em inglês ou alemão que tem um género e no português tem outro. Em português é feminina. Mitocôndrio é errado, existe no italiano e quando muito, os brasileiros dizem no masculino por influência italiana.
Quanto À enzima. Esta é uma palavra feminina no português, tal como quase todos os substantivos portugueses terminados em "a" (excepção feita por exemplo à unidade de medida "grama", que é masculina ao contrário do que toda a gente pensa e diz) . Quem diz o enzima, mesmo que seja coerente, estará sempre a ser coerente erradamente.



É por estes motivos que eu acho que o ensino do português deveria ser obrigatório mesmo no ensino superior. Vê-se cada barbaridade!

  martagarcia

terça-feira, janeiro 22, 2008 5:34:00 da tarde

vanadis:
"(o meio cientifico é ingles, agora atá já nos obrigam a fazer as defesas de mestrado e doutoramento e até estagio, em ingles!!!!!!), se mantêm assim. E, na verdade, há nomes que não há como encontrar correspondencia em portugues."

O meio cientifico é inglês porque nós deixamos, e por nós não me refiro apenas aos portugueses! Se cada país não tiver a sua língua cientifica... passaremos todos a falar inglês aos poucos e a perder as nossas línguas.

Quanto às teses e afins.. Bolonha assim o obriga. Vivemos numa Comunidade Europeia que tem como língua de trabalho o inglês e o francês para actos oficiais, portanto... acaba por ser natural. Além do mais, ns ciências, estão mais do que habituados à terminologia inglesa, não é? Feliz ou infelizmente, é dessa forma que os cientistas serão reconhecidos pelos seus trabalhos. Mas deves saber isso melhor do que eu...

  China Girl

terça-feira, janeiro 22, 2008 6:53:00 da tarde

Que bonito!!!!
Gosto de ver tantos comentários sobre um assunto aparentemente desinteressante!!!:)Isto só prova que de facto este blog tem qualidade(até os leitores do blog são interessantes...eh eh eh).
Desconhecia a origem do bué ,como gaja do norte que sou também não costumo utilizá-lo muito!!!:)
Por muito bem dobrado que um filme ou serie seja não gosto mesmo nada de ver nem de ouvir...nem acho que favoreça mais a lingua de um país usar as dobragens!!!
Acho até muito bom as pessoas terem acesso á fonética das outras linguas,é cada vez mais fácil aprender ,principalmente ingles,pois está constantemente a ouvir-se na televisão,na rádio...
A nossa lingua nunca irá morrer,pelo menos não nos próximos tempos!Tal como referiste e muito bem espalhamo-la por esse mundo fora,por isso tão cedo não se vêm livres desta complexa e bonita lingua!!!
Beijos

  martagarcia

terça-feira, janeiro 22, 2008 7:29:00 da tarde

ana reis:

"A nossa lingua nunca irá morrer,pelo menos não nos próximos tempos!Tal como referiste e muito bem espalhamo-la por esse mundo fora,por isso tão cedo não se vêm livres desta complexa e bonita lingua!!!"

É preciso que nós a conheçamos e a ensinemos! Se não tratarmos bem dela, acaba por sucumbir à chamada língua franca da dita aldeia global.

Viva a Língua Portuguesa! ;)

  Anónimo

terça-feira, janeiro 22, 2008 7:35:00 da tarde

"É verdade"

Se fizeres um inquérito, vais ver que a maior parte das pessoas que sempre usaram a palavra "oxalá", nunca repararam que estavam a dar graças ao Deus dos arabes...

Beijos.

  Hélder

terça-feira, janeiro 22, 2008 8:58:00 da tarde

Omal (bem) deste blog é que demora como o caraças ler até ao fim! Porque se aprende imenso nos comentários!

E com isto tudo já não sei o que vinha aqui dizer...

Abraço!

  ZumZumMataMoscas

terça-feira, janeiro 22, 2008 9:24:00 da tarde

Crestfallen,

Mui to o bri ga do pe la ex pli ca ção!
Na rea li da de, já não me lem bra va da de fi ni ção mas se pu xa sse mui to pe la ca be ça tal vez me lem bra sse.

http://zumzummatamoscas.blogspot.com/

  Anónimo

terça-feira, janeiro 22, 2008 11:20:00 da tarde

E também no caso de basquetebol, andebol e voleibol por exemplo. Sugestões para denominar os desportos em português Crest? É um tema giro.
Saudações (pronto e um beijinho que mereces pelos teus 2 posts mencionados nos comentários a este),
Ana

  Schlumpy

terça-feira, janeiro 22, 2008 11:58:00 da tarde

E futebol qualquer dia dir-se-á soccer ou aportuguesado soquer :)))

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 23, 2008 12:15:00 da manhã

Physalia physalis:

"gostei tótil do texto! A sério que gostei mesmo bué! Não sei porquê mas estas duas palavras são as palavras mais estúpidas que existem no nosso vocabulário"

Eu gosto ainda mais de palavras como "Chulé", "Bedum" e "motejar". Farto-me de motejar quando as ouço!

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 23, 2008 12:16:00 da manhã

Noivo:

O Alemão e o Mandarim, são bem mais.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 23, 2008 12:17:00 da manhã

Mamie2:

"Quanto à parte das compras tenho de concordar, já quanto à parte dos mapas nem por isso. :P"

Regra geral, mas sem generalizar, há sempre excepções em ambos os sexos!

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 23, 2008 12:20:00 da manhã

Vanadis:

"physalia, tb andas nas andanças da bioquimica ou afins?"

Acho que só o nome dela, define a sua área em Biologia.

"É a mesma coisa/guerra com a palavra mitocondria. Na verdade, mitocondria, que deriva de mitocondrium, deveria ter sido traduzido para mitocondrio."

A malta destingue o sexo dela e depois escolhe mitocondria/o :)

"E porque haveremos de escrever stresse se em todo o lado os portugueses escrevem DNA e não ADN e RNA e não ARN e dizem HIV e não VIH?..."

De facto, tenho de referir que sempre fiu obrigado a usar ADN, mas em contradição usava RNA.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 23, 2008 12:27:00 da manhã

martagarcia:

"O facto de se incluirem essas palavras no dicionário é porque elas, quer queiramos quer não, fazem parte da utilização geral dos falantes de uma língua."

Mas sem necessidade da língua, devem ser excluídas para o bem das palavras bonitas que temos, onde "muito", é uma delas. Dizer "Gosto muito de ti" é bonito de ouvir. Dizer "gosto bué de ti", pode ser tótil, mas não é bonito.

"Crestfallen: acho que grande parte das palavras que referiste já constam no dicionário."

Qual é o dicionário mais vendido do país? Os baratuxos da Porto Editora, dicionário púdicos feitos por idiotas que censuram palavras. Eu sou adepto dos dicionários Lello, o único em Portugal que tem a definição de "estória".

"Caso não estejam presentes nos dicionário da Porto Editora, deve-se ao facto da sua utilização ser feita por estudantes de tenra idade que não se "deveriam" cruzar com esse tipo de palavras."

Essa não cola, pois ninguém usa mais essas palavras que os estudantes de tenra idade! A Porto Editora é conservadora, púdica e usa a censura.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 23, 2008 12:31:00 da manhã

Vanadis:

"as minhas preferidas: a ironia e a antitese"

Ironia, sarcásmo, metáfora e figuras de estilo, é o que mais gosto de usar, mas isso é óbvio, pois não há nada melhor para usar quando se quer falar mal de algo :)

"detesto estudar em portugues...prefiro faze-lo em ingles. Porque? Porque é uma lingua mais simples e o que é uma só palavra em ingles, chega a ser uma expressão inteira em portugues."

Aparentemente mais fácil. Quem pensa que sabe bem Inglês deve comprar um livro de James Joyce, se perceber o livro é um "expert" na língua de sua Magestade.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 23, 2008 12:35:00 da manhã

Vício:

"não gostei porque para além de perder qualidade dá a sensação de que os actores têm alguma deficiencia na boca quando falam!"

Isso não acontece nas dobragens alemãs, pois são feitas com muito profissionalismo. Se no filme se diz "merda" a dobragem é "merda", se diz "foder" a dobragem é "foder". Em Portugal não teriam tomates para fazer tais dobragens.

"quanto às legendas... acho bastante util e seria ainda mais se quem traduz fosse alguém que se preocupasse com a lingua portuguesa!"

As legendas são más traduções, eu já tive uma empresa de tradução em Portugal que vendi, pois a "Só legendas" fazia traduções em saldos e quem as compra não quer qualidade e eu tinha brio profissional e não me vendo.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 23, 2008 12:36:00 da manhã

Vanadis:

"Ah, quanto a defender a tese em ingles: NUNCA JAMAIS EM TEMPO ALGUM!!!!!!!!!!!!"

Se a fazes em Inglês deves defendê-la em Inglês... é justo!

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 23, 2008 12:41:00 da manhã

martagarcia:

"Achas que um "bolapés", um "bolacesto" ou "bolamão" seriam melhores?"

Sinceramente acho. Pode nos parecer estranho dizer Bolapé mas os Ingleses não o dizem? Os Alemães dizem "Fußball" que é exactamente "bolapé".

"Quanto às regras que ninguém segue... so tenho uma palavra para isso: IGNORÂNCIA."

Será? Já reparaste que usamos um pronome pessoal que não existe e temos um pronome pessoal que não usamos?
Pegamos em "vocês" e conjugamos o verbo no devido tempo, mas na terceira pessoa do plural. Enquanto temos o pronome "Vós", que só em certas zonas de Portugal é usado.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 23, 2008 12:46:00 da manhã

vanadis:

"tal como há palavras em inglês ou alemão que tem um género e no português tem outro."

O sol em Alemão é "a sol". A lua é "o lua". O Alemão tem tal como o Inglês o "it" "das", para definir o que não tem sexo. Por exemplo, eu nunca percebi o que faz de um carro masculino... só porque acaba em "o"? Isto é uma das maiores falhas do Português, que mostra que a nossa língua não é de longe rica ou completa.

"É por estes motivos que eu acho que o ensino do português deveria ser obrigatório mesmo no ensino superior."

Mais a ainda. Não deveria existir Português A e B, todos devem aprender Português sejam eles de letras ou ciências.

  martagarcia

quarta-feira, janeiro 23, 2008 12:48:00 da manhã

Crestfallen:

"Mas sem necessidade da língua, devem ser excluídas para o bem das palavras bonitas que temos, onde "muito", é uma delas. Dizer "Gosto muito de ti" é bonito de ouvir. Dizer "gosto bué de ti", pode ser tótil, mas não é bonito."

A língua não é feita só de palavras bonitas. Os palavrões são o exemplo disso. Detesto muitos deles mas acho que ainda assim, devem constar porque fazem parte da nossa cultura. A língua é feita pela sua variedade. Nesse caso deveriamos simplificar e excluiamos todas as palavras que designassem o mesmo. Passavamos a ter uma palavra para designar uma coisa só. Perdiamos assim a capacidade de fazer piadas e trocadilhos, deixando de lado a riqueza semântica que nos caracteriza.


"Qual é o dicionário mais vendido do país? Os baratuxos da Porto Editora, dicionário púdicos feitos por idiotas que censuram palavras. Eu sou adepto dos dicionários Lello, o único em Portugal que tem a definição de "estória".


Infelizmente os da Porto Editora, são dos mais vendidos. Como tradutora, abomino-os. Contudo, devo dizer que mais valem esses do que nada.


"Essa não cola, pois ninguém usa mais essas palavras que os estudantes de tenra idade! A Porto Editora é conservadora, púdica e usa a censura."

Estava a tentar ser irónica com o que disse. A minha opinião de relativa à Porto Editora é a mesma.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 23, 2008 12:49:00 da manhã

Ana Reis:

"Isto só prova que de facto este blog tem qualidade(até os leitores do blog são interessantes...eh eh eh)."

São os comentadores que fazem um blogue interessante, se não me sentisse desafiado por eles, certamente já me teria calado.

  martagarcia

quarta-feira, janeiro 23, 2008 12:54:00 da manhã

Crestfallen:

"Será? Já reparaste que usamos um pronome pessoal que não existe e temos um pronome pessoal que não usamos?
Pegamos em "vocês" e conjugamos o verbo no devido tempo, mas na terceira pessoa do plural. Enquanto temos o pronome "Vós", que só em certas zonas de Portugal é usado."

Continuo a achar que é ignorância. Uns porque não estudaram, outros porque não querem estudar, outros porque preferem imitar. Nós aprendemos as regras, acabamos por desrespeitá-las.


Acho que respondeste à vanadis sendo para mim que devias ter feito. ;)

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 23, 2008 12:54:00 da manhã

martagarcia:

"É preciso que nós a conheçamos e a ensinemos! Se não tratarmos bem dela, acaba por sucumbir à chamada língua franca da dita aldeia global."

Em tempos próximos não, mas desaparecerá eventualmente. Para isso basta que o Brasil e os PALOPs resolvam deixar de chamar à sua língua Português. Depois com o envelhecimento da população, a elevada emigração de licenciados e o estado da nossa economia cada vaz mais dependente... ela acabará por ceder.

Quando estava no secundário eramos 10 milhões, 12 milhões incluíndo emigrantes, hoje em Portugal somos pouco mais de 9 milhões e poucos Luso-descendentes falam Português. Em menos de 15 anos, perdemos perto de 2 milhões de falantes a este ritmo, não vamos longe!

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 23, 2008 12:55:00 da manhã

Pax:

"Se fizeres um inquérito, vais ver que a maior parte das pessoas que sempre usaram a palavra "oxalá", nunca repararam que estavam a dar graças ao Deus dos arabes..."

Eu até gosto mais de "diabos te carreguem".

  martagarcia

quarta-feira, janeiro 23, 2008 12:55:00 da manhã

Crestfallen:

"Isto é uma das maiores falhas do Português, que mostra que a nossa língua não é de longe rica ou completa."

Concordo, a ausência de um género neutro é de facto uma falha. Mas isso levar-nos-ia a uma reforma profundissimaaaaaaaaaa da nossa língua.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 23, 2008 12:56:00 da manhã

htsousa:

"Omal (bem) deste blog é que demora como o caraças ler até ao fim! Porque se aprende imenso nos comentários!"

Eheheh

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 23, 2008 12:57:00 da manhã

ZumZumMataMoscas:

LOL!

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 23, 2008 12:59:00 da manhã

anatcat:

"E também no caso de basquetebol, andebol e voleibol por exemplo. Sugestões para denominar os desportos em português Crest?"

Já falei disso neste texto:

http://so-me-apetece-cobrir.blogspot.com/2007/11/futebol-significa.html

A apoiar a minha tese tenho o Fernando Pessoa um assumido defensor de "bolapé". Se os Inglese o dizem e os Alemães, porque não?

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 23, 2008 1:00:00 da manhã

Schlumpy:

"E futebol qualquer dia dir-se-á soccer ou aportuguesado soquer"

O soquer, foi o Portugal-Holanda do mundial passado :)

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 23, 2008 1:07:00 da manhã

martagarcia:

"A língua não é feita só de palavras bonitas. Os palavrões são o exemplo disso. Detesto muitos deles mas acho que ainda assim, devem constar porque fazem parte da nossa cultura."

Eu sou um defensor do palavrão como palavras injustiçadas e já escrevi várias vezes sobre isso.

"Infelizmente os da Porto Editora, são dos mais vendidos. Como tradutora, abomino-os. Contudo, devo dizer que mais valem esses do que nada."

Mas temos excelente dicionários, fiz traduções durante anos, sem nunca recorrer à Porto Editora, pois se o fizesse, fazia traduções tipo "Só Letras".

"Concordo, a ausência de um género neutro é de facto uma falha. Mas isso levar-nos-ia a uma reforma profundissimaaaaaaaaaa da nossa língua."

Eu não disse que se deveria criar esse pronome. Por mim bastava-me ouvir Português da boca de um Português. No entanto abro um jornal ou ligo a tv e só me dá vontade de espancar certas pessoas!!

  tavguinu

quarta-feira, janeiro 23, 2008 1:10:00 da manhã

crestfofo,

essa espanhola deixou-te com os bigodes irados loooooooooooool

  martagarcia

quarta-feira, janeiro 23, 2008 1:11:00 da manhã

Crestfallen:

"No entanto abro um jornal ou ligo a tv e só me dá vontade de espancar certas pessoas!!"

Como eu te compreendo.
Devias era usar o Moçambicano nessas situações.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 23, 2008 1:31:00 da manhã

tavguinu:

"essa espanhola deixou-te com os bigodes irados loooooooooooool"

No me gusta Sevillanas!

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 23, 2008 1:32:00 da manhã

martagarcia:

"Devias era usar o Moçambicano nessas situações."

Ele está ocupado a guardar o blogue 24 sobre 7.

  Anónimo

quarta-feira, janeiro 23, 2008 3:04:00 da manhã

Gajo, atribuiste-me um comentário que não é meu. Aquele dos géneros e tal em ingles e alemão. Onde é que eu alguma vez saberia isso... :O LOOOL. ;-)

Estudar bioquímica em inglês é imensuravelmente mais facil que em portugues. É que não tem mesmo nada a ver. Há que distinguir ingles técnico, acessivel a todos, de ingles literário. Se eu tentasse ler james joyce na sua lingua materna, acho que me jogava da ponte de tão burra que me iria sentir... :-p

Quanto a escrever a tese em ingles: nunca jamais em tempo em algum. Recuso-me e os orientadores já sabem disso. E eu tenho mais do que desculpa, toma. ;-p (eu não entendo inglês falado - não consigo ler aquilo em lábios- nem sei falar inglês - qq dia hás-de-te rir a ouvir o meu inglês... :S ; somente sei ler e escrever ingles).
Logo, como não vou nunca defender em ingles, tb não escrevo a tese em ingles. Quem não gostar, ou não perceber azarinho!! Tenho atestados médicos para me apoiarem, :-p.
Se meterem os espanholitos com que trabalhei no meu juri, pois eles que se amanhem. E eu, exijo tradutor presente. E mainada. Quem pode, pode, ;-p.

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 23, 2008 3:45:00 da manhã

Vanadis:

"Gajo, atribuiste-me um comentário que não é meu. Aquele dos géneros e tal em ingles e alemão. Onde é que eu alguma vez saberia isso... :O"

Ó melher Herrare é o mano!

"rir a ouvir o meu inglês... :S"

Tive uma namorada Portuguesa que falava Inglês com sotaque Espanhol, isso sim era rir à gargalhada!

  Ana

quarta-feira, janeiro 23, 2008 5:44:00 da manhã

LOOOOL, claro que é humano. Mas era só p avisar e pa dona do coment não te fritar... ;-)

Portuguesa a falar ingles com sotaque espanhol?? LOOOOL! Acontece... ná, eu nem sequer tenho sotaque... não sei como se pronunciam as palavras (logicamente que sei umas quantas né), pelo que as leio como se escrevem... risota total... embora me passe um bocado com as reacções de risota: páh, tou a dizer mal, corrijam-me!! né preciso gozar, especialmente se eu estiver com TPM...ah pois...o meu gaijo costuma corrigir-me logo, mas a fulminar-me com o olhar, por eu ter o desplante de assassinar o ingles...LOOOL

  Ana

quarta-feira, janeiro 23, 2008 5:49:00 da manhã

O frances, então, tadinho: é logo assassinado por mim. O espanhol, nem se fala: não entendo pevas nem consigo reproduzir aquilo.
Já me disseram foi que eu devia era aprender alemão, que ia conseguir pronunciá-lo melhor por ser mais gutural (eu tenho um sotaque ligeiramente gutural, típico e proprio e tb pq sou preguiçosa e falo demasiado rápido quando me entusiasmo). Mmm, mas na sei nada de alemão...só ja, nien, herr, fraulein, isht liebe dish, isht liebe dish nish...e sei dizer adeus (soa-me a ofigassen) e obrigado (soa-me a dankashâ, e sei que abreviam p danka).E mainada...

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 23, 2008 2:49:00 da tarde

Vanadis:

"Mas era só p avisar e pa dona do coment não te fritar... ;-)"

De facto é a que mora mais próxima de mim!

"só ja, nien, herr, fraulein, isht liebe dish, isht liebe dish nish..."

Correcto, correcto, correcto, correcto, ich liebe dich, ich liebe dich nicht", mas como vês percebi, o importante é ser entendida!

"e sei dizer adeus (soa-me a ofigassen)"

Ahahahahah, na verdade isso quer dizer "até à vista" e pronuncia-se "aufviderzen" e escreve-se "aufwiedersehen".

"obrigado (soa-me a dankashâ, e sei que abreviam p danka)."

"Danke shön" e "danke", pode também ser "Vielen dank". A priemira é a forma mais usual e educada que significa "bonito obrigado", a segunda é "obrigado" a terceira é "muito obrigado".

Mas adorei o teu Alemão escrito, fez-me lembrar uma amiga minha Alemã que fala correctamente Português mas escreve Português como tu Alemão :)

  Anónimo

quarta-feira, janeiro 23, 2008 2:56:00 da tarde

Epá...só naquela de ser assim BUÉ secante e já agora com um cheirinho a CHULÉ: Como é que duas enzimas fazem O amori?? Hein? Uma enzima (ler: "em zima" para os que dizem LOL) e outra em baixo...

  Anónimo

quarta-feira, janeiro 23, 2008 3:03:00 da tarde

Ah! Para os letrados en el subject, a minha mãmã (ahahahahah) dizeu-me que se uma pessoa é de saber mais que 2 línguas, tem menos chances de sofrer com um AVC nas trombas. Eu cá não sei...só provei línguas portuguesas. Mas crest: acho que tu te safas!

  Bruno Fehr

quarta-feira, janeiro 23, 2008 3:09:00 da tarde

Physalia physalis:

"a minha mãmã (ahahahahah) dizeu-me que se uma pessoa é de saber mais que 2 línguas, tem menos chances de sofrer com um AVC nas trombas."

Eu sei 6 línguas, acho que tenho as trombas seguras. Por momento eu li "trompas", o que me fez pôr em causa os anos perdidos a estudar...

"Eu cá não sei...só provei línguas portuguesas. Mas crest: acho que tu te safas!"

Eu já me internacionalizei e posso-te dizer que sabem ao mesmo, só soam diferente :)

  Ana

quarta-feira, janeiro 23, 2008 7:30:00 da tarde

Physalya, conheço essa, mas é: como é que duas enzimas se reproduzem? Uma enzima da outra. LOOL. E o que diz um cromossoma para o outro? Cromossomos Bonitos! =)

Crest, pois, moço, se achas piada ao meu alemão, partias-te a rir com o ingles...LOOL! =)

  Anónimo

quinta-feira, janeiro 24, 2008 1:54:00 da tarde

Com que então não precisamos da palavra "Web" porque já temos "Teia"..?

AHAHAAHAHAAHAHAHAHAH

  Lucifer

quinta-feira, janeiro 24, 2008 2:13:00 da tarde

Anónimo, e o que significa web na tua língua? Preservativo?

De acordo com os meus conhecimentos de Inglês, web significa teia. A Web é sem dúvida uma teia de ligações?

Se a tua gargalhada não fosse digna de um idiota, certamente terias assinado. Assim levaste com o Moçambicano do Crest!

  Bombocaa

sexta-feira, janeiro 25, 2008 12:34:00 da tarde

Parabéns...adorei...concordo com mt coisa...e o latim e o grego...hum...:))

  Bruno Fehr

terça-feira, janeiro 29, 2008 11:51:00 da manhã

Vanadis:

"Crest, pois, moço, se achas piada ao meu alemão, partias-te a rir com o ingles...LOOL! =)"

Fico á espera de exemplos.

  Bruno Fehr

terça-feira, janeiro 29, 2008 11:54:00 da manhã

Anónimo:

"Com que então não precisamos da palavra "Web" porque já temos "Teia"..?

AHAHAAHAHAAHAHAHAHAH"

Essas gargalhadas caem no ridiculo sem eu precisar de as ridicularizar.

Qual é a diferença entre wen e teia? Eu digo-lhe: Uma é Inglês a outra é Português e pelo menos eu sou Português e você? Pelo escreve também é Português mas do grupo "dos lambe o olho do cu" aos Ingleses.

  Bruno Fehr

terça-feira, janeiro 29, 2008 11:55:00 da manhã

Lésbico:

"Assim levaste com o Moçambicano do Crest!"

O meu Moçambicano, disse que não sodomiza quem se ridiculariza sem ajuda!